quarta-feira, 30 de abril de 2008

LOUVOR E ADORAÇÃO ABREM PORTAS AO EVANGELISMO

At. 16.19-32

OBJETIVO: Ensinar que um coração alegre e lábios cheios de louvor podem abençoar outras vidas com a salvação em Jesus.

INTRODUÇÃO: A música, geralmente é definida como a mais profunda expressão da alma. Pode ser música carregada de alegria e festejos ou pode ser uma música carregada de tristeza e melancolia. A música é a arte que consegue exprimir os sentimentos da alma.

CONTEXTO: O apóstolo Paulo realizou pelo menos quatro Viagens Missionárias alcançando muitas regiões com o Evangelho de Jesus.

O texto que lemos está inserido dentro do contexto de sua Segunda Viagem Missionária, quando Paulo sai de seu QG, Antioquia, em direção a novos alvos na região da Macedônia. Em Filipos acontece a conversão de Lídia, a primeira convertida na região da Europa, mas ali são perseguidos devido a libertação de uma moça possessa de espírito adivinhador que dava lucros a pessoas que tiravam proveito da mesma.

Açoitados e lançados no cárcere, ainda assim louvavam ao Senhor Jesus, cantando louvores.

TRANSIÇÃO: Louvar e adorar ao Senhor em meio as dificuldades pode ser um instrumento de bênção? Quero, portanto refletir nesta oportunidade sobre: LOUVOR E ADORAÇÃO ABREM PORTAS AO EVANGELISMO.

I – A MISSÃO PRIORITÁRIA DO CRISTÃO É A PROCLAMAÇÃO DA SALVAÇÃO.

a – A convocação para esta missão atinge a cada cristão.

  1. A convocação se dá pela natureza da salvação.

1.1 – Quando cada cristão é atingido pela graça salvadora trazida pelo Evangelho, o impacto é tão poderoso que realiza uma transformação profunda nas inclinações naturais do indivíduo.

1.2 – A natureza da nova vida é tão definida que o cristão sabe ter acontecido nele algo tão maravilhoso que precisa ser oferecido a outros a sua volta.

  1. A convocação se dá pela declaração explícita da Palavra.

2.1 – As Escrituras tem uma palavra de ordem para cada cristão, no sentido de anunciar a salvação aos outros.

a) Lc. 8.39Volta para casa e conta aos teus tudo o que Deus fez por ti’.

2.2 – A Grande Comissão, é repetida várias vezes de formas variadas para que não haja dúvida ao cristão sobre sua responsabilidade.

a) Mt. 28.19-20Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos’.

b) Mc. 16.15E disse-lhes: Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas’.

c) At. 1.8Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra’.

  1. A convocação se dá pelo chamamento do Espírito Santo.

3.1 – Além da novidade de vida e da Palavra que nos impulsiona, também o Espírito Santo de Deus nos move na direção de outros para lhes apresentemos Jesus.

3.2 – O que acontece é o cristão apagar o Espírito Santo, rejeitando obedecê-lo.

b – A prioridade de Paulo e Silas era anunciar a salvação.

  1. Paulo foi convocado pela natureza da salvação.

1.1 – O apóstolo Paulo, ciente da poderosa transformação que Deus realizara em sua vida declarava:

a) Rm. 1.14Sou devedor tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes’.

  1. Paulo foi convocado pela declaração da Palavra de Cristo.

2.1 At. 26.16Agora, levante-se e fique em pé. Eu lhe apareci para constituí-lo servo e testemunha do que você viu a meu respeito e do que lhe mostrarei’.

  1. Paulo foi convocado pelo chamamento do Espírito Santo.

3.1 – Basta ler Atos e veremos o apóstolo sendo impulsionado pelo Espírito Santo de Deus para anunciar o evangelho.

II – UMA VIDA TRANSBORDANTE DE LOUVOR CANTA EM MEIO AS DIFICULDADES.

a – O anúncio da salvação também se dá por meio do louvor.

  1. O sentido imediato da palavra ‘louvar’ implica em ‘falar bem’, ‘elogiar’ ou ‘realçar qualidades’.

  1. O louvor e adoração dados a Deus, seja através de falar, testemunhar, pregar ou cantar, são também anúncios de que esse Deus é gracioso e cheio de amor pelo pecador.

  1. A situação em que Paulo e Silas estavam não era alegre.

3.1 – Haviam sido humilhados e presos.

3.2 – Haviam sido chicoteados e estavam feridos.

3.3 – Estavam com dores e sofrendo.

3.4 – Estavam presos no tronco como os piores meliantes.

b – Quando o louvor está em seus lábios e em sua vida?

  1. Você já cantou ou canta em situações de tristeza e aflição?

1.1 – Cantar em meio a dor e a tristeza só é possível para a pessoa que vive verdadeiro relacionamento com Cristo.

  1. O cristão precisa ver as situações de aflição, dificuldades ou doenças como oportunidades para falar do Evangelho.

III – A ATITUDE DE LOUVOR E ADORAÇÃO É GRANDE INSTRUMENTO DE EVANGELISMO.

a – Paulo e Silas cantavam louvores até em meio ao sofrimento.

  1. Porque cantavam se estavam sofrendo?

1.1 – Paulo e Silas sabiam que sofrer por Cristo não era o fim, mas era privilégio e graça.

1.2 – Podiam louvar mesmo em meio as dores, pois reconheciam que o que Cristo sofreu por eles era muito maior que o que estavam passando.

1.3 – Podiam louvar mesmo em meio as dores, pois sabiam que a herança e recompensa que possuíam em Cristo era algo muito superior a qualquer bem terreno.

  1. A atitude de louvor e adoração por Paulo e Silas foi instrumento de salvação para o carcereiro de Filipos e sua família.

b – O louvor e a adoração penetram corações ressacados frios.

  1. Muitos são os testemunhos de pessoas que foram tocadas e transformadas por ouvirem um cântico espiritual ou um hino.

  1. Louve em todos os momentos com salmos e hinos e cânticos espirituais.

  1. Louve em todos os momentos com palavras, com comportamentos e com ações que demonstram quem de fato você é e quem de fato é o Deus a quem serve.

CONCLUSÃO: Seja fiel ao chamado para compartilhar sua fé, seja na alegria ou na dor; seja no testemunho, na pregação ou no louvor.

terça-feira, 22 de abril de 2008

O MANDATO CULTURAL E O CUIDADO COM OS ANIMAIS


O mandato cultural implica na responsabilidade que cada um de nós, seres humanos, criados a imagem do Criador, temos para com a coisa criada. Desde a primeira página da Bíblia aprendemos que o SENHOR entregou a criação em nossas mãos para sermos seus co-regentes na administração. ‘Tenha ele domínio sobre...’ registrado no versículo 28 do primeiro capítulo desta revelação especial de Deus que é a Escritura, no livro de Gênesis, já é um substancial indicativo desta responsabilidade. No Salmo 8.6 temos assim declarado: ‘Deste-lhe domínio sobre as obras da tua mão e sob os seus pés tudo lhe puseste: ovelhas e bois, todos, e também os animais do campo; as aves do céu, e os peixes do mar, e tudo o que percorre as sendas dos mares’. Encontramos ainda em outro lugar a declaração: ‘Os céus são os céus do SENHOR, mas a terra, deu-a ele aos filhos dos homens’ (Sl. 115.16). Toda a criação, portanto, está sujeita aos homens e estes devem administrá-la como propriedade de Deus.

Os animais, sejam eles os destinados à alimentação, ao serviço ou à estimação, devem ser administrados e cuidados como propriedade de Deus em nossas mãos. Qualquer trato irresponsável para com os animais, sejam eles quais foram, é quebra do princípio regulador de Deus oferecido no mandato cultural. Que princípio regulador é este? As Escrituras Sagradas nos ensinam que devemos ‘sujeitar’ e ‘dominar’ sobre a coisa criada (Gn. 1.28). Isto implica em governo responsável sobre a criação.

Ter um animalzinho de estimação, achá-lo fofinho e lindo enquanto é um bebê e descartá-lo quando adulto ou quando começa a dar certo trabalho, é burlar o princípio do Criador. É preciso ter responsabilidade e boa administração sobre os mesmos. Ter animais serviçais como à família eqüina ou bovina (os mais comuns ao serviço), e maltratá-los, foge ao mandato de Deus a nós.

Prestaremos contas! O que você fez com o que estava em suas mãos ou em seu poder? Que fim teve? Como cuidou? Seja responsável. Cumpra bem o mandato cultural e terá a sua recompensa!

Rev. Emiliano.

MANDATO CULTURAL E A RESPONSABILIDADE DO CRISTÃO


Quando o Criador apresenta e realiza seu projeto criador, no que tange ao ser humano, o mesmo propõe que o homem tenha domínio sobre a criação (Gn. 1.26-28). O versículo 28 especialmente esclarece quanto ao conteúdo da função dada ao homem de dominar a criação.

Dietrich Bonhoeffer, teólogo luterano, no período da II Guerra Mundial, delineia o mandado de Deus a criatura humana em quatro áreas: trabalho, casamento, governo e igreja. A teologia reformada aponta para duas áreas específicas, quais sejam: cultural e redentor.

Conforme Timóteo Carriker, ‘O mandato cultural chama toda a humanidade a participar na ordenança e na administração da criação, isto é, na obra da civilização e da cultura[1]. Dentro do pensamento do mesmo autor se destaca que, deste modo, Deus chama o homem para a tarefa de vice-regente sobre o mundo; e assim todos devem participar responsavelmente[2] nesta tarefa. Textos como Gn. 1.28; 2.15 e 2.18-25 apontam para essa responsabilidade do homem diante da criação e do Criador. Verbos como ‘multiplicar’, ‘encher’ e ‘dar nome’ falam da responsabilidade familiar e social. Verbos como ‘sujeitar’, ‘cultivar’ e ‘guardar’ apontam para a responsabilidade econômica e ecológica; enquanto verbos como ‘dominar’ e ‘dar nome’ apontam para a responsabilidade de governo. Todas estas áreas são partes integrantes e intrínsecas ao mandato cultural legado à raça humana.

Cabe, portanto, a todo e qualquer cristão de modo especial, pois este se atém ao fato de que a Escritura é Palavra de Deus para nossa orientação, como regra de fé e prática. Cabe, portanto, também, a todo e qualquer pessoa, pois esta é criatura e recebeu a mesma ordenança.

Qualquer falta de governo, administração responsável e zelo pela vida em todos os aspectos, seja ela vida vegetal, animal ou mineral, se constitui em quebra do mandato de Deus às suas criaturas.

A partir deste fundamento, questione como tem sido cumprida sua responsabilidade para com o mandato cultural e como você responderá ao criador sobre seu zelo e administração do planeta, no que lhe cabia e tocava, quando estiver frente a frente com Ele.

Rev. Emiliano.



[1] Karriker, C. Timóteo; Missão Integral, Uma Teologia Bíblica; pg. 21.

[2] Grifo meu.

domingo, 20 de abril de 2008

O IRRESPONSÁVEL GRITO DE INDEPENDÊNCIA DA HUMANIDADE

Jo. 8.36

OBJETIVO: Apresentar o Evangelho libertador de Jesus Cristo.

INTRODUÇÃO: A Inconfidência Mineira caracterizou-se pela tentativa de libertar o Brasil do domínio português. Tiradentes, apontado como mentor e líder desta bravata, foi enforcado no Largo do Lampadário, no Rio de Janeiro, no dia 21 de Abril de 1792. O seu corpo foi esquartejado. Pedaços dele são espalhados pela estrada que vai para Vila Rica. Uma tentativa de liberdade que acabou em morte. O anseio da liberdade se eternizou na bandeira do estado onde se deu a insurreição: Minas Gerais.

CONTEXTO: O Senhor Jesus discutia com líderes judeus que insistiam que eram livres por serem descendência de Abraão. Firmar a liberdade apenas na herança biológica, nacionalista ou partidária, não era o bastante.

TRANSIÇÃO: A semelhança da história de Tiradentes, a humanidade quis proclamar sua independência de Deus e acabou recebendo a morte como pagamento. Quero refletir nesta oportunidade sobre o tema: O IRRESPONSÁVEL GRITO DE INDEPENDÊNCIA DA HUMANIDADE.

I – O GRITO DE LIBERDADE RESULTOU EM MORTE.

a – A perda da liberdade na história humana.

  1. O ser humano foi criado por Deus para uma vida livre.

1.1 – Pergunta-se com certa freqüência entre os que estudam a Bíblia, ‘Porque Deus não evitou o pecado na história humana’.

1.2 – A resposta está justamente no princípio da liberdade estabelecido na constituição humana pelo Criador. Deus criou seres livres, assim como Ele é livre.

  1. Não compreendendo sua liberdade, o homem, seduzido pelo tentador, tornou-se escravo do pecado.

2.1 – O grito de liberdade resultou em morte, a semelhança de Tiradentes e seus parceiros na tentativa de liberdade.

