domingo, 7 de dezembro de 2008

QUE AÇÕES E REAÇÕES ACOMPANHAM O ENSINO DA PALAVRA DE DEUS?

Lc. 24.13-35


OBJETIVO: Ensinar aos membros que a Palavra de Deus provoca ações e reações em quem a lê ou a ouve.

INTRODUÇÃO: ‘A toda ação corresponde uma reação igual ou contrária’ (3ª Lei do físico Isac Newton).


CONTEXTO: O Senhor Jesus havia sido crucificado e as esperanças e sonhos de seus seguidores chegaram ao ponto zero.
Três dias depois Jesus está vivo e, propositalmente, encontra dois de seus seguidores a caminho de uma aldeia chamada Emaús, distante uns 12 Km de Jerusalém, e os acompanha.
Essa caminhada equivale a cerca de três horas andando a passos normais para um adulto.
Os dois viajantes não perceberam que era Jesus enquanto caminhavam. Coloque-se no lugar deles.
Você crê que eles foram lentos para reconhecer um amigo que morrera três dias antes?


TRANSIÇÃO: Muitas vezes lemos as Escrituras tantas e tantas vezes e conhecemos bem certos trechos da mesma. De repente, numa leitura ou ouvindo uma explanação, percebemos algo totalmente novo que ainda não tínhamos visto. Quero compartilhar hoje sobre o seguinte tema: QUE AÇÕES E REAÇÕES ACOMPANHAM O ENSINO DA PALAVRA DE DEUS?




I – A PALAVRA DE DEUS OPERA COM PODER NA MENTE.

1. As Escrituras foram inspiradas e registradas por Deus para normatizar a vida do ser humano para que o mesmo ande dentro da vontade do Criador.

2. Elas sempre apelam ao centro da vida, que em muitos lugares da Revelação de Deus, são identificados como o coração; em outros textos identificam as entranhas, que se refere aos órgãos abdominais; e em outros lugares à mente.

3. Dentro do pensamento ocidental, a mente humana é a sede das decisões e opera como o centro da vida.

4. As Escrituras apelam à mente para que as decisões e atitudes sejam reflexo de uma mente sadia.

5. O Senhor Jesus compartilhou com esses dois discípulos o que as Escrituras dizia a respeito de sua morte e ressurreição.
a) Lc. 24.27 ‘E começando por Moisés, discorrendo por todos os profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras’.
b) Embora ouvissem a explanação do Senhor, suas mentes estavam embotadas e não compreenderam a verdade anunciada por Cristo.


II – A PALAVRA DE DEUS PODE SOFRER REJEIÇÃO.

1. O Senhor Jesus caminhando com aqueles dois discípulos e lhes expunha as Escrituras, mas ainda assim houve um processo de rejeição ao que o Senhor lhes anunciava.

2. Os discípulos de Emaús estavam com suas mentes embotadas, valorizando mais as coisas que os cercava naquele momento, rejeitando o que as Escrituras afirmavam, exposto pelo Senhor.

3. Você já ouviu ou leu algo da Bíblia que não compreendeu?
a) Podemos estar com nossa mente carregada de apreensões, preocupações e ansiedades com as coisas desta vida.
b) Se deixarmos de abrir os ouvidos de nosso interior para que o Senhor fale, podemos ler ou ouvir apenas externamente sem alcançarmos a verdade do Evangelho em nossa vida.
c) Ilustração: ‘Morreu porque não leu’.

4. O Senhor Jesus os advertiu para que abrissem os ouvidos:
a) Lc. 24.25 ‘Então, lhes disse Jesus: Ó néscios, e tardos de coração para crerdes tudo o que os profetas disseram!’.
b) Noutros textos o Senhor Jesus repete o refrão de advertência a todos: ‘Quem tem ouvidos para ouvir, ouça’.

5. Não permita que o seu coração esteja endurecido com pecados, com racionalizações e com a incredulidade, rejeitando assim a Palavra de Deus; mas, abra os ouvidos de seu coração para ouvir as Escrituras.
a) Sl. 95.7b-8a ‘Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração’.
b) II Co. 6.1-2 ‘Como cooperadores de Deus, insistimos com vocês para não receberem em vão a graça de Deus. Pois ele diz: Eu o ouvi no tempo favorável e o socorri no dia da salvação. Digo-lhes que agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação!’.


III – A PALAVRA PODE TRANSFORMAR VIDAS.

1. Os discípulos ouviram as palavras de Jesus, não receberam a Palavra ensinada, mas depois de vê-la praticada por Jesus, no ato de cear com eles, abriu-se-lhes os olhos.
a) Lc. 24.32 ‘Porventura não se nos abrasava o coração, quando pelo caminho nos falava, e quando nos expunha as Escrituras?’.

2. É preciso que a nossa proclamação seja acompanhada de uma vida de prática da Palavra para ela incomode pessoas ao nosso lado.

3. Ler ou ouvir as Escrituras sempre será um exercício que nos exige fé e determinação, pois sempre existirão outros eventos, interesses ou sentimentos concorrendo com a Palavra de Deus em nosso coração.

4. Crescer no conhecimento da Palavra de Deus é um desafio constante, e o não fazê-lo sempre acarretará em dano para o povo de Deus.
a) Os. 4.6 ‘O meu povo está sendo destruído porque lhe falta o conhecimento’.
b) Is. 1.3 ‘O boi reconhece o seu dono, e o jumento conhece a manjedoura do seu proprietário, mas Israel nada sabe, o meu povo nada compreende’.

5. O ensino da Bíblia nos leva a compreensão de toda a Escritura é a Palavra inspirada por Deus como um ‘Manual de Nosso Fabricante para Uma Vida Bem Sucedida’.
a) Rm. 15.4-6 ‘Pois tudo o que foi escrito no passado, foi escrito para nos ensinar, de forma que, por meio da perseverança e do bom ânimo procedentes das Escrituras, mantenhamos a nossa esperança. O Deus que concede perseverança e ânimo dê-lhes um espírito de unidade, segundo Cristo Jesus, para que com um só coração e uma só voz vocês glorifiquem ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo’.
b) Jo.8.32 ‘E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará’.


CONCLUSÃO: A Escritura sempre evocará uma resposta ou uma reação daquele que a ouve ou a lê.
Você tem sido um bom ouvinte ou um leitor assíduo da Palavra?
Qual tem sido sua resposta ou reação à Palavra de Deus?

domingo, 23 de novembro de 2008

COMO SUPERAR AS DIFICULDADES PARA SE ENTENDER A PALAVRA DE DEUS?


II Pe. 3.14-18


OBJETIVO: Apresentar ao cristão o desafio de ir mais fundo no conhecimento da Palavra de Deus.


INTRODUÇÃO: ‘Tudo o que acontece, acontece. Tudo o que, ao acontecer, faz com que outra coisa aconteça, faz com que outra coisa aconteça. Tudo o que, ao acontecer, faz com que ela mesma aconteça de novo, acontece de novo. Isso, contudo, não acontece necessariamente em ordem cronológica’ .


CONTEXTO: O apóstolo Pedro escreve às Igrejas da região da Ásia, hoje atual Turquia, no intuído de prevenir aos cristãos sobre inimigos naturais do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo: inimigos que se insurgiriam de fora e de dentro do próprio rebanho.
O primeiro grupo se objetivava através da oposição dos judeus que não aceitavam o fato de Jesus ser o Messias e redentor segundo as promessas e profecias das Escrituras.
O segundo se objetivava através da oposição sempre crescente do próprio Império Romano que exigia o culto ao Imperador e a miscigenação sincrética de todas as religiões.


TRANSIÇÃO: Você encontra coisas difíceis de se compreender na Palavra de Deus? Quero compartilhar de forma simples nesta oportunidade sobre o tema: COMO SUPERAR AS DIFICULDADES PARA SE ENTENDER A PALAVRA DE DEUS?

I – VIVER NA ESPERANÇA E SERIEDADE DA FÉ.

a – A Fé Evangélica é o conjunto de verdades reveladas por Deus.

1. Pedro o apóstolo usara de palavras e revelações intensas acerca do novo estado de coisas que estabelecerão a partir da parousia, isto é, da manifestação de Cristo nos ares.

2. Enquanto o cristão aguarda este momento único da virada da história, Pedro os desafia a viver na esperança e na seriedade da Fé Evangélica.

3. A Fé Evangélica não pode ser encarada apenas do ponto de vista intimista e místico, como sendo uma experiência subjetiva, distanciada da realidade e da vida do dia a dia.
a) A Fé Evangélica é o conjunto de verdades reveladas por Deus e que compõem o conteúdo transformador de nossas vidas.

4. Os ensinos da Palavra de Deus quando encarados e interpretados com honestidade são a nossa fé.

b – Porque as Escrituras possuem coisas de difícil compreensão?

1. Para responder esta pergunta simples quero tomar por base um escrito de poucas décadas atrás.
a) ‘Direis que isto de me achar assistindo, assim, entre os de quem me vejo separado por distância tão vasta, seria dar-se, ou supor que se está dando, no meio de nós, um verdadeiro milagre? Será. Milagre do maior dos taumaturgos. Milagre de quem respira entre milagres. Milagre de um santo, que cada qual tem no sacrário do seu peito. Milagre do coração, que os sabe chover sobre a criatura humana, como o firmamento chove nos campos mais áridos e tristes a orvalhada das noites, que se esvai, com os sonhos de antemanhã, ao cair das primeiras frechas de oiro do disco solar’ (Ruy Barbosa, Oração aos moços).

2. Compreendeu de pronto o que ouviu?
a) A compreensão deste texto, pela distância, seja espacial, cultural, lingüística ou estilística se apresenta complexo.
b) Por isso deve o cristão se dedicar a buscar conhecimento e crescimento na compreensão da Palavra de Deus que está em todos esses níveis mais distante que o texto de Rui Barbosa.

3. Ilustração: ‘Entendes o que lês?’.

4. O apóstolo Pedro reconhece que há coisas difíceis de se entender nas Escrituras e que pessoas ignorantes e instáveis deturpam tais ensinos.
a) II Pe. 3.15b-16 (NTLH) ‘Pois o nosso querido irmão Paulo, com a sabedoria que Deus lhe deu, escreveu a vocês sobre este assunto. E foi isto mesmo que ele disse em todas as suas cartas quando escreveu a respeito disso.Nas cartas dele há algumas coisas difíceis de entender, que os ignorantes e os fracos na fé explicam de maneira errada, como fazem também com outras partes das Escrituras Sagradas. E assim eles causam a sua própria destruição’.

c – Estudar as Escrituras exige do cristão esforço intelectual.

1. Cada convertido a Cristo Jesus recebe com a vocação para a vida eterna a vocação ao crescimento e desenvolvimento de sua vida aqui na terra.

2. A cada novo nascimento espiritual, sempre se dará também um novo nascimento social e intelectual, pois o cristão há de crescer e desenvolver faculdades antes talvez adormecidas ou desvalorizadas.

3. Crescer no conhecimento de Cristo equivale a buscar desenvolvimento na compreensão das verdades reveladas, registradas e guardadas nas Escrituras Sagradas.


II – DESVIANDO-SE DAS CILADAS DO INIMIGO.

a – O inimigo inibe o cristão com o pretexto da dificuldade.

1. O apóstolo Pedro exorta para que o cristão não caia no erro dos que deturpam a Palavra de Deus.

2. Muitos se tornam indolentes e preguiçosos no estudo da Palavra de Deus, sob o pretexto de que não vão entender muita coisa do que está escrito. Esta é uma cilada de Satanás para você não crescer no conhecimento de Deus.

b – O inimigo confunde o cristão com interpretações erradas.

1. Mais do que nunca tem se multiplicado o número de seitas e grupos chamados evangélicos no Brasil e no mundo.

2. Esta é mais uma cilada de Satanás para enganar as pessoas e mantê-las longe do Salvador.
a) ‘Se você não puder vencer o inimigo misture-se a ele’.
b) Satanás é chamado nas Escrituras de ‘o enganador das nações’.
c) Mais do que nunca vemos grupos chamados ‘evangélicos’ ensinando e praticando coisas que passam muito longe da verdade de Jesus.

c – O inimigo desanima o cristão com os erros dos insubordinados.

1. Pedro demonstra que muitos insubordinados perverteriam o sentido das Escrituras.
a) II Pe. 2.1-3 ‘No passado surgiram falsos profetas no meio do povo, como também surgirão entre vocês falsos mestres. Estes introduzirão secretamente heresias destruidoras, chegando a negar o Soberano que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. Muitos seguirão os caminhos vergonhosos desses homens e, por causa deles, será difamado o caminho da verdade. Em sua cobiça, tais mestres os explorarão com histórias que inventaram. Há muito tempo a sua condenação paira sobre eles, e a sua destruição não tarda’.
b) II Pe. 3.16 ‘Suas (de Paulo) cartas contêm algumas coisas difíceis de entender, as quais os ignorantes e instáveis torcem, como também o fazem com as demais Escrituras, para a própria destruição deles’.

