terça-feira, 27 de janeiro de 2009

SITUAÇÕES-LIMITE EM NOSSA VIDA SÃO INSTRUMENTOS NAS MÃOS DE DEUS

Ex. 15.22-27

OBJETIVO: Ensinar que nossas situações-limite não devem nos assustar, antes deve despertar em nós o temor diante do único Deus que pode fazer maravilhas.


INTRODUÇÃO: Crises e problemas circundam o ser humano em todo o percurso de sua vida. Se você nunca passou por uma grande crise, não se dê por privilegiado, pois ela virá e é bom você estar preparado.


CONTEXTO: A narrativa se encontra dentro do contexto histórico da saída do povo de Israel do Egito. Depois de atravessarem o Mar Vermelho, caminham por três dias sem água.
Cerca de 6 milhões de pessoas sem água por três dias. Desidratação, diarréia, e mesmo óbitos, poderiam estar acontecendo. O povo estava chegando às raias do desespero.


TRANSIÇÃO: Você já passou por situações onde o desespero bateu à porta? Quero refletir sobre: SITUAÇÕES-LIMITE EM NOSSA VIDA SÃO INSTRUMENTOS NAS MÃOS DE DEUS.


I – SITUAÇOES-LIMITE PODEM ATINGIR O POVO DE DEUS.

a – Três dias sem encontrar água podem gerar colapsos.

1. O povo de Israel já havia passado por um grande susto cerca de três dias antes quando viu o poderoso exército de Faraó se aproximando e não tendo alternativa de fuga, pois de lado havia o deserto, à frente o Mar Vermelho e atrás o exército.

2. Esta era também uma situação-limite onde Deus mostrou o seu poder. O mar se abriu, Israel passou a pés enxutos enquanto os egípcios pereceram afogados.

3. Agora, caminhando a três dias sem água, o quadro era desolador.
3.1 – O cansaço e o desânimo são normais nestas condições.
3.2 – Sintomas de desidratação, acompanhados de diarréia são comuns nestas circunstâncias.
3.3 – Pessoas à beira do desespero, possivelmente acusando Moisés de inabilidade e irresponsabilidade ao conduzir o povo naquelas condições (Ex. 15.24).

b – A anormalidade e insegurança podem gerar colapsos.

1. A narrativa bíblica mostra diversas situações onde o povo experimentou crises e sinais de colapso devido a instabilidades geradas, sejam de ordem social, política, ou mesmo espiritual.
1.1 – Período dos juízes, onde levantes e motins surgiam interna ou externamente a Israel.
1.2 – Morte de Saul, onde uma parte do povo seguiu a Is-Bosete e a outra parte seguiu a Davi como novo rei.
1.3 – Morte de Davi, onde insurreições surgiram dentro da própria família real trazendo mortes e inquietações.

2. Situações de insegurança e violência são vistas e conhecidas de modo farto por todos nestes tempos.
2.1 – Crime na família Nardoni.
2.2 – Seqüestros diários acontecendo em nossa sociedade.
2.3 – Mortes e calamidades são rotinas em nossos dias.

3. Você tem experimentado situações de crise que tem tirado sua paz e tranquilidade?

c – O povo de Deus não está isento de experimentar colapsos.

1. Tem sido muito difundido no meio evangélico que o cristão não passa por dores, porque é filho do Rei.

2. Doenças e situações adversas não podem acontecer na vida do cristão, e se tais desventuras lhe acontecem, é porque o referido cristão está em desobediência e pecado.
2.1 – Como explicar as desventuras na vida dos grandes homens de Deus na Bíblia?
2.2 – Como explicar as desventuras na vida de grandes homens de Deus no decorrer da História da Igreja?

3. Nosso Senhor Jesus e seus apóstolos ensinaram sobre crises e tribulações:
3.1 – Jo. 16.33 ‘’.
3.2 – I Pe. 1.6 ‘’.
3.3 – Tg. 1.2,12 ‘’.


II – SITUAÇÕES-LIMITE PODEM SER OPORTUNAS À MANIFESTAÇAO DA SOBERANA DE DEUS.

a – Deus é o Deus do impossível.

1. Criar do nada é um ato que só Deus poderia realizar.
1.1 – Gn. 1.1 ‘No princípio criou Deus o céu e a terra’. A expressão que o texto hebraico nos dá ‘bereshit baráh’ tem o significado de criar algo do que não existe.
1.2 – Hb. 11. 3 ‘Pela fé entendemos que o universo foi formado pela palavra de Deus, de modo que aquilo se vê não foi feito do que é visível’.

2. Deus sempre realizou o impossível aos olhos humanos.
2.1 – Os eventos do Êxodo, libertando o povo de Israel com mão poderosa, e sustentando-os no deserto por quarenta anos com sinais e milagres.
2.2 – A libertação nos dias de Ezequias, onde uma praga infecciosa abateu cerca de 180.000 soldados assírios, deixando o povo de Israel livre da afronta daquela poderosa nação.

b – Deus tem as soluções para os problemas que afligem seu povo.

1. Deus mostra saídas inusitadas.
1.1 – O povo caminhara três dias pelo deserto sem água e, finalmente, chegou a um local onde havia água, mas as águas eram amargas.
1.2 – Murmuraram aos ouvidos de Moisés que, não sabendo resolver o problema, clamou ao Senhor.
1.3 – Moisés pede uma solução e Deus lhe mostra uma árvore.
1.4 – Nem sempre Deus nos mostra o que queremos.
• Is. 55. 8 ‘Pois os meus pensamentos não são os pensamentos de vocês, nem os seus caminhos são os meus caminhos, declara o Senhor’.

2. Deus transformou água amarga em água potável e doce.
2.1 – Para Deus não há impossível.
2.2 – Deus pode transformar aquilo que está amargo em sua vida em algo doce:
• Seu casamento está amargo? Deus pode mudá-lo.
• Sua vida profissional está amarga? Deus pode mudar esse quadro.
• Seus relacionamentos têm se mostrado amargos e intragáveis? Coloque-os nas mãos de Deus.
• Você tem experimentado crises dentro de sua família e a vida lhe parece um inferno? (Ilustração: Menino diz: ‘Professora, eu sei onde é o inferno’).
• O seu futuro parece não chegar nem se realizar nunca? Espere em Deus.

3. Temos a tendência de fugir das provações e tribulações que nos afetam como se fossem maldições.
3.1 – ‘Ao nos esquivarmos de uma provação, estamos procurando evitar uma bênção’ (Charles H. Spurgeon).


III – SITUAÇOES-LIMITE SÃO OCASIÕES DE SE VOLTAR À PALAVRA DE DEUS.

a – Neste evento Deus deu estatutos e ordenanças a seu povo.

1. Deus estava chamando o povo de Israel para andar e viver através de sua Palavra.

2. A Revelação bíblica ainda estava sendo dada. O importante era o povo aprender que, se andassem na obediência da Palavra, a vida seria mais fácil de ser vivida.

3. Muitos querem as bênçãos de Deus divorciadas da obediência à sua Palavra, porém, este não é o caminho de Deus.

b – A obediência é a condição para se receber soluções especiais.

1. A obediência é a condição sem a qual bênçãos especiais não serão experimentadas.

2. Mesmo em meio a momentos difíceis e escuros, carregados de problemas, se lembre da obediência.
2.1 – ‘Não esqueça nas trevas o que Deus te mostrou na luz’.

3. Deus destaca com Moisés as condições da obediência.
3.1 – ‘Se ouvires atento a voz do Senhor, teu Deus’.
3.2 – ‘Se fizeres o que é reto diante dos seus olhos’.
3.3 – ‘Se deres ouvidos aos seus mandamentos’.
3.4 – ‘Se guardardes todos os seus estatutos’.

4. Deus destaca o cuidado protetor para a vida do obediente, afirmando que cercaria com cuidados tais que nem mesmo as enfermidades derivadas da promiscuidade e do pecado egípcio tocariam no seu povo.
4.1 – Ex. 15. 26 ‘ ... não trarei sobre vocês nenhuma das doenças que eu trouxe sobre os egípcios, pois eu sou o SENHOR que os cura’.
4.2 – Jeová Rafah – O Senhor que cura, é o nosso Deus.

c – Deus aponta a solução numa árvore, analogia da cruz.

1. Analogamente Deus mostrou a Moisés que a solução estava na cruz. Deus mostrou a Moisés uma árvore. É o lenho, representando o poder transformador da cruz de Jesus para todo aquele que nele crê.

2. É preciso passar pela cruz de Cristo, entregando-se a Ele para se ter um novo e dócil coração, coração capaz de obedecer à Palavra de Deus.
2.1 – Ez. 36.26-27 ‘Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne. Porei o meu Espírito em vocês e os levarei a agirem segundo os meus decretos e a obedecerem fielmente às minhas leis’.


CONCLUSÃO: Você precisa deixar Deus tocar a sua vida com a cruz.
Você precisa deixar Deus mudar a sua sorte e os rumos de seus caminhos.
Você precisa se dedicar à obediência da Palavra de Deus.

domingo, 18 de janeiro de 2009

ESBOÇO DO MAIOR PROJETO JÁ REALIZADO.

Gn. 22. 1 – 19


OBJETIVO: Apresentar o plano de salvação.


INTRODUÇÃO: Em Waldsassen, na Bavária, é interessante apreciar a arquitetura pouco usual de uma catedral em que o número “3” é representado em quase toda parte. Este edifício possui 3 torres e 3 pequenas torres – cada uma das quais tem 3 trapeiras e 3 janelas de água furtada. Ela tem 3 cruzes pequenas e 3 grandes; 3 telhados, 3 respiradouros em cada telhado; 3 janelas e 3 portas em cada sessão do edifício, 3 sessões em cada torre e 3 em cada pequena torre. No interior se encontram 3 altares com 3 remates, 3 escadas, 3 vãos de porta, 3 luzes, 3 arcos transeptos, 3 colunas, 3 nichos, 3 janelas em 3 vãos e 3 estátuas. O construtor foi Georg Dientzhofer, 3º arquiteto de sua família. O término da estrutura exigiu 33 meses, 33 semanas e 33 dias, custando 33.333 florins e 33 kreuzer.
É um projeto interessante na estética, na matemática e na engenharia. Existem muitos outros grandes projetos mundo afora. Porque não mencionar as grandes pirâmides do Egito; ou os arranha-céus com 1000 metros de altura; ou o edifício giratório?
Milhares de projetos existem. Mas qual o maior projeto?
O maior projeto fala de Deus resgatar o homem do seu estado de pecado, corrupção e miséria e elevá-lo à condição de filho e herdeiro de seu reino.


CONTEXTO:Deus chamou a nação de Israel à existência a partir de Abraão. O texto está dentro da promessa de fazer da descendência de Abraão uma bênção a todas as famílias da terra.


TRANSIÇÃO: Quero vos apresentar nesta ocasião o ESBOÇO DO MAIOR PROJETO JÁ REALIZADO.

I – O AMOR DOADOR DE DEUS PAI.

a – O contexto de Abraão.

1. Abraão é desafiado por Deus a apresentar seu próprio filho em holocausto: “Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá: oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei”.

2. Abraão é tido nas Escrituras como um tipo, ou uma figura que simboliza o próprio Deus, dado seu amor pelo filho, dado ser ele o pai de um povo.

3. Abraão, na história da salvação, é apresentado tipificando Deus.









b – O amor de Deus tipificado na entrega de Abraão.

1. Abraão se dispõe. Levanta-se de madrugada, toma seu filho e o que lhe era necessário e sai numa caminhada de três dias, rumo ao local do holocausto.

2. Enquanto caminhava, possivelmente se angustiava ao antever ou pensar no momento do sacrifício. Ferir com a morte o seu próprio filho a quem muito amava.

3. Se a morte de um ente querido já nos dilacera o coração, como não estaria sendo difícil para Abraão só o pensar em matar seu filho, a quem muito amava, com suas próprias mãos.

c – Porque Deus amou o mundo de tal maneira.

1. Ah! Meus irmãos! Esse foi o angustiante dilema de Deus! Entregar à morte o próprio Filho a quem muito amava, para sofrer a culpa de outros, para que esses pudessem ter suas culpas e penalidades perdoadas.

2. Isso é impossível ao ser humano. Perdoar o seu algoz. Perdoar a quem nos ofende. Perdoar a quem nos tortura. Perdoar quem nos cuspiu no rosto e nos relegou um lugar de desprezo.

3. Nós somos os algozes. Nós somos os ofensores. Somos quem infligiu a tortura. Somos quem cuspiu no rosto de Deus e lhe relegou à um lugar de desprezo.

4. A angústia de Deus era por sua causa! Entregar a morte o próprio Filho para perdoar pecadores como você e como eu. Isso só é possível, porque Deus amou o mundo de tal maneira. Porque Ele amava a mim e a ti, Ele deu o seu único Filho a quem muito amava.
4.1 – Jo 3.16 ‘’.
4.2 – Rm 5.8 ‘’.

5. Abrão é uma figura de Deus Pai, que tinha um único Filho, mas o entregou à morte para nos livrar da morte.


II – O AMOR SACRIFICIAL DE DEUS FILHO.

a – A submissão de Isaque diante do sacrifício.

1. Isaque é o filho submisso a quem o pai incumbe de levar a lenha até o local do holocausto.

2. É uma figura de Jesus porque aponta para a submissão do Filho de Deus em levar sobre si os nossos pecados no madeiro.

3. I Pe 2.24 “...carregando Ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para o pecado, vivamos para justiça; por suas chagas, fostes sarados”.

b – “Onde está o holocausto?”

1. Isaque não sabia onde estava o holocausto.

2. Não temos a idade exata do jovem Isaque neste acontecimento, mas deduz-se que era ainda muito jovem. Na simplicidade inocente de sua juventude o rapaz interpela o pai: “Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?”

3. Não sabia ser ele próprio o cordeiro que seria executado e imolado naquele altar. O inocente cordeiro.

4. Isaque tipificava Jesus Cristo.

c – Jesus é o Cordeiro de Deus.

1. Jesus, o eterno e único Filho de Deus, que era o objeto do seu infinito, perfeito e eterno amor é quem se prontifica a ser imolado para resgate daqueles que deveriam morrer sem pena, dó ou piedade.

2. No grande Conselho, ou resolução da Divindade, Pai, Filho e Espírito Santo idealizaram o projeto da salvação.
2.1 – O Pai daria um corpo humano ao Filho, o proveria com todos os dons e graças, e o ressuscitaria após a oferta sacrificial em prol da redenção dos pecadores.
2.2 – O Filho se disporia a entregar sua vida como oferta pelo nosso pecado.
2.3 – O Espírito Santo aplicaria, depois, na vida de cada um dos eleitos de Deus o poder redentivo e salvador da morte do Filho, regenerando, convertendo, santificando e glorificando cada um deles para a vida eterna (Ef 1.9,11 e II Tm 1.9-10 falam deste conselho ou resolução da Divindade).

3. Jesus é o Cordeiro de Deus:
3.1 – Jo 1.29 “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.”
3.2 – I Pe 1.18–20 “...sabendo que não foi mediante cousas corruptíveis que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós...”

4. Isaque é apenas o esboço do que realmente aconteceria em Cristo Jesus. Jesus é o real cordeiro de Deus.


III – O PECADOR: SUBSTITUÍDO E SALVO.

a – Isaque é substituído no momento da execução.

1. Abraão estava para desferir o golpe mortal, quando foi impedido.
1.1 – Gn 22.10 “...e, estendendo a mão, tomou o cutelo para imolar o filho”.
1.2 – Gn 22.13 “Tendo Abraão erguido os olhos, viu atrás de si um carneiro preso pelos chifres entre os arbustos; tomou Abraão o carneiro e o ofereceu em holocausto, em lugar de seu filho”.

b – O pecador não poderia pagar suas próprias culpas.

1. Jamais o ser humano poderia pagar por inteiro a sua pena e ainda voltar à vida, pois o salário e a penalidade pelo pecado é morte eterna.
1.1 – Rm 6.23 ‘’.
1.2 – Sl 49.7-9 “...ninguém pode remir, nem pagar a Deus o seu resgate...para que continue a viver perpetuamente...”

2. Plagiando o salmista, poderia-se dizer que: “...pagaria, pagaria, sem jamais chegar ao fim...”

c – Alguém precisava pagar por ele o seu resgate.

1. Ilustração: É como uma pessoa que esteja dentro de um charco de lama e perdição, um tremedal de areia movediça, e quanto mais se debate para sair, mais funda. Jamais pode sair dali por sua própria conta, a menos que alguém venha e o tire.

2. Porque deveria ser Jesus e não outro?
2.1 – De forma teatral, dramatizada e poética, é dito em Apocalipse que foi procurado no céu, na terra e debaixo da terra alguém que realizasse os atos da justiça de Deus, e não foi encontrado.
2.2 – Foi o homem que pecou, portanto o homem deveria morrer pelos seus pecados.
2.3 – Só Deus em carne humana poderia sofrer a culpa do pecado e a culpa humana e voltar à vida.
2.4 – Deus se fez carne em Jesus. Pagou nossa culpa e nosso resgate em Jesus.

d – Somos substituídos por Jesus Cristo.

1. Quando Deus deveria desferir o golpe de execução e condenação sobre nós, ele o faz em seu Filho Jesus Cristo.

2. I Pe 2.24 “...carregando Ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para o pecado, vivamos para justiça; por suas chagas, fostes sarados”.

3. Assim como Isaque foi substituído pelo cordeiro, cada um dos que crêem são substituídos pelo cordeiro de Deus.


CONCLUSÃO: Existem grandes projetos e grandes realizações na humanidade, assim como a Catedral de Waldsassen, na Bavária, descrito na Introdução, mas o maior projeto e a maior realização em todo o universo foi exatamente a obra de salvação do pecador.
Creia que Deus entregou seu Filho Jesus em seu lugar. Entregue sua vida a ele para que sejam cancelados os vossos pecados e as suas culpas.

REFAZENDO O PROJETO DE SUA VIDA

Gn. 28.18-22


OBJETIVO: Apresentar ao Senhor a gratidão pelo conquistado até aqui e refazer o projeto para um novo ano.


INTRODUÇÃO: ‘Fechado para balanço’.
Há certas situações em nossa vida que precisamos também parar e fazer um balanço, refazendo nosso projeto de vida.


CONTEXTO: Jacó trapaceou com seu irmão Esaú, trocando sua progenitura por um prato de lentilhas e, mais tarde, trapaceou com seu pai, roubando a bênção que era para seu irmão. Neste contexto, Esaú procura matá-lo e ele foge. Ao fugir, Deus se manifesta a ele. Reconhecido da dependência de Deus, Jacó refaz sua aliança.


TRANSIÇÃO: Como foi para você este ano que se encerrou? Percalços, pecados e fugas? Acertos, bênçãos e um senso de dependência de Deus? Talvez seja a hora de se realinhar com o pacto já feito com o Senhor e refazer seu projeto para servi-lo melhor! Dentro deste prisma, quero lhes falar sobre o seguinte tema: REFAZENDO O PROJETO DE SUA VIDA.


I – REFAZER O PROJETO DE SUA VIDA IMPLICA EM RECONHECER O CAMINHO JÁ ANDADO ATÉ AQUI.

a – A partir do novo nascimento, o cristão já tem história.

1. Jacó teve diversas experiências com Deus, embora tenha tido uma em especial que definiu o rumo de sua vida.

2. Jacó era um negociador. Estava interessado em vantagens. Mal sabia ele que, assumindo a progenitura, estava assumindo um compromisso com a linhagem, pessoa e ministério do próprio Messias, o Senhor Jesus.

3. Cada cristão verdadeiramente convertido também tem sua experiência pessoal com o Senhor, baseado em seu relacionamento com a pessoa de Cristo.

4. Jacó reconheceu que já andara com o Senhor o suficiente para saber que Deus o chamara para ser de seu povo.
4.1 – O sonho da escada até os céus (Gn. 28.12).
4.2 – A palavra de Deus (Gn. 28.13-15).

5. Cada novo convertido já tem história para saber que Deus o chamara para viver na condição de filho e família de Deus.

b – A poderosa presença de Deus é o marco do início de jornada.

1. Jacó teve uma vida pregressa.
1.1 – Jacó trapaceou com seu irmão.
1.2 – Jacó trapaceou com seu pai.
1.3 – Jacó usou a predileção de sua mãe.

2. Deus se manifestou a Jacó apesar de sua vida pregressa.
2.1 – A iniciativa para se ter um projeto de vida que envolva Deus é sempre de Deus.
2.2 – Olhe o exemplo em Adão: ‘Adão, onde estás?’.
2.3 – Olhe o exemplo em Noé: ‘Resolvi dar cabo de toda carne, porque a terra está cheia da violência dos homens. Faze uma arca...’.
2.4 – Olhe o exemplo em Paulo: ‘Seguindo ele (Paulo) estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor...’.

3. Todos quantos tiveram a experiência do novo nascimento reconhecem que a iniciativa foi de Deus, porque este o amou antes da fundação do mundo.

4. Você reconhece que veio até aqui em sua vida cristã, porque Deus te trouxe? Esta é uma boa base para refazer seu projeto com Deus.


II – REFAZER O PROJETO DE SUA VIDA IMPLICA EM RECONHECER SUA DEPENDÊNCIA DE DEUS.

a – Jacó afirma a dependência na necessidade da presença de Deus.

1. Jacó reconhece que dependia de Deus e precisava de sua constante presença.
1.1 – ‘Se Deus for comigo...’.(Gn. 28.20).
1.2 – O senso da necessidade da presença de Deus é imprescindível para a segurança do indivíduo na caminhada pelo desconhecido.

2. Ilustração: O exemplo em Moisés: ‘Então, lhe disse Moisés: Se a tua presença não vai comigo, não nos faças subir deste lugar’ (Ex. 33.15).

3. Cada cristão tem também a necessidade da presença do Senhor em sua caminhada.

4. O Senhor confiou ao seu povo sua promessa de presença e isso basta ao cristão:
4.1 – Mt. 28.20 ‘Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação do século’.
4.2 – Hb. 13.5 ‘De amaneira alguma, te deixarei, nunca jamais te abandonarei’.

5. A dependência da necessidade da presença de Deus é uma boa base para refazer seu projeto de vida.

b – Jacó afirma a dependência na necessidade da proteção de Deus.

1. Jacó apela para o cuidado protetor de Deus para renovar seu projeto de vida.
1.1 – Jacó estava viajando sozinho, por uma estrada erma, fugindo da morte representada na perseguição de seu irmão Esaú.
1.2 – ‘Se Deus... me guardar nesta jornada que empreendo’ (Gn. 28.20).

2. Cada cristão também sabe o quanto depende da proteção de Deus nesta caminhada incerta, cheia de perigos e problemas.

3. ‘Mas livra-nos do mal’, é a oração que Jesus ensina seus discípulos a fazer recorrendo ao cuidado protetor do Pai (Mt. 6.13b).

4. A dependência da necessidade da proteção de Deus é uma boa base para refazer seu projeto de vida

c – Jacó afirma a dependência na necessidade da provisão de Deus.

1. Jacó, viajando sozinho, fugindo da morte, numa terra inóspita, se coloca diante de Deus para revalidar sua dependência da provisão de Deus para com suas necessidades pessoais.
1.1 – ‘Se Deus... me der o pão para comer e roupa que me vista...’ (Gn. 28. 20).
1.2 – Saber que Deus é a suficiente para suprir as necessidades pessoais é regra básica para qualquer pessoa que estabelece nEle seu projeto de vida, e Jacó sabia disto, pelo exemplo de provisão já visto em seu pai Isaque e seu avô Abrão.

2. Cada cristão também sabe que depende de Deus para sua sobrevivência básica.

3. ‘O pão nosso de cada dia dá-nos hoje’, faz parte da oração que Jesus ensina seus discípulos a fazer recorrendo ao cuidado protetor do Pai (Mt. 6.11).

4. A dependência da necessidade da provisão de Deus é uma boa base para refazer seu projeto de vida.


III – REFAZER O PROJETO DE SUA VIDA IMPLICA EM RECONHECER SUAS RESPONSABILIDADES.

a – Jacó afirma sua responsabilidade assumindo a aliança com Deus.

1. Em correspondência direta para com a dependência de Deus em cada uma das áreas propostas, Jacó assinala sua confissão de que não teria outro no lugar de Deus.

2. ‘O Senhor será o meu Deus’ (Gn. 28.21).
2.1 – Especificar quem seria o seu Deus implica no conhecimento da revelação do Nome do próprio Deus.
2.2 – YHWH já tinha se revelado a Abraão como o único Deus do universo.

3. A profissão de fé de que o Senhor é Deus acompanha sempre o seu povo.
3.1 – Sl. 100. 3 ‘Sabei que o SENHOR é Deus; foi ele quem nos fez, e dele somos; somos o seu povo e rebanho do seu pastoreio’.
3.2 – Sl. 118.27 ‘O SENHOR é Deus, ele é a nossa luz; adornai a festa com ramos até às pontas do altar’.

4. Confessar ao Senhor como seu Deus é um grande privilégio, mas também uma grande responsabilidade, pois se tem sobre si o maior dos nomes a zelar.

b – Jacó afirma sua responsabilidade assumindo comunhão com Deus.

1. Jacó afirma que teria um local como referência da Casa de Deus.
1.1 – Gn. 28.21 ‘A pedra que erigi por coluna será a Casa de Deus’.
1.2 – Aquele lugar passou a se chamar Betel, que significa: Casa de Deus.
1.3 – Gn. 28.17 ‘Quão temível é este lugar! É a Casa de Deus, a porta dos céus’.

2. As Escrituras nos ensinam que Deus não pode ser contido num local restrito, pois Ele é imenso e nada pode contê-lo.

3. Estas mesmas Escrituras nos ensinam a buscar a comunhão com o Senhor e com seu povo em lugar específico.
3.1 – Hb. 10.25 ‘Não descuidemos de nossos deveres na Igreja, nem as suas reuniões, como algumas pessoas fazem’.

4. A comunhão com Deus é imprescindível no projeto de vida de qualquer pessoa que professe a fé em Cristo Jesus, e você não pode ficar de fora.

c – Jacó afirma sua responsabilidade assumindo fidelidade a Deus.

1. Jacó afirma que seria fiel ao Senhor também na manutenção de sua obra, dando de tudo o seu dízimo.
1.1 – Gn. 28. 22b ‘... e de tudo quanto me concederes, certamente eu te darei o dízimo’.
1.2 – O dízimo é uma das mais antigas instituições do culto, seja no culto ao Deus Altíssimo ou em diversas outras culturas pagãs.

2. Há nas Escrituras diversas alusões ao princípio de conceder a Deus a décima parte do que Ele provê para o sustento daqueles que O servem.
2.1 – Pr. 3.9 ‘Dê honra ao Senhor, oferecendo a Ele a primeira parte de tudo o que você ganha’.
2.2 – Ml. 3.8-10 ‘Tragam todos os dízimos aos depósitos do Templo, para haver alimento suficiente em minha casa. Se vocês fizerem isto, abrirei as janelas do céu e derramarei uma bênção tão grande que não terão lugar onde guardá-la’.

3. ‘Entregar o dízimo é reconhecer que todas as coisas pertencem a Deus e que estamos submissos a sua vontade declarada nas Escrituras, sabendo que Ele proverá todo o sustento necessário para seu povo’ Rev. Emiliano.

4. O cristão não apenas a responsabilidade e dever de contribuir com a causa do Evangelho que tão graciosamente o alcançou, através da contribuição de outros; mas também tem o privilégio de cultuar a Deus através de sua obediência.


CONCLUSÃO: Refazer o projeto de sua vida para este ano que se inicia é se colocar diante de Deus no reconhecimento do que Deus já te fez até aqui; no reconhecimento de sua dependência para com Deus e de suas responsabilidades para com Ele.