terça-feira, 30 de setembro de 2008

QUAIS OS BENEFÍCIOS DE MEU CRESCIMENTO ESPIRITUAL?

II Pe. 1.8-11


OBJETIVO: Ensinar que o cristão que cresce rumo à maturidade alcança benefícios para si, para outros e para o Reino de Deus.

INTRODUÇÃO: O Evangelho é o poder de Deus que pode transformar pessoas, famílias ou civilizações inteiras.

CONTEXTO
: O apóstolo Pedro está tratando com Igrejas na antiga região asiática que estavam sendo infiltradas por conceitos gnósticos, ensinando que o que importa é apenas a relação espiritual do homem com Deus e que não há responsos da espiritualidade em nossa vida neste mundo. Pedro diz que a qualidade de nossa vida neste mundo é que atesta e confirma de fato se somos ou não cristãos; e que o crescimento espiritual é a marca dominante de uma espiritualidade viva.

TRANSIÇÃO: Você está crescendo espiritualmente, ou conserva apenas a lembrança de uma conversão acontecida no passado?
Sua maturidade espiritual é relevante ao tempo de sua conversão?
Quero abordar nesta oportunidade sobre o seguinte tema: QUAIS OS BENEFÍCIOS DE MEU CRESCIMENTO ESPIRITUAL?



I – NÃO CRESCER ESPIRITUALMENTE PRODUZ DANO
.

a – Todas as coisas que conduzem à vida e piedade nos são dadas.

1. As sementes de uma nova vida não são meramente semeadas a cada dia na vida do cristão, como numa tentativa de reabilitá-lo, mas uma nova natureza lhe é implantada quando do novo nascimento.
a) Nascer de novo (Jo. 3.5 ‘necessário vos é’).
b) Nova criação (I Co. 5.17 ‘Se alguém está, ..., é’.).
c) Novo homem (Cl. 3.10 ‘... vos revestistes de um novo homem’).

2. Cada cristão ‘nasce de novo’ com vida sadia e potencial para a maturidade.
a) II Pe. 1.3 ‘Visto que pelo seu divino poder nos tem sido doadas todas as coisas que nos conduzem à vida e piedade’.
b) Ef. 1.3 ‘Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo’.

3. O apóstolo Pedro fala que ‘estas coisas existindo em vós’; que coisas são estas?
a) Os degraus da escada do crescimento.
b) Cada uma daquelas virtudes já foi implantada como parte do caráter do novo homem em Cristo Jesus.
c) Cabe agora o cristão, diligentemente trabalhar para seu desenvolvimento e amadurecimento.

4. Pedro fala também que ‘estas coisas’ deverão estar sempre aumentando num exercício contínuo.
a) II Pe. 1.8 ‘estas coisas existindo em vós e em vós aumentando’.
b) Michael Green: ‘A falta de crescimento espiritual, é um sinal da morte espiritual’ .

b – Alguns danos tangíveis na vida dos cristãos que não crescem.

1. São inativos.
a) A vida eterna oferecida graciosamente por Deus, não é apenas uma espécie de vida sem pecado num local paradisíaco.
b) Jo. 17.3 ‘E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti e a Jesus Cristo a quem enviaste’.
c) A palavra utilizada aqui por Pedro é ‘Argos’ (Άργος), e significa: ‘desempregado’; ‘ocioso’; ‘preguiçoso’ e ‘inútil’.
d) Champlin: ‘O crescimento espiritual impede a preguiça que leva a inutilidade’ .

2. São infrutuosos.
a) Aqueles que estão sempre se desenvolvendo no relacionamento com o Espírito Santo de Deus se tornam cada vez mais frutíferos.
b) Champlin: ‘O Espírito Santo cultiva o desenvolvimento espiritual em nós; se lhe permitirmos tal cultivo, Ele nunca nos deixará espiritualmente estéreis’ .
c) Aqueles que não conhecem a Deus de forma experimental não têm produtividade real em suas vidas.

3. São cegos.
a) Champlin: ‘Aqueles que, espiritualmente, têm tais deficiências, são os que não interesse pelo desenvolvimento espiritual. Não se esforçam por aumentar no conhecimento espiritual; são teístas teóricos, mas ateus práticos. Seu interesse se limitas às coisas terrenas. Não dão nem cinco minutos por dia à inquirição espiritual séria. Passam pouco tempo com Cristo, e gastam muito tempo consigo mesmos; razão pela qual as vantagens pessoais do mundo lhe parecem muito mais reais do que Cristo e o mundo eterno’ .
b) Pedro trabalha aqui com um trocadilho de palavras que podem significar ‘cegos’ ou ‘míopes’.
c) Pedro diz que tais pessoas vêem só o que está perto. São pessoas que não conseguem ver as regiões celestiais e se contentam com a periferia da vida.

4. São esquecidos da purificação de seus pecados de outrora.
a) Ao nascer de novo o cristão é limo, é lavado é regenerado.
b) O processo não pára aí. É preciso continuar a obra de santificação que é de parceria com Deus através do Espírito Santo.
c) Quanto o cristão fica estagnado, o processo paralisa, sua memória fossiliza e não consegue mais perceber a grandeza da obra de Deus em sua vida.


II – O MEU CRESCIMENTO ESPIRITUAL ME AUTO-BENEFICIA E BENEFICIA OUTROS.

a – A raça humana participa de uma solidariedade intrínseca.

1. ‘Ninguém é uma ilha isolada no oceano da vida’, já disse o poeta.

2. Nossas vidas tocam e afetam as vidas de pessoas ao nosso lado constantemente, para melhor ou para pior.

b – Como o crescimento espiritual beneficia ao próprio cristão.

1. O crescimento espiritual torna o cristão ativo no Reino de Deus, proclamando e testemunhando as verdades transformadoras da graça.