2. Insubordinado, no dizer de Pedro é aquela pessoa que se coloca não para dizer o que a Bíblia diz, mas para dizer que a Bíblia diz o que ele diz.


III – APEGANDO-SE À VERDADE E AO CONHECIMENTO.

a – Princípio nº 1: Tome o propósito de ler a Bíblia toda sempre.

1. A melhor maneira de conhecer todo o conteúdo de um livro é ler o mesmo todo diversas vezes, e não apenas frases soltas. Com a Bíblia não é diferente.

2. Leia a Bíblia toda, pelo menos a cada três anos: Um capítulo por dia da semana e dois aos domingos e terá lido a Bíblia toda a cada três anos.

3. Estude um livro todo várias vezes. Leia sobre o autor, data e contexto histórico. Procure compreender partes mais obscuras valendo-se de comentários ou de irmãos experientes no ensino.

4. O apóstolo Pedro nos adverte no capítulo 1 da segunda carta:
a) II Pe. 1.5 ‘por isso mesmo, reunindo toda a vossa diligência’.
b) "Diligência", Spouden, ‘cuidado na execução de alguma coisa’, ‘zelo’; ‘desvelo’; ‘afã’; ‘presteza’.
c) É como se lêssemos: "Por isto mesmo", quer dizer, porque nos foram dados os dons para o crescimento e porque necessitamos de desenvolvimento, "reunindo toda a vossa diligência" crescei.

5. Se nas matérias curriculares de seus estudos para o exercício profissional você se dedica, porque não dedicar tempo e esforço pelo menos igual para o estudo da Palavra de Deus que te garante a vida eterna?

b – Princípio nº 2: Tome o propósito de ser honesto com a Escritura.

1. Não diga o que ela não diz. A Reforma Protestante do século XVI nos deixou o legado de ‘sola scriptura’.

2. Martinho Luthero: ‘Onde a Bíblia fala, eu falo. Onde a Bíblia se cala, eu me calo!’.

3. Ir além das Escrituras é acrescentar ou diminuir o seu conteúdo, e o juízo sobre os que praticam isto já está lavrado:
a) Ap. 22.18-19 ‘Declaro a todos os que ouvem as palavras da profecia deste livro: Se alguém lhe acrescentar algo, Deus lhe acrescentará as pragas descritas neste livro. Se alguém tirar alguma palavra deste livro de profecia, Deus tirará dele a sua parte na árvore da vida e na cidade santa, que são descritas neste livro’.

c – Princípio nº 3: Tome o propósito de ser praticante da Palavra.

1. Tg. 1. 22-25 ‘Sejam praticantes da palavra, e não apenas ouvintes, enganando-se a si mesmos.Mas o homem que observa atentamente a lei perfeita, que traz a liberdade, e persevera na prática dessa lei, não esquecendo o que ouviu, mas praticando-o, será feliz naquilo que fizer’.

2. Jo. 13.17 ‘Agora que vocês sabem estas coisas, felizes serão se as praticarem’.


CONCLUSÃO: A medida de seu alimento na Palavra equivale ao que você leva da Palavra em seu dia a dia.
Valorize e leia a Palavra de Deus.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

COMO SE FIRMAR NO CONHECIMENTO DA PALAVRA DE DEUS?

II Ts. 2. 13 – 17


OBJETIVO: Conduzir o cristão a desejar conhecer e praticar cada vez mais Bíblia como a única Palavra de Deus.


INTRODUÇÃO: Não poucos são os que se aproximam da Palavra de Deus, crêem no Evangelho de Jesus. Porque o percentual de permanência é pequeno?


CONTEXTO: O apóstolo Paulão estava se dirigindo a Igreja da Terssalônica, região pobre da Macedônia, mas onde o terreno espiritual era muito rico. Os que ouviram a Palavra do Evangelho de Jesus Cristo, creram e foram transformados pelo poder de Deus. O segredo é que os tessalônicos se apegaram não à religiosidade cristã, como sendo mais uma alternativa, mas se apegaram à Palavra de Deus como sendo a única regra da verdade.


TRANSIÇÃO: A Escritura é um livro extemporâneo, pois é viva e real para todas as épocas. Dada a grande diversidade de assuntos e questões de época e cultura, há cristãos ou grupos denominacionais que dificultam o conhecimento e a prática da Palavra. Quero, portanto, lhes falar sobre o tema: COMO SE FIRMAR NO CONHECIMENTO DA PALAVRA DE DEUS?


I – SE APEGANDO À PALAVRA DA VOCAÇÃO.

a – Deus nos chama pelo Evangelho.

1. No plano eterno e imutável de Deus, Ele, na sua mui grande sabedoria, resolveu salvar os homens através da pregação do Evangelho (Vocare).

2. Não existe, portanto, outro meio de se alcançar os homens com a salvação, a não ser através da pregação do Evangelho.
a) Rm. 10.13-15 ‘Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, pois invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Assim como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam coisas boas!’.
b) I Co 1.21 ‘Visto como na sabedoria de Deus o mundo pela sua sabedoria não conheceu a Deus, aprouve a Deus salvar pela loucura da pregação os que crêem’.

3. É através do Evangelho que os homens são chamados à salvação e ao conhecimento de Deus e sua vontade.
a) II Ts. 2.14 ‘e para isso vos chamou pelo nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo’.
b) I Ts. 2. 13 ‘Por isso nós também, sem cessar, damos graças a Deus, porquanto vós, havendo recebido a palavra de Deus que de nós ouvistes, a recebestes, não como palavra de homens, mas (segundo ela é na verdade) como palavra de Deus, a qual também opera em vós que credes’.

4. É por isso que Paulo enfatiza nesta carta aos Tessalonicenses que os fiéis daquela igreja haviam sido chamados pelo Evangelho de Jesus.
a) II Ts. 2.13-14 ‘Mas nós devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos, amados do Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a santificação do espírito e a fé na verdade, e para isso vos chamou pelo nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo’.

b – Apego e crescimento na Palavra são sinônimos.

1. Não há como crescer no conhecimento da Palavra se não houver apego do nosso coração, mente e espírito à essa Palavra.

2. Por isso Paulo, ensinando sobre quem poderia ser indicado ao cargo de presbítero nas Igrejas de Creta, exige que os tais deveriam ser homens apegados à Palavra.
a) Tt. 1.9 ‘(Porque é indispensável que o bispo seja) ... apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que ela tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem’.

3. Quer se firmar no conhecimento da Palavra? Apegue-se a ela.


II – VIVENDO DE MODO PRÁTICO AS VERDADES DO EVANGELHO.

a – O Evangelho é prático.

1. Não é apenas um amontoado de idéias filosóficas, ou um apanhado ideológico.

2. É algo para se conhecer e para se crer. Passa pelo mundo das idéias; mas vai além, torna-se vida, pois é princípio vitalizante.

3. Muitos se aproximam do Evangelho e não permanecem, porque não conseguem se aproximar do lado prático do Evangelho.

b – Toda a Escritura é praticável.

1. Diz Paulo aos crentes de Tessalônica (II Ts. 2.15): ‘Assim, pois, irmãos, estai firmes e conservai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa’.

2. Não existe nenhum princípio da Escritura que não seja praticável.
a) Até mesmo textos que dizem que o homem não deve cortar seu cabelo em redondo.
b) Ou que a mulher não deve cortar seu cabelo, são praticáveis.
c) Qual o princípio que está por detrás de cada ensino do passado?
d) Os ensinos do passado não se limitam à letra, mas deve-se buscar o princípio.
e) A letra caduca, mas o princípio é eterno.

3. É nesse perfil de entendimento que o apóstolo Paulo afirma:
a) Rm. 7.6 (ARC) ‘Mas agora fomos libertos da lei, havendo morrido para aquilo em que estávamos retidos, para servirmos em novidade de espírito, e não na velhice da letra’.
b) Rm. 15.4 ‘Porquanto, tudo que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que, pela constância e pela consolação provenientes das Escrituras, tenhamos esperança’.
c) II Tm. 3.16-17 ‘Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra’.

4. Cada verdade ensinada na Escritura é verdade aceitável e verdade prática.

c – Quanto maior a prática, maior a firmeza.

1. O fator diferencial no conhecimento da Palavra de Deus, é a prática da mesma por parte daquele que a conhece.

2. Apenas conhecer de mente e não praticar não possibilita a eficácia do Evangelho na vida de ninguém, pois conhecer, até o diabo conhece.

3. A Escritura é decisiva quando exige dos fiéis o conhecimento alinhado à prática:
a) Tg. 1.22 ‘E sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos’.
b) Js. 1.8 ‘Não se aparte da tua boca o livro desta lei, antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido’.
c) Sl. 1.2-3 ‘Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores; antes tem seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e noite. Pois será como a árvore plantada junto às correntes de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cuja folha não cai; e tudo quanto fizer prosperará’.

4. Quer se firmar no conhecimento da Palavra de Deus? Torne-se operoso praticante.


III – SENDO RECONHECIDO POR PALAVRAS E OBRAS GERADAS PELO EVANGELHO.

a – Seguindo o modelo bíblico.

1. O modelo bíblico é que tenhamos nossa vida confirmada, autenticada, através da presença do conhecimento e da prática da Palavra de Deus.
a) II Ts. 2. 16-17 ‘Ora, nosso Senhor Jesus Cristo mesmo e Deus, o nosso Pai, que nos amou e nos eterna consolação e boa esperança, pela graça, consolem os vossos corações e os confirme em toda boa obra e palavra’.

2. Só uma pessoa reconhecida por palavras e obras tem autoridade diante das pessoas.

3. Quer se firmar no conhecimento da Palavra de Deus? Torne-se conhecido pela prática da Palavra de Deus.


CONCLUSÃO: Como firmar–se no conhecimento da palavra de Deus?
Apegando-se à Palavra da vocação.
Vivendo de modo prático as verdades do Evangelho.
Sendo reconhecido por palavras e obras geradas pelo Evangelho.
A BASE DO CONHECIMENTO DA PALAVRA.

Ez. 2.8–3.3


OBJETIVO: Despertar o cristão para buscar maior crescimento da Palavra de Deus visando a prática e a divulgação do Livro Santo.

INTRODUÇÃO: O escritor Lew Wallace duvidava da Bíblia e resolveu escrever uma novela, "Ben-Hur", a fim de provar ser falso o cristianismo. Contudo, estudando com atenção as Escrituras, Wallace descobriu nelas justamente o que não pretendia nem esperava. A Palavra de Deus de tal forma lhe transmudou o pensamento que acabou por escrever a novela em alto tributo ao recém achado Senhor.
Para os homens pensantes de todos os séculos, as Escrituras Sagradas assumem posição preeminente acima de todos os outros livros:
a) Isaque Newton referiu-se aos Evangelhos como "a mais sublime filosofia da Terra".
b) Johann Wolfgang Goethe disse: "Para mim os Evangelhos são verdadeiros, desde o princípio até o fim".
c) Benjamin Franklin, Abraham Lincoln, Franklin Roosevelt, D. Pedro II e tantos outros líderes já renderam elevado tributo ao poder do Livro de Deus.


CONTEXTO:Ezequiel estava profe3tizando ao povo que acabara de chegar no cativeiro babilônico por desobediência a Palavra de Deus. A mensagem era se apegar à Palavra de Deus. O Senhor estava ensinando isto diretamente ao profeta.


TRANSIÇÃO: Quero vos falar nesta ocasião sobre o crescimento no conhecimento na palavra valendo-me do seguinte tema: A BASE DO CONHECIMENTO DA PALAVRA.



I – ESTÁ NA ACEITAÇÃO DA BÍBLIA COMO PALAVRA INSPIRADA DE DEUS.

a – ‘Ouve o que eu te digo’ (Ez. 2.8).

1. A Palavra de Deus é inspirada e o apelo dos céus é que a recebamos assim: como Palavra inspirada.

2. Por inspirada, entendemos que o Senhor gerou todas as motivações, deu discernimento e sabedoria especiais aos homens santos do passado para registrarem a verdade eterna.

b – Toda a Escritura é inspirada por Deus.

1. Crescer no conhecimento da Palavra de Deus implica em aceitar toda a Bíblia como Palavra inspirada de Deus, para a revelação da verdade salvadora.
a) ‘A qualificação mais importante exigida do leitor da Bíblia não é erudição, mas, sim, rendição; não perícia, mas disposição de ser guiado pelo Espírito de Deus’. Martin Anstey.

2. É preciso conhecer e aceitar toda a Bíblia.
a) Gostamos de ter e de ler a ‘Caixinha de Promessas’, mas não temos a ‘Caixinha de Deveres’.
b) Queremos ter o Evangelho segundo as nossas conveniências, que no dizer do Rev. Juan Carlos Ortiz, é o 5º Evangelho.
c) Aceitamos o ‘Vinde a Mim’ do Senhor Jesus, mas não gostamos do ‘Tomai sobre vós o meu jugo’.
d) ‘A fé vacilará se a autoridade das Escrituras Sagradas perder sua força sobre os homens. Precisamos render-nos à autoridade da Bíblia, pois ela não pode conduzir mal nem ser mal conduzida’. Agostinho.

