segunda-feira, 24 de agosto de 2009

DEUS TEM CURA PARA OS NOSSOS VALES

TEXTO: SALMO 23.4
Rev. Gustavo Sant’Ana

INTRODUÇÃO

Vale (No aurélio) - 1.Depressão alongada entre montes ou quaisquer outras superfícies. Planície à beira de um rio ou ribeirão; várzea.
Apresenta uma figura de linguagem como “Vale de lágrimas” - O mundo visto como local de sofrimentos.

É muito comum encontrarmos pessoas que afirmam estar vivendo num “vale”, uma “fase escura, nebulosa”. Alguns vales demoram tempo demais para a nossa compreensão, ou são tão escuros que vagamos às cegas esbarrando em tudo que está à nossa frente.

EXPLICAÇÃO

Davi no Salmo 23 sugere a cura perfeita e completa para as feridas causadas pelos “vales” que a vida nos reserva. Davi escreve: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, pois tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me protegem”.
O conceito dominante deste Salmo é o de Deus na qualidade de guia e protetor, através dos reveses (contratempos) da vida. O que não podemos desconsiderar quando estivermos atravessando um desses “vales escuros”:

EM PRIMEIRO LUGAR - FT: Não podemos Desconsiderar que: Os vales são inevitáveis em nossa vida
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O discípulo amado João escreveu: “Neste mundo tereis aflições” (João 16.33), ou seja, mais cedo ou mais tarde os vales chegam e isso é inevitável.
Os vales fazem parte de nossas vidas. Eles fazem parte de nossas vidas, para que através deles cresçamos, aprendamos muitas lições, e assim saíamos melhores do que entramos.

EM SEGUNDO LUGAR - FT: Não podemos Desconsiderar que: Os vales são imprevisíveis.

Se fosse possível agendar, dia, hora e local para que os vales cheguem a nossas vidas, seria um grande feito. Só que a realidade não é essa e sabemos bem disso. Ao contrário do que gostaríamos, os vales chegam sempre em situações complicadas, chegam sempre nos momentos mais inoportunos, justamente quando não gostaríamos que eles chegassem. Tiago no capítulo 1 verso 3 diz: “Vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança. E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma”.

EM TERCEIRO LUGAR - Não podemos Desconsiderar que: Os vales são imparciais.

Eles chegam indistintamente para todos. É como chuva. Cai sobre todos. Eles vêm, simplesmente para bons e maus e não adiante perguntar: “por que eu?” Aprouve a Deus que fosse assim, o tempo revelará os seus efeitos.

EM QUARTO LUGAR - FT: Não podemos Desconsiderar que: Os vales são temporários.

Precisamos saber que eles terminam. Muitos de nós esquecemos às vezes a questão da eternidade que nos aguarda. Vejo muitas pessoas literalmente se “descabelarem” esquecendo que estamos a caminho de um lugar onde “não haverá dor, nem pranto” nem vales.
Saiba meu irmão que há algo além de todo o seu sofrimento e dor, que é a eternidade, um lugar de gozo e paz.

EM QUINTO LUGAR - Não podemos Desconsiderar que: Os vales não são acidentes.

Cheguemos à conclusão de que Deus tem propósitos em tudo que Ele prepara para nossas vidas, inclusive para os vales que Ele coloca. Sendo assim, nada por acaso e sem propósitos.

CONCLUSÃO

“O QUE DEVEMOS FAZER ENTÃO QUANDO OS VALES CHEGAREM?”

A primeira coisa a fazer é: NÃO TENHA MEDO DO QUE PODE ACONTECER
A segunda coisa a fazer é: TER A CERTEZA DA COMPANHIA DE DEUS.
Por fim, uma última coisa a fazer, de acordo com o salmista é: TER CONFIANÇA NA PROTEÇÃO DE DEUS.

RAPOSINHAS QUE DEVASTAM A VINHA

Ct. 2.15-17


OBJETIVO: Ensinar que a vida do cristão sempre será rodeada de pragas e parasitas do pecado, as quais deve ter o cuidado de eliminar.


INTRODUÇÃO: Parasitas são muito comuns em nossos jardins.
Assim como existem parasitas em jardins, também podem existir parasitas em nossa vida pessoal que podem minar nossas forças e deformar nosso caráter.


CONTEXTO: O Livro de Cantares, segundo o Dr. Campbell Morgan: ‘era, indubitavelmente, um canto de amor terrestre, mas muito puro e muito lindo... Para aqueles que vivem vida simples, estes cânticos são cheios de formosura e expressam a linguagem do amor humano’. Pergunta-se qual a analogia entre a religião e o livro de Cantares de Salomão. Tudo parece demonstrar que seja um cântico erótico de amor sem referência à religião ou fé em Deus. No entanto, foi considerado sagrado como alegoria do relacionamento amoroso entre Israel e o Senhor da aliança; e como tal era lido anualmente pela nação por ocasião da Páscoa, quando o povo comemorava a libertação do Egito e o seu novo relacionamento com Yahweh, o Deus da Aliança. A alegoria muitas vezes é encontrada na narrativa escriturística para transmitir a mensagem do amor e do cuidado de Deus por seu povo.


TRANSIÇÃO: Hábitos não próprios a fé fazem parte de sua vida? Pecados ainda não arrancados pela raiz ainda insistem em te seduzir? Nesta oportunidade quero refletir sobre RAPOSINHAS QUE DEVASTAM A VINHA.

I – CONHECENDO AS ‘RAPOSINHAS’.

a – Raposas: animais ou plantas parasitas.

1. Plantas parasitas:
– ‘Rapozinhas’ é o nome dado a certas plantas que nascem junto da videira, que tem o aspecto semelhante a ela, mas que são altamente danosas e até mortais a plantação de uvas, impedem o crescimento sadio da videira, levando-a à esterilidade.
– Por serem parecidas com a parreira são difíceis de identificar, sendo preciso a ajuda de um viticultor experiente. Se não forem arrancadas infestam toda a plantação, sufocando a videira e acabando com ela!

2. Animais:
– São vários os tipos dessas raposinhas:
a) Raposa Vermelha gera de 4 a 9 filhotes;
b) Raposa Cinzenta tem de 1 a 10 filhotes;
c) Raposa do Artigo pode ter de 5 a 11 filhotes;
d) Raposa-ligeira tem de 3 a 6 filhotes;
e) Raposa-orelhuda, tem de 4 a 7 raposinhas.
f) Raposa-do-Cabo mede de 45 a 61 cm. Tem de 3 a 5 filhotes;
g) Raposa Vulpes mede de 50 a 75 cm. Tem de 4 a 8 crias.

– Características das raposas.
a) A raposa é resistente e com capacidade de adaptação, podendo adaptar-se a novos territórios, desde que estes tenham comida em abundância.
b) O fato de ser um predador muito astuto torna-se também fácil a sua adaptação a qualquer tipo de floresta.
c) A raposa é um animal de hábitos crepusculares e noturnos;
d) Vive em toca abandonada, buracos em tronco de árvore, arbustos densos, cavernas pouco profundas. Se a fêmea não achar um esconderijo, ela cavará um.
e) Por ser muito esperta, só se vê normalmente a sua característica cauda desaparecendo por entre a vegetação. A raposa é esperta, faz de conta que não quer nada. Vai entrando...
f) Consome cerca de 500 gr de alimento por dia. O que não come no próprio dia esconde para consumo posterior. Chega a ter 20 esconderijos de comida, conseguindo facilmente decorar todos eles.
g) Em zonas rurais, às vezes assalta os galinheiros, tendo o hábito de matar em excesso.
h) São perigosas para as plantas porque destroem as raízes. E sem raízes, as plantas morrem.

b – O pecado, essa velha raposa.

1. O pecado age na vida do cristão sempre se maneira muito sorrateira e sutil, como um parasita ou como um predador, analogizado no conceito das raposinhas, sejam plantas ou animais.

2. O pecado não pertence à nova natureza do cristão, pois o mesmo nasceu de novo, contudo o pecado continua rondando e assediando cada cristão, tirando-lhe o viço e a beleza da nova vida em Cristo.
– II Co. 5.17 ‘E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas’.

3. Como as raposinhas que devastam e destroem o viço e a beleza das vinhas, o pecado traiçoeiramente também destrói a vida do cristão que não se cuida em sua santificação.


II – CONHECENDO SOBRE A ‘VINHA’.

a – A vinha é o povo de Deus.

1. O V. T. apresenta o povo de Israel como a vinha do Senhor.
1.1 – Is. 5.1-7 ‘’.
1.2 – Is. 27.2 ‘’.
1.3 – Sl. 80.14 ‘’.

2. O N. T. apresenta a Igreja substituindo o Israel nação.
2.1 – Rm. 9.6,8 ‘’.
2.2 – I Pe. 2.9-10 ‘’.

b – Cada cristão faz parte desta vinha.

1. As Escrituras falam fartamente que somos lavoura de Deus, somos sua possessão, e Ele como o viticultor cuida de sua vinha.

2. A mais bela das figuras desta vinha está em João 15 onde o Senhor Jesus ensina que o Pai é o viticultor que cuida de sua vinha, onde todos estamos implantados.


III – APANHE AS RAPOSINHAS EM SUA ‘VINHA’
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a – Raposinhas são qualquer espécie de pecado parasita.

1. Essas raposas e raposinhas para nós, hoje, são um símbolo de tudo o que vem para nos roubar a comunhão com o amado de nossas almas, Jesus Cristo!

2. As raposinhas são um símbolo daquilo que parece inofensivo, bonitinho, mas que no futuro nos trarão desgostos.

3. Ilustração: Quando uma raposa, adulta ou filhote, adentrava a uma vinha em flor, os prejuízos eram certos. As flores precedem os frutos. O alvo das raposas é a raiz das vinhas.

4. Salomão sabia das coisas. Por observação e informação, sabia que o grande inimigo de um vinhedo não era grande: era pequeno.

5. Quando enveredamos por uma vida de coisas erradas, raramente começamos por cometer um grande erro. Na maioria das vezes, vícios e dependência encontram seu início em desvios bem sutis, sem grandes estardalhaços. As raposas fazem estragos, porque são pequenas.

b – Cuide de sua vida pessoal como vinha preciosa do Senhor.

1. Sua vinha está em flor e há um potencial tremendo de frutos gloriosos para Deus que poderão ser produzidos em sua vida!

2. Porém, as raposas do mundo estão à espreita. É possível que agora mesmo algumas delas estejam roendo as raízes da sua vinha.
– Elas representam a nossa conformidade com os sistemas deste mundo, com os valores mundanos e profanos, especialmente na vida do cristão que, passado o primeiro amor, torna-se mais acomodado, complacente.
– São os resquícios de antigos pensamentos e desejos pecaminosos.
– São as buscas de prazeres fúteis e vazios.
– São os pequenos desvios da verdade ou quaisquer outras coisas “inofensivas” mas que nos roubam a comunhão com Jesus.


CONCLUSÃO: Em sua vida há pecados de estimação, parasitas que se recusam a serem depostos de seus lugares de mando e domínio?

É hora de vir aos pés da cruz e buscar novo momento de consagração.