2.2 Jo. 8.34Jesus respondeu: Digo-lhes a verdade: Todo aquele que vive pecando é escravo do pecado’.

b – Por natureza o homem é um ser escravo.

  1. Assim, todo ser humano nasce sob a égide da escravidão de uma força interior que o domina e o leva para um lado negro e nefasto da vida.

1.1 Rm. 7.14b-15, 22-24pois fui vendido como escravo ao pecado. 15 Não entendo o que faço. Pois não faço o que desejo, mas o que odeio. 22 No íntimo do meu ser tenho prazer na Lei de Deus; 23 mas vejo outra lei atuando nos membros do meu corpo, guerreando contra a lei da minha mente, tornando-me prisioneiro da lei do pecado que atua em meus membros. 24 Miserável homem que eu sou! Quem me libertará do corpo sujeito a esta morte?’.

  1. Se morrer nesta condição, o homem estará eternamente separado de Deus e da verdadeira liberdade.

II – O ANSEIO PELA LIBERDADE.

a – O insaciável desejo de liberdade na história humana.

  1. Na nossa história brasileira e de muitos outros grupos que foram dominados por outros povos o desejo pela liberdade sempre foi algo que gerava incomodo.

  1. O desejo de liberdade é uma força sempre ativa no interior do homem e muitas vezes o leva a tentativas extremas para alcançar seu fim.

b – O insaciável desejo de liberdade na vida humana.

  1. Assim também se dá na vida espiritual. O ser humano, escravizado pelo pecado, procura alternativas que o libertem e lhe dêem verdadeiro sentido da vida.

  1. O senso religioso na história humana revela as diversas tentativas do homem em encontrar sua liberdade.

2.1 – Sacrifícios humanos eram feitos para se obter o favor de deuses.

2.2 – Sacrifícios físicos, cumprimentos de promessas, altas somas em dinheiro, e outras tentativas para se alcançar o favor divino continuam sendo vistos na história humana no intuito de se alcançar o favor divino.

  1. A liberdade do homem se preserva quando o mesmo tem um verdadeiro relacionamento de dependência com Deus, seu Criador.

  1. O ser humano desde que caiu no pecado procura se libertar de sua condição e vive numa tentativa de construir pontes para sair do abismo que o separa de Deus.

4.1 Rm. 7.24Miserável homem que eu sou! Quem me libertará do corpo sujeito a esta morte?’.

III – A LIBERDADE COMPRADA E OFERTADA.

a – A inatingível liberdade é comprada.

  1. No caso da História Brasileira, por mais que se tentasse, jamais o Brasil conseguiria sair das garras dominadoras de Portugal.

  1. Tendo o grito do Ipiranga ‘Independência ou morte’, como marco histórico, sabe-se que o Brasil precisou da intervenção da Inglaterra para comprar nossa liberdade.

2.1 – ‘Os primeiros países que reconheceram a independência do Brasil foram os Estados Unidos e o México. Portugal exigiu do Brasil o pagamento de 2 milhões de libras esterlinas para reconhecer a independência de sua ex-colônia. Sem este dinheiro, D. Pedro recorreu a um empréstimo da Inglaterra[1].

b – A libertação do pecado é comprada para o homem.

  1. Deus, sabedor de nossa incapacidade de libertação, paga o preço de nossa libertação da escravidão do pecado, dando a vida de seu próprio filho como pagamento.

1.1 I Pe. 1.18-20Pois vocês sabem que não foi por meio de coisas perecíveis como prata ou ouro que vocês foram redimidos da sua maneira vazia de viver, transmitida por seus antepassados, mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e sem defeito, conhecido antes da criação do mundo, revelado nestes últimos tempos em favor de vocês’.

  1. Só através do pagamento de nossas culpas por Cristo é que podemos ser livres da escravidão do pecado e da morte podemos desfrutar da verdadeira vida e liberdade.

2.1 At. 4.12Não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos’.

2.2 Jo. 8.32,36E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará. Portanto, se o Filho os libertar, vocês de fato serão livres’.

CONCLUSÃO: Suas tentativas de liberdade e felicidade eterna resultarão em fracasso e morte. Só Jesus pode garantir o pagamento de sua dívida e conceder-lhe a vida eterna.



[1] www.suapesquisa.com/independência.

LOUVOR E ADORAÇÃO REPORTAM AS MARAVILHAS DE DEUS NA VIDA DO CRISTÃO

II Cr. 20.14-30

OBJETIVO: Apresentar o ensino de que Deus faz maravilhas na vida daquele que crê e o louva.

INTRODUÇÃO: Testemunhos do CD ‘Deus Conosco’ (Música 13. Iniciar em 1’45’’ até 5’39’’).

CONTEXTO: Este texto lido faz parte da história do rei Josafá, de Judá, que viveu cerca de 750 a.C. Josafá andou nos caminhos de Deus como seu pai Asa e experimentou da fidelidade e das maravilhas de Deus em seu reinado.

Quando Deus é o centro de nossa vida, apesar de nossas fraquezas, e Josafá teve as suas, Deus faz maravilhas em nosso viver.

TRANSIÇÃO: Quero compartilhar nesta oportunidade breve reflexão sobre o tema: LOUVOR E ADORAÇÃO REPORTAM AS MARAVILHAS DE DEUS NA VIDA DO CRISTÃO.

I – LOUVAR E ADORAR AO SENHOR NOS TRAZ A CONSCIÊNCIA DE SEU PODER.

a – A consciência da pessoa e poder do Deus da Aliança era presente no contexto de Josafá.

  1. Uma força aliada de moabitas, amonitas e meunitas gerou um poderoso exército que veio afrontar e oprimir o povo de Deus nos dias de Josafá.

  1. Josafá era um rei temente ao Senhor.

2.1 – Josafá convoca todo o povo a um jejum de quebrantamento diante do Senhor Deus.

2.2 – Josafá ora e reivindica as promessas de Deus dadas a Israel desde os tempos de Abraão (vs. 7-9).

2.3 – Josafá se humilha diante de Deus e afirma sua impotência como nação diante da força do inimigo (vs. 12).

  1. O versículo 14 situa quem era o profeta que anunciou a confiança devida ao Senhor no contexto desta opressão.

3.1 – Jaasiel, levita, descendente de Asafe.

3.2 – Alguém que mantinha a herança da adoração e do louvor entre os filhos de Israel.

3.3 – Mantinha clara a consciência sobre quem era o Deus de Israel e seu poder.

b – Desenvolver um espírito de Louvor e Adoração mantém uma viva consciência na pessoa do Todo Poderoso.

  1. Manter uma atitude de verdadeira adoração e louvor em nossa vida nos faz conservar a consciência de que Deus é o Deus que fez Aliança conosco por meio de seu Filho Jesus.

  1. Quando surgem problemas e dificuldades na vida do cristão que vive em verdadeira adoração e louvor não há motivo para desespero, mas sim ocasião para buscar ao Senhor com confiança.

  1. II Cr. 20.12Não sabemos o que fazer, mas nossos olhos se voltam para ti’.

  1. Mantenha um ambiente de Adoração e Louvor em sua vida diária. Substitua o fútil e corriqueiro pelo louvor a adoração a Deus.

II – LOUVAR E ADORAR AO SENHOR NOS TRAZ A CONSCIÊNCIA DE NOSSA PARCERIA.

a – Desenvolver um espírito de Louvor e Adoração mantém uma viva consciência de nossa parceria com Deus.

  1. O rei Josafá sabia quem era o Deus da Aliança, mas sabia também que precisava fazer alguma coisa.

  1. Jaaziel demonstrou a parceria de Israel com Deus.

2.1 – Vs. 15 ‘Não tenham medo nem fiquem desanimados’.

2.2 – Vs. 17 ‘Tomem suas posições, fiquem firmes e vejam o livramento que o Senhor lhes dará’.

2.3 – Vs. 20 ‘De madrugada partiram para o deserto ...’.

  1. Sob o comando do rei Josafá, o povo se mobilizou com a atitude de louvor e adoração, reconhecendo quem era o Deus da Aliança.

3.1 II Cr. 20.18-19Josafá prostrou-se, rosto em terra, e todo o povo de Judá e de Jerusalém prostrou-se em adoração perante o Senhor. Então os levitas, descendentes dos coatitas e dos coreítas levantaram-se e louvaram o Senhor, o Deus de Israel em alta voz’.

3.2 II Cr. 20.20Escutem-me, Judá e povo de Jerusalém! Tenham fé no Senhor, o seu Deus e vocês serão sustentados; tenham fé nos profetas do Senhor, e terão a vitória’.

  1. Josafá e o povo de Judá sabiam que Deus estaria com eles, mas que deveriam crer e agir.

b – O cristão não é um parasita de Deus, mas um agente sob seu comando e sob seu poder.

  1. O cristão é agente de transformação em sua vida e na sociedade que o cerca.

  1. Não é só crer e esperar que Deus faça milagres que deve ser a atitude do cristão, mas também agir e interagir com a vida e com os acontecimentos para que se tenha resultados.

  1. Ilustração:

3.1 – Oração = Ora + Ação > Ore e aja.

3.2 – Ressurreição de Lázaro: ‘Tirem a pedra

  1. Apenas esperar que Deus faça milagres é uma atitude correta, ou somos também chamados a agir?

III – LOUVAR E ADORAR AO SENHOR NOS TRAZ A CONSCIÊNCIA DA VITÓRIA PROMETIDA.

a – O cristão vive pela fé e convicção no poder absoluto de Deus.

  1. Você acredita que Deus ainda faz milagres ou tudo isto ficou para trás na história bíblica?

  1. É impossível ser verdadeiro cristão e viver assombrado com tudo o que nos cerca.

  1. O cristão vive na consciência de que a vitória é certa para a sua vida, mesmo que lutas e até a morte o encontre, pois nossa vida não se limita apenas a este mundo.

  1. O cristão vive neste mundo com confiança mesmo em meio aos problemas, pois sabe que Maior é o que está em nós do que o que está no mundo.

CONCLUSÃO: Como Josafá, tenha a confissão simples e singela: ‘Não sabemos o que fazer, mas nossos olhos se voltam para ti’.

Experimente as maravilhas de Deus em sua vida, seja nas pequenas coisas do di-a-dia, seja em grandes milagres.

Cante e conte os feitos do Senhor para a glória dele.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

COM A PENA DE MORTE OU COM PENA DA MORTE?

COM A PENA DE MORTE OU COM PENA DA MORTE?

Rev. José Emiliano da Cunha

A questão da pena de morte, ou pena máxima, é matéria que acompanha a humanidade desde os seus primórdios. Tanto nos registros bíblicos ou nos históricos de ordem geral verifica-se a presença desta modalidade de castigo como restrição e justiça a certos crimes.

Em todos os tempos encontra-se defensores e opositores a tal prática. Os mais diversos argumentos são apresentados no aventar da questão. Seja de ordem teológica, filosófica, jurídica ou social, sempre haverá padrões que se qualificam como prós ou contras a tal prática.

O argumento teológico mais comumente utilizado para se evitar a prática da pena de morte é a relação da cruz de Cristo e a graça perdoadora. Este tipo de argumentação sustenta que a pena capital baseia-se num conceito sub-cristão ou pré-cristão da justiça. Afirma-se que o Novo Testamento apresenta uma moralidade superior. Usa-se muitos textos para se afirmar que todos os nossos pecados e crimes já foram punidos na cruz de Cristo (eg. Cl. 2.15-16); Gl. 3.13).

Essa argumentação se fundamenta numa compreensão desequilibrada Ada graça de Deus. O mesmo Deus que perdoa é o mesmo que estabelece que o pecador será portador das conseqüências de seus erros. Um clássico exemplo se encontra na história do povo de Israel quando na caminhada pelo deserto. O povo cometera grande pecado construindo ídolos a semelhança da adoração pagã egípcia e adorando os bezerros de ouro. Deus ameaça punir todo o povo com a pena máxima (Êx. 32.10), ao que Moisés intercede pelo povo e pede clemência (Êx. 32.32). Deus perdoa o pecado, mas promete que o povo colheria a conseqüência de seus próprios erros (Êx. 32.34). Ainda na recepção das outras Tábuas da Lei, na contemplação de Deus, Moisés ora exaltando os atributos e caráter do Deus com as seguintes palavras:

E, passando o SENHOR por diante dele, clamou: SENHOR, SENHOR Deus compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade; que guarda a misericórdia em mil gerações, que perdoa a iniqüidade, a transgressão e o pecado, ainda que não inocenta o culpado, e visita a iniqüidade dos pais nos filhos e nos filhos dos filhos, até à terceira e quarta geração!’ (Êx. 34.6-7).

Observe alguns exemplos práticos trazidos a baila no texto de Normam L. Geisler[1]:

  1. Um bêbado que confessa seu pecado não tem direito algum que Deus tire sua ressaca.

  1. Um motorista estouvado que danifica seu próprio corpo não deve esperar que a saúde e integridade física anteriores ao acidente, apenas mediante o fato de ter confessado sua falta.

Alguns oponentes dessa penalidade avultam a questão do abuso por parte do poder executor da pena. Apenas dizer que os seres humanos são falhos e que a aplicação da pena poderia ser aplicada com esses erros não é argumento suficientemente lógico para dirimir a questão.

Pode-se, também a guisa do texto citado acima, apresentar alguns exemplos que ajudam equalizar a questão dentro de uma lógica justa:

  1. Os médicos cometem erros fatais e assim também os políticos, mas esses erros não são boas razões para acabar com a prática da medicina ou do governo.

  1. O casamento pode ser avariado, danificado ou destruído mediante um divórcio injustificado, mas isto não quer dizer que o casamento não é uma instituição divina e que deve permanecer.

O fato de que erros serão cometidos por seres humanos falíveis na aplicação deste castigo não é um bom argumento para aboli-lo completamente.

A questão que se levanta no tema proposto é que de modo geral neste mundo humanista valoriza-se o ser em detrimento da justiça. Citando mais uma vez Geisler[2] temos a seguinte proposição:

É injusto não distribuir a justiça quando a injustiça clama por ela. Foi a desumanidade, na forma do crime, que exigiu as conseqüências capitais. O ato desumano foi realizado pelo criminoso no ato do assassinato, não contra o criminoso na pena capital.

Assim, ouso novamente levantar a pergunta temática: O leitor está com a pena de morte ou com pena da morte?



[1] Normam L. Geisler, Ética Cristã, Ed. Vida Nova, 1984, pág. 208.

[2] Op cit pág. 209

A ESCOLHA DE DEUS PARA RESTRINGIR O PECADO HEDIONDO

A ESCOLHA DE DEUS PARA RESTRINGIR O PECADO HEDIONDO

Rev. José Emiliano da Cunha

‘Não matarás’ (Ex. 20.13; Dt. 5.17).

A questão é por demais abrangente e interfere nas questões éticas, penais, sociais e teológicas. É questão de difícil manuseio, mesmo nos círculos mais simplistas onde a conversa possa fluir, pois os interlocutores estão carregados de conceitos pré-estabelecidos e mesmo de pré-conceitos. Contudo, não é por isso que se deve deixar de lado tal assunto.

Vivemos, num contexto global uma defesa pela valorização da vida, muitas vezes legitimada nas mais diversas nuances, e legalizada em diversos contextos sócio-culturais. No entanto, muitos estão a defender os ‘direitos humanos’ daqueles que intencional e brutalmente interferiram nos ‘direitos humanos’ de outros. Até onde, de fato existem ‘direitos humanos’?

A intenção deste breve artigo é levantar um pomo de discussão séria e embasada principalmente nas Escrituras, numa busca de se compreender a mente de Deus a respeito da questão aventada e, a partir daí assumir posturas e bandeiras. O que não se pode é ficarmos na expectação do próximo crime brutal que poderá arrancar de nosso meio, ou de nossa família, aqueles que nos são queridos, e vivermos da dor do não poder fazer nada e deixar com Deus. Será que nos processos revelacionais de Deus ao homem, Ele, o Soberano, Aquele que real e legitimamente possui o direito sobre a vida, já não se posicionou a respeito e estabeleceu princípios e ordenanças para que pudéssemos cumprir?

A questão da pena capital sempre acompanhou a humanidade. Em determinadas culturas e países se transitou mais livremente o conceito enquanto em outros encontrou barreiras e obstáculos que impediram seu trânsito. Hans Ulrich Reifler, em seu livro A Ética dos Dez Mandamentos[1], traz os seguintes dados intróitos à existência da pena:

De acordo com a Anistia Internacional, cerca de 40.000 pessoas podem ter sido condenadas à morte e execução só na década de 80. Mais de 80% dessas condenações ocorreram no Irã, na China e na África do Sul. Na China, aproximadamente 30.000m criminosos foram executados entre 1983 e 1987. A pena capital foi aplicada em 35 países, enquanto 80 nações deixaram completamente essa prática.

O crescente índice de criminalidade bem como a questão do terrorismo faz com que o tema venha à tona e seja tratado com a devida seriedade. Observando os fatos desumanos e chocantes em nossa sociedade, onde a vida de pessoas inocentes é ceifada de maneira tão destemida e impune, alguns levantam a bandeira da necessidade da pena máxima, enquanto outros a consideram antibíblica e igualmente atroz.

As Escrituras Sagradas não se omite quanto a questão. Segue abaixo uma coleção de argumentos que podem e devem ser considerados como autoritativos divinos sobre a questão:

1. O caso de Caim. A morte de Abel clamava por justiça e embora a penalidade não poderia ser exigida sobre Caim, este sabia que esta deveria ser a sua pena: ‘... quem comigo se encontrar me matará’. Logo no início do registro da Revelação de Deus encontra-se a expressão: ‘Assim qualquer que matar a Caim será vingado sete vezes’ indicando que a pena capital cairia sobre qualquer que matasse Caim. ‘Era a intenção de Deus que crimes capitais sofressem penas capitais’, afirma Reifler[2].

2. A Aliança de Deus com Noé. De uma forma mais explícita aqui se encontra a primeira referência à penalidade capital. Após ter saído da arca, foi dado pelo próprio Senhor Deus a seguinte injunção a Noé: ‘Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu; porque Deus fez o homem segundo a sua imagem’ (Gn. 6.11). Norman L. Geisler em seu livro Ética Cristã, conclui que ‘Pelo uso da pena capital os homens deveriam abafar a violência e restaurar a ordem da justiça. Deus instituiu a ordem e a paz sociais e deu ao governo a autoridade sobre a vida para garantir à humanidade estes benefícios[3].

3. A Lei de Moisés. É inevitável que o leitor das Escrituras não seja confrontado com esta questão nos textos de Moisés em diversos lugares, e com clareza inegável. O princípio básico era ‘vida por vida, olho por olho, dente por dente’ (Ex. 21. 23-24). A pena máxima foi sancionada por Deus nos seguintes casos:

a) Assassinato premeditado (Ex. 21.12-14).

b) Seqüestro (Ex. 21.16; Dt. 24.7).

c) Adultério (Lv. 20.10-21; Dt. 22.22).

d) Homossexualismo (Lv. 20.13).

e) Incesto (Lv. 20.11,12,14).

f) Bestialidade (Ex. 20.19; Lv. 20.15,16).

g) Desobediência aos pais (Dt. 17.12; 21.18-21).

h) Ferir ou amaldiçoar os pais (Ex. 21.15; Lv. 20.9).

i) Falsas profecias (Dt. 13.1-10).

j) Blasfêmia (Lv. 24.11-14; 16.23).

k) Profanação do sábado (Ex. 35.2; Nm. 15. 32-36).

l) Sacrifícios aos falsos deuses (Ex. 22.20).

4. O ensino de Jesus. A influência de uma teologia humanista como a Arminiana tem exercido forte pressão e má compreensão aos cristãos do fato de que a graça não obstrui a lei. O próprio Jesus, no Sermão do monte afirmou: ‘Não apenseis que vim revogar a lei ou os profetas: não vim para revogar, vim para cumprir... Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento [à pena de morte]. Eu, porém, vos digo que todo aquele que (sem motivo) se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento’ (Mt. 5.17,21,22).

5. Estevão e Tiago. A narrativa lucana apresenta dois mártires do cristianismo primitivo, executados sob a autoridade e poder do Sinédrio, não sendo reprovada a atitude do Sinédrio, mas apenas relatada (At. 7.59; At. 12.1-2).

6. A morte de Jesus. A autoridade de Pilatos o levou a prescrever a pena máxima para Jesus e este se submeteu a ela (Jo. 19.11). Usando aqui as palavras de Reifler na obra citada, ‘sem esta pena não gozaríamos de tão grande salvação[4].

Pode-se concluir aqui com as palavras de Normam L. Geisler: ‘Há dados bíblicos suficientes para demonstrar que Deus ordenou e que os homens exerciam a pena capital para delitos específicos. A pena de morte é instituída por Deus, através dos homens, contra os culpados[5].



[1] Hans Ulrich Reifler, A Ética dos Dez Mandamentos, Ed. Vida Nova, 1992, pag. 114

[2] Reifler, op cit, pg. 116.

[3] Norman L. Geisler, A Ética Cristã, pg. 205

[4] Reifler, op cit, pág. 117.

[5] Normam L. Geisler, op cit, pág. 206