segunda-feira, 27 de setembro de 2010

IMPLICAÇÕES DA MORTE DE JESUS PARA O QUE CRÊ


Mt. 27.45-56


OBJETIVO: Ensinar que a morte de Jesus produz implicações transformadoras sobre aquele que crê.

INTRODUÇÃO
: Milhares de pessoas sofreram morte de cruz. A morte de Jesus tem um valor especial e único.

CONTEXTO: Mateus escreve seu Evangelho no intuito de demonstrar que Jesus era de fato o Filho de Deus, o prometido para a salvação dos pecadores.

TRANSIÇÃO: Que diferença faz na sua vida saber que Jesus morreu na cruz? Quero trazer exposição deste texto sob o tema IMPLICAÇÕES DA MORTE DE JESUS PARA O QUE CRÊ.


I – A MORTE DE JESUS ABRE UM NOVO CAMINHO PARA O QUE CRÊ.

a – A tentativa de se achegar a Deus pelos próprios esforços.

1. O pecado afastou o homem de Deus e Deus do homem.
1.1 – A natureza santa de Deus não poderia estar em comunhão com o que pecaminoso e imundo.
a) Gn. 3.23-24 ‘Então, disse o Senhor Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal; assim, que não estenda a mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente. O Senhor Deus, por isso, o lançou fora do jardim do Éden, a fim de lavrar a terra de que fora tomado. E, expulso o homem, colocou querubins ao oriente do Jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida’.
b) Is. 64.6 ‘Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como um trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades, como um vento, nos arrebatam’.

1.2 – A natureza e inclinação do homem depois do pecado é não se achegar a Deus, antes rejeitá-lo.

2. Dado o ‘semen religiones’, instinto religioso criado no homem, sempre haverá um vazio e uma necessidade de se preenchê-lo com o sobrenatural.

3. Ilustração: Tente se levantar do chão puxando os cordões dos próprios sapatos.

b – Deus que fechou a porta de acesso é quem pode abri-la.

1. Após o pecado da raça humana, o Senhor Deus colocou o homem fora do alcance da vida eterna, enquanto pecador.
1.1 – Gn. 3.24 ‘E, expulso o homem, colocou querubins ao oriente do Jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida’.

2. Deus é que busca o homem através da revelação de sua Palavra, e no tempo certo, através da obra redentora de Jesus cristo, seu Filho.

c – Jesus é o novo e único caminho para Deus.

1. O véu do templo judaico estava entre o santo lugar e o santo dos santos e simbolizava a separação do homem pecador para com o Deus santo.

2. As medidas do véu:
2.1 – Esse véu tinha mais ou menos 18 metros de altura.
2.2 – Josefo, historiador dos judeus, também nos diz que o véu tinha 12 cm de grossura, e que cavalos puxando o véu dos dois lados não podiam parti-lo.
2.3 – A narrativa no livro de Êxodo nos ensina que esse grosso véu era feito de material azul, roxo e escarlate e de tecido de qualidade.
2.4 – O tamanho e grossura do véu deram muito mais importância aos eventos que aconteceram no exato momento da morte de Cristo na cruz.
2.5 – Mt. 27.50-51a ‘E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito. E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo’.

3. O que podemos aprender disso tudo?
3.1 – De certa forma, o véu era um símbolo de Cristo como sendo o único caminho ao Pai (Jo. 14:6).
3.2 – O Sumo Sacerdote tinha que entrar no Santo dos Santos através do véu; e Cristo é o nosso Sumo Sacerdote, e quando cremos no Seu trabalho completo passamos a compartilhar do Seu sacerdócio.
3.3 – Hb. 10.19-20 ‘Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos pelo sangue de Jesus, pelo caminho que ele nos inaugurou, caminho novo e vivo, através do véu, isto é, da sua carne’.
3.4 – Vemos aqui a imagem da carne de Jesus sendo rasgada a nosso favor no momento em que Ele partia o véu por nós.

4. O véu sendo rasgado de cima para baixo é um fato histórico.
4.1 – Essas coisas eram uma sombra das coisas por vir, e todas apontam para Jesus.
4.2 – O véu apontava para a separação entre o homem e Deus.

