segunda-feira, 31 de maio de 2010

COMO VIVER AS PROMISSÓRIAS DO PACTO CONJUGAL NA VIDA COMUM DO LAR?

I Pe. 3.1-7

OBJETIVO: Ensinar que a família é bem sucedida quando aprende a viver dentro da estrutura familiar criada e ordenada por Deus.

INTRODUÇÃO: Nos moldes da sociedade atual, a família é instituída dentro de padrões que fogem ao arquétipo estabelecido pelo Deus Criador.
• Família nuclear: um homem, uma mulher e filhos.
• Família monoparental, variação da estrutura nuclear devido a fenômenos sociais, como o divórcio, óbito, abandono de lar, ilegitimidade ou adoção de crianças por uma só pessoa.
• Família ampliada ou extensa (também dita consanguínea) é uma estrutura mais ampla, que consiste na família nuclear, mais os parentes diretos ou colaterais, existindo uma extensão das relações entre pais e filhos para avós, pais e netos.
• Família comunitária onde a total responsabilidade pela criação e educação das crianças se cinge aos pais e à escola, nestas famílias, o papel dos pais é descentralizado, sendo as crianças da responsabilidade de todos os membros adultos.
• Família homossexual onde existe uma ligação conjugal ou marital entre duas pessoas do mesmo sexo, que podem incluir crianças adotadas ou filhos biológicos de um ou ambos os parceiros .

CONTEXTO: Pedro está escrevendo sua carta para a região da Ásia Menor, onde dezenas de Igrejas já haviam sido implantadas pelo ministério de Paulo e outros missionários. A perseguição neroniana irrompeu contra a Igreja cristã a partir do ano 64 e possivelmente Pedro escreve por volta do ano 67. Pedro escreve com o intuito de incentivar a Igreja a suportar as tribulações vivendo como cristão em todas as áreas da vida, incluindo a vida em família, sabendo que a recompensa seria um prêmio a ser recebido das mãos do Senhor para toda a eternidade.

TRANSIÇÃO: O comportamento e exemplo de sua família apontam para o modelo ensinado nos evangelhos? COMO VIVER AS PROMISSÓRIAS DO PACTO CONJUGAL NA VIDA COMUM DO LAR?

I – O PACTO CONJUGAL É VIVIDO NA VIDA COMUM DO LAR NA MISSÃO DA ESPOSA OBEDIENTE A DEUS.

a – A missão da esposa obediente a Deus implica na liderança do esposo.

1. O apóstolo Pedro aponta logo no primeiro versículo deste capítulo o conceito de submissão da esposa ao seu esposo, conceito este, distorcido e não compreendido por muitos devido o conceito machista dominante na cultura humana em geral.

2. Pedro indica que as mulheres devem ser submissas aos seus esposos assim como os servos aos seus senhores.
2.1 – Όμοίως → igualmente.
2.2 – Em 2.18 ensina que a obediência deveria ser com todo o temor devido a Deus.

3. As esposas são concitadas a atenderem a liderança de seus esposos com o mesmo temor a Deus.

4. Ilustração: Quando duas pessoas montam um mesmo cavalo, uma deve estar mais à frente que a outra e deve conduzir o animal; outro tanto sucede no lar cristão. O marido deve estar à frente na condução e a esposa junta como cooperadora.

b – A esposa cristã vive no temor do Senhor.

1. O apóstolo Pedro aponta para a mulher cristã como aquela rainha do lar que conquista seu esposo não pela beligerância ou capacidade de confrontar e guerrear um com o outro, mas pela docilidade de um comportamento cheio de temor.
1.1 – I Pe. 3.2 (NTLH) ‘porque ele verá que a conduta de você é honesta e respeitosa’.
1.2 – É assim que, sem dizer palavras, mas falando tudo com o exemplo, a mulher cristã cumpre o pacto conjugal, e ainda conduz o marido ao temor do Senhor, caso isto ainda não seja realidade.

2. Ilustração: Pedro aponta para o fato de que Sara até mesmo chamava Abraão de ‘senhor’, reconhecendo a liderança de seu esposo no âmbito da família.
2.1 – I Pe. 3.6 (NTLH) ‘Sara foi assim: ela obedecia a Abraão e o chamava de ‘meu senhor’’.
Como viver as promissórias do Pacto Conjugal na vida comum do lar?

II – O PACTO CONJUGAL É VIVIDO NA VIDA COMUM DO LAR AO SE OBSERVAR PRINCÍPIOS DA PALAVRA.

a – A beleza da mulher não deve ser seu mundo exterior.

1. O apóstolo Pedro ensina que a beleza da mulher não deve ser externa.
1.1 – Uma tradução simplificada do texto pode ser assim: ‘não seja o seu mundo o que é exterior, como tranças do cabelo, uso de jóias de ouro ou luxo dos vestidos’.
1.2 – Certamente Pedro não estava dando a entender que as mulheres devessem ser descuidadas com sua aparência e beleza, mas sim que deveriam evitar a ostentação de beleza exterior.

2. Nos dias atuais a sociedade prega uma beleza que chega as raias do culto ao corpo, e não poucas mulheres têm morrido em busca de um corpo perfeito, através de condicionamento físico que as tornam anoréxicas ou bulímicas, ou de cirurgias, levando muitas à morte.

3. Mulher, não seja a vossa beleza apenas o que é exterior!

b – A Beleza da mulher deve ser o seu mundo interior.