3. Não há texto na Escritura que não seja Palavra de Deus inspirada, não há texto que não seja para hoje. Muda-se a forma, o contexto, as circunstâncias, mas o princípio divino é eterno. Cabe a nós discernir e aplicar em nossa vida.

4. Só é possível conhecer a Palavra de Deus de forma empírica e plena se houver a aceitação da mesma como inspirada por Deus.
a) ‘O caminho mais curto para entender a Bíblia é aceitar o fato de que Deus está falando em cada linha’. Donald Grey Barnhouse.


II – ESTÁ NA ACEITAÇÃO DA BÍBLIA COMO VERDADE INERRANTE.

a – Escrita por homens, mas verdade isenta de erros.

1. ’Come o que achares’ (Ez. 3.1).
a) A ordem era comer todo o rolo que representava a revelação do Senhor. Toda a Escritura dada deveria ser o alimento do profeta. Isto significa que toda a Escritura era vital ao profeta. Não havia erro ou perigo para o profeta em comer todo o rolo.
b) É a Escritura inerrante?
c) ‘Em parte alguma pode haver falsidade no sentido literal das Escrituras Sagradas’. Tomás de Aquino.

2. As Escrituras Sagradas, a Bíblia, foi sim escrita por homens, mas isenta de erros. Deus tomou todo o devido cuidado, inspirando e capacitando os homens que Ele mesmo escolheu para fazer o registro da sua vontade.
a) I Pe. 1.21 “sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo.”
b) ‘Nenhuma ciência é mais bem comprovada do que a religião da Bíblia’. Isaac Newton.
c) A Bíblia é a Palavra de Deus isenta de erros e contradições.

b – Escrita por homens, mas verdade atuante.

1. A Bíblia é sim, na verdade, escrita por homens, mas é, como alguém já disse, a autobiografia de Deus, nos dando a conhecer e nos fazendo conhecidos, quanto a nossa origem, natureza e espécie, e carregada de poder capaz de transformar nossas vidas pelos seus princípios e mandamentos.
a) ‘Todo o conhecimento que você deseja ter está em um único livro: a Bíblia’. John Wesley.

2. Não existe livro tão lido, nem livro com tamanho poder de atuação e transformação como a Bíblia. É o maior best-seller que o mundo já conheceu.
a) ‘A Palavra de Deus ou é absoluta ou é obsoleta’. Vance Havner.
b) ‘A Bíblia é uma mina de diamantes, um colar de pérolas, a espada do espírito; um mapa pelo qual o cristão navega para a eternidade; o roteiro pelo qual anda todos os dias; o relógio pelo qual acerta sua vida; a balança com a qual pesa suas ações’. Thomas Watson.


III – ESTÁ NA ACEITAÇÃO DA BÍBLIA COMO ALIMENTO SUFICIENTE.

a – ‘Rolo escrito por dentro e por fora’ (Ez. 2.10).

1. Indica que não tinha mais espaço para escrever quaisquer outras coisas, demonstrando com isso que a Bíblia é um livro completo, não havendo mais espaço para novas revelações.

2. Toda a revelação que Deus queria que tivéssemos acerca dele e seu plano de salvação e vida, ou de nós mesmos com respeito ao pecado e salvação, ele a estabeleceu na Bíblia.
a) ‘A Bíblia foi o único livro que Jesus citou, e isso nunca como base para uma discussão, mas para resolver uma questão’ (γεγράπται). Leon Morris.

3. A Palavra de Deus é, portanto alimento suficiente para satisfazer as ansiedades mais profundas de nosso ser.
a) ‘A Bíblia dá a si mesma o nome de alimento. O valor do alimento não está na discussão que ele suscita, mas na nutrição que fornece’. Will H. Houghton.

4. É preciso que cada um tome posse da Escritura como o sustento de Deus para sua vida. Quem dela se alimenta terá forças e nutrição para os momentos de solidão, de provações e de necessidade de orientação e direção para a vida.
a) ‘A Bíblia é uma fonte inesgotável de todas as verdades. A existência da Bíblia é a maior bênção que a humanidade jamais experimentou’. Immanuel Kant.


CONCLUSÃO: Você quer conhecer realmente a Palavra de Deus?
É preciso se aproximar dela como Palavra inspirada de Deus.
É preciso se aproximar dela como Palavra inerrante de Deus.
É preciso se aproximar dela como sendo o único e verdadeiro alimento que dá sustento às nossas vidas em todos os âmbitos e seguimentos da existência.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

A REALIDADE DA FÉ CRISTÃ SE MANIFESTA NO AMOR AOS OPRIMIDOS

Tg. 2. 14-26


OBJETIVO: Apresentar a tese bíblica de que a verdadeira fé só é possível quando demonstrada por uma vida de obras no engajamento do Reino de Deus.


INTRODUÇÃO
: Se a fé é um elemento não visível, se é algo subjetivo, como provar que a possuímos?


CONTEXTO: A Epístola de Tiago, o irmão do Senhor, é desde os tempos mais primitivos do Cristianismo um grande desafio de vida e um termômetro perfeito da fé da Igreja, posto que ela não permite a alma raciocinar os mistérios de Deus e divagar pelos corredores da razão investigativa e discursiva. Ela nos põe diante das situações do cotidiano onde somos chamados a viver a fé. A síntese da carta está na afirmação de Tiago 1:27: ‘A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo’.


TRANSIÇÃO: Como o cristão pode provar que sua fé é verdadeira e está longe de ser mero discurso? Olhando para esta pergunta me proponho refletir nesta oportunidade sobre o tema: A REALIDADE DA FÉ CRISTÃ SE MANIFESTA NO AMOR AOS OPRIMIDOS.






I – A FÉ APENAS DOGMÁTICA PODE SER TEÓRICA.

1. Apenas dizer que crê é prova suficiente de fé?
a) Tiago expressou este conceito de forma tão radical que fechou a porta para a existência de uma fé meramente teórica.
b) Tg. 2.19 ‘Você crê que existe um só Deus? Muito bem! Até mesmo os demônios crêem — e tremem!’.
c) O Senhor Jesus, filho de Maria e José como Tiago, apontou para esta mesma qualidade da fé que foge a esfera teórica, quando disse: ‘Toda árvore que não produz bons frutos é cortada e lançada ao fogo. Assim, pelos seus frutos vocês os reconhecerão! Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus’ (Mt. 7.19-21).

2. Será que existem cristãos que vivem apenas de uma fé falada e pouco praticada?

3. Como reformados, reconhecemos a incapacidade do cristão em ser completamente obediente, contudo não podemos ceder lugar ao comodismo de uma fé fria e sem obras.

4. CFW – CAPÍTULO XVI – DAS BOAS OBRAS.
a) § IV – ‘Os que alcançam pela sua obediência a maior perfeição possível nesta vida estão tão longe de exceder as suas obrigações e fazer mais do que Deus requer, que são deficientes em muitas coisas que são obrigados a fazer’.
b) § II – ‘Estas boas obras, feitas em obediência aos mandamentos de Deus, são o fruto e as evidências de uma fé viva e verdadeira; por elas os crentes manifestam a sua gratidão, robustecem a sua confiança, edificam os seus irmãos, adornam a profissão do Evangelho, tapam a boca aos adversários e glorificam a Deus, cuja feitura são, criados em Jesus Cristo para isso mesmo, a fim de que, tendo o seu fruto em santificação, tenham no fim a vida eterna’.

5. A credencial da verdadeira fé são as obras que a acompanham, portanto não existe salvação sem obras, visto não existir sem obras a fé verdadeira e salvadora.


II – A FÉ SALVADORA É PRÁTICA.

1. Qual é mais fácil de ser demonstrada: a fé ou as obras?
a) Tg. 2.18 ‘Mas alguém dirá: Você tem fé; eu tenho obras. Mostre-me a sua fé sem obras, e eu lhe mostrarei a minha fé pelas obras’.

2. Fé e obras são dois lados de uma mesma moeda: uma não pode existir sem a outra.

3. A religião pura em Tiago não se resume em ser solidário com os que sofrem a exclusão social, mas, também, o cuidado pessoal do ser (guardar a si mesmo da corrupção que há no mundo).
a) Quem você é realmente indica a realidade de sua fé.
b) O que você faz em relação ao oprimido é outro indicativo.
c) Tiago ensinou que o ‘espírito está para o corpo assim como as obras estão para a fé’ (Tg. 2.26).

4. Subtrair qualquer uma destas duas dimensões (Fé e Obras) é macular a pureza da religião proclamada em Tiago e na Escritura como um todo.
a) A Escritura nos questiona assim como Deus a Caim: ‘Onde está teu irmão?’ (Gn. 4:9).
b) A Escritura nos conclama a andar com Deus assim como Deus falou a Abraão: ‘Anda em minha presença e sê perfeito’ (Gn. 17:1).

5. Possuir apenas um bom discurso divorciado da prática pode evidenciar conhecimento e religiosidade, mas nunca serve como atestado da fé verdadeira e salvadora em Cristo Jesus.


III – EXEMPLOS DE PRÁTICA DA FÉ SALVADORA.

1. Martinho Lutero quando do rompimento com a Igreja Católica Romana, em 1517, encontrou certa dificuldade em compatibilizar o ensino de Tiago com os do apóstolo Paulo.
a) O apóstolo Paulo expõe como ninguém a miserabilidade do homem enquanto pecador, e a insuficiência de suas obras para alcançar a salvação por si só.
b) Tiago expõe de forma sucinta e clara que a verdadeira fé se evidencia em frutos ou obras em obediência aos princípios divinos e que agradam a Deus.

2. Tiago, o amado irmão de Jesus Cristo, pinça da história sagrada dois exemplos de pessoas que foram chamadas para ser do povo de Deus e provaram com suas obras.
a) Abraão.
• Tg. 2.21-24 ‘Não foi Abraão, nosso antepassado, justificado por obras, quando ofereceu seu filho Isaque sobre o altar? Você pode ver que tanto a fé como as obras estavam atuando juntas, e a fé foi aperfeiçoada pelas obras. Cumpriu-se assim a Escritura que diz: Abraão creu em Deus, e isso lhe foi creditado como justiça, e ele foi chamado amigo de Deus. Vejam que uma pessoa é justificada por obras, e não apenas pela fé’.
• A fé de Abraão foi uma fé obediente.
b) Raabe.
• Tg. 2.25 ‘Caso semelhante é o de Raabe, a prostituta: não foi ela justificada pelas obras, quando acolheu os espias e os fez sair por outro caminho?’.
• A fé de Raabe foi uma fé obediente.

3. O maior bem que o cristão pode fazer a alguém é conduzir uma pessoa à vida eterna em Cristo, mas isto não o isenta de prestar qualquer tipo de socorro temporal ao oprimido que lhe próximo.


CONCLUSÃO: A realidade da fé cristã se manifesta no amor aos oprimidos.
Ou o cristão prova sua fé através da prática das boas obras em obediência aos preceitos divinos ou não existe verdadeira fé e, por conseguinte não está salvo.
Abençoe outros a sua volta, porque você foi e é abençoado por Deus com a vida eterna e com toda sorte de bênçãos em Cristo.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

COMO PODE O CRISTÃO AMAR OS OPRIMIDOS?

Rm. 12.9-21


OBJETIVO: Ensinar que o cristão deve ser um imitador de Deus e que o amor verdadeiro deve fluir de nossa vida em todas as direções para com os que carecem de amor.

INTRODUÇÃO: ‘Falar é fácil, fazer é que são elas’

CONTEXTO: A Epístola aos Romanos é o mais profundo e detalhado compêndio de teologia retratado na Bíblia. Como faz em todas as cartas, a primeira parte é teórica e a segunda parte prática. Romanos poderia ser dividida da seguinte forma: 1-11 Teoria; 12-16 prática.

TRANSIÇÃO: Colocar em prática qualquer princípio exige certa dose de determinação e disciplina. O tema de nossa reflexão nesta ocasião é a pergunta: COMO PODE O CRISTÃO AMAR OS OPRIMIDOS?


I – O AMOR NÃO É APENAS UM SENTIMENTO.

a – Grande parte dos cristãos baseia sua vida nos sentimentos.

1. É muito comum encontrarmos cristãos em crise existencial com a própria fé ou a sua salvação.
a) Muitos cristãos baseiam a vida cristã apenas nos sentimentos e emoções alcançadas no momento de louvor no culto.
b) Tais cristãos sofrem na fé quando o sentimento e as emoções faltam.
• Não se arrepiaram durante o culto.
• Não sentem que estão salvos em contraste com o próprio pecado que aparece e acontece em sua vida.
• Um dissabor qualquer no relacionamento com outros e o sentimento de culpa sobressai.

2. É aqui que muitos cristãos desanimam da carreira da fé, porquanto o sentimento não está favorável devido a uma série de problemas que possivelmente foram se avolumando.

b – O Amor não é apenas um sentimento.

1. Os ensinos de Jesus e de toda a Escritura é que amemos como Ele nos amou.

2. Se o amor fosse o sentimento, jamais esse mandamento poderia ser praticado. Mas amor é ação positiva em direção a pessoa amada.

3. Ilustração: ‘Amai os vossos inimigos’ (Mt 5.44). A prática deste mandamento não implica em sentimentos, mas em ações positivas na direção daquele que se posiciona como inimigo.

4. Paulo dá a mesma receita neste texto onde se baseia nossa exposição.
a) Rm. 12.14 ‘Abençoem aqueles que os perseguem; abençoem, e não os amaldiçoem’.
b) Rm. 12.17 ‘Não retribuam a ninguém mal por mal. Procurem fazer o que é correto aos olhos de todos’.
c) Rm. 12.20 ‘Ao contrário: Se o seu inimigo tiver fome, dê-lhe de comer; se tiver sede, dê-lhe de beber. Fazendo isso, você amontoará brasas vivas sobre a cabeça dele’.

5. O Amor como um mero sentimento traz decepção e amargura, mas quando encarado como atitude positiva abençoa quem ama e quem é amado.


II – O AMOR É CONDIÇÃO ÚNICA COMO CREDENCIAL DO CRISTÃO.

a – Amar é a credencial do Reino na vida do cristão.

1. O amor não é uma alternativa na vida do cristão. A partir dos princípios exarados nas Escrituras, cristão algum tem o direito de amar ou não amar.

2. Amar é ‘conditio sine qua non’ no caráter daquele que já experimentou o amor de Deus.
a) Rm. 5.5 ‘E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu’.
b) Rm. 12.9-10 ‘O amor deve ser sincero. Odeiem o que é mau; apeguem-se ao que é bom. Dediquem-se uns aos outros com amor fraternal. Prefiram dar honra aos outros mais do que a si próprios’.

3. O cristão que está no processo de crescimento e amadurecimento desenvolve esse amor prático como qualidade da natureza divina nele implantada.

4. Então o amor se transforma em atitudes vai impulsionar o cristão na direção dos oprimidos à sua volta, e suas ações irão afetar a vida dos que carecem de ajuda.

b – Amar os oprimidos não se limita a ajudar pobres e indigentes.

1. Geralmente quando se fala em amar os oprimidos nos vêm à mente de figuras de pessoas em extrema pobreza e miséria.

2. Esse é o quadro típico, mas não é tudo.
a) A sua volta pode haver quadros de extrema pobreza e são de fato pessoas oprimidas que precisam de ajuda material.
b) Mas talvez, à sua volta pode haver pessoas oprimidas apenas na alma, enquanto que financeira e materialmente esta pessoa pode ter com sobra.
• Amar os oprimidos inclui também os oprimidos pelo diabo.
• Amar os oprimidos inclui também os oprimidos por problemas psicológicos que os afligem.
• Amar os oprimidos inclui também os que sofrem opressões dentro de casa com um casamento mau administrado, com pais que são dominadores, com irmãos que exploram os menores, etc...

3. O amor que se transforma em atitudes curativas e restauradoras de toda sorte de opressão é o que Deus espera que cada cristão vivencie, pois seu amor (Άγαπη) já foi derramado no coração de cada um deles quando nasceram de novo em Cristo.

4. Amor ao próximo sem incluir amor pela salvação do próximo é mero humanismo.


III – O AMOR ABRANGE A OBEDIÊNCIA PRÁTICA AOS MANDAMENTOS DO REINO DE DEUS.

a – O poder transformador do Evangelho está na obediência prática e não na fé morta.

1. O Evangelho não transformou mais o mundo porque para muitos o Evangelho é apenas uma mera teoria e religiosidade mística.

2. O Evangelho de fato é místico, pois estabelece um contato com o espiritual, com o sobrenatural, com o místico.

3. O Evangelho também é teórico, pois das verdades fundamentais do Evangelho se depreende diversos conceitos e enunciados para melhor compreensão teológica.

4. Mas o que manifesta o poder transformador do Evangelho de forma visível e mensurável, não só aos olhos do cristão, mas também do mundo ao redor é a prática do amor.
a) Jo. 13.34-35 (NVI) ‘Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros.Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros’.

b – Paulo oferece algumas atitudes práticas para o amor em ação.

1. Rm 12.9 ‘O amor deve ser sincero. Odeiem o que é mau; apeguem-se ao que é bom’.
a) O apego ao bem é uma atitude e não um mero sentimento.

2. Rm. 12.10 ‘Dediquem-se uns aos outros com amor fraternal. Prefiram dar honra aos outros mais do que a si próprios’.
a) Preferir em honra aponta para a maneira como nos relacionamentos na prática uns com os outros.
b) Isto é uma atitude e não um mero sentimento.

3. Rm. 12.11 ‘Nunca lhes falte o zelo, sejam fervorosos no espírito, sirvam ao Senhor’.
b) Fervor é um espírito em ebulição carregado de ações.
c) O fervor de espírito é uma atitude que te eleva em direção a Deus e te leva em direção ao amor prático e não um mero sentimento.

4. Rm. 12.12 ‘Alegrem-se na esperança, sejam pacientes na tribulação, perseverem na oração’.
a) A tríade indispensável para um espírito fervoroso.
• Alegria na esperança.
• Paciência na tribulação.
• Perseverança na oração.
b) ‘As maiores Igrejas do mundo, não tem apenas um sistema de Células onde todos podem participar da vida em comunidade, elas também são conhecidas por sua oração’ .

5. Rm. 12.13 ‘Compartilhem o que vocês têm com os santos em suas necessidades. Pratiquem a hospitalidade’.
a) Compartilhar necessidades implica em ações de socorro e prestação de ajuda, material, emocional ou espiritual.
b) Praticar hospitalidade implica em abrir as portas de sua casa ou abrir seu bolso e oferecer condições de abrigo descente para quem está de passagem e precisando de sua ajuda.

6. Rm. 12.14 ‘Abençoem aqueles que os perseguem; abençoem, e não os amaldiçoem’.
a) Abençoar pode ir muito além de uma palavra distante e muitas vezes vazia e mero clichê evangélico. Qual é o tipo de bênção que a pessoa está precisando no momento?
b) Amaldiçoar também pode ser visto da mesma forma. O sábio Salomão ensina em Provérbios que ‘se você sabe que deve fazer o bem e não o faz, nisto está pecando’.

7. Rm. 12.15 ‘Alegrem-se com os que se alegram; chorem com os que choram’.
a) Alegria pode se manifestar em um sentimento, porém também em atitudes e ações.
b) Chorar pode muitas vezes se dar sem o gotejar de uma única lágrima, mas em ações que consolam quem está em pranto.

8. Rm. 12.16 ‘Tenham uma mesma atitude uns para com os outros. Não sejam orgulhosos, mas estejam dispostos a associar-se a pessoas de posição inferior. Não sejam sábios aos seus próprios olhos’.
a) O orgulho e ufania podem ser sentimentos, mas não ficam apenas no coração, porém se transformam em ações que diminuem o próximo.
b) ‘Ter o mesmo sentimento’ é algo prático como valorização e condescendência e se tornam em atitudes que ajudam o oprimido a se levantar de sua condição de baixa auto-estima e encarar a vida de frente.

9. Rm. 12.17 ‘Não retribuam a ninguém mal por mal. Procurem fazer o que é correto aos olhos de todos’.
a) Paulo fala de ‘esforçai-vos por fazer o bem’ (ARA); e nisto não pode estar presente o mero sentimento, mas o princípio está carregado de ações práticas.

10. Rm. 12.18 ‘Façam todo o possível para viver em paz com todos’.
a) Ter paz é mais que o clichê da Miss Universo: ‘Desejo a paz mundial sobre todos os habitantes do planeta’.
b) O apóstolo usa um advérbio de intensidade e não de tempo: ‘quanto’ e não ‘quando’.
c) Significa que você tem que se empenhar em ações para fazer a paz com todos.

11. Rm. 12.19 ‘Amados, nunca procurem vingar-se, mas deixem com Deus a ira, pois está escrito: Minha é a vingança; eu retribuirei, diz o Senhor’.
a) Há circunstâncias que exigirão a retenção de uma possível ação negativa e em contrapartida deixar tudo nas mãos do Justo e Poderoso Deus, para que Ele tome a vingança e retribua com justiça o mal sofrido pelo fiel.

12. Rm. 12.20 ‘Ao contrário: Se o seu inimigo tiver fome, dê-lhe de comer; se tiver sede, dê-lhe de beber. Fazendo isso, você amontoará brasas vivas sobre a cabeça dele’.
a) É uma outra contrapartida do ensino de Jesus de ‘amar o próprio inimigo’.
b) Havia um ritual egípcio onde um indivíduo para demonstração de seu arrependimento carregava na cabeça uma bacia cheia de carvão em brasas.
c) Tratar a quem te fere com bondade irá fazer sua consciência queimar e envergonhar-se do mau trato.

13. Rm. 12.21 ‘Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem’.
a) Quando o cristão ama através de atos e atitudes sinceras em obediência aos princípios do Reino, até quem é inimigo se torna amigo.
b) Assim é que se vence o mal com o bem.


CONCLUSÃO: Como pode o cristão amar o oprimido? Esta é nossa pergunta temática de hoje. A resposta é simples: ‘Amor em ação’.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

COMO PODE O CRISTÃO AMAR OS OPRIMIDOS?

‘Igreja & Sociedade’, de Rubem Martim Amorese, presbítero e Consultor Legislativo no Senado Federal, é um livro que todos nós não deveríamos deixar de ler apetitosamente. Há logo de entrada uma pitada que incomoda a qualquer cristão: ‘Quando a solidariedade desaparece numa sociedade consumista, superficial e obcecada por sensações novas, resta ao cidadão acuado, sem valores, sem ideais, sem perspectivas e sem esperança, dar uma picada em si mesmo, normalmente na veia’ .
Essa síndrome de escorpião acompanha os oprimidos e desesperados de nossa sociedade. Mais que nunca, como nos ensina o nosso Senhor na segunda Bem-Aventurança, precisamos a prender a chorar. Chorar a nossa própria pecaminosidade, chorar a pecaminosidade do próximo e chorar os efeitos do pecado na vida humana.
Se tornou comum em nossos dias, encontrarmos ONGs envolvidas com o papel que prioritariamente é da Igreja: sofrer com os males causados pelo pecado. Muitas vezes a dor se torna comum e nos tornamos insensíveis acostumando-nos com o sofrimento humano como se tal fosse a normalidade.
Como nos engajar nesta questão? Nosso Rei e Senhor não se olvidou desta questão em seus ensinos e em sua prática. O texto de Atos 10.37-43 é maravilhoso a respeito de nosso Senhor. Quero destacar aqui apenas os versos 37-38: ‘Sabem o que aconteceu em toda a Judéia, começando na Galiléia, depois do batismo que João pregou, como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e poder, e como ele andou por toda parte fazendo o bem e curando todos os oprimidos pelo Diabo, porque Deus estava com ele’ .
A missão de Jesus é a missão da Igreja. Comece, ou continue a tarefa, amando através do anúncio do Evangelho, mas também da prática, que, por mais simples que seja, pode afetar transformar a vida de alguém para sempre.
Rev. Emiliano
ASSUMINDO O COMPROMISSO PARA COM OS OPRIMIDOS

Rubem Alves, em seu livro ‘O Suspiro dos Oprimidos’ aponta para o fato de que ‘dos protozoários ao homem, todos os organismos têm um problema comum a resolver: a sobrevivência ’. É nesta questão que todos estamos inseridos e responsabilizados, na individualidade e na coletividade. A não sobrevivência de um de nós, afeta a todos a sua volta.
Um dos grandes problemas herdados da pecaminosidade afeta a todos nós, é que nos tornamos insensíveis para com a sobrevivência do próximo. Seguindo as linhas da própria Escritura vamos perceber que, tão logo a morte passou a existir em nosso drama humano, a opressão tomou o seu espaço. Encontramos de cara o assassinato de Abel por seu irmão Caim. A Bíblia é uma síntese da história humana e como tal nos permite algumas interrogações: ‘Quando essa opressão que se tornou em morte teve seu início?’; ou ‘Quanto tempo levou entre a insatisfação de Caim em sua relação com Deus frente a serenidade de alma de seu irmão Abel?’. A opressão começou em um dado momento anterior ao fato que seria cabal e desumanamente consumado. A opressão começou no coração de Caim; e Deus, no seu cuidado e interesse de que o homem aprendesse a vencer as forças opositoras e corrosivas do pecado, que a partir da Queda existia em seu interior, procura Caim e lhe diz ‘eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo’ .
A história humana é uma história de opressão. Segundo Marx, citado por Rubem Alves , o homem sobrevive pela incorporação da natureza a si mesmo. Dela se alimenta para sua sobrevivência. Até aí não haveria problema, se o homem, em sua ânsia pela sobrevivência não se alimentasse da vida de seu igual.
Jesus Cristo, como nosso Redentor e Salvador, vem redirecionar a vida do homem que a Ele se entrega de tal forma que o amor e não a opressão seja o comburente que instigue a vida e a sobrevivência. Ser cristão é olhar para o próximo numa atitude de reconstruir o que o pecado destruiu. Olhe a sua volta e assuma o compromisso de socorrer o oprimido.
Rev. Emiliano
ASSUMINDO O COMPROMISSO PARA COM OS OPRIMIDOS

Lc. 10.25-37


OBJETIVO: Ensinar que o cristão precisa ter um coração amável e pronto a socorrer aos que estão em situações de necessidade, como se fosse o próprio Senhor.

INTRODUÇÃO
: Existem várias perguntas sem resposta nas Escrituras. Certamente elas teriam suas respostas; mas por razões de retóricas ou da inspiração, foram deixadas como pontos abertos para que o cristão pense um pouco mais.
– Jesus: ‘Deus meu, Deus meu. Porque me desamparaste?’.
– Paulo: ‘Que diremos pois? É a Lei, pecado?’.
– Caim: ‘Acaso sou eu tutor de meu irmão?’.
Se Deus tivesse que oferecer uma resposta a pergunta de Caim, qual seria a resposta? A resposta à pergunta de Caim certamente seria: ‘Sim, você é’. Isto porque nem o cristão como indivíduo, nem a Igreja como coletividade, estão no vácuo, mas inseridos em um contexto social onde temos laços de solidariedade uns com os outros.
O que é solidariedade? Solidariedade é o sentimento de quem compartilha do sofrimento alheio, ou se propõe a aliviá-lo. Ser solidário refere-se a um laço ou vínculo entre pessoas, nações e grupos sociais, demonstrando apoio, interesse e ajuda em momentos que requerem ações de socorro.

CONTEXTO: O Senhor Jesus, sendo questionado sobre o cumprimento da Lei, leva seus inquiridores a entender que o amor ao próximo é o mandamento que cumpre a Lei.

TRANSIÇÃO: ‘A menor das boas ações é melhor do que a maior das boas intenções’. Jesus ensinou através da parábola do Bom Samaritano o exercício da solidariedade. Quero refletir nesta parábola sob o tema: ASSUMINDO O COMPROMISSO PARA COM OS OPRIMIDOS.

I – OBSTÁCULOS À DEMONSTRAÇÃO DA SOLIDARIEDADE.

a – A hipocrisia religiosa.

1. Os personagens da história: Um homem assaltado, um sacerdote, um levita, um samaritano.

2. Uma releitura: Uma pessoa necessitada, um pastor, um diácono, um descrente.

3. Dr. Russel Shedd: ‘Religiosidade não significa, automaticamente bondade’.

4. Os religiosos daqueles dias foram hipócritas: a solidariedade não foi manifestada.

5. Jesus sempre foi contra a hipocrisia:
5.1 – Mt. 23.27 ‘Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês são como sepulcros caiados: bonitos por fora, mas por dentro estão cheios de ossos e de todo tipo de imundície’.
5.2 – Mt. 23.3 ‘Obedeçam-lhes e façam tudo o que eles lhes dizem. Mas não façam o que eles fazem, pois não praticam o que pregam’.

6. A verdadeira religião:
6.1 – Tg. 1.27 ‘A religião que Deus, o nosso Pai, aceita como pura e imaculada é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades e não se deixar corromper pelo mundo’.

b – Preconceitos.

1. O judeu não mantinha amizade ou relacionamentos com os samaritanos.

2. O preconceito sempre é uma barreira à prática da solidariedade.

3. O texto enfatiza a prática da solidariedade independentemente da raça, religião, etc...

4. Deus não faz acepção de pessoas e cada cristão é chamado a ser imitador de Deus.

c – Indiferentismo.

1. O sacerdote e o levita no texto foram insensíveis ao sofrimento alheio e passaram de largo.

2. Cada oportunidade deve ser aproveitada para fazer o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé.
2.1 – Gl. 6.10 ‘Portanto, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da família da fé’.
2.2 – Cl. 4.5 ‘Sejam sábios no procedimento para com os de fora; aproveitem ao máximo todas as oportunidades’.

3. Muitos são insensíveis e indiferentes, alegando que a responsabilidade de socorro é das autoridades constituídas.

4. É o argumento da ‘lei do menor esforço’.

d – Egoísmo.

1. Na parábola podem-se perceber pelo menos três filosofias:
Filosofia dos salteadores O que é teu é meu; vou tomá-lo.
Filosofia dos religiosos O que é meu é só meu; vou guardá-lo.
Filosofia do samaritano O que é meu é teu; vou repartí-lo.

2. Com certeza, o egoísmo tem dificultado o exercício da solidariedade.

3. Enquanto existir egoísmo, o sofrimento continuará existindo e aumentando no mundo.

4. Os cristãos são desafiados a proceder altruisticamente.


II – ATITUDES QUE PROMOVEM A SOLIDARIEDADE.

a – Responsabilidade.

1. O samaritano entendeu que tinha a responsabilidade de ajudar o outro, como ser humano.

2. A responsabilidade de fazer o bem não é do cristão – é de todo ser humano. Somos uma mesma raça.

3. O Evangelho estimula o cumprimento responsável do dever.

4. Jesus exigiu de seus seguidores essa responsabilidade (Mt. 25.31-46).

b – Renúncia.

1. Só um espírito de renúncia pode se aplicar a fazer o bem aos outros.

2. O samaritano estava imbuído deste espírito:
2.1 – Ele interrompeu a sua viagem.
2.2 – Investiu tempo.
2.3 – Investiu dedicação.
2.4 – Investiu dinheiro.

3. A renúncia não é a anulação de si mesmo, mas uma atitude misericordiosa que procura ajudar o semelhante, com as próprias habilidades e recursos individuais.

c – Sacrifício.

1. O samaritano assumiu o auto-sacrifício para prestar solidariedade.
1.1 – Colocou o assaltado, sujo e ensangüentado, em seu próprio animal.
1.2 – Conduziu-o a uma hospedaria (pensão).
1.3 – Gastou de seus bens.

2. Faríamos isso?
2.1 – Você colocaria o assaltado, sujo e ensangüentado, em seu carro limpo?
2.2 – Você colocaria um drogado ou um bêbado em seu carro para socorro em uma clínica?
2.3 – Você pagaria o hospital ou a Clínica até que o indigente fosse recuperado?

d – Liberalidade.

1. O samaritano demonstrou liberalidade em relação ao assaltado.
1.1 – Seus bens.
1.2 – Seus recursos.

2. É necessário que a Igreja de Cristo assuma o compromisso de agir conforme os princípios do Evangelho.

3. O Pacto de Lausane foi um pacto feito em nome de todos os evangélicos numa reunião ocorrida em 1974, com lideranças evangélicas de todo o mundo buscando a reorientação para a Igreja.

‘Afirmamos que Deus é o Criador e o Juiz de todos os homens. Portanto, devemos partilhar o seu interesse pela justiça e pela reconciliação em toda a sociedade humana, e pela libertação dos homens de toda forma de opressão. Sendo o ser humano feito à imagem de Deus, toda pessoa, sem distinção de raça, religião, cor, cultura, classe social, sexo ou idade, possui uma dignidade intrínseca em razão da qual deve ser servida e respeitada, e não explorada. Aqui também nos arrependemos de nossa negligência e de termos, as vezes, considerado a evangelização e a ação social mutuamente incompatíveis. Embora a reconciliação do homem com o homem não seja reconciliação com Deus, nem a ação social evangelização, nem a libertação política salvação, afirmamos que a evangelização e o envolvimento sócio-político são ambos partes de nosso dever cristão. Ambos são necessárias expressões de nossas doutrinas acerca de Deus e do homem, do nosso amor para com o próximo e da nossa obediência a Jesus Cristo. A mensagem da salvação implica também em uma mensagem de juízo sobre toda forma de alienação, de opressão e discriminação, e não devemos ter medo de denunciar o mal e a injustiça onde quer que existam. Quando alguém recebe a Cristo, nasce de novo no seu Reino e, conseqüentemente, deve buscar não somente manifestar como também divulgar a sua justiça em meio a um mundo ímpio. A salvação que alegamos possuir deve estar nos transformando na totalidade de nossas responsabilidades pessoais e sociais. A fé sem obras é morta.’


CONCLUSÃO: Você conhece situações que carecem de um tratamento solidário?
O que você pode fazer de início?

Você estaria disposto(a) a ser solidário com os menos favorecidos?

domingo, 5 de outubro de 2008

Estará Deus interessado na miséria do mundo?

Tg. 5.1-6
A resposta é sim!
Deus e importa com tudo o que acontece aqui na terra, e com certeza, tem olhado e visto como as pessoas ricas deste mundo tem oprimido os seus irmãos mais pobres.
O dinheiro hoje é o maior mal da sociedade moderna, o dinheiro domina as casas, os palácios, os governos e o judiciário.
O dinheiro é o maior deus do mundo. Por ele as pessoas roubam, mentem, corrompem, casam-se, divorciam-se, matam e morrem.
O problema não é possuir dinheiro, mas ser possuído por ele. Não é pecado ser rico. A riqueza é uma bênção. Em 1Cr 29.12, Davi diz que riquezas e glórias vem do Senhor.
O problema é colocar o coração na riqueza.
A nossa sociedade globalizada não aceita mais os pobres, os valores não estão mais em quem você é no que você tem.
No texto de Tiago ele faz um alerta aos ricos do seu tempo e mostra que:
Deus condena o acúmulo desnecessário de riqueza.
Ler versículo 1,2,3
Naquele tempo se acumulava dinheiro, ouro, prata, mas também terras e quanto mais terras mais produção.
As pessoas ricas daquele tempo estavam pensando em acumular tudo o que fosse possível e Tiago os exorta quanto a ganância que enchia os seus corações, eles só queriam ter, acumular cada vez mais, quanto mais melhor.
Tiago exorta estes ricos a perceberem que, tudo isto que eles estão acumulando, não irá servir para nada, a não ser para sua própria condenação, pois eles estão ligados somente ao dinheiro e desligados de Deus.




Aplicação

Hoje as pessoas estão diferentes, os crentes de hoje, tem outros pensamentos, não é?
Infelizmente a resposta é não, vemos hoje a desigualdade social imperando em nosso mundo, as pessoas só pensam em acumular bens, dinheiro, pois dizem: eu não sei o que vai acontecer no futuro.
Só para vocês terem uma idéia existem empresas mais ricas que países inteiros
A GM é mais rica que a Dinamarca;
A Toyota é mais rica que a África do Sul;
A Ford é mais rica que a Noruega;
O Wal-Mart é mais rico que 161 países;
Bill Gates no ano 2000, teve uma renda líquida de 400 milhões e dólares por semana.
No tempo de Tiago as pessoas acumulavam ouro, jóias, terras e roupas.
Hoje existem pessoas que compram uma roupa só porque está na moda, mas nem se quer irá usar, mas tem que ter.
Pessoas que tem mais de cem ternos no guarda roupa e não usa nem a metade, o consumismo impera no mundo de hoje.
Enquanto pessoas passam fome, não tem onde morar, o que comer ou o que vestir.
Existem pessoa que tem empregada e tudo quanto é resto de comida dão à coitada, no natal pagam o 13° com tristeza e dizem; é a situação está feia se este ano não melhorar eu não sei não. Acabou de comprar um carro novinho, a vista.
Amados, ser rico não é problema, é bênção de Deus, mas o amor a riqueza é.
Deus está interessado na miséria do mundo?
Com certeza, tanto que:

Deus condena a riqueza adquirida ilicitamente
No versículo 4 Tiago condena os ricos que não estavam pagando corretamente o salário dos trabalhadores, eles estavam roubando o salário dos trabalhadores. Os empregados naquela época ou eram escravos ou eram diaristas, ao final de cada jornada de trabalho eles deveriam ser pagos. A família destes trabalhadores dependia da renda diária, atraso no pagamento significava não ter comida na mesa.
O fim da colheita era motivo de alegria e Tiago diz que os campos estão clamando, em vez de alegria, tristeza e ira.
Mas isso foi há muito tempo atrás, hoje é diferente, não é?

Aplicação

Infelizmente não.
Muitas pessoas sofrem com a injustiça de seus patrões, recebem bem menos do que o justo.
No nosso país, vemos este problema estampado nos jornais e telejornais que denunciam o trabalho escravo de crianças e adultos.
Só em 2003 foram libertas 10.700 pessoas, que viviam em regime de escravidão.
Mais ou menos 5,5 milhões de crianças entre 5 e 17 anos que trabalham no país.
Não precisamos ir longe para vermos o problema da pobreza e escravidão, com certeza você vê pessoas pedindo na rua, crianças sozinhas na rua.
Os ricos querem ficar cada vez mais ricos, de qualquer forma, a qualquer preço.