2. O crescimento espiritual torna o cristão frutífero em todos os âmbitos de sua vida, seja moral, ética, social e espiritual.

3. O crescimento espiritual torna o cristão com boa visão espiritual sobre o que está perto e sobre o que está longe.

4. O crescimento espiritual, possibilitando boa visão, torna o caminhar do cristão seguro, de modo a não tropeçar.

5. O crescimento espiritual possibilita a ampla entrada pelos portões do Reino de Deus.
a) ‘Amplamente suprida a entrada no Reino’ → aponta para as honrarias de um vencedor olímpico chegando em sua cidade natal; ou um rei entrando vitorioso na capital após a conquista de seu país oponente, trazendo riquezas e despojos.
b) Sl. 24.7-10 ‘Abram-se, ó portais; abram-se, ó portas antigas, para que o Rei da glória entre. Quem é o Rei da glória? O Senhor forte e valente, o Senhor valente nas guerras. Abram-se, ó portais; abram-se, ó portas antigas, para que o Rei da glória entre. Quem é esse Rei da glória? O Senhor dos Exércitos; ele é o Rei da glória!’.
c) A entrada no Reino para aquele que cresceu, amadureceu, se tornou produtivo e ativo, será com muita pompa, glória e galardões.

c – Como o crescimento espiritual beneficia aos outros.

1. O cristão pode afetar para melhor a vida de muitas pessoas a sua volta de múltiplas formas:
a) Socorrendo socialmente o indivíduo com atos de caridade e bondade.
b) Abençoando outros com fortalecimento emocional, consolo e apoio.
c) Abençoando outros com bênçãos espirituais temporais, como graças alcançadas mediante a intercessão ou a aplicação da Palavra de Deus em situações específicas.

2. Contudo e, certamente, a melhor forma de se afetar a vida de alguém é afetá-lo quanto ao seu destino eterno, e isto o cristão só pode fazer se intencionalmente buscar o perdido através da proclamação da boa nova de salvação, através do testemunho, discipulado e acompanhamento.
a) Dn. 12.3 ‘Os que forem sábios, porém resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os eu a muitos conduzirem à justiça, como as estrelas, sempre e eternamente’.


CONCLUSÃO: Cresça!
Abençoe a sua vida!
Abençoe a vida de outros!
Seja uma testemunha fiel para a glória de Deus!

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

O NANISMO ESPIRITUAL É POSSÍVEL NA VIDA DO CRISTÃO?

Hb. 5.11-14


OBJETIVO: Ensinar que cristãos que não chegam à maturidade e sempre são como bebês espirituais, precisam superar pequenos obstáculos e caminhar rumo ao crescimento espiritual.

INTRODUÇÃO: Justo González, historiador da Igreja Cristã, lançou ‘UMA HISTÓRIA ILUSTRADA DO CRISTIANISMO’ em dez volumes, sendo o segundo volume intitulado de ‘A Era dos Gigantes’. Nele o autor se refere aos grandes nomes do cristianismo que se seguiram ao fim das perseguições à Igreja, a partir do quarto século. Nele encontramos gigantes da fé como Atanásio de Alexandria; os grandes Capadócios como Macrina da Capadócia, Basílio, o Grande, Gregório de Nissa e Gregório de Nazianzo; Ambrósio de Milão; João Crisóstomo; Jerônimo e Agostinho de Hipona.
Há na História do cristianismo muitos gigantes da fé. Todos nós somos chamados ao crescimento e desenvolvimento normal de nossa vida cristã. Porém nem todos são ou serão gigantes.

CONTEXTO: Esta Epístola é escrita para crentes judeus que não estavam desenvolvendo corretamente a vida cristã.

TRANSIÇÃO: Considerando o tempo que você é cristão, acha que está crescendo na medida certa?


I – A REALIDADE DO NANISMO ESPIRITUAL.

a – O nanismo na história humana.

1. Nanismo é uma doença que provoca um crescimento esquelético anormal, que geralmente resulta em um indivíduo de baixa estatura, inferior à da média populacional.

2. Você conhece ou já viu uma pessoa raquítica ou um anãozinho?

3. Podemos até mesmo achar bonitinho, mas por detrás de tal pessoa há uma série de doenças e anomalias que complicam sua vida ou de outras pessoas que estão por perto.

b – O nanismo espiritual na Bíblia.

1. As Escrituras é o Manual da Maturidade Cristã. Como na utilização de qualquer produto, se não usarmos o manual haverá possível prejuízo.

2. As Escrituras afirmam pessoas na comunidade cristã que já podiam ser mestres, ainda eram crianças.
a) I Co. 3. 1-2 ‘Irmãos, não lhes pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a crianças em Cristo. Dei-lhes leite, e não alimento sólido, pois vocês não estavam em condições de recebê-lo. De fato, vocês ainda não estão em condições, porque ainda são carnais’.
b) Hb. 5.12 ‘Embora a esta altura já devessem ser mestres, vocês precisam de alguém que lhes ensine novamente os princípios elementares da palavra de Deus’.

3. Calvino ‘Com o fim de fazê-los ainda mais envergonhados, de si mesmos ele (o autor aos Hebreus) usa a Palavra “primeiros princípios”, justamente como alguém fala do alfabeto’ .


II – AS CAUSAS DO NANISMO ESPIRITUAL.

a – Causas comuns no nanismo físico.

1. Causas genéticas.
a) Nanismo pituitário: O nanismo pituitário gera baixa estatura, porém o corpo é proporcional. Adultos com esse tipo de nanismo chega a medir 1,50m, pode causar atraso no desenvolvimento sexual. É causado por um problema na glândula pituitária, também conhecida como hipófise responsável pela produção do hormônio do crescimento.
b) Nanismo por acondroplasia é a chamada deficiência dos anões, pois gera indivíduos de baixa estatura, normalmente com altura inferior a 1,50m. Com aumento do perímetro cefálico e membros curtos.

2. Causas emocionais.
a) Privação emocional extrema pode retardar o crescimento, aparentemente por inibição hipotalâmica do hormônio liberador de crescimento (GRH).
b) Caracteristicamente o meio familiar é pobre e desordenado.
c) A criança pode ser negligenciada, isolada e sofrer abuso.
d) A volta do crescimento normal ocorre rapidamente após a remoção da criança do ambiente opressivo.

3. Causas alimentares.
a) A desnutrição na infância pode influenciar no raquitismo ou nanismo de uma pessoa.
b) As possíveis correções precisam se dar ainda na infância, antes da maturação do organismo.

4. Causas ambientais.
a) Os pigmeus africanos são o melhor exemplo desse tipo de nanismo.

b – Causas comuns no nanismo espiritual.

1. Nossa natureza pecaminosa:
a) O pecado que habita em nós, faz guerra contra nossa alma. É a velha natureza pecaminosa lutando contra a nova natureza em Cristo.
b) João Calvino ‘Somos continuamente impedidos, ou por nossa rebelião, ou pelos cuidados deste mundo, ou pela luxúria de nossa carne’ .
c) O pecado que habita em nós gera atitudes de indolência, negligência e nos tornamos preguiçosos contentando em sermos crianças e anões espirituais.
d) Lutar contra o pecado é lutar contra nós mesmos.

2. O mundo.
a) O mundo nas Escrituras é o sistema de vida a nossa volta, entrelaçado com o pecado.
b) O mundo exerce forte influência em nosso crescimento. Por isso o apóstolo João admoesta: ‘Não ameis o mundo’ (I Jo. 2. 15).

3. O Diabo.
a) O diabo representa toda a casta angelical que se rebelou contra Deus, o Criador, e se insurge contra a humanidade.
• Levou a humanidade à Queda.
• Continua sendo o enganador das nações.
• É preciso vigiar, pois anda ao derredor dos salvos.
b) Cristãos que não vigiam são envolvidos pelo diabo em tantas outras coisas, mesmo não pecaminosas, para desviá-las do crescimento.

4. Comparando o nanismo físico com espiritual.
a) Em paralelo ao nanismo oriundo de causas emocionais, crianças que não tiveram o devido cuidado e amor, assim também cristãos que não são discipulados e treinados logo após o novo nascimento poderão sedimentar seu crescimento em um nível pequeno e acomodar-se como se este fosse o seu máximo.
b) Igualmente ao nanismo por causas alimentares, o cristão novo que não recebe ou não busca a devida alimentação ficará sem desenvolvimento espiritual.
• Hb. 5.13-14 ‘Estão precisando de leite, e não de alimento sólido! Quem se alimenta de leite ainda é criança, e não tem experiência no ensino da justiça. Mas o alimento sólido é para os adultos, os quais, pelo exercício constante, tornaram-se aptos para discernir tanto o bem quanto o mal’.
c) Como há nanismo ligado a causas ambientais, devemos refletir se nosso ambiente como Igreja local proporciona o crescimento dos novos na fé, ou se apenas fazemos programas para distraí-los.


III – A CURA DO NANISMO ESPIRITUAL.

a – Os estímulos do Espírito Santo.

1. O Espírito Santo é o Mestre incansável, longânimo e persistente, que não desiste de nos ensinar.

2. Calvino ‘Devemos aprender ao longo de toda a vida, porquanto verdadeiramente sábio é aquele que sabe quão longe se acha do perfeito conhecimento’ .

b – Os estímulos dos Mestres.

1. Donald Guthrie: ‘A comunicação de uma compreensão plena da mensagem cristã, só pode acontecer se os cristãos maduros instruírem os cristãos imaturos’ .

2. Encontramos na Bíblia exortações para darmos ouvidos àqueles que o Senhor colocou como mestres sobre nossa vida
a) Is. 30.21 ‘Quer você se volte para a direita quer para a esquerda, uma voz atrás de você lhe dirá: “Este é o caminho; siga-o”’.
b) Hb. 13.17 ‘Obedeçam aos seus líderes e submetam-se à autoridade deles. Eles cuidam de vocês como quem deve prestar contas. Obedeçam-lhes, para que o trabalho deles seja uma alegria e não um peso, pois isso não seria proveitoso para vocês’.

c – A determinação pessoal.

1. A disciplina pessoal é essencial para qualquer pessoa que queira desenvolver-se e adquirir habilidade em qualquer área a que lhe seja afeta.

2. Calvino ‘Poucos são aqueles que se disciplinam a fazer um balanço do tempo passado, ou que se preocupam com o tempo por vir... a maioria de nós dissipa sua vida nos estágios elementares como crianças’ .

3. O vs. 14 (ARA), usa a expressão ‘pela prática’ (διά τήν έχιν), que podem ser traduzidas ‘pelo hábito’.
a) Peritos da educação ensinam que é preciso pelo menos 21 dias para se formar um hábito.
b) São necessários determinação, disciplina e persistência por parte daqueles que desejam crescer espiritualmente.

4. ‘Não é a teologia que faz de um homem de valor aquilo que ele é, mas sim, a "trabalhologia"!’ (Leslie Carter).


CONCLUSÃO: Não se permita ser um anão espiritual.
O Pai espera que cheguemos à maturidade.

O NANISMO ESPIRITUAL É POSSÍVEL NA VIDA DO CRISTÃO?

Hb. 5.11-14


OBJETIVO: Ensinar que cristãos que não chegam à maturidade e sempre são como bebês espirituais, precisam superar pequenos obstáculos e caminhar rumo ao crescimento espiritual.

INTRODUÇÃO: Justo González, historiador da Igreja Cristã, lançou ‘UMA HISTÓRIA ILUSTRADA DO CRISTIANISMO’ em dez volumes, sendo o segundo volume intitulado de ‘A Era dos Gigantes’. Nele o autor se refere aos grandes nomes do cristianismo que se seguiram ao fim das perseguições à Igreja, a partir do quarto século. Nele encontramos gigantes da fé como Atanásio de Alexandria; os grandes Capadócios como Macrina da Capadócia, Basílio, o Grande, Gregório de Nissa e Gregório de Nazianzo; Ambrósio de Milão; João Crisóstomo; Jerônimo e Agostinho de Hipona.
Há na História do cristianismo muitos gigantes da fé. Todos nós somos chamados ao crescimento e desenvolvimento normal de nossa vida cristã. Porém nem todos são ou serão gigantes.

CONTEXTO: Esta Epístola é escrita para crentes judeus que não estavam desenvolvendo corretamente a vida cristã.

TRANSIÇÃO: Considerando o tempo que você é cristão, acha que está crescendo na medida certa?


I – A REALIDADE DO NANISMO ESPIRITUAL.

a – O nanismo na história humana.

1. Nanismo é uma doença que provoca um crescimento esquelético anormal, que geralmente resulta em um indivíduo de baixa estatura, inferior à da média populacional.

2. Você conhece ou já viu uma pessoa raquítica ou um anãozinho?

3. Podemos até mesmo achar bonitinho, mas por detrás de tal pessoa há uma série de doenças e anomalias que complicam sua vida ou de outras pessoas que estão por perto.

b – O nanismo espiritual na Bíblia.

1. As Escrituras é o Manual da Maturidade Cristã. Como na utilização de qualquer produto, se não usarmos o manual haverá possível prejuízo.

2. As Escrituras afirmam pessoas na comunidade cristã que já podiam ser mestres, ainda eram crianças.
a) I Co. 3. 1-2 ‘Irmãos, não lhes pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a crianças em Cristo. Dei-lhes leite, e não alimento sólido, pois vocês não estavam em condições de recebê-lo. De fato, vocês ainda não estão em condições, porque ainda são carnais’.
b) Hb. 5.12 ‘Embora a esta altura já devessem ser mestres, vocês precisam de alguém que lhes ensine novamente os princípios elementares da palavra de Deus’.

3. Calvino ‘Com o fim de fazê-los ainda mais envergonhados, de si mesmos ele (o autor aos Hebreus) usa a Palavra “primeiros princípios”, justamente como alguém fala do alfabeto’ .


II – AS CAUSAS DO NANISMO ESPIRITUAL.

a – Causas comuns no nanismo físico.

1. Causas genéticas.
a) Nanismo pituitário: O nanismo pituitário gera baixa estatura, porém o corpo é proporcional. Adultos com esse tipo de nanismo chega a medir 1,50m, pode causar atraso no desenvolvimento sexual. É causado por um problema na glândula pituitária, também conhecida como hipófise responsável pela produção do hormônio do crescimento.
b) Nanismo por acondroplasia é a chamada deficiência dos anões, pois gera indivíduos de baixa estatura, normalmente com altura inferior a 1,50m. Com aumento do perímetro cefálico e membros curtos.

2. Causas emocionais.
a) Privação emocional extrema pode retardar o crescimento, aparentemente por inibição hipotalâmica do hormônio liberador de crescimento (GRH).
b) Caracteristicamente o meio familiar é pobre e desordenado.
c) A criança pode ser negligenciada, isolada e sofrer abuso.
d) A volta do crescimento normal ocorre rapidamente após a remoção da criança do ambiente opressivo.

3. Causas alimentares.
a) A desnutrição na infância pode influenciar no raquitismo ou nanismo de uma pessoa.
b) As possíveis correções precisam se dar ainda na infância, antes da maturação do organismo.

4. Causas ambientais.
a) Os pigmeus africanos são o melhor exemplo desse tipo de nanismo.

b – Causas comuns no nanismo espiritual.

1. Nossa natureza pecaminosa:
a) O pecado que habita em nós, faz guerra contra nossa alma. É a velha natureza pecaminosa lutando contra a nova natureza em Cristo.
b) João Calvino ‘Somos continuamente impedidos, ou por nossa rebelião, ou pelos cuidados deste mundo, ou pela luxúria de nossa carne’ .
c) O pecado que habita em nós gera atitudes de indolência, negligência e nos tornamos preguiçosos contentando em sermos crianças e anões espirituais.
d) Lutar contra o pecado é lutar contra nós mesmos.

2. O mundo.
a) O mundo nas Escrituras é o sistema de vida a nossa volta, entrelaçado com o pecado.
b) O mundo exerce forte influência em nosso crescimento. Por isso o apóstolo João admoesta: ‘Não ameis o mundo’ (I Jo. 2. 15).

3. O Diabo.
a) O diabo representa toda a casta angelical que se rebelou contra Deus, o Criador, e se insurge contra a humanidade.
• Levou a humanidade à Queda.
• Continua sendo o enganador das nações.
• É preciso vigiar, pois anda ao derredor dos salvos.
b) Cristãos que não vigiam são envolvidos pelo diabo em tantas outras coisas, mesmo não pecaminosas, para desviá-las do crescimento.

4. Comparando o nanismo físico com espiritual.
a) Em paralelo ao nanismo oriundo de causas emocionais, crianças que não tiveram o devido cuidado e amor, assim também cristãos que não são discipulados e treinados logo após o novo nascimento poderão sedimentar seu crescimento em um nível pequeno e acomodar-se como se este fosse o seu máximo.
b) Igualmente ao nanismo por causas alimentares, o cristão novo que não recebe ou não busca a devida alimentação ficará sem desenvolvimento espiritual.
• Hb. 5.13-14 ‘Estão precisando de leite, e não de alimento sólido! Quem se alimenta de leite ainda é criança, e não tem experiência no ensino da justiça. Mas o alimento sólido é para os adultos, os quais, pelo exercício constante, tornaram-se aptos para discernir tanto o bem quanto o mal’.
c) Como há nanismo ligado a causas ambientais, devemos refletir se nosso ambiente como Igreja local proporciona o crescimento dos novos na fé, ou se apenas fazemos programas para distraí-los.


III – A CURA DO NANISMO ESPIRITUAL.

a – Os estímulos do Espírito Santo.

1. O Espírito Santo é o Mestre incansável, longânimo e persistente, que não desiste de nos ensinar.

2. Calvino ‘Devemos aprender ao longo de toda a vida, porquanto verdadeiramente sábio é aquele que sabe quão longe se acha do perfeito conhecimento’ .

b – Os estímulos dos Mestres.

1. Donald Guthrie: ‘A comunicação de uma compreensão plena da mensagem cristã, só pode acontecer se os cristãos maduros instruírem os cristãos imaturos’ .

2. Encontramos na Bíblia exortações para darmos ouvidos àqueles que o Senhor colocou como mestres sobre nossa vida
a) Is. 30.21 ‘Quer você se volte para a direita quer para a esquerda, uma voz atrás de você lhe dirá: “Este é o caminho; siga-o”’.
b) Hb. 13.17 ‘Obedeçam aos seus líderes e submetam-se à autoridade deles. Eles cuidam de vocês como quem deve prestar contas. Obedeçam-lhes, para que o trabalho deles seja uma alegria e não um peso, pois isso não seria proveitoso para vocês’.

c – A determinação pessoal.

1. A disciplina pessoal é essencial para qualquer pessoa que queira desenvolver-se e adquirir habilidade em qualquer área a que lhe seja afeta.

2. Calvino ‘Poucos são aqueles que se disciplinam a fazer um balanço do tempo passado, ou que se preocupam com o tempo por vir... a maioria de nós dissipa sua vida nos estágios elementares como crianças’ .

3. O vs. 14 (ARA), usa a expressão ‘pela prática’ (διά τήν έχιν), que podem ser traduzidas ‘pelo hábito’.
a) Peritos da educação ensinam que é preciso pelo menos 21 dias para se formar um hábito.
b) São necessários determinação, disciplina e persistência por parte daqueles que desejam crescer espiritualmente.

4. ‘Não é a teologia que faz de um homem de valor aquilo que ele é, mas sim, a "trabalhologia"!’ (Leslie Carter).


CONCLUSÃO: Não se permita ser um anão espiritual.
O Pai espera que cheguemos à maturidade.

COMO EU POSSO CRESCER ESPIRITUALMENTE

II Pe. 1.3-7


OBJETIVO: Ensinar que Deus nos predispôs com mecanismos e disciplinas espirituais para crescermos rumo à maturidade.

INTRODUÇÃO: Muitas vezes não é fácil vencer certos obstáculos se não recebermos condições externas.
• Como um deficiente cadeirante poderia entrar em um ônibus se este não for acoplado com plataforma de embarque?
• Um deficiente físico que se utiliza de uma cadeira de rodas, como poderia andar sozinho em boa parte das calçadas de nossa cidade?
• Como poderíamos crescer se o próprio Deus não nos capacitasse com seu poder para isso?

CONTEXTO: O apóstolo Pedro assevera, desde o início desta Epístola, que os cristãos devem desenvolver-se espiritualmente, estar em tal grau de maturidade que não sejam enganados pelos lobos vorazes que sempre rondarão o rebanho (II Pe. 2.1-3).

TRANSIÇÃO: Se o alvo de Deus para cada cristão é que sejamos imitadores de Cristo, como você percebe seu crescimento de forma prática?


I – A PROPOSTA DO CRESCIMENTO ESPIRITUAL.

a – Deus dá ferramentas para cada cristão crescer espiritualmente.

1. Pedro estimula o desenvolvimento do cristão, mas não às suas próprias expensas, porém afirma que o próprio Senhor habilita seus filhos com ferramentas e meios para alcançar tal fim.
a) II Pe. 1.3 ‘Visto que pelo seu divino poder nos tem sido doadas todas as coisas que nos conduzem à vida e piedade’.
b) II Pe. 1.4 ‘Nos têm sido doadas suas preciosas e mui grandes promessas’.

2. Objetivos das doações das ferramentas de Deus:
a) II Pe. 1.3 ‘que nos conduzem à vida e à piedade’.
b) II Pe. 1.4 ‘Para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina’ (Rm. 8.29).
c) II Pe. 1.4 ‘Para que possais ser livres das paixões que há no mundo’.

3. Fica claro que o crescimento espiritual almejado e possibilitado por Deus ao cristão mediante ferramentas específicas, visa sua libertação e transformação.

4. Cada cristão ‘nasce de novo’ com vida sadia e potencial para a maturidade
a) II Pe. 1.3 ‘Visto que pelo seu divino poder nos tem sido doadas todas as coisas que nos conduzem à vida e piedade’.
b) Ef. 1.3 ‘Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo’.

5. Uma criança sadia pode se desenvolver ou não. Depende do que? (alimentação, disciplinas, exercícios).


II – PORQUE PRECISO CRESCER ESPIRITUALMENTE?

a – Eu preciso crescer espiritualmente porque o pecado ainda continua habitando em mim como força corrosiva.

1. As Escrituras Sagradas falam sobre a pecaminosidade humana desde as primeiras até suas últimas páginas.

2. O pecado é uma enfermidade que atinge a todos os seres humanos, desde a queda de nossos primeiros pais.
a) Rm. 5.12 (NTLH) ‘O pecado entrou no mundo por meio de um só homem, e o seu pecado trouxe consigo a morte. Como resultado, a morte’.
b) I Re. 8.46 (NTLH) ‘Quando pecarem contra ti, pois não há ninguém que não peque, ...’.
c) Rm. 3.23 (NTLH) ‘Todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus’.

3. Basta ler, ver ou ouvir os noticiários para percebermos a maldade que impera e opera dentro do ser humano.

b – Eu preciso crescer espiritualmente porque há falsos mestres e doutrinas enganadoras à minha volta.

1. Na II Epístola o apóstolo, em diversos versículos, nos adverte sobre tais riscos:
a) II Pe. 2.1-3 (NVI) ‘No passado surgiram falsos profetas no meio do povo, como também surgirão entre vocês falsos mestres. Estes introduzirão secretamente heresias destruidoras, chegando a negar o Soberano que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. Muitos seguirão os caminhos vergonhosos desses homens e, por causa deles, será difamado o caminho da verdade. Em sua cobiça (ARA: movidos por avareza, farão comércio de vós), tais mestres os explorarão com histórias que inventaram’.
b) II Pe. 2.12-14 (NVI) ‘Mas eles difamam o que desconhecem e são como criaturas irracionais, guiadas pelo instinto, nascidas para serem capturadas e destruídas; serão corrompidos pela sua própria corrupção! Eles receberão retribuição pela injustiça que causaram’.
c) II Pe. 2.17-18 (NVI) ‘Esses homens são fontes sem água e névoas impelidas pela tempestade. A escuridão das trevas lhes está reservada, pois eles, com palavras de vaidosa arrogância e provocando os desejos libertinos da carne, seduzem os que estão quase conseguindo fugir daqueles que vivem no erro’.

2. Ao lermos as advertências de Pedro, parece-nos que o mesmo estava diante de uma bola de cristal, como nos contos de fadas, e vendo tudo o que se passa em nossos dias.

c – Eu preciso crescer espiritualmente porque o mundo necessita de cristãos maduros para uma evangelização eficiente.

1. Pedro escreve aos cristãos da Ásia Menor (atual Turquia) incentivando-os a compartilhar por palavras e obras, mesmo em meio a perseguições e sofrimentos, o Evangelho da salvação em Cristo Jesus.

2. Somente cristãos maduros fazem verdadeira diferença na vida das pessoas a sua volta.

3. O mundo a nossa volta espera ver Cristo ser manifesto na vida de cada cristão.


III – O CAMINHO DO CRESCIMENTO ESPIRITUAL.

a – Todo cristão é chamado e capacitado ao crescimento.

1. O apóstolo Pedro constrói uma escada que deve ser paulatina e continuadamente seguida por cada um de n´s na busca pelo crescimento diário.

2. Não é uma escada que simplesmente começa no início da vida cristã e depois de algum tempo você está em um grau de maturidade e perfeição.

3. É uma escada que deve ser seguida diariamente, e no processo cumulativo, refletirá ao longo de nossa vida no aperfeiçoamento e maturidade cristã.

4. O apóstolo Pedro concita cada cristão reunir toda a diligência, isto é o esforço humano associado às doações divinas.
a) II Pe. 1.5 ‘Por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência...’.
b) Champlim : ‘O esforço humano é aqui ordenado; e, de fato, a inquirição espiritual não poderia existir sem isso. Adicionamos nossa diligência às promessas divinas’.
c) Ilustração: ‘As promessas de emagrecimento fácil divorciadas do esforço dos interessados não resultará em nada além de frustração’.

b – A escada rumo ao crescimento e maturidade.

1. Pedro coloca como sopé desta escada o primeiro princípio ativo na vida cristã, a fé (vs. 5).
a) A fé cristã é a aceitação inicial do amor de Deus, aquela resposta à sua graciosa disposição de nos receber.
b) A fé é a pedra fundamental sobre a qual estão edificadas as virtudes que se seguem.

2. Pedro assenta o segundo degrau como sendo a virtude.
a) A palavra ‘virtude’ é uma palavra rara no grego bíblico e significa ‘excelência’.
b) É um termo usado para denotar o devido cumprimento de qualquer coisa.
• A excelência de uma faca é cortar.
• A excelência de um cavalo é correr.
• Qual a excelência de um homem cristão, senão a varonilidade que é a semelhança de Cristo?
c) Esta excelência não pode ser adquirida a não ser através de encontros pessoais e contínuos com Cristo mediante a fé.

3. O terceiro degrau desta escada do crescimento cristão é dado pelo apóstolo como sendo o conhecimento.
a) Esse ‘conhecimento, (Γνόσις)’, não é apenas intelectual.
b) Não é apenas o aumento das proposições teológicas conhecidas.
c) Este ‘conhecimento’ consiste nas experiências espirituais na vida diária através de um relacionamento de confiança experimental com Deus.

4. O quarto degrau assentado pelo apóstolo é o domínio próprio.
a) O termo grego ‘Έγκρατέια’ é a virtude do domínio próprio que é exercido não somente em relação a comida ou bebida, mas em todos os aspectos da vida.
b) Michael Green : ‘O verdadeiro conhecimento leva para o domínio próprio, pois qualquer sistema que divorcia a religião da ética é fundamentalmente heresia’.

5. O quinto degrau identificado por Pedro é a perseverança.
a) A perseverança é o elemento que testa e comprova a realidade da fé na vida do cristão.
b) ‘O cristão maduro não desiste. Seu brilho firme é como o brilho de uma estrela e não o brilho forte efêmero (e rápido eclipse) de um meteoro’ .

6. O sexto degrau colocado pelo apóstolo Pedro é a piedade.
a) Piedade tem Algo a ver com a seriedade com que o indivíduo conduz sua vida cristã.
b) A piedade indica não mera religiosidade, mas verdadeira devoção e obediência a Deus.
c) Esta piedade, Έυσεβέια, é uma consciência muito prática de Deus em todos os aspectos da vida.

7. O sétimo degrau na escada do crescimento é a fraternidade.
a) A palavra fraternidade tem a ver com o amor aos irmãos.
b) O termo grego usado aqui é Φιλαδελφία, amor entre irmãos.
c) O amor pelos irmãos é uma marca que evidencia o verdadeiro discipulado.
d) I Jo. 4.20 ‘Se alguém disse: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso’.

8. O oitavo e último degrau da escada da maturidade apontada por Pedro é o amor.
a) A palavra Άγαπη é o termo que os cristãos cunharam para denotar o amor que Deus demonstrou ter para conosco.
b) É este mesmo tipo de amor que Deus espera receber de nós também, como algo que provém dele mesmo para nós e assim o retornamos à Ele.

c – Continue a crescer.

1. A maturidade não é fruto de religião, mas de relacionamento com Deus e exercício destas e de outras disciplinas espirituais.

2. Dory, a peixinha amiguinha do Marlim, pai do peixinho Nemo: ‘♫ Continue a nadar, continue a nadar’.

3. A melhor maneira de crescer é se envolver na vida da Célula e da Igreja.


CONCLUSÃO: Há áreas em sua vida que ainda precisam ser transformadas e moldadas?
Você se já parece com Jesus em alguma área de sua vida?

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

POR QUE EU PRECISO CRESCER ESPIRITUALMENTE?

II Pe. 3.17-18


OBJETIVO: Ensinar que a vida cristã se potencializa em cada um à medida que o cristão caminha rumo à maturidade espiritual.

INTRODUÇÃO: Quando ainda no Seminário, nosso professor de ‘Heterodoxia’, a disciplina que no curso teológico busca conhecer as seitas, Rev. Carlos Del Pino, dizia que dentro de uns trinta (30) anos a frente iríamos ter no Brasil uma população de pessoas frustradas com a religião e que isto tornaria bem mais difícil a evangelização.
A primeira vez que ouvi sobre isto, fiquei chocado e tive dificuldades em digerir isto, pois sonhava com um Brasil que seria cada vez mais alcançado e transformado pelo poder do Evangelho.

CONTEXTO: O apóstolo Pedro assevera, desde o início desta Epístola, que os cristãos devem desenvolver-se espiritualmente, estar em tal grau de maturidade que não sejam enganados pelos lobos vorazes que sempre rondarão o rebanho (Ver II Pe. 2.1-3).

TRANSIÇÃO: Você conhece alguém que hoje se sente desiludido com o Evangelho porque se viu enganado? Esta tem se tornado uma realidade gritante em nosso país e tem dificultado a evangelização verdadeira e honesta.



I – EU PRECISO CRESCER ESPIRITUALMENTE PORQUE O PECADO AINDA CONTINUA HABITANDO EM MIM COMO FORÇA CORROSIVA.

a – A tentativa da negação do pecado na atualidade.

1. A sociedade moderna busca encontrar outras terminologias baseadas na psicologia para os desvios do comportamento humano que a Bíblia denomina de pecado.

2. Mesmo que não queiramos falar ou aceitar o conceito bíblico do pecado, o mesmo continua sendo uma realidade na vida humana.

b – A realidade do pecado na vida humana.

1. As Escrituras Sagradas falam sobre a pecaminosidade humana desde as primeiras até suas últimas páginas.

2. O pecado é uma enfermidade passada hereditariamente a todos os seres humanos, desde a queda de nossos primeiros pais.
a) Rm. 5.12 (NTLH) ‘O pecado entrou no mundo por meio de um só homem, e o seu pecado trouxe consigo a morte. Como resultado, a morte’.
b) I Re. 8.46 (NTLH) ‘Quando pecarem contra ti, pois não há ninguém que não peque, ...’.

3. Basta ler, ver ou ouvir os noticiários para percebermos a maldade que impera e opera dentro do ser humano.
a) É bom sempre lembrar que ninguém é melhor ou pior que ninguém. Todos nascem com a mesma genética espiritual deformada.
b) ‘Há tanto mal no melhor de nós, e tanto bem no pior de nós, que nenhum de nós jamais poderá falar contra qualquer um de nós’ (Anônimo).
c) Rm. 3.23 (NTLH) ‘Todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus’.

c – O crescimento espiritual condiciona o indivíduo à vitória.

1. O pecado sempre será corrosivo e lesivo a qualquer pessoa, mas especialmente contra o cristão, dada sua sensibilidade e seriedade para com o mesmo. Assim nos ensinam os apóstolos:
a) I Pe. 2.11 (NVI) ‘Amados, insisto em que, como estrangeiros e peregrinos no mundo, vocês se abstenham dos desejos carnais que guerreiam contra a alma’.
b) Rm. 7.17-24 (NVI) ‘Neste caso, não sou mais eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim. Sei que nada de bom habita em mim, isto é, em minha carne. Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realizá-lo. Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo. Ora, se faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim. Assim, encontro esta lei que atua em mim: Quando quero fazer o bem, o mal está junto a mim. No íntimo do meu ser tenho prazer na Lei de Deus; mas vejo outra lei atuando nos membros do meu corpo, guerreando contra a lei da minha mente, tornando-me prisioneiro da lei do pecado que atua em meus membros. Miserável homem que eu sou!’.

2. O apóstolo Pedro orienta e incentiva os cristãos asiáticos a crescerem no conhecimento e graça de Jesus, pois só assim poderiam experimentar uma vida de vitórias sobre o pecado.
a) II Pe. 3.17-18 (NVI) ‘Portanto, amados, sabendo disso, guardem-se para que não sejam levados pelo erro dos que não têm princípios morais, nem percam a sua firmeza e caiam. Cresçam, porém, na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo’.


II – EU PRECISO CRESCER ESPIRITUALMENTE PORQUE HÁ FALSOS MESTRES E DOUTRINAS ENGANADORAS À MINHA VOLTA.

a – A advertência do apóstolo Pedro.

1. O apóstolo Pedro desde a primeira Epístola que escrevera a estes mesmos irmãos já os advertira sobre o perigo dos falsos mestres e doutrinas enganadoras.

2. Não voltarei à primeira Carta, mas podem fazê-lo durante a semana, como tarefa de casa.

3. Somente nesta II Epístola o apóstolo, em diversos versículos, nos adverte sobre tais riscos:
a) II Pe. 2.1-3 (NVI) ‘No passado surgiram falsos profetas no meio do povo, como também surgirão entre vocês falsos mestres. Estes introduzirão secretamente heresias destruidoras, chegando a negar o Soberano que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. Muitos seguirão os caminhos vergonhosos desses homens e, por causa deles, será difamado o caminho da verdade. Em sua cobiça (ARA: movidos por avareza, farão comércio de vós), tais mestres os explorarão com histórias que inventaram’.
b) II Pe. 2.10 (NTLH) ‘Ele castigará especialmente os que seguem os seus próprios desejos imorais e desprezam a autoridade dele’.
c) II Pe. 2.12-14 (NVI) ‘Mas eles difamam o que desconhecem e são como criaturas irracionais, guiadas pelo instinto, nascidas para serem capturadas e destruídas; serão corrompidos pela sua própria corrupção! Eles receberão retribuição pela injustiça que causaram. Consideram prazer entregar-se à devassidão em plena luz do dia. São nódoas e manchas, regalando-se em seus prazeres, quando participam das festas de vocês. Tendo os olhos cheios de adultério, nunca param de pecar, iludem os instáveis e têm o coração exercitado na ganância. Malditos!’.
d) II Pe. 2.17-18 (NVI) ‘Esses homens são fontes sem água e névoas impelidas pela tempestade. A escuridão das trevas lhes está reservada, pois eles, com palavras de vaidosa arrogância e provocando os desejos libertinos da carne, seduzem os que estão quase conseguindo fugir daqueles que vivem no erro’.

4. Qualquer semelhança com os nossos dias não é mera coincidência.

b – A realidade da advertência do apóstolo Pedro.

1. Ao lermos as advertências de Pedro, parece-nos que o mesmo estava diante de uma bola de cristal, como nos contos de fadas, e vendo tudo o que se passa em nossos dias.
a) II Pe. 1.16, 21 (NVI) ‘De fato, não seguimos fábulas engenhosamente inventadas, quando lhes falamos a respeito do poder e da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo; ao contrário, nós fomos testemunhas oculares da sua majestade... pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo’.

2. Caso haja falta de disciplina espiritual o cristão será presa fácil e poderá cair em erros e pecados.

3. O cristão é desafiado pelo apóstolo a crescer ‘na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo’.

4. Quero expor este princípio com as palavras do exegeta Champlin: ‘A melhor maneira de evitarmos a queda é através do crescimento cristão positivo. Cumpre-nos crescer na graça, isto é, na provisão terna, e isso é obtido através da transformação segundo a imagem de Cristo, o que é produzido pelo poder do Espírito Santo (II Co. 3.18; Gl. 5.22-23). Submetendo-nos a esse processo gracioso empregando os meios espirituais a nosso dispor, como o estudo das Escrituras, a oração, a prática das boas obras, cumprindo a lei do amor, a busca pelo Espírito e pelos seus dons espirituais’ .


III – EU PRECISO CRESCER ESPIRITUALMENTE PORQUE O MUNDO NECESSITA DE CRISTÃOS MADUROS PARA UMA EVANGELIZAÇÃO EFICIENTE.

a – O estímulo ao crescimento tem um fim prático.

1. Quando o apóstolo fala em ‘crescer’ para não cair nos erros e doutrinas falsas, está também buscando a verdadeira qualidade de vida, que só o cristianismo puro e simples pode trazer ao ser humano.

2. Mais ainda, quando se cristão cair em erros, certamente afetará mais do que o cristão sozinho. Muitas vezes, a queda de um cristão arrasta consigo outras pessoas.

3. É exatamente o que o Rev. Carlos Del Pino, já nos ensinava na década de oitenta: ‘Experimentaremos uma depressão espiritual no Brasil, fruto do mau testemunho e da leviandade da classe evangélica, que cresce e se multiplica sem qualidade moral e espiritual’.

b – O mundo precisa de cristãos maduros.

1. Pedro escreve aos cristãos asiáticos (atual Turquia) incentivando-os a compartilhar por palavras e obras, mesmo em meio a perseguições e sofrimentos, o Evangelho da salvação em Cristo Jesus.

2. Somente cristãos maduros fazem verdadeira diferença na vida das pessoas a sua volta, reproduzindo cristãos parecidos consigo mesmos e com Jesus.

3. A categoria evangélica está tão desgastada, mas ainda assim, persiste a palavra do Senhor através do apóstolo Pedro: ‘crescei na graça e no conhecimento do Senhor Jesus’.

4. O mundo a nossa volta espera ver Cristo ser manifesto na vida de cada cristão.


CONCLUSÃO: Você é diferente da época em que conheceu a salvação em Jesus?

Houve crescimento em sua vida espiritual, ou você continua o mesmo?

Você tem procurado ajudar outros no crescimento espiritual?