5. O véu do Tabernáculo era um lembrete constante de que o pecado nos torna ineptos para entrar na presença de Deus.
5.1 – Jesus Cristo, através de sua morte, removeu as barreiras entre Deus e o homem.
5.2 – Por isso podemos agora nos aproximar dEle com confiança.


II – A MORTE DE JESUS CONQUISTA UMA NOVA VIDA PARA O QUE CRÊ
.

a – Mortos físicos ressuscitaram com a morte de Jesus.

1. Somente Mateus relata esses eventos miraculosos.

2. É mais que um portento sem razão de ser; antes aponta para o fato de que a morte de Cristo possibilita a imortalidade.
2.1 – II Tm. 1.10 ‘... o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o Evangelho’.
2.2 – A morte foi vencida.

3. Aponta para o fato de que a morte física também será de todo dissipada e vencida.

4. O que na morte de Cristo foi uma pequena amostragem, na sua segunda vinda será em plenitude, trazendo a imortalidade física a todos os seus.

b – Mortos espirituais ressuscitam com a morte de Jesus.

1. Este fato miraculoso das ressurreições aponta também para o fato de que a morte de Cristo traz vida espiritual e eterna aos que nEle crêem.

2. Cristo sofreu o inferno, a nossa morte, e aqueles que nEle crêem, e possuem o verdadeiro arrependimento, recebem a vida eterna.
2.1 – A morte na cruz significava, por si mesma, a exclusão da comunidade de Israel e da comunidade romana.
2.2 – A dor, as câimbras, a hemorragia, a vergonha, o sofrimento, tudo isto aponta para o significado do inferno que é a separação eterna de Deus e o sofrimento eterno.
2.3 – ‘O pecado e o inferno estão casados, a não ser que o arrependimento anuncie o divórcio’ (C.H. Spurgeon).

3. Todo ser humano é um aborto espiritual até que nasça de novo em Cristo.
3.1 – Todos nós chegamos a este mundo espiritualmente mortos.
3.2 – É preciso ser ressuscitado pelo poder da morte de Cristo, mediante a fé.

4. Você precisa crer na morte de Cristo em seu lugar e recebê-lo como seu único Salvador.

c – A Igreja pós-moderna e o Evangelho enfraquecido.

1. Suportai-me ainda mais irmãos. Preciso falar dessa Igreja doente de nossos dias, que não prega a salvação em Cristo, mas se embriaga com ensinos enganosos.

2. A doutrina deles está realmente mais perto do budismo, do hinduísmo e da Nova Era do que do verdadeiro cristianismo.
2.1 – O inferno, o pecado e o arrependimento são deixados de lado para que ninguém se ofenda.
2.2 – Além disso, eles afirmam que não há absolutos suficientes para podermos falar sobre inferno, pecado e céu.
2.3 – Para os pós-modernos, a mensagem sólida do Evangelho é dogmática demais e arrogante.

3. Cuidado com a pregação moderna. Ela pode te deixar no caminho do inferno.


III – A MORTE DE JESUS CONCEDE UMA NOVA CONFISSÃO PARA O QUE CRÊ
.

a – Uma nova confissão para o centurião.

1. O centurião, comandante responsável pela execução de Jesus, vendo todos esses eventos miraculosos acontecendo, e sabedor do que se afirmava acerca de Jesus, entregou-se em arrependimento e fé.
1.1 – Mt. 27.54 ‘Verdadeiramente este era Filho de Deus’.

2. Outros que o acompanhavam também fizeram esta confissão.

3. Esta é a confissão que salva.
3.1 – Rm. 10.9 ‘Se, com tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo’.

4. Não pode ser uma confissão labial e formal, mas lábios que falam aquilo que enche o seu coração.
4.1 – ‘O fogo pintado não precisa de combustível; uma confissão morta e formal é sustentada com facilidade’ (Thomas Manton).

b – Uma nova confissão para milhares na história.

1. Milhares de pessoas na história tiveram suas vidas transformadas pelo poder do Evangelho e da pessoa bendita de Jesus.

2. A lista é infindável:
2.1 – A confissão de Tomé.
2.2 – A confissão de Paulo.
2.3 – A confissão de Agostinho.
2.4 – A confissão de Lutero.