Deus está interessado na miséria do mundo?
Sim, tanto que:

Deus condena a riqueza só para os prazeres e luxúria.

Tiago alerta aos ricos de sua época do perigo de viverem só para os prazeres, depois de aumentarem a riqueza, roubar o assalariado e encherem seus cofres, os ricos podem agora esbanjar seu dinheiro e viver uma vida cheia de prazeres.
Tiago os compara a animais domésticos, não cachorros ou gatos, mais animais que engordamos como as aves e o gado, pois eles comem tudo, mas não sabem o seu fim.
E ele condena os ricos que estão condenando e matando o justo, pois naquela época eles compravam o parecer do juiz e matavam os que se colocavam em seu caminho. Eles manipulavam tudo e todos por causa do seu poder e riqueza.


Aplicação

Mas hoje é diferente não é?
Não, as pessoas em nome e amor ao dinheiro matam qualquer um que esteja em seu caminho, que atrapalhe seus planos de se tornarem mais ricos, vivem somente para os prazeres, vivem como se nunca fossem morrer.
Hoje existe um novo roteiro mundial para os milionários, Dubai, onde se encontra o Burj AL Arab, o maior arranha céus do mundo, hoje.
Foi usado ouro suficiente para cobrir um campo de futebol oficial.
A diária custa 2.000 dólares e a suíte presidencial 13.600 dólares, o traslado do aeroporto até o hotel é feito de helicóptero ou de Rolls-royce, as suítes mais apertadas tem 170m² e um menu de escolha de 13 tipos de travesseiro.
Você acha que mora mal?
Imagine ele que nem tem casa.
Você reclama com seus pais, só porque não deu pra comprar ultimo lançamento da Nike.
Imagine ele que nem tem sapatos.
Você reclama, só porque seus pais te fazem comer legumes, ou porque só tem bife outra vez pra comer.
Imagine ele que morreu após esta foto, porque não tinha o que comer, não havia mais o que fazer quando o fotógrafo chegou, e o seu corpo só serviria para refeição do abutre.
Como eu disse desde o inicio da pregação, ser rico não é problema, o problema é o amor ao dinheiro.
Por isso Jesus disse que era mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha, que um rico entrar no reino dos céus.
Busque crescer, Deus nos deu inteligência para estudarmos, trabalharmos, mas cuidado com a ganância.
Se você é empresário, se cuide, seja no mínimo justo com seus funcionários, pague um salário justo, ajude seus funcionários, não seja um mau pagador, pague suas contas em dia.
Se você é assalariado, cuidado com a ganância que corrompe a alma do homem e o faz desejar aquilo que não é seu.
O amor ao dinheiro te afasta de Deus, te afasta de sua família, dos amigos.
Não pense que isto só serve para os ricos, Deus irá nos cobrar por todas as oportunidades que ele nos deu, se você é rico ele vai te cobrar o que você fez com seu dinheiro, se você é pobre ele irá te cobrar o que você fez com as oportunidades que ele te deu.
Se você tem a oportunidade de só estudar, aproveite bem, pois muitos não sabem se quer escrever o próprio nome.
Tudo o que Deus nos deu, bens, família, amigos e dinheiro, são para vivermos melhor e para ajudarmos a quem precisa.
Como você tem cuidado do seu dinheiro
Das suas finanças;
Da sua família;
Você tem confiado mais na sua provisão ou no Deus da providência, o Deus provedor.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

QUAIS OS BENEFÍCIOS DE MEU CRESCIMENTO ESPIRITUAL?

II Pe. 1.8-11


OBJETIVO: Ensinar que o cristão que cresce rumo à maturidade alcança benefícios para si, para outros e para o Reino de Deus.

INTRODUÇÃO: O Evangelho é o poder de Deus que pode transformar pessoas, famílias ou civilizações inteiras.

CONTEXTO
: O apóstolo Pedro está tratando com Igrejas na antiga região asiática que estavam sendo infiltradas por conceitos gnósticos, ensinando que o que importa é apenas a relação espiritual do homem com Deus e que não há responsos da espiritualidade em nossa vida neste mundo. Pedro diz que a qualidade de nossa vida neste mundo é que atesta e confirma de fato se somos ou não cristãos; e que o crescimento espiritual é a marca dominante de uma espiritualidade viva.

TRANSIÇÃO: Você está crescendo espiritualmente, ou conserva apenas a lembrança de uma conversão acontecida no passado?
Sua maturidade espiritual é relevante ao tempo de sua conversão?
Quero abordar nesta oportunidade sobre o seguinte tema: QUAIS OS BENEFÍCIOS DE MEU CRESCIMENTO ESPIRITUAL?



I – NÃO CRESCER ESPIRITUALMENTE PRODUZ DANO
.

a – Todas as coisas que conduzem à vida e piedade nos são dadas.

1. As sementes de uma nova vida não são meramente semeadas a cada dia na vida do cristão, como numa tentativa de reabilitá-lo, mas uma nova natureza lhe é implantada quando do novo nascimento.
a) Nascer de novo (Jo. 3.5 ‘necessário vos é’).
b) Nova criação (I Co. 5.17 ‘Se alguém está, ..., é’.).
c) Novo homem (Cl. 3.10 ‘... vos revestistes de um novo homem’).

2. Cada cristão ‘nasce de novo’ com vida sadia e potencial para a maturidade.
a) II Pe. 1.3 ‘Visto que pelo seu divino poder nos tem sido doadas todas as coisas que nos conduzem à vida e piedade’.
b) Ef. 1.3 ‘Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo’.

3. O apóstolo Pedro fala que ‘estas coisas existindo em vós’; que coisas são estas?
a) Os degraus da escada do crescimento.
b) Cada uma daquelas virtudes já foi implantada como parte do caráter do novo homem em Cristo Jesus.
c) Cabe agora o cristão, diligentemente trabalhar para seu desenvolvimento e amadurecimento.

4. Pedro fala também que ‘estas coisas’ deverão estar sempre aumentando num exercício contínuo.
a) II Pe. 1.8 ‘estas coisas existindo em vós e em vós aumentando’.
b) Michael Green: ‘A falta de crescimento espiritual, é um sinal da morte espiritual’ .

b – Alguns danos tangíveis na vida dos cristãos que não crescem.

1. São inativos.
a) A vida eterna oferecida graciosamente por Deus, não é apenas uma espécie de vida sem pecado num local paradisíaco.
b) Jo. 17.3 ‘E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti e a Jesus Cristo a quem enviaste’.
c) A palavra utilizada aqui por Pedro é ‘Argos’ (Άργος), e significa: ‘desempregado’; ‘ocioso’; ‘preguiçoso’ e ‘inútil’.
d) Champlin: ‘O crescimento espiritual impede a preguiça que leva a inutilidade’ .

2. São infrutuosos.
a) Aqueles que estão sempre se desenvolvendo no relacionamento com o Espírito Santo de Deus se tornam cada vez mais frutíferos.
b) Champlin: ‘O Espírito Santo cultiva o desenvolvimento espiritual em nós; se lhe permitirmos tal cultivo, Ele nunca nos deixará espiritualmente estéreis’ .
c) Aqueles que não conhecem a Deus de forma experimental não têm produtividade real em suas vidas.

3. São cegos.
a) Champlin: ‘Aqueles que, espiritualmente, têm tais deficiências, são os que não interesse pelo desenvolvimento espiritual. Não se esforçam por aumentar no conhecimento espiritual; são teístas teóricos, mas ateus práticos. Seu interesse se limitas às coisas terrenas. Não dão nem cinco minutos por dia à inquirição espiritual séria. Passam pouco tempo com Cristo, e gastam muito tempo consigo mesmos; razão pela qual as vantagens pessoais do mundo lhe parecem muito mais reais do que Cristo e o mundo eterno’ .
b) Pedro trabalha aqui com um trocadilho de palavras que podem significar ‘cegos’ ou ‘míopes’.
c) Pedro diz que tais pessoas vêem só o que está perto. São pessoas que não conseguem ver as regiões celestiais e se contentam com a periferia da vida.

4. São esquecidos da purificação de seus pecados de outrora.
a) Ao nascer de novo o cristão é limo, é lavado é regenerado.
b) O processo não pára aí. É preciso continuar a obra de santificação que é de parceria com Deus através do Espírito Santo.
c) Quanto o cristão fica estagnado, o processo paralisa, sua memória fossiliza e não consegue mais perceber a grandeza da obra de Deus em sua vida.


II – O MEU CRESCIMENTO ESPIRITUAL ME AUTO-BENEFICIA E BENEFICIA OUTROS.

a – A raça humana participa de uma solidariedade intrínseca.

1. ‘Ninguém é uma ilha isolada no oceano da vida’, já disse o poeta.

2. Nossas vidas tocam e afetam as vidas de pessoas ao nosso lado constantemente, para melhor ou para pior.

b – Como o crescimento espiritual beneficia ao próprio cristão.

1. O crescimento espiritual torna o cristão ativo no Reino de Deus, proclamando e testemunhando as verdades transformadoras da graça.

2. O crescimento espiritual torna o cristão frutífero em todos os âmbitos de sua vida, seja moral, ética, social e espiritual.

3. O crescimento espiritual torna o cristão com boa visão espiritual sobre o que está perto e sobre o que está longe.

4. O crescimento espiritual, possibilitando boa visão, torna o caminhar do cristão seguro, de modo a não tropeçar.

5. O crescimento espiritual possibilita a ampla entrada pelos portões do Reino de Deus.
a) ‘Amplamente suprida a entrada no Reino’ → aponta para as honrarias de um vencedor olímpico chegando em sua cidade natal; ou um rei entrando vitorioso na capital após a conquista de seu país oponente, trazendo riquezas e despojos.
b) Sl. 24.7-10 ‘Abram-se, ó portais; abram-se, ó portas antigas, para que o Rei da glória entre. Quem é o Rei da glória? O Senhor forte e valente, o Senhor valente nas guerras. Abram-se, ó portais; abram-se, ó portas antigas, para que o Rei da glória entre. Quem é esse Rei da glória? O Senhor dos Exércitos; ele é o Rei da glória!’.
c) A entrada no Reino para aquele que cresceu, amadureceu, se tornou produtivo e ativo, será com muita pompa, glória e galardões.

c – Como o crescimento espiritual beneficia aos outros.

1. O cristão pode afetar para melhor a vida de muitas pessoas a sua volta de múltiplas formas:
a) Socorrendo socialmente o indivíduo com atos de caridade e bondade.
b) Abençoando outros com fortalecimento emocional, consolo e apoio.
c) Abençoando outros com bênçãos espirituais temporais, como graças alcançadas mediante a intercessão ou a aplicação da Palavra de Deus em situações específicas.

2. Contudo e, certamente, a melhor forma de se afetar a vida de alguém é afetá-lo quanto ao seu destino eterno, e isto o cristão só pode fazer se intencionalmente buscar o perdido através da proclamação da boa nova de salvação, através do testemunho, discipulado e acompanhamento.
a) Dn. 12.3 ‘Os que forem sábios, porém resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os eu a muitos conduzirem à justiça, como as estrelas, sempre e eternamente’.


CONCLUSÃO: Cresça!
Abençoe a sua vida!
Abençoe a vida de outros!
Seja uma testemunha fiel para a glória de Deus!

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

O NANISMO ESPIRITUAL É POSSÍVEL NA VIDA DO CRISTÃO?

Hb. 5.11-14


OBJETIVO: Ensinar que cristãos que não chegam à maturidade e sempre são como bebês espirituais, precisam superar pequenos obstáculos e caminhar rumo ao crescimento espiritual.

INTRODUÇÃO: Justo González, historiador da Igreja Cristã, lançou ‘UMA HISTÓRIA ILUSTRADA DO CRISTIANISMO’ em dez volumes, sendo o segundo volume intitulado de ‘A Era dos Gigantes’. Nele o autor se refere aos grandes nomes do cristianismo que se seguiram ao fim das perseguições à Igreja, a partir do quarto século. Nele encontramos gigantes da fé como Atanásio de Alexandria; os grandes Capadócios como Macrina da Capadócia, Basílio, o Grande, Gregório de Nissa e Gregório de Nazianzo; Ambrósio de Milão; João Crisóstomo; Jerônimo e Agostinho de Hipona.
Há na História do cristianismo muitos gigantes da fé. Todos nós somos chamados ao crescimento e desenvolvimento normal de nossa vida cristã. Porém nem todos são ou serão gigantes.

CONTEXTO: Esta Epístola é escrita para crentes judeus que não estavam desenvolvendo corretamente a vida cristã.

TRANSIÇÃO: Considerando o tempo que você é cristão, acha que está crescendo na medida certa?


I – A REALIDADE DO NANISMO ESPIRITUAL.

a – O nanismo na história humana.

1. Nanismo é uma doença que provoca um crescimento esquelético anormal, que geralmente resulta em um indivíduo de baixa estatura, inferior à da média populacional.

2. Você conhece ou já viu uma pessoa raquítica ou um anãozinho?

3. Podemos até mesmo achar bonitinho, mas por detrás de tal pessoa há uma série de doenças e anomalias que complicam sua vida ou de outras pessoas que estão por perto.

b – O nanismo espiritual na Bíblia.

1. As Escrituras é o Manual da Maturidade Cristã. Como na utilização de qualquer produto, se não usarmos o manual haverá possível prejuízo.

2. As Escrituras afirmam pessoas na comunidade cristã que já podiam ser mestres, ainda eram crianças.
a) I Co. 3. 1-2 ‘Irmãos, não lhes pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a crianças em Cristo. Dei-lhes leite, e não alimento sólido, pois vocês não estavam em condições de recebê-lo. De fato, vocês ainda não estão em condições, porque ainda são carnais’.
b) Hb. 5.12 ‘Embora a esta altura já devessem ser mestres, vocês precisam de alguém que lhes ensine novamente os princípios elementares da palavra de Deus’.

3. Calvino ‘Com o fim de fazê-los ainda mais envergonhados, de si mesmos ele (o autor aos Hebreus) usa a Palavra “primeiros princípios”, justamente como alguém fala do alfabeto’ .


II – AS CAUSAS DO NANISMO ESPIRITUAL.

a – Causas comuns no nanismo físico.

1. Causas genéticas.
a) Nanismo pituitário: O nanismo pituitário gera baixa estatura, porém o corpo é proporcional. Adultos com esse tipo de nanismo chega a medir 1,50m, pode causar atraso no desenvolvimento sexual. É causado por um problema na glândula pituitária, também conhecida como hipófise responsável pela produção do hormônio do crescimento.
b) Nanismo por acondroplasia é a chamada deficiência dos anões, pois gera indivíduos de baixa estatura, normalmente com altura inferior a 1,50m. Com aumento do perímetro cefálico e membros curtos.

2. Causas emocionais.
a) Privação emocional extrema pode retardar o crescimento, aparentemente por inibição hipotalâmica do hormônio liberador de crescimento (GRH).
b) Caracteristicamente o meio familiar é pobre e desordenado.
c) A criança pode ser negligenciada, isolada e sofrer abuso.
d) A volta do crescimento normal ocorre rapidamente após a remoção da criança do ambiente opressivo.

3. Causas alimentares.
a) A desnutrição na infância pode influenciar no raquitismo ou nanismo de uma pessoa.
b) As possíveis correções precisam se dar ainda na infância, antes da maturação do organismo.

4. Causas ambientais.
a) Os pigmeus africanos são o melhor exemplo desse tipo de nanismo.

b – Causas comuns no nanismo espiritual.

1. Nossa natureza pecaminosa:
a) O pecado que habita em nós, faz guerra contra nossa alma. É a velha natureza pecaminosa lutando contra a nova natureza em Cristo.
b) João Calvino ‘Somos continuamente impedidos, ou por nossa rebelião, ou pelos cuidados deste mundo, ou pela luxúria de nossa carne’ .
c) O pecado que habita em nós gera atitudes de indolência, negligência e nos tornamos preguiçosos contentando em sermos crianças e anões espirituais.
d) Lutar contra o pecado é lutar contra nós mesmos.

2. O mundo.
a) O mundo nas Escrituras é o sistema de vida a nossa volta, entrelaçado com o pecado.
b) O mundo exerce forte influência em nosso crescimento. Por isso o apóstolo João admoesta: ‘Não ameis o mundo’ (I Jo. 2. 15).

3. O Diabo.
a) O diabo representa toda a casta angelical que se rebelou contra Deus, o Criador, e se insurge contra a humanidade.
• Levou a humanidade à Queda.
• Continua sendo o enganador das nações.
• É preciso vigiar, pois anda ao derredor dos salvos.
b) Cristãos que não vigiam são envolvidos pelo diabo em tantas outras coisas, mesmo não pecaminosas, para desviá-las do crescimento.

4. Comparando o nanismo físico com espiritual.
a) Em paralelo ao nanismo oriundo de causas emocionais, crianças que não tiveram o devido cuidado e amor, assim também cristãos que não são discipulados e treinados logo após o novo nascimento poderão sedimentar seu crescimento em um nível pequeno e acomodar-se como se este fosse o seu máximo.
b) Igualmente ao nanismo por causas alimentares, o cristão novo que não recebe ou não busca a devida alimentação ficará sem desenvolvimento espiritual.
• Hb. 5.13-14 ‘Estão precisando de leite, e não de alimento sólido! Quem se alimenta de leite ainda é criança, e não tem experiência no ensino da justiça. Mas o alimento sólido é para os adultos, os quais, pelo exercício constante, tornaram-se aptos para discernir tanto o bem quanto o mal’.
c) Como há nanismo ligado a causas ambientais, devemos refletir se nosso ambiente como Igreja local proporciona o crescimento dos novos na fé, ou se apenas fazemos programas para distraí-los.


III – A CURA DO NANISMO ESPIRITUAL.

a – Os estímulos do Espírito Santo.

1. O Espírito Santo é o Mestre incansável, longânimo e persistente, que não desiste de nos ensinar.

2. Calvino ‘Devemos aprender ao longo de toda a vida, porquanto verdadeiramente sábio é aquele que sabe quão longe se acha do perfeito conhecimento’ .

b – Os estímulos dos Mestres.

1. Donald Guthrie: ‘A comunicação de uma compreensão plena da mensagem cristã, só pode acontecer se os cristãos maduros instruírem os cristãos imaturos’ .

2. Encontramos na Bíblia exortações para darmos ouvidos àqueles que o Senhor colocou como mestres sobre nossa vida
a) Is. 30.21 ‘Quer você se volte para a direita quer para a esquerda, uma voz atrás de você lhe dirá: “Este é o caminho; siga-o”’.
b) Hb. 13.17 ‘Obedeçam aos seus líderes e submetam-se à autoridade deles. Eles cuidam de vocês como quem deve prestar contas. Obedeçam-lhes, para que o trabalho deles seja uma alegria e não um peso, pois isso não seria proveitoso para vocês’.

c – A determinação pessoal.

1. A disciplina pessoal é essencial para qualquer pessoa que queira desenvolver-se e adquirir habilidade em qualquer área a que lhe seja afeta.

2. Calvino ‘Poucos são aqueles que se disciplinam a fazer um balanço do tempo passado, ou que se preocupam com o tempo por vir... a maioria de nós dissipa sua vida nos estágios elementares como crianças’ .

3. O vs. 14 (ARA), usa a expressão ‘pela prática’ (διά τήν έχιν), que podem ser traduzidas ‘pelo hábito’.
a) Peritos da educação ensinam que é preciso pelo menos 21 dias para se formar um hábito.
b) São necessários determinação, disciplina e persistência por parte daqueles que desejam crescer espiritualmente.

4. ‘Não é a teologia que faz de um homem de valor aquilo que ele é, mas sim, a "trabalhologia"!’ (Leslie Carter).


CONCLUSÃO: Não se permita ser um anão espiritual.
O Pai espera que cheguemos à maturidade.

O NANISMO ESPIRITUAL É POSSÍVEL NA VIDA DO CRISTÃO?

Hb. 5.11-14


OBJETIVO: Ensinar que cristãos que não chegam à maturidade e sempre são como bebês espirituais, precisam superar pequenos obstáculos e caminhar rumo ao crescimento espiritual.

INTRODUÇÃO: Justo González, historiador da Igreja Cristã, lançou ‘UMA HISTÓRIA ILUSTRADA DO CRISTIANISMO’ em dez volumes, sendo o segundo volume intitulado de ‘A Era dos Gigantes’. Nele o autor se refere aos grandes nomes do cristianismo que se seguiram ao fim das perseguições à Igreja, a partir do quarto século. Nele encontramos gigantes da fé como Atanásio de Alexandria; os grandes Capadócios como Macrina da Capadócia, Basílio, o Grande, Gregório de Nissa e Gregório de Nazianzo; Ambrósio de Milão; João Crisóstomo; Jerônimo e Agostinho de Hipona.
Há na História do cristianismo muitos gigantes da fé. Todos nós somos chamados ao crescimento e desenvolvimento normal de nossa vida cristã. Porém nem todos são ou serão gigantes.

CONTEXTO: Esta Epístola é escrita para crentes judeus que não estavam desenvolvendo corretamente a vida cristã.

TRANSIÇÃO: Considerando o tempo que você é cristão, acha que está crescendo na medida certa?


I – A REALIDADE DO NANISMO ESPIRITUAL.

a – O nanismo na história humana.

1. Nanismo é uma doença que provoca um crescimento esquelético anormal, que geralmente resulta em um indivíduo de baixa estatura, inferior à da média populacional.

2. Você conhece ou já viu uma pessoa raquítica ou um anãozinho?

3. Podemos até mesmo achar bonitinho, mas por detrás de tal pessoa há uma série de doenças e anomalias que complicam sua vida ou de outras pessoas que estão por perto.

b – O nanismo espiritual na Bíblia.

1. As Escrituras é o Manual da Maturidade Cristã. Como na utilização de qualquer produto, se não usarmos o manual haverá possível prejuízo.

2. As Escrituras afirmam pessoas na comunidade cristã que já podiam ser mestres, ainda eram crianças.
a) I Co. 3. 1-2 ‘Irmãos, não lhes pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a crianças em Cristo. Dei-lhes leite, e não alimento sólido, pois vocês não estavam em condições de recebê-lo. De fato, vocês ainda não estão em condições, porque ainda são carnais’.
b) Hb. 5.12 ‘Embora a esta altura já devessem ser mestres, vocês precisam de alguém que lhes ensine novamente os princípios elementares da palavra de Deus’.

3. Calvino ‘Com o fim de fazê-los ainda mais envergonhados, de si mesmos ele (o autor aos Hebreus) usa a Palavra “primeiros princípios”, justamente como alguém fala do alfabeto’ .


II – AS CAUSAS DO NANISMO ESPIRITUAL.

a – Causas comuns no nanismo físico.

1. Causas genéticas.
a) Nanismo pituitário: O nanismo pituitário gera baixa estatura, porém o corpo é proporcional. Adultos com esse tipo de nanismo chega a medir 1,50m, pode causar atraso no desenvolvimento sexual. É causado por um problema na glândula pituitária, também conhecida como hipófise responsável pela produção do hormônio do crescimento.
b) Nanismo por acondroplasia é a chamada deficiência dos anões, pois gera indivíduos de baixa estatura, normalmente com altura inferior a 1,50m. Com aumento do perímetro cefálico e membros curtos.

2. Causas emocionais.
a) Privação emocional extrema pode retardar o crescimento, aparentemente por inibição hipotalâmica do hormônio liberador de crescimento (GRH).
b) Caracteristicamente o meio familiar é pobre e desordenado.
c) A criança pode ser negligenciada, isolada e sofrer abuso.
d) A volta do crescimento normal ocorre rapidamente após a remoção da criança do ambiente opressivo.

3. Causas alimentares.
a) A desnutrição na infância pode influenciar no raquitismo ou nanismo de uma pessoa.
b) As possíveis correções precisam se dar ainda na infância, antes da maturação do organismo.

4. Causas ambientais.
a) Os pigmeus africanos são o melhor exemplo desse tipo de nanismo.

b – Causas comuns no nanismo espiritual.

1. Nossa natureza pecaminosa:
a) O pecado que habita em nós, faz guerra contra nossa alma. É a velha natureza pecaminosa lutando contra a nova natureza em Cristo.
b) João Calvino ‘Somos continuamente impedidos, ou por nossa rebelião, ou pelos cuidados deste mundo, ou pela luxúria de nossa carne’ .
c) O pecado que habita em nós gera atitudes de indolência, negligência e nos tornamos preguiçosos contentando em sermos crianças e anões espirituais.
d) Lutar contra o pecado é lutar contra nós mesmos.

2. O mundo.
a) O mundo nas Escrituras é o sistema de vida a nossa volta, entrelaçado com o pecado.
b) O mundo exerce forte influência em nosso crescimento. Por isso o apóstolo João admoesta: ‘Não ameis o mundo’ (I Jo. 2. 15).

3. O Diabo.
a) O diabo representa toda a casta angelical que se rebelou contra Deus, o Criador, e se insurge contra a humanidade.
• Levou a humanidade à Queda.
• Continua sendo o enganador das nações.
• É preciso vigiar, pois anda ao derredor dos salvos.
b) Cristãos que não vigiam são envolvidos pelo diabo em tantas outras coisas, mesmo não pecaminosas, para desviá-las do crescimento.

4. Comparando o nanismo físico com espiritual.
a) Em paralelo ao nanismo oriundo de causas emocionais, crianças que não tiveram o devido cuidado e amor, assim também cristãos que não são discipulados e treinados logo após o novo nascimento poderão sedimentar seu crescimento em um nível pequeno e acomodar-se como se este fosse o seu máximo.
b) Igualmente ao nanismo por causas alimentares, o cristão novo que não recebe ou não busca a devida alimentação ficará sem desenvolvimento espiritual.
• Hb. 5.13-14 ‘Estão precisando de leite, e não de alimento sólido! Quem se alimenta de leite ainda é criança, e não tem experiência no ensino da justiça. Mas o alimento sólido é para os adultos, os quais, pelo exercício constante, tornaram-se aptos para discernir tanto o bem quanto o mal’.
c) Como há nanismo ligado a causas ambientais, devemos refletir se nosso ambiente como Igreja local proporciona o crescimento dos novos na fé, ou se apenas fazemos programas para distraí-los.


III – A CURA DO NANISMO ESPIRITUAL.

a – Os estímulos do Espírito Santo.

1. O Espírito Santo é o Mestre incansável, longânimo e persistente, que não desiste de nos ensinar.

2. Calvino ‘Devemos aprender ao longo de toda a vida, porquanto verdadeiramente sábio é aquele que sabe quão longe se acha do perfeito conhecimento’ .

b – Os estímulos dos Mestres.

1. Donald Guthrie: ‘A comunicação de uma compreensão plena da mensagem cristã, só pode acontecer se os cristãos maduros instruírem os cristãos imaturos’ .

2. Encontramos na Bíblia exortações para darmos ouvidos àqueles que o Senhor colocou como mestres sobre nossa vida
a) Is. 30.21 ‘Quer você se volte para a direita quer para a esquerda, uma voz atrás de você lhe dirá: “Este é o caminho; siga-o”’.
b) Hb. 13.17 ‘Obedeçam aos seus líderes e submetam-se à autoridade deles. Eles cuidam de vocês como quem deve prestar contas. Obedeçam-lhes, para que o trabalho deles seja uma alegria e não um peso, pois isso não seria proveitoso para vocês’.

c – A determinação pessoal.

1. A disciplina pessoal é essencial para qualquer pessoa que queira desenvolver-se e adquirir habilidade em qualquer área a que lhe seja afeta.

2. Calvino ‘Poucos são aqueles que se disciplinam a fazer um balanço do tempo passado, ou que se preocupam com o tempo por vir... a maioria de nós dissipa sua vida nos estágios elementares como crianças’ .

3. O vs. 14 (ARA), usa a expressão ‘pela prática’ (διά τήν έχιν), que podem ser traduzidas ‘pelo hábito’.
a) Peritos da educação ensinam que é preciso pelo menos 21 dias para se formar um hábito.
b) São necessários determinação, disciplina e persistência por parte daqueles que desejam crescer espiritualmente.

4. ‘Não é a teologia que faz de um homem de valor aquilo que ele é, mas sim, a "trabalhologia"!’ (Leslie Carter).


CONCLUSÃO: Não se permita ser um anão espiritual.
O Pai espera que cheguemos à maturidade.

COMO EU POSSO CRESCER ESPIRITUALMENTE

II Pe. 1.3-7


OBJETIVO: Ensinar que Deus nos predispôs com mecanismos e disciplinas espirituais para crescermos rumo à maturidade.

INTRODUÇÃO: Muitas vezes não é fácil vencer certos obstáculos se não recebermos condições externas.
• Como um deficiente cadeirante poderia entrar em um ônibus se este não for acoplado com plataforma de embarque?
• Um deficiente físico que se utiliza de uma cadeira de rodas, como poderia andar sozinho em boa parte das calçadas de nossa cidade?
• Como poderíamos crescer se o próprio Deus não nos capacitasse com seu poder para isso?

CONTEXTO: O apóstolo Pedro assevera, desde o início desta Epístola, que os cristãos devem desenvolver-se espiritualmente, estar em tal grau de maturidade que não sejam enganados pelos lobos vorazes que sempre rondarão o rebanho (II Pe. 2.1-3).

TRANSIÇÃO: Se o alvo de Deus para cada cristão é que sejamos imitadores de Cristo, como você percebe seu crescimento de forma prática?


I – A PROPOSTA DO CRESCIMENTO ESPIRITUAL.

a – Deus dá ferramentas para cada cristão crescer espiritualmente.

1. Pedro estimula o desenvolvimento do cristão, mas não às suas próprias expensas, porém afirma que o próprio Senhor habilita seus filhos com ferramentas e meios para alcançar tal fim.
a) II Pe. 1.3 ‘Visto que pelo seu divino poder nos tem sido doadas todas as coisas que nos conduzem à vida e piedade’.
b) II Pe. 1.4 ‘Nos têm sido doadas suas preciosas e mui grandes promessas’.

2. Objetivos das doações das ferramentas de Deus:
a) II Pe. 1.3 ‘que nos conduzem à vida e à piedade’.
b) II Pe. 1.4 ‘Para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina’ (Rm. 8.29).
c) II Pe. 1.4 ‘Para que possais ser livres das paixões que há no mundo’.

3. Fica claro que o crescimento espiritual almejado e possibilitado por Deus ao cristão mediante ferramentas específicas, visa sua libertação e transformação.

4. Cada cristão ‘nasce de novo’ com vida sadia e potencial para a maturidade
a) II Pe. 1.3 ‘Visto que pelo seu divino poder nos tem sido doadas todas as coisas que nos conduzem à vida e piedade’.
b) Ef. 1.3 ‘Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo’.

5. Uma criança sadia pode se desenvolver ou não. Depende do que? (alimentação, disciplinas, exercícios).


II – PORQUE PRECISO CRESCER ESPIRITUALMENTE?

a – Eu preciso crescer espiritualmente porque o pecado ainda continua habitando em mim como força corrosiva.

1. As Escrituras Sagradas falam sobre a pecaminosidade humana desde as primeiras até suas últimas páginas.

2. O pecado é uma enfermidade que atinge a todos os seres humanos, desde a queda de nossos primeiros pais.
a) Rm. 5.12 (NTLH) ‘O pecado entrou no mundo por meio de um só homem, e o seu pecado trouxe consigo a morte. Como resultado, a morte’.
b) I Re. 8.46 (NTLH) ‘Quando pecarem contra ti, pois não há ninguém que não peque, ...’.
c) Rm. 3.23 (NTLH) ‘Todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus’.

3. Basta ler, ver ou ouvir os noticiários para percebermos a maldade que impera e opera dentro do ser humano.

b – Eu preciso crescer espiritualmente porque há falsos mestres e doutrinas enganadoras à minha volta.

1. Na II Epístola o apóstolo, em diversos versículos, nos adverte sobre tais riscos:
a) II Pe. 2.1-3 (NVI) ‘No passado surgiram falsos profetas no meio do povo, como também surgirão entre vocês falsos mestres. Estes introduzirão secretamente heresias destruidoras, chegando a negar o Soberano que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. Muitos seguirão os caminhos vergonhosos desses homens e, por causa deles, será difamado o caminho da verdade. Em sua cobiça (ARA: movidos por avareza, farão comércio de vós), tais mestres os explorarão com histórias que inventaram’.
b) II Pe. 2.12-14 (NVI) ‘Mas eles difamam o que desconhecem e são como criaturas irracionais, guiadas pelo instinto, nascidas para serem capturadas e destruídas; serão corrompidos pela sua própria corrupção! Eles receberão retribuição pela injustiça que causaram’.
c) II Pe. 2.17-18 (NVI) ‘Esses homens são fontes sem água e névoas impelidas pela tempestade. A escuridão das trevas lhes está reservada, pois eles, com palavras de vaidosa arrogância e provocando os desejos libertinos da carne, seduzem os que estão quase conseguindo fugir daqueles que vivem no erro’.

2. Ao lermos as advertências de Pedro, parece-nos que o mesmo estava diante de uma bola de cristal, como nos contos de fadas, e vendo tudo o que se passa em nossos dias.

c – Eu preciso crescer espiritualmente porque o mundo necessita de cristãos maduros para uma evangelização eficiente.

1. Pedro escreve aos cristãos da Ásia Menor (atual Turquia) incentivando-os a compartilhar por palavras e obras, mesmo em meio a perseguições e sofrimentos, o Evangelho da salvação em Cristo Jesus.

2. Somente cristãos maduros fazem verdadeira diferença na vida das pessoas a sua volta.

3. O mundo a nossa volta espera ver Cristo ser manifesto na vida de cada cristão.


III – O CAMINHO DO CRESCIMENTO ESPIRITUAL.

a – Todo cristão é chamado e capacitado ao crescimento.

1. O apóstolo Pedro constrói uma escada que deve ser paulatina e continuadamente seguida por cada um de n´s na busca pelo crescimento diário.

2. Não é uma escada que simplesmente começa no início da vida cristã e depois de algum tempo você está em um grau de maturidade e perfeição.

3. É uma escada que deve ser seguida diariamente, e no processo cumulativo, refletirá ao longo de nossa vida no aperfeiçoamento e maturidade cristã.

4. O apóstolo Pedro concita cada cristão reunir toda a diligência, isto é o esforço humano associado às doações divinas.
a) II Pe. 1.5 ‘Por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência...’.
b) Champlim : ‘O esforço humano é aqui ordenado; e, de fato, a inquirição espiritual não poderia existir sem isso. Adicionamos nossa diligência às promessas divinas’.
c) Ilustração: ‘As promessas de emagrecimento fácil divorciadas do esforço dos interessados não resultará em nada além de frustração’.

b – A escada rumo ao crescimento e maturidade.

1. Pedro coloca como sopé desta escada o primeiro princípio ativo na vida cristã, a fé (vs. 5).
a) A fé cristã é a aceitação inicial do amor de Deus, aquela resposta à sua graciosa disposição de nos receber.
b) A fé é a pedra fundamental sobre a qual estão edificadas as virtudes que se seguem.

2. Pedro assenta o segundo degrau como sendo a virtude.
a) A palavra ‘virtude’ é uma palavra rara no grego bíblico e significa ‘excelência’.
b) É um termo usado para denotar o devido cumprimento de qualquer coisa.
• A excelência de uma faca é cortar.
• A excelência de um cavalo é correr.
• Qual a excelência de um homem cristão, senão a varonilidade que é a semelhança de Cristo?
c) Esta excelência não pode ser adquirida a não ser através de encontros pessoais e contínuos com Cristo mediante a fé.

3. O terceiro degrau desta escada do crescimento cristão é dado pelo apóstolo como sendo o conhecimento.
a) Esse ‘conhecimento, (Γνόσις)’, não é apenas intelectual.
b) Não é apenas o aumento das proposições teológicas conhecidas.
c) Este ‘conhecimento’ consiste nas experiências espirituais na vida diária através de um relacionamento de confiança experimental com Deus.

4. O quarto degrau assentado pelo apóstolo é o domínio próprio.
a) O termo grego ‘Έγκρατέια’ é a virtude do domínio próprio que é exercido não somente em relação a comida ou bebida, mas em todos os aspectos da vida.
b) Michael Green : ‘O verdadeiro conhecimento leva para o domínio próprio, pois qualquer sistema que divorcia a religião da ética é fundamentalmente heresia’.

5. O quinto degrau identificado por Pedro é a perseverança.
a) A perseverança é o elemento que testa e comprova a realidade da fé na vida do cristão.
b) ‘O cristão maduro não desiste. Seu brilho firme é como o brilho de uma estrela e não o brilho forte efêmero (e rápido eclipse) de um meteoro’ .

6. O sexto degrau colocado pelo apóstolo Pedro é a piedade.
a) Piedade tem Algo a ver com a seriedade com que o indivíduo conduz sua vida cristã.
b) A piedade indica não mera religiosidade, mas verdadeira devoção e obediência a Deus.
c) Esta piedade, Έυσεβέια, é uma consciência muito prática de Deus em todos os aspectos da vida.

7. O sétimo degrau na escada do crescimento é a fraternidade.
a) A palavra fraternidade tem a ver com o amor aos irmãos.
b) O termo grego usado aqui é Φιλαδελφία, amor entre irmãos.
c) O amor pelos irmãos é uma marca que evidencia o verdadeiro discipulado.
d) I Jo. 4.20 ‘Se alguém disse: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso’.

8. O oitavo e último degrau da escada da maturidade apontada por Pedro é o amor.
a) A palavra Άγαπη é o termo que os cristãos cunharam para denotar o amor que Deus demonstrou ter para conosco.
b) É este mesmo tipo de amor que Deus espera receber de nós também, como algo que provém dele mesmo para nós e assim o retornamos à Ele.

c – Continue a crescer.

1. A maturidade não é fruto de religião, mas de relacionamento com Deus e exercício destas e de outras disciplinas espirituais.

2. Dory, a peixinha amiguinha do Marlim, pai do peixinho Nemo: ‘♫ Continue a nadar, continue a nadar’.

3. A melhor maneira de crescer é se envolver na vida da Célula e da Igreja.


CONCLUSÃO: Há áreas em sua vida que ainda precisam ser transformadas e moldadas?
Você se já parece com Jesus em alguma área de sua vida?