1. Se o princípio petrino é que a beleza da mulher não deve ser estampada apenas em seu exterior, mas com maior ênfase através de seu interior, o que é então essa beleza?

2. O que constitui o interior de uma mulher temente ao Senhor?
2.1 – O ‘homem interior do coração’ indica a nova natureza, o novo homem, que passamos a ser e a ter quando de nossa conversão a Cristo, recebendo-o como nosso único Salvador.
2.2 – O ‘incorruptível de um espírito manso’ indica a disposição interior de uma mulher dócil e meiga. A possibilidade e capacidade de ser gentil é potencializada na vida do ser humano através do Espírito Santo, por isso o fruto do Espírito ‘benignidade’.
2.3 – O ‘incorruptível de um espírito tranquilo’ aponta para uma mulher não resmungona e rixosa, mas para uma conduta simples e digna, auto-confiante e temperada.
a) O ‘incorruptível de um espírito tranquilo’ é o contrário de um espírito voluntarioso, orgulhoso, presumido, obstinado, endurecido, iracundo e invejoso (Lange).
b) Tg. 3.13 ‘Se vocês forem sábios, vivam uma vida de constante bondade, para que dela emane somente boas ações’.
c) ‘Grande é aquele que usa sua louça de barro como se ela fosse de prata; não menor é aquele que usa sua prata como se fosse louça de barro’ (Lúcio Aneu Séneca; nasceu em Coduba 04 a.C e morreu em Roma, 65 d.C. Foi um dos mais célebres escritores intelectuais do Império Romano) .

3. Ilustração: I Pe. 3.5 ‘Esse tipo de beleza interior foi o que se viu nas santas mulheres do passado, as quais confiavam em deus, e se acomodavam aos planos [à liderança] de seus maridos’.

4. Mulher, use sua beleza interior de modo que sobressaia a sua beleza exterior, por mais que esta insista em aparecer!


Como viver as promissórias do Pacto Conjugal na vida comum do lar?

III – O PACTO CONJUGAL É VIVIDO NA VIDA COMUM DO LAR NA MISSÃO DO ESPOSO PRUDENTE.

a – O esposo prudente assume sua posição de liderança.

1. O apóstolo Pedro exorta a nós maridos a reconhecer a esposa como ‘parte mais frágil’

2. Cumprir as promissórias do Pacto Conjugal tem a ver com o fato de que, mesmo em nossa sociedade moderna, o homem precisa ser o cabeça de seu lar, assumindo a tarefa de líder.

3. Não ser o líder do lar é expor a esposa à situações e condições para as quais ela não foi preparada.

4. O trabalho da liderança do lar, seja na condução financeira, seja na provisão dos recursos, seja na educação dos filhos, seja nas lides domésticas, é trabalho pesado que exaure da mulher forças que ela não recebeu em sua constituição feminina.

5. Ela é a parte mais frágil e deve ser protegida, amparada e amada.

b – O esposo prudente tem sua mulher em lugar de honra.

1. ‘Viva a vida comum do lar com discernimento, dando honra à mulher’ é a argumentação petrina aos maridos.

2. Considerando o contexto de perseguições e dificuldades por que passava os cristãos naqueles dias, isto implicava em cuidar da esposa para que a mesma não ficasse exposta à riscos.

3. A Constituição Federal de 1988 afirma que a família tem o papel único e específico de fazer valer, no seu seio, a dignidade dos seus integrantes como forma de garantir a felicidade pessoal de cada um deles .

4. Promissórias respeitam a promessa de pagamento ou de honra com um compromisso assumido, no qual o depositário se confessa devedor dessa quantia.

5. “Constata-se, finalmente, que a família é locus privilegiado para garantir a dignidade humana e permitir a realização plena do ser humano” (Professor Cristiano Chaves) .


CONCLUSÃO: A construção de sonhos, a realização do amor, a partilha do sofrimento, enfim, os sentimentos humanos devem ser compartilhados nesse verdadeiro LAR, Lugar de Afeto e Respeito .

Como viver as promissórias do Pacto Conjugal na vida comum do lar?

sábado, 22 de maio de 2010

TEM GENTE ENGANANDO E SENDO ENGANADA

I Jo. 2.18-26


OBJETIVO: Ensinar que sempre haverá joio no meio do trigo e que se deve envidar todo cuidado e esforço para não ser induzido a erros, permanecendo firmes na Palavra de Deus.


INTRODUÇÃO: Certamente você já ouviu o ditado vendendo ou comprando gato por lebre...


CONTEXTO: Cerinto foi contemporâneo de apóstolo e evangelista João quando este pastoreava na cidade de Éfeso no final da década de 90 no primeiro século.
Nada sobreviveu até nossos dias dos escritos de Cerinto, e os primeiros pais da Igreja apresentam um quadro confuso de sua heresia.
Cerinto cria que Jesus era um filho natural de José, e que seu pode se devera a uma descida temporária de um ‘aeon’ (uma emanação angelical). Esta personalidade veio sobre ele no batismo e o abandonou na cruscificação (Deus meu, Deus meu! Porque me abandonaste?).
Muitas pregações distorcidas sobre Jesus circularam no primeiro século. Qualquer semelhança com o nosso tempo não é mera coincidência.


TRANSIÇÃO: Já não há dúvida de que o evangelicalismo é de grande importância para o futuro do cristianismo global; mas, faz-se necessário seu compromisso total com o evangelho. Quero refletir nesta oportunidade sobre o tema: TEM GENTE ENGANANDO E SENDO ENGANADA.



I – OS ENGANADORES FORAM PREVISTOS PELO SENHOR.

a – Sempre houve enganadores.

1. O primeiro enganador entre os humanos: Adão.
1.1 – O engano é uma das ferramentas do pecado para afastar o homem da verdade, seja ela qual for.
1.2 – Desde que o pecado entrou na história humana, a intenção de enganar passou a existir no coração do homem.
1.3 – Adão, quando interpelado pelo Senhor, após o pecado, aponta outro responsável que não ele mesmo, numa tentativa de enganar o Criador, fugindo da verdade.

2. Jacó, enganador até no nome.
2.1 – O próprio nome ‘Jacó’ significa ‘enganador’; e essa foi a prática desse patriarca até que teve um verdadeiro encontro com Deus, que lhe mudou o nome e também seu caráter.

3. Enganadores sempre houve na história da humanidade. A mentira é um desvio de caráter e conduta que faz parte da natureza intrínseca do diabo.
3.1 – Jo. 8.44 ‘Vocês pertencem ao pai de vocês, o Diabo, e querem realizar o desejo dele. Ele foi homicida desde o princípio e não se apegou à verdade, pois não há verdade nele. Quando mente, fala a sua própria língua, pois é mentiroso e pai da mentira’.
3.2 – Ap. 12.9 ‘O grande dragão foi lançado fora. Ele é a antiga serpente chamada Diabo ou Satanás, que engana o mundo todo. Ele e os seus anjos foram lançados à terra’.

4. Como resultante do pecado, assim também de todos os pecadores.
4.1 – Não é preciso ensinar ninguém a mentir ou enganar os outros.
4.2 – A pessoa apenas se especializa ao longo de sua vida.

5. Todo enganador, especialmente em matéria de Evangelho, é um anticristo, isto é, todo aquele que se opõe a Cristo.
5.1 – I Jo. 2.18 ‘Filhinhos, esta é a última hora e, assim como vocês ouviram que o anticristo está vindo, já agora muitos anticristos têm surgido. Por isso sabemos que esta é a última hora’.

b – A preparação da Igreja sobre os enganadores.

1. Jesus alertou seus discípulos sobre o surgimento de enganadores no meio do povo.
1.1 – Mt. 24.4.5 ‘Jesus respondeu: “Cuidado, que ninguém os engane. Pois muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Eu sou o Cristo!’ e enganarão a muitos’.
1.2 – Mt. 24. 11 ‘e numerosos falsos profetas surgirão e enganarão a muitos’.
1.3 – Mt. 24.23-24 ‘Se, então, alguém lhes disser: ‘Vejam, aqui está o Cristo!’ ou: ‘Ali está ele!’, não acreditem. Pois aparecerão falsos cristos e falsos profetas que realizarão grandes sinais e maravilhas para, se possível, enganar até os eleitos’.

2. Os apóstolos alertaram a Igreja sobre a presença dos enganadores no meio do povo de Deus.
2.1 – At. 20.29-30 ‘Sei que, depois da minha partida, lobos ferozes penetrarão no meio de vocês e não pouparão o rebanho. E dentre vocês mesmos se levantarão homens que torcerão a verdade, a fim de atrair os discípulos’.
2.2 – II Pe. 2.1-3 ‘No passado surgiram falsos profetas no meio do povo, como também surgirão entre vocês falsos mestres. Estes introduzirão secretamente heresias destruidoras, chegando a negar o Soberano que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. Muitos seguirão os caminhos vergonhosos desses homens e, por causa deles, será difamado o caminho da verdade. Em sua cobiça, tais mestres os explorarão com histórias que inventaram. Há muito tempo a sua condenação paira sobre eles, e a sua destruição não tarda’.

3. Sempre haverá enganadores no meio do povo de Deus; pois, segundo a palavra inerrante do próprio Senhor Jesus, o joio sempre estará no meio do trigo.


II – OS ENGANADORES SE UTILIZAM DA PALAVRA DE DEUS.

a – Por não conhecerem as Escrituras.

1. Muitos se apressam em abrir sua boca querendo ensinar o que não receberam e na ânsia de serem tidos por mestres do saber, acabam por semear o erro.
1.1 – Tg. 3.1 ‘Meus irmãos, não sejam muitos de vocês mestres, pois vocês sabem que nós, os que ensinamos, seremos julgados com maior rigor’.

2. ‘A Bíblia é a mãe das heresias’ (Rev. Júlio A. Ferreira).

b – Deturpam as Escrituras.

1. O texto de João está envolto em um contexto do que se denominou de gnosticismo.

2. O gnosticismo, naquele contexto, denominado de gnosticismo cristão, era uma mistura de conceitos do judaísmo e do cristianismo corroídos pela filosofia pagã.
2.1 – Criam que o indivíduo poderia viver em pecados no corpo, pois o espírito é o que vivifica, mas a carne é fraca.
2.2 – Criam em milhares de mediadores entre o homem e Deus.
2.3 – Criam que Jesus não era Deus encarnado.
a) I Jo. 2.22-23 ‘Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anticristo: aquele que nega o Pai e o Filho. Todo o que nega o Filho também não tem o Pai; quem confessa publicamente o Filho tem também o Pai’.
2.4 – Stephen Neill, um estudioso com vasta experiência e conhecimento de primeira mão sobre as religiões da Índia e África: ‘a figura histórica de Jesus de Nazaré é o critério pelo qual toda a afirmação cristã tem de ser julgada, e a luz da qual se sustenta ou cai’.

3. A deturpação das Escrituras é algo recorrente no meio da Igreja em todas as épocas.
3.1 – II Pe. 3.16 ‘Ele escreve da mesma forma em todas as suas cartas, falando nelas destes assuntos. Suas cartas contêm algumas coisas difíceis de entender, as quais os ignorantes e instáveis torcem, como também o fazem com as demais Escrituras, para a própria destruição deles’.


III – NÃO SER ENGANADO PRESCINDE PERMANECER NA PALAVRA DE DEUS.

a – A verdade é e está na Palavra de Deus.

1. O povo de Deus é desafiado a conhecer a Palavra, pois só de posse do verdadeiro conhecimento o cristão pode ensinar aquilo que Cristo ensinou.

2. O povo de Deus é desafiado a conhecer a Palavra, pois só de posse do verdadeiro conhecimento o cristão pode escapar dos enganos que são pregados mundo afora.

3. O povo de Deus é desafiado a conhecer a Palavra, pois só de posse do verdadeiro conhecimento poderá viver a verdade e praticá-la para a glória de Deus.

b – O cristão é alertado para não ser enganado.

1. O que o cristão deve fazer para não ser enganado?
1.1 – Conhecer e permanecer na Palavra.
a) I Jo. 2. 24 ‘Quanto a vocês, cuidem para que aquilo que ouviram desde o princípio permaneça em vocês. Se o que ouviram desde o princípio permanecer em vocês, vocês também permanecerão no Filho e no Pai’.
1.2 – Crescer em maturidade para não ser enganado.
a) Ef. 4.14 (NTLH) ‘Então não seremos mais como crianças, arrastados pelas ondas e empurrados por qualquer vento de ensinamentos de pessoas falsas. Essas pessoas inventam mentiras e, por meio delas, levam outros para caminhos errados’.
1.3 – Vigiar constantemente sobre a sementeira do inimigo.
Ilustração: Vladimir Maiakowsky.
‘Na primeira noite eles se aproximam
e colhem uma flor do nosso jardim,
e não dizemos nada.
Na segunda noite já não se escondem.
Pisam as flores, matam o nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia o mais frágil deles
entra, sozinho,em nossa casa
rouba-nos a lua e, conhecendo o nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada,
já não podemos dizer nada’.
(suicidou-se aos 37 anos).


CONCLUSÃO: Viva a simplicidade do Evangelho.
Não seja participante do engano.
Não seja enganado.

ATITUDES POSITIVAS DIANTE DAS PROVAÇÕES

Tg. 1.2-8,12


OBJETIVO: Ensinar que situações adversas sempre farão parte da vida do cristão, porém este poderá enfrentá-las de maneira proveitosa assumindo atitudes positivas.


INTRODUÇÃO: Na história da Igreja, sempre tem aqueles que, no intuito de alcançar seguidores, apresentam a mensagem do Evangelho de forma enganosa.
Dietrich Bonhoefer apresenta em seu livro Discipulado, o conceito da ‘graça barata’, onde apenas aceitar o Evangelho lhe dá direito a uma vida fácil, isenta de sofrimentos e próspera.
Em nossos dias a ênfase tem sido o alcance de uma condição onde todo tipo de prosperidade se torna seu apenas pelo fato de pertencer a esta ou àquela denominação.


CONTEXTO: A Igreja primitiva experimentou um tipo de provação ainda não experimentado pela Igreja brasileira.
• Famílias verem seus chefes arrastados e mortos pela sua fé.
• Igrejas verem seus pastores arrancados de seu lugar e jogados em arenas com animais ferozes por não negarem a Cristo.
• Muitos foram queimados vivos por não negarem o Senhor.


TRANSIÇÃO: Como encarar as provações, aflições e dificuldades? Quero compartilhar nesta oportunidade o seguinte tema: ATITUDES POSITIVAS DIANTE DAS PROVAÇÕES.



I – OLHAR AS PROVAÇÕES PELA ÓTICA CORRETA
.

a – Não olhar as provações pela ótica de Deus gera rebeldia.

1. As Escrituras apresentam Deus como o Senhor absoluto a quem estão subordinados todos os poderes, energias e forças do universo.

2. Nada lhe escapa ao controle! Desde os macrocosmos com sua grandeza insondável até os microcosmos invisíveis ao olho nu. Tudo está sob o controle absoluto de Deus.

3. Quando qualquer um de nós perde isto de vista passamos a assumir uma postura de rebeldia em relação àquilo que nos acontece de modo adverso.

4. Ilustração: Jó era um homem íntegro e temente a Deus, contudo quando lhe sobrevieram as provações e estas persistiram em esticar as cordas de suas fibras e fé, ele se rebelou contra deus e se colocou como um igual querendo explicações. No decurso de sua história fica claro para ele que Deus estava no controle de tudo e, quando ele assim se rende sua sorte é mudada. ‘Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem’ (Jó 42.5).

b – As provações são oportunidades transformadoras.

1. Tiago ensina a Igreja a olhar as provações com alegria, pois estas são oportunidades transformadoras para cada cristão.
1.1 – Tg. 1.2 (NTLH) ‘Meus irmãos, sintam-se felizes quando passarem por todo tipo de aflições. Pois vocês sabem que , quando a sua fé vence essas provações, ela produz perseverança’.

2. O cristão só pode ter alegria nas provações se aprender a encarar as provações pelo lucro espiritual que estas proporcionam.

3. Ilustração: Habacuque foi um profeta que viveu no século VII a.C. Vendo que seu povo estava em desobediência contumaz, clamou ao Senhor para mudar os rumos de sua nação. Deus lhe mostrou que faria isso usando o povo babilônico, que arrasaria o povo judeu. Sabendo da desumanidade dos caldeus na guerra, Habacuque exclama: ‘Isso vai ser uma tribulação muito intensa! Como pode o Senhor permitir tal coisa?’ Deus lhe responde e os faz ver os propósitos e os frutos que a nação colheria dali. Então Habacuque termina seu livro profético com a seguinte profissão de fé: ‘Ouvi isso, e o meu íntimo estremeceu, os meus lábios tremeram; minhas pernas vacilaram. Tranquilo esperarei o dia da desgraça que virá sobre o povo que nos ataca. Mesmo não florescendo a figueira, e não havendo uvas nas videiras, mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimento nas lavouras, nem ovelhas no curral, nem bois nos estábulos, ainda assim eu exultarei no Senhor e me alegrarei no deus da minha salvação. O Senhor, o Soberano, é a minha força; ele faz os meus pés como os da corça, faz-me andar em lugares altos’. (Hc. 3.17-18).

4. Este texto de Tiago é diametralmente oposto conceito da ‘crença fácil’ que medra na moderna Igreja evangélica, e que diz que basta alguém fazer a profissão de aceitação de Cristo, como seu salvador, para que fiquem solucionados todos os seus problemas e se assegure a prosperidade .

5. As provações, tribulações e dificuldades fazem parte do currículo da Escola de Deus. O Senhor Jesus não isentou seus seguidores de passar por provações, antes os alertou e os preparou para isto.

6. Olhe as provações pela ótica de Deus!

II – BUSCAR SABEDORIA AO PASSAR PELAS PROVAÇÕES.

a – A necessidade de sabedoria em meio às provações.

1. ‘A sabedoria é a rainha das virtudes’, afirmava Cícero.

2. A sabedoria que vem de Deus consiste em compartilhar da própria sabedoria divina e, longe de ser meramente uma qualidade ou uma habilidade racional ou empírica, a mesma consiste no discernimento da alma quanto às realidades espirituais.

3. Suportar as provações e progredir na busca espiritual pela perfeição é algo que exige a apropriação da sabedoria que vem de Deus e é por isso que o cristão é estimulado a pedir sabedoria para atravessar as provas.
3.1 – Tg. 1.5 (NVI) ‘Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade, e lhe será concedida’.

b – Sabedoria espiritual advém da relação mística com o Senhor.

1. A sabedoria espiritual não se mede nem se quantifica pela bagagem de conhecimento bíblico ou teológico que alguém possa adquirir.

2. ‘A sabedoria a que Tiago se refere não é o conhecimento de fatos a que denominamos de ciência, mas é aquela qualidade de entendimento que aguça a percepções das obrigações morais e a apreensão das realidades eternas... e se compõe daqueles princípios, que como diz o livro de Provérbios, se origina da reverência para com Deus’ .

3. Essa sabedoria tem sua base no perfeito conhecimento de Deus e é transmitida à alma mediante a ação e poderes místicos do Espírito Santo.

4. Descanse na sabedoria de Deus.
4.1 – ♫ ‘Não tenhas sobre ti’.
4.2 – Busque e descanse na sabedoria de Deus!


III – COLHER OS FRUTOS DAS PROVAÇÕES.

a – Tiago aponta para provações como fonte de bênçãos e frutos.

1. O termo que Tiago usa no verso 3 é ‘dokmíon’ (Δοκμίον) indicando a provação da vossa fé, e significa ‘instrumento de testar’ ou ‘meio de teste’.

2. Era empregada nos testes de metais para conhecer o grau de pureza que havia nos mesmos.

3. As provações têm por objetivo apurar a autenticidade de nossa fé, caráter, sinceridade e santidade.

b – Frutos colhidos das provações.

1. As Escrituras revelam Deus como aquele que cada um de seus filhos.
1.1 – Hb. 11.6 ‘... [Deus] se torna galardoador dos que o buscam’.

2. As recompensas são de duas naturezas: Terrenas e eternas:
2.1 – As provações produzem perseverança levando o cristão a um estado de maturidade chamado aqui de ‘perfeitos e íntegros’.
a) Tg. 1.4 (NVI) ‘E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma’.
2.2 – Tiago fala também de uma recompensa de natureza eterna que é a coroa da vida, que de acordo com os eruditos, é a própria vida eterna.
a) Tg. 1.12 (NTLH) ‘Feliz é aquele que nas aflições continua fiel! Porque, depois de sair aprovado dessas aflições, receberá como prêmio a vida que Deus promete aos que o amam’.

c – Reconhecimentos de quem passou pelas provações.

1. Durante as provações nem sempre se encontram os sentimentos de resignação e aceitação.

2. O cristão sempre reconhecerá que após cada tempestade há um lindo arco-íris, ou que ‘o choro pode durar uma noite, mas a alegria sempre vem ao amanhecer’.

3. O salmista declara os benefícios de ter passado por provas.
3.1 – Sl. 119.71 ‘Foi-me bom ter eu passado pela aflição; para que aprendesse os teus decretos’.

4. O paciente Jó, após atravessar situações de dor e perdas e não poucos sofrimentos na carne e na alma, declara que as provações o ajudaram a perceber melhor a pessoa de Deus.
4.1 – Jó 42.5 ‘Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem’.


CONCLUSÃO: Você está passando por provações, aflições ou dificuldades?
• Você deve olhar para as provações pela ótica de Deus.
• Você deve buscar sabedoria ao passar pelas provações.
• Você colherá os frutos das provações aqui e na eternidade.

Coloque-se diante do Senhor para buscar força e graça nas horas de lágrimas e vales.
Venha à frente! Dobre-se diante do Soberano Senhor!
Quero orar por você.

terça-feira, 11 de maio de 2010

FAMÍLIA ABENÇOADA É FAMÍLIA QUE ABENÇOA

Fm. 1.1-20


OBJETIVO: Ensinar que uma família abençoada com a graça de Deus é também uma família que abençoa mesmo os que lhe causam danos e males.

INTRODUÇÃO: O conceito de ‘abençoado’ hoje em dia é um conceito muito materialista. Ser abençoado independe da condição social ou da conta bancária. Sua família é uma família abençoada?

CONTEXTO: Aprende-se através do Livro de Atos dos Apóstolos que Paulo trabalhou em Éfeso por 3 anos e que sua presença ali irradiou o Evangelho para toda a região. Possivelmente neste tempo Filemom conheceu a fé evangélica. A história vai apontar Filemom como um futuro bispo em de Colossos, tendo morrido sob a perseguição de Nero.
Alguns inferem que Áfia (vs. 2) era sua esposa e Arquipo era seu filho. Parece ser esta uma família hospedeira e acolhedora.
A família de Filemom também é vista como uma família que sofrera afronta e tenha sido lesada no episódio que cerca o escravo Onésimo.

TRANSIÇÃO: Você ou sua família já sofreu algum dano praticado por outros, e como você se sente? É capaz de abençoar e viver em paz com quem lhes causou estes males? Quero compartilhar nesta oportunidade sobre o tema: FAMÍLIA ABENÇOADA É FAMÍLIA QUE ABENÇOA.


I – FAMÍLIA DE FILEMOM: FAMÍLIA ACOLHEDORA.

a – Filemom acolhia uma Igreja em sua casa.

1. Filemom hospedava uma Igreja em sua casa.
1.1 – A carta de Paulo é endereçada nos seguintes termos:
‘De: Paulo, na prisão por pregar a boa nova de Jesus Cristo, e da parte do irmão Timóteo.
Para: Filemom, nosso muito amado colaborador, e para a Igreja que se reúne em sua casa’ (Fm. 1-2 BV).

2. Uma Igreja acolhedora é uma Igreja de casas abertas.
2.1 – Somos uma Igreja que está caminhando para ser uma Igreja em Células.
2.2 – Para isto cada lar cristão precisa se dispor a ser uma família de portas abertas.
2.3 – Precisamos aprender a ir à casa uns dos outros. Isso exige de cada um de nós no mínimo a intenção de assim o fazer.
a) Pegue a agenda de endereços da Igreja e descubra quem são seus irmãos mais próximos.
b) Comece a visitar uma família a cada quinze dias. Quebre o gelo.
c) Cada cristão precisa entender a visão de Deus para a Igreja local.

3. De acordo com George Barna, as Igrejas que fazem diferença e exercem influência e impacto transformador na sociedade onde estão inseridas são Igrejas acolhedoras.

b – Filemom denotava amor e carinho para com os cristãos.

1. O apóstolo Paulo se dirige a Filemom realçando o fato de que o amor cristão genuíno era presente na vida deste servo de Jesus.
1.1 – Fm. 4-7
• 4 ‘Sempre dou graças a meu Deus, lembrando-me de você nas minhas orações’
• 5 ‘porque ouço falar da sua fé no Senhor Jesus e do seu amor por todos os santos’
• 6 ‘Oro para que a comunhão que procede da sua fé seja eficaz no pleno conhecimento de todo o bem que temos em Cristo’
• 7 ‘Seu amor me tem dado grande alegria e consolação, porque você, irmão, tem reanimado o coração dos santos’.

2. Filemom era reconhecido pelo amor aos irmãos.
2.1 – ‘O amor é a chave mestra de um lar feliz’ (Anônimo).
2.2 – ‘O amor fraternal é a marca dos discípulos de Cristo’ (Matthew Henry).
2.3 – ‘O amor é a mais difícil lição do cristianismo; por isso, devemos ter o maior cuidado em aprendê-la’ (William Penn).


II – FAMÍLIA DE FILEMOM: FAMÍLIA ATINGIDA.

a – Onésimo, um escravo fugido.

1. O que se depreende da narrativa é que Onésimo, o escravo, por motivos não mencionados na carta, havida fugido de Filemom.

2. Por algum delito praticado Onésimo fora parar na prisão em Roma onde o apóstolo Paulo estava preso por pregar o Evangelho de Jesus Cristo.

b – Onésimo, um escravo ladrão e causador de males.

1. O termo usado por Paulo indica que Onésimo havia causado algum dano ao seu senhor Filemom.
1.1 – O Verso 18 pode ser traduzido como ‘visto que algum dano te fez’.

2. A maioria dos intérpretes pensa que Onésimo havia furtado certa quantia de dinheiro de seu senhor a fim de poder fugir.

3. De alguma forma as atitudes de Onésimo atingiram e lesara em algum grau a família de Filemom.

c – Famílias feridas podem ser Restauradas e restauradoras.

1. Uma das benéfices do Evangelho é transformar situações de sofrimento em portas de esperança.

2. Paulo vê na família de Filemom a oportunidade de demonstração do verdadeiro amor cristão aceitando o opressor como participante amado no meio da família.
2.1 – ‘Nunca se entra em contato tão íntimo com o oceano do amor de Deus como quando se perdoa e ama seus inimigos’ (Corrie Ten Boom).

3. Não foi exatamente isto que Deus nos fez?
3.1 – Ilustração: ‘A Parábola do Filho Pródigo’.
3.2 – Ef. 4.32 ‘Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-vos mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo’.


III – FAMÍLIA DE FILEMOM: FAMÍLIA PERDOADORA.

a – Acolheria Onésimo como irmão caríssimo.

1. Paulo no verso 16 aponta para o desejo de ver Filemom acolhendo Onésimo como ‘irmão caríssimo’.
1.1 – No original não aparece o superlativo ‘caríssimo’ mas apenas ‘irmão amado’; apesar de que o amor cristão sempre será superlativo, pois exige todo sacrifício, um altruísmo puro.
1.2 – Não cabe no cristianismo a vivência entre irmãos onde relacionamentos são doentios e desprovidos de perdão e aceitação.

2. O que se percebe na História da Igreja é que Onésimo foi aceito e amado e se tornou líder influente na Igreja naqueles dias.

3. A história aponta para o fato de que Onésimo prestou grande serviço a Paulo e tornou-se o influente Bispo de Beréia, onde se diz que sofreu o martírio .

b – Acolheria Onésimo com parte da Igreja de Cristo.

1. Paulo desafia a Filemom a acolher o escravo Onésimo, mesmo que tenha fugido e dado prejuízo ao patrão.

2. Os valores exarados nesta carta precisam atingir a prática da Igreja hoje. A Igreja de hoje precisa ser uma Igreja mais acolhedora e receptiva. Isto é com você!

3. Como é seu relacionamento com os irmãos da Igreja?
3.1 – Se sente um estranho no ninho?
3.2 – Deixa que outros se sintam um estranho no ninho?
3.3 – Acolhe os visitantes ou são estranhos que não te interessam?

4. Quebre os paradigmas propositalmente.
4.1 – Estabeleça que vai permanecer mais cinco minutos na Igreja após o término dos cultos.
4.2 – Aproxime-se de irmãos que você não tem proximidade e fortaleça os laços de amizade: descubra pontos de interesse (Filme, pescaria, receita culinária, profissão...).
4.3 – Localize um visitante e se aproxime para uma amizade.
4.4 – Não desista antes de tentar umas dez vezes pelo menos.
4.5 – Conhece a regra: ‘sucesso gera sucesso!’?
4.6 – Amizade gera amizade.

5. Filemom era conhecido como alguém cheio de amor.
5.1 – Como você é conhecido?
5.2 – O amor é marca característica em sua vida?


CONCLUSÃO: Sua família é uma família abençoada?
Proponha abençoar pessoas através de sua família.
Proponha incluir pessoas na vida cristã através de sua família.
‘Eu e minha casa serviremos ao Senhor’ (Js. 24.15).

terça-feira, 4 de maio de 2010

O PODER TRANSFORMADOR DAS ESCRITURAS

II Tm. 3.14-17

OBJETIVO: Ensinar sobre a necessidade de se apegar às Escrituras para ser transformado dentro da vontade de Deus.

INTRODUÇÃO: Você conhece a Bíblia bem?
Você sabia:
• Que a Bíblia Almeida Revista e Atualizada tem 31.104 versículos?
• Que a NTLH tem 929 capítulos e 31.103 versículos?
• Quando a Bíblia foi dividida em capítulos e por quem? A Bíblia Sagrada foi dividida em capítulos no século XIII (entre 1234 e 1242), pelo teólogo Stephen Langhton, então Bispo de Canterbury, na Inglaterra, e professor da Universidade de Paris, na França.
• Quando a Bíblia foi dividida em versículos e por quem? A divisão do AT em versículos foi estabelecida por estudiosos judeus das Escrituras Sagradas, chamados de massoretas, entre os séculos IX e X, dividiram o texto hebraico (AT) em versículos. Influenciado pelo trabalho dos massoretas no AT, um impressor francês chamado Robert d´Etiénne, dividiu o NT em versículos no ano de 1551. D´Etiénne morava então em Gênova, Itália.
• Qual é o único livro da Bíblia endereçado à uma mulher? (II Jo).
• Quais são os cinco homens na Bíblia cujos nomes começam com a letra F? (Felipe – At.8.5; Filemom – Fm. 1.1; Félix – At. 24.2, Festo – At. 24.27, Fortunato – I Co. 16.17).
• Quando a cabeça de um asno foi vendida por 80 moedas de prata? (No cerco de Samaria – II Re. 6.25).
• Qual é o rei de quem se diz que não pai nem mãe? (Melquisedeque – Hb. 7.3).
• Quem foi traído no Velho Testamento com um beijo? (Amasa – II Sm. 20.9).

CONTEXTO: Esta carta foi escrita em Roma, ano 65-67 d.C, depois do grande incêndio que destruiu a quarta parte da cidade. Paulo esteve encarcerado duas vezes em Roma, e durante a segunda vez escreveu esta carta. Anteriormente ele havia tido alguma liberdade, pois vivia numa casa alugada, At. 28:30. Nesse tempo tinha acesso aos amigos, mas agora estava incomunicável e Onesíforo havia tido dificuldade de encontrá-lo, I Tm. 1:17. Muitos de seus companheiros o haviam abandonado, ele esperava ser executado logo. Percebe-se nesta carta um tom triste de solidão, e o anseio de Paulo de ver a seu amado Timóteo. Contém as últimas palavras do apóstolo com o propósito de animar e instruir o jovem evangelista em seu ministério.


I – AS ESCRITURAS SÃO INSPIRADAS POR DEUS
.

a – A autoridade das Escrituras derivam de sua inspiração.

1. As Escrituras sempre serão objeto de questionamento quanto a sua inspiração e autoridade por parte de pessoas céticas ou desprovidas do temor a Deus.

2. Timóteo, ao contrário destes, era um jovem pastor temente ao Senhor.
2.1 – II Tm. 3.14-15 ‘Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, e que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus’.

3. Nossa confissão de fé acerca das Escrituras nos levam a professar que:
‘A autoridade da Escritura Sagrada, razão pela qual deve ser crida e obedecida, não depende do testemunho de qualquer homem ou igreja, mas depende somente de Deus (a mesma verdade) que é o seu autor; tem, portanto, de ser recebida, porque é a Palavra de Deus’ (CFW – CAP. I – §IV).

b – As Escrituras são de simples compreensão.

1. Embora possa se ter questões mais complexas em seu conteúdo, o ensino básico é de simples compreensão sendo acessível a qualquer pessoa que queira conhecer a vontade de Deus.

2. Assim professamos em nossa confissão de fé:
‘Na Escritura não são todas as coisas igualmente claras em si, nem do mesmo modo evidentes a todos; contudo, as coisas que precisam ser obedecidas, cridas e observadas para a salvação, em um ou outro passo da Escritura são tão claramente expostas e explicadas, que não só os doutos, mas ainda os indoutos, no devido uso dos meios ordinários, podem alcançar uma suficiente compreensão delas’ (CFW – CAP. I – §VII).

II – AS ESCRITURAS SÃO INSTRUMENTOS DE UM PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO.

a – Deus tem o propósito de restaurar o homem caído.

1. A Bíblia é o Manual do Fabricante. A pessoa que obedece as normatizações do criador tem transformações visíveis em sua vida em todas as áreas e seguimentos da existência.

2. O apóstolo Paulo ensina que a Escritura é inspirada e útil para: ensinar, repreender, corrigir e educar.
2.1 – Ensino é a forma sistemática normal de transmitir conhecimentos.
2.2 – Repreensão é censura ou admoestação com o intento de apontar a falha para que não se repita o processo danoso.
2.3 – Corrigir é aperfeiçoar, reformar, reparar; passar a condição mais próspera e renovadora.
2.4 – Educar é desenvolver as faculdades físicas, morais e intelectuais do ser humano para que possa viver dentro das normas estabelecidas, neste caso, as normas do próprio Deus e criador nosso.

3. O alvo de Deus é estabelecer o homem de sua condição de caído à condição de regenerado e restaurá-lo à semelhança do próprio Filho mais velho.
3.1 – Rm. 8.29 ‘Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos’.

b – O poder transformador das Escrituras.

1. A Palavra de Deus não é um mero livro sobre uma raça, uma era, uma nação ou uma cultura.

2. Apesar de ter sido escrita no Oriente, ela também fala com propriedade a homens e mulheres no Ocidente, atingindo e transformando as vidas tanto de ricos como pobres.

3. Por Deus atuar através da Bíblia, ela tem um grande poder:
3.1 – A Bíblia transforma o pior bandido ou o maior drogado em uma pessoa exemplar.
3.2 – Ela transforma um mentiroso em um professor exemplar.
3.3 – Ela tira pessoas a beira do suicídio e lhes dá esperança para recomeçar a vida.
3.4 – Ela nos fortalece nas fraquezas, nos anima nos momentos de desânimo, nos conforta no sofrimento, nos guia na incerteza e nos acalma quando nos achamos ansiosos e preocupados.
3.5 – Ela nos mostra como viver e morrer sem medo.

4. Ilustração: ‘Os famosos amotinados que afundaram o navio inglês Bounty (1787) acabaram se envolvendo com mulheres nativas na solitária ilha de Pitcairn, no Sul do Pacífico. O grupo se constituía de nove marinheiros inglêses, outros seis homens e dez mulheres, provindos do Taiti. Um dos marinheiros descobriu como destilar álcool, e logo a bebedeira corrompeu a colônia da ilha. Em disputas entre si, os homens e mulheres daquele lugar se envolveram em lutas muito violentas. Depois de algum tempo, apenas um dos marinheiros originais que chegaram até a ilha sobreviveu. Esse homem, Alexandre Smith, descobriu uma Bíblia num dos baús provenientes do navio. Ele começou a lê-la e ensinou aos outros o que estava contido ali. Ao fazer isto, sua própria vida foi transformada, e acabou modificando a vida de todos naquela ilha. Os habitantes daquela ilha ficaram completamente isolados até a chegada do navio americano Topaz, em 1808. A tripulação desse navio encontrou nessa ilha uma comunidade muito próspera e bem sucedida, sem presença de uísque, prisão ou crime. A Bíblia transformou a ilha de um inferno num céu’.

c – O segredo da transformação pelas Escrituras.

1. Muitos podem se perguntar por que não acontecem tantas transformações assim em suas vidas, e a resposta é uma só: Obediência.
1.1 – Paulo enfatiza que o jovem pastor Timóteo deveria permanecer nos ensinos da Palavra que o levaria a ser habilitado a toda boa obra, isto é, fazer a vontade de Deus em sua vida e ministério.
1.2 – II Tm. 3.14 ‘Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido’.

CONCLUSÃO: O livro de Deus pode transformar sua vida!