3. Apocalipse afirma que serão milhões de milhões e milhares de milhares os que cantarão esta confissão de fé eternamente no Reino de Deus.

c – Uma nova confissão para você.

1. Jesus exige de cada um esta confissão como a senha de entrada no Reino.
1.1 – Mt. 10.32-33 ‘Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus; mas aquele que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos céus’.

2. Não se engane com a mera religiosidade. Você precisa de uma confissão de fé bíblica enchendo seu coração, sua mente, seus lábios e sua vida.


CONCLUSÃO: Um novo caminho! Uma nova vida! Uma nova confissão!
A morte de Jesus já trouxe estas implicações à sua vida?

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

ENTUSIASMO NA OBRA DO SENHOR

I Re. 18.1-19


OBJETIVO: Ensinar que para o cristão ser entusiasmado na obra do Senhor precisa ter o olhar voltado para o futuro; pois olhar só o presente, desanima.

INTRODUÇÃO: O desânimo é um dos instrumentos mais eficientes de Satanás. Conta-se a história de que um dia Satanás, estando à beira da bancarrota, expôs à ven¬da todos os seus instrumentos de tentação. Um pequeno objeto, em forma de cunha, tinha o preço mais alto. Quando lhe perguntaram o que continha, Sa¬tanás respondeu: ‘Este é o desânimo. Quando consigo introduzi-lo no coração do cristão, sei que em breve o terei ao meu lado’. O preço era tão elevado que Satanás ainda tem consigo o pequeno instrumento em forma de cunha, e dele se serve em sua atividade no coração dos homens.

CONTEXTO: A história de Elias e Obadias está encravada num contexto de falência moral, ética e espiritual do povo de Deus.

TRANSIÇÃO: Quero compartilhar nesta oportunidade o tema: ENTUSIASMO NA OBRA DO SENHOR.


I – CLIMA POLÍTICO-RELIGIOSO NOS DIAS DE ELIAS.

a – Era um período de sucessão de reis ímpios.

1. Nos dias de Elias, Israel estava sendo governado por reis maus e idólatras.
1.1 – I Rs. 16.25,26 (Onri) ‘… fez o que era mau aos olhos do Senhor; e fez pior do que todos quantos foram antes dele’.
1.2 – I Rs. 16.30,31 (Acabe) ‘E fez Acabe, filho de Onri, o que era mau aos olhos do SENHOR, mais do que todos os que foram antes dele…’.

2. O rei Acabe destaca-se nas Escrituras como um rei idólatra.
2.1 – Ele andou nos caminhos de Jeroboão (I Rs. 16.31).
2.2 – Serviu a Baal e o adorou (I Rs. 16.31); conduzindo toda a nação à idolatria.
2.3 – Como se não bastasse, Acabe casou-se com Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios; casamento este, jamais aprovado por Deus.

3. Tudo isto fez Israel mergulhar no mais profundo paganismo, sem nenhuma pretensão de preservar o culto a Jeová, tornando-se uma nação idólatra e pagã, como as demais nações.

b – Era um período de crise econômica.

1. Quando Acabe substituiu o culto à Jeová pela adoração à Baal, Elias apareceu perante o rei para anunciar a ausência de chuva e orvalho sobre a terra (I Rs. 17.1).
1.1 – A chuva é um dos principais elementos de sustentação da natureza, a falta dela provoca seca, fome e miséria.
1.2 – As Escrituras dizem que “… a fome era extrema em Samaria” (I Rs. 18.2).

2. A crise econômica devido a seca deixou o povo de Israel em extrema miséria, doenças e muitos estavam morrendo.

3. Isto fez com que Acabe se irasse ainda mais com Elias, pois achava que ele era o culpado daquela calamidade.

c – Era um período de crise espiritual.

1. Jezabel, esposa do rei Acabe, ocupa o lugar de esposa mais ímpia da Bíblia.
1.1 – Controlava o seu esposo (I Rs. 21.25).
1.2 – Jezabel levou a nação de Israel a adorar seus deuses (I Rs. 18.19,20).
1.3 – Como se não bastasse, intentou matar a todos os profetas do Senhor (I Rs. 18.4).

2. Como ter ânimo para anunciar a Palavra de Deus em meio a crises tão destruidoras e desestimulantes?

3. Quantas vezes, situações adversas também tiram o ânimo e a disposição do povo de Deus, minando-lhes as forças e a coragem para anunciar o Reino de Deus!

4. Você já passou ou tem passado por situações de desânimo?

II – A FONTE DO ENTUSIASMO DO POVO DE DEUS.

a – Olhar para as circunstâncias gera desânimo, apatia ou frieza.

1. Um fato à frente na vida de Elias ilustra bem esse conceito.
1.1 – Elias enfrenta os profetas de Baal numa prova de fogo, e mata os 450 profetas.
1.2 – Jezabel toma conhecimento do extermínio dos profetas e avisa que mataria a Elias.
1.3 – Elias foge e se esconde em uma caverna, abatido e desanimado.

2. Passar por vales de desânimos pode ser uma experiência na vida de qualquer cristão, mesmo daqueles a quem julgamos tão fortes.

3. Se formos esperar ter as condições ideais primeiro, para depois nos deixarmos possuir por Deus, sempre teremos razões para adiarmos Seu agir.

b – Olhar para Deus gera entusiasmo e renovação.

1. Entusiasmo significa uma pessoa cheia de Deus.
1.1 – Segundo Albuquerque a etimologia da palavra vem do grego: Entusiasmo (do grego en + theos, literalmente ‘em Deus’) originalmente significava inspiração divina ou ânimo pela presença de Deus.
1.2 – Uma pessoa entusiasmada está disposta a enfrentar dificuldades e desafios, não se deixando abater e transmitindo confiança aos demais ao seu redor.

2. ‘Nada de grandioso jamais foi realizado sem entusiasmo’ (Ralph Waldo Emerson).

3. Exemplos de entusiasmo.
3.1 – Obadias.
a) Servo do rei Acabe (mordomo do palácio).
b) Escondeu cem profetas do Senhor e os sustentou com pão e água, pondo em risco a sua própria vida.
c) Caso fosse descoberto, tanto ele como os cem profetas, seriam mortos à mando de Jezabel.
d) Era um homem temente a Deus, aí está o segredo!
3.2 – Elias.
a) Anunciou a seca.
b) Foi para o Querite.
c) Foi para Sarepta.
d) Foi de encontro a Acabe.
e) Apresentou a prova de fogo.
f) Exterminou os 450 sacerdotes de Baal.
g) Era um homem cheio de Deus. Esse era o segredo!
3.3 – Só pessoas entusiasmadas poderiam ter tais atitudes sem se desanimar diante das dificuldades.

4. ‘Cristianismo é a dedicação total de tudo o que conheço a meu respeito a tudo o que conheço a respeito de Jesus Cristo’ (William Temple).

5. Paulo sofreu tantas oposições, que tinha tudo para ser desanimado, mas dele ouvimos palavras de entusiasmo:
3.1 – Fp. 4.13 ‘Tudo posso nAquele que me fortalece’.
3.2 – I Co. 15.58 ‘Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão’.

CONCLUSÃO: Abandone a descrença e deixe-se entusiasmar pelo grande e maravilhoso Deus revelado nas Escrituras.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

PRECISA-SE DE FILHOS ESPELHADOS EM PAIS CHEIOS DA PALAVRA

PRECISA-SE DE FILHOS ESPELHADOS EM PAIS CHEIOS DA PALAVRA

Dt. 6.1-9


OBJETIVO: Ensinar que os mandamentos e estatutos do Senhor são as balizas necessárias para a educação de nossos filhos e para a construção de uma sociedade mais justa.


INTRODUÇÃO: Certas coisas na vida são de responsabilidade pessoal e por isso são intransferíveis.
A tarefa da condução dos filhos nos caminhos do Senhor é uma dessas coisas intransferíveis.


CONTEXTO: Deuteronômio foi o último livro escrito por Moisés, quando estavam nas terras de Moabe, a leste do Jordão e do Mar Morto. Estavam às portas de entrar na terra prometida.
Moisés faz uma revisão, uma repetição e uma aplicação da Lei buscando infundir no povo a fé que os capacitaria a prosseguir obediente e vitoriosamente na nova terra.


TRANSIÇÃO: Não se pode transferir a responsabilidade dada por Deus aos pais.
O dever de construir o caráter dos filhos sempre será cobrado por Deus diretamente aos pais e não às instituições, sejam elas governamentais ou religiosas.
Quero compartilhar nesta oportunidade sobre o tema: PRECISA-SE DE FILHOS ESPELHADOS EM PAIS CHEIOS DA PALAVRA.





I – É PRECISO DE PAIS COM UMA CONFISSÃO DE FÉ BÍBLICA.

a – O conteúdo de uma confissão de fé bíblica.

1. ‘Ouça Israel’.
1.1 – (em hebraico שמע ישראל) = Shemá Israel.
1.2 – ‘Ouça Israel’.

2. O ‘Shemá Israel’ são as duas primeiras palavras da seção da Torá que constitui a profissão de fé central do monoteísmo judaico (Dt. 6:4-9) no qual se diz שמע ישראל י-ה-ו-ה אלקינו י-ה-ו-ה אחד (Shemá Yisrael Adonai Elokêinu Adonai Echad - Escuta ó Israel, Adonai nosso Deus é Um).

3. Embora sendo uma confissão de fé judaica, esta confissão de fé sintetiza a unicidade de Deus na vida do cristão.

4. Cremos em um Deus único, embora triúno, apresentado no CMW com as seguintes palavras:
4.1 – Pergunta 7: ‘Quem é Deus?’
4.2 – Resposta: ‘Deus é espírito, em si e por si infinito em seu ser, glória, bem-aventurança e perfeição; todo-suficiente, eterno, imutável, insondável, onipresente, infinito em poder, sabedoria, santidade, justiça, misericórdia e clemência, longânimo e cheio de bondade e verdade’.

5. O povo de Israel passara cerca de 430 anos de escravidão no Egito, com um conhecimento miscigenado de sua fé com o panteísmo egípcio.
5.1 – Saíram sob a condução de Moisés e agora, 40 anos depois, na época da escrita do Deuteronômio, estavam conhecendo quem, de fato era o Deus de Israel.

6. Os pais cristãos precisam confessar e explicar sua fé, e não se contentar com o que é denominado de fé implícita, isto é, uma fé apenas internalizada, que não se torna explicável, entendível e discutível. Filhos se espelham nos pais.

b – A importância de uma confissão de fé bíblica.

1. CFW – Cap. I, § I – Da Escritura Sagrada:
1.1 – ‘... foi o Senhor servido, em diversos tempos e diferentes modos, revelar-se e declarar à sua Igreja aquela sua vontade; e depois, para melhor preservação e propagação da verdade, para o mais seguro estabelecimento e conforto da Igreja contra a corrupção da carne e malícia de Satanás e do mundo, foi igualmente servido fazê-la escrever toda’.
1.2 – Moisés estava cumprindo este princípio exarado na Confissão de Fé de Westminster: registrando a vontade de Deus para que o povo pudesse tê-la e, obedecendo-a, melhor viver com o próximo e com Deus.

2. Deus quer que seu povo tenha, não uma fé meramente implícita, antes, só com uma fé explícita é que pode conhecer sua pessoa, seu ser, atributos e caráter, desviando-se dos enganos do diabo.
2.1 – Criar filhos conforme as Escrituras reclamam uma firme confissão de fé dos pais e não apenas um esteriótipo da deidade.
2.2 – Pais, seus filhos conhecem e confessam a fé a partir da sua confissão de fé?


II – É PRECISO DE PAIS COM UM COMPROMISSO DEVOCIONAL COM A PALAVRA DE DEUS.

a – É preciso ir além da confissão de fé formal.

1. Moisés, iluminado pelo Espírito de Deus, demarca a necessidade de se relacionar com o Deus da confissão de fé a cada dia.

2. A confissão de fé precisa sair do formal teórico e se alojar em verdadeiro relacionamento com Deus, através de verdadeiro amor para com Deus.
2.1 – Dt. 6.5 ‘Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força’.
2.2 – Amar a Deus envolve toda a vida do indivíduo:
a) ‘De todo o coração’ envolve a natureza moral do homem. O coração indica o centro da vida moral.
b) ‘De toda a alma’ envolve a natureza intelectual do homem. Não se pode relacionar com Deus sem o exercício de nosso intelecto. Até mesmo o culto deve ser racional (Rm. 12.1).
c) ‘De toda a tua força’ envolve a física do homem. Não deixe para se oferecer ao Senhor quando lhe faltarem as forças físicas (Ec. 12.1).

3. Amor a Deus que não se expresse em ações e envolvimentos práticos na vida do cristão, pode ser apenas fruto de um coração enganado pelo pecado e soberba humana.

b – É preciso vivenciar a confissão de fé no dia-a-dia.

1. Não basta ter a Bíblia como Palavra de Deus. É preciso tê-la em nosso coração através do estudo constante.
1.1 – Dt. 6.6 ‘Estas palavras estarão no teu coração’.
1.2 – Só com a Escritura em nosso coração, enchendo nossa mente e guiando nossos passos é que seremos espelhos nos quais nossos filhos se verão.

2. A confissão de fé deixa de ser mero espectro de um elaborado sobre o Que ou Quem é Deus e passa a ser um relacionamento, pessoal e diário com o Senhor.

4. É neste ponto que os filhos passam a perceber que Deus não é apenas um elemento de religião na vida dos pais.

5. É nesse ponto que os filhos passam a perceber que Deus, para os pais é uma pessoa, amiga, amada, com a qual os pais mantêm um relacionamento de constante temor e obediência saudável.


III – É PRECISO DE PAIS QUE NÃO SE CANSEM DE UM TRABALHO A LONGO PRAZO.

a – Inculcar é trabalho a longo prazo.

1. O que significa inculcar : verbo transitivo direto.
1.1 – Apontar, citar, apregoar.
1.2 – Demonstrar.
1.3 – Dar a entender, indicar, revelar.
1.4 – Repetir (alguma coisa) com insistência, para frisá-la no espírito; repisar.
1.5 – Recomendar elogiosamente; propor, aconselhar.
1.6 – Dar-se, oferecer, apresentar-se.
1.7 – Mostrar-se, impor-se, insinuar-se.
1.8 – Descobrir-se, revelar-se.


2. Os pais só poderão ver seus filhos vivenciando a Palavra de Deus se esses mandamentos e estatutos forem parte de ações e de uma caminhada diária, onde se procura formar o comportamento baseado nesses princípios de Deus.

b – Como e quando realizar o trabalho de inculcar.

1. A tarefa de assimilar a Palavra de Deus e seus princípios e valores nunca será completa na vida do cristão aqui nesta caminhada.

2. Como já insinuado em palavras anteriores, esta é uma tarefa a longo prazo e sempre inacabada na vida de nossos filhos.

3. Moisés está cônscio disto e insiste que o povo use de todos os momentos, oportunidades e situações para inculcar os princípios de Deus nos corações de seus filhos, de modo tal que sempre as gerações seguintes vivam na vontade de Deus.

4. Situações indicadas como oportunas (Dt. 6.7-9):
4.1 – ‘Assentado em sua casa’.
4.2 – ‘Andando pelo caminho’.
4.3 – ‘Ao deitar-se’.
4.4 – ‘Ao levantar-se’.
4.5 – ‘Atarás na mão’.
4.6 – ‘Frontal entre os teus olhos’.
4.7 – ‘Escreverás nos umbrais e nas portas’.

c – Não transfira responsabilidades.

1. Esta é uma tarefa que compete aos pais e é intransferível.

2. Nem a Igreja, nem a escola, nem o Estado, nem a polícia... ninguém poderá repassar aos seus filhos esses valores, pois os mesmos devem ser sua vida repassada aos mesmos.


CONCLUSÃO: Quer ver seus filhos cheios da Palavra e andando no temor do Senhor?

Não transfira responsabilidades.

Encha-se da Palavra de Deus.

Transmita aos seus filhos o todo tempo.

A PODEROSA E CONSOLADORA PRESENÇA DO SENHOR EM MEIO ÀS TRIBULAÇÕES DE SEU POVO

Sl. 46.1-11


OBJETIVO: Apresentar o ensino de que o Senhor é sempre presente mesmo nas horas de tribulação de seu povo.

INTRODUÇÃO: O Hino da Reforma, Ein´feste Burg, ‘Castelo Forte é o nosso Deus’, escrito por Martinho Luthero, teve seu ponto de partida neste salmo.

CONTEXTO: Na simples leitura do salmo, infere-se que o mesmo foi escrito num momento de crise do autor, que faz uma impressionante confissão de fé. A crise permanece sem identificação, mas o salmo se estende além de qualquer situação local, indicando o poder soberano do Senhor sobre toda a terra.

TRANSIÇÃO: Tribulações fazem parte da agenda do povo de Deus, mas a poderosa e consoladora presença do Senhor também. Quero compartilhar nesta reflexão sobre A PODEROSA E CONSOLADORA PRESENÇA DO SENHOR EM MEIO ÀS TRIBULAÇÕES DE SEU POVO


I – A PODEROSA E CONSOLADORA PRESENÇA DO SENHOR EM MEIO ÀS TRIBULAÇÕES SE MANIFESTA NO SOCORRO CONSOLADOR.

a – Deus é o socorro de seu povo.

1. Não se sabe, pela simples leitura do salmo, qual era a natureza da crise que assolava o autor.

2. Percebe-se que o autor tenha atravessado uma tribulação e experimentado a presença protetora e consoladora do Senhor.

3. Os que confiam no Senhor do Universo, podem enfrentar qualquer crise, pois o Senhor é o refúgio de seu povo.

4. Nossa segurança do cristão se acha em Deus.

b – Deus é o socorro presente nas tribulações.

1. A confiança do cristão não se instala nas coisas ou no mundo a sua volta, mas tão somente no Senhor que ele professa como seu Deus.

2. Esta confiança em Deus se demonstra em dois interessantes detalhes:
2.1 – Refúgio dá o aspecto defensivo ou externo da salvação. É em Deus onde encontramos proteção.
2.2 – Fortaleza dá a entender o aspecto dinâmico. É Deus no íntimo que fortalece os fracos .

3. É nessa combinação do externo com o interno que o cristão se robustece na hora da crise e sai vencedor, a despeito da natureza destruidora da mesma.
3.1 – Hb. 11.33-34 ‘... os quais, por meio da fé ... da fraqueza tiraram força...’.
3.2 – Este Deus poderoso que é força interna e externa é que é o socorro bem presente nas tribulações.
3.3 – A palavra presente tem a conotação como sendo ‘o que pode ser achado’.
a) Is. 55.6 ‘Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto’.

c – Não há barreiras para o socorro do Senhor.

1. O autor desta poesia está convicto de que o Senhor é socorro suficiente não importando a natureza das dificuldades que se apresentem.
1.1 – ‘Ainda que a terra se transtorne’.
1.2 – ‘Ainda que os montes se abalem’.
1.3 – ‘Ainda que as águas tumultuem’.
1.4 – ‘Ainda que os montes se estremeçam’.

2. A dramaticidade dos eventos que se posicionam como barreiras estarrecem os que, sem temor a Deus se deparam com os mesmos, mas nunca hão de estarrecer os que confiam no Senhor.

3. ♫ ‘Deus não rejeita a oração’.


II – A PODEROSA E CONSOLADORA PRESENÇA DO SENHOR EM MEIO ÀS TRIBULAÇÕES SE MANIFESTA EM SUA SOBERANIA CONSTANTE.

a – Deus é soberano sobre seu povo.

1. A cidade de Deus é um dos grandes temas do Velho testamento, onde se ressalta a presença de Deus com o seu povo.

2. No livro dos Salmos, especialmente este (46) e os dois seguintes (47 e 48) apresentam este tema de maneira empolgante: Deus tem uma cidade e um povo!
2.1 – Deus é quem garante a segurança de sua cidade.
2.2 – Deus é quem garante a segurança de seu povo.
a) Sl. 46.5 ‘Deus está no meio dela; jamais será abalada; Deus a ajudará deste o amanhecer’.

3. O Novo Testamento tem essa visão da cidade de Deus bem mais ampliada e aponta para a Igreja, como o povo de propriedade particular e exclusiva de Deus.

4. No exercício de sua soberania sobre o seu povo, Ele dá a garantia de que eles estarão seguros.
4.1 – Com Deus as águas já não são mares ameaçadores: são um rio que dá vida !
a) Sl. 46.4 ‘Há um rio, cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo’.
4.2 – A promessa de que jamais será abalada obtém mais força pela contraposição ao fato de que nos versos anteriores se que diz que ‘os montes se abalem’.
4.3 – O povo de Deus que é a sua cidade, estará sempre seguro, promessa descrita com riqueza de detalhes em Apocalipse 21.
a) A descrição da nova Jerusalém aponta para uma cidade com alta muralha, indicando sua segurança.
b) A descrição da nova Jerusalém aponta para uma cidade com fundamentos bem estabelecidos, indicando sua estabilidade e permanência.

b – Deus é soberano sobre as nações.

1. O autor apresenta Deus como sendo soberano sobre todas as nações e, como o Todo Poderoso faz assolações na terra.

2. No decurso da história bíblica se vê nações se levantando e outras caindo, e na apresentação dos profetas, sempre de acordo com o atuar soberano de Deus na história.
2.1 – Dn. 2.20-21 ‘Seja bendito o nome de deus, de eternidade a eternidade, porque dele é a sabedoria e o poder; é ele quem muda o tempo e as estações, remove reis e estabelece reis; ele dá sabedoria aos sábios e entendimento aos inteligentes’.

3. Para o autor do Salmo ele é o IHWH-Tsebaoth, o Senhor dos Exércitos, podendo indicar aquele que detém o poder sobre os exércitos do céu e da terra.

4. O salmista aponta para as assolações que Deus efetua na terra, controlando as nações, até mesmo as suas guerras.


III – A PODEROSA E CONSOLADORA PRESENÇA DO SENHOR EM MEIO ÀS TRIBULAÇÕES SE MANIFESTA NA SERENIDADE RESIGNADA DE SEU POVO.

a – Serenidade indica compreensão do porquê das tribulações.

1. Embora não constante no texto em explanação, o cristão sabe pela Escritura que o porquê das tribulações está ligado à pecaminosidade da raça humana.

2. A pecaminosidade está relacionada ao pecado original, aos pecados sociais ou aos pecados pessoais, seus diretamente ou de terceiros.

3. ‘No mundo tereis aflições’ – é a palavra do Mestre de Nazaré.

b – Serenidade aponta para um aquietar diante do Deus soberano.

1. Quando se conhece o Deus soberano pode se desenvolver a atitude de um coração que se resigna e aguarda na intervenção oportuna de Deus a favor de seu povo.
1.1 – Sl. 46.10 ‘Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus’.
1.2 – Ex. 14.13 ‘Não temais; aquietai-vos e vede o livramento do Senhor’.

2. Somos desafiados na Escritura a assumirmos uma atitude de quietude e resignação, sabendo que o Senhor luta por nós.


CONCLUSÃO: Estás a passar por um vale de lágrimas, de angústia, de tribulações ou de dor?

O Senhor está presente!
O Senhor é soberano!
Tenha um espirito resignado e aguarde o livramento do Senhor!

CONFERINDO A QUALIDADE DO CULTO

Ml. 1.6 – 14


OBJETIVO: Provocar a reflexão sobre a qualidade do culto oferecido ao Senhor por parte de cada membro, individual e coletivamente.

INTRODUÇÃO: Controle de qualidade. Controle de qualidade total. Engenharia da qualidade.
Um sistema de Controle de Qualidade é um sistema que destaca as políticas e procedimentos necessários para melhorar e controlar as diversas atividades chave e processos desenvolvidos por uma organização visando assegurar que os produtos ou serviços projetados e produzidos irão ao encontro ou superarão as expectativas dos usuários.

CONTEXTO: Malaquias é o último dos profetas menores, tendo sido escrito por volta do ano 430 a.C., sendo que o seu nome não é citado em mais nenhum livro da Bíblia.
O profeta Malaquias foi contemporâneo de Esdras e Neemias, no período após o exílio do povo judeu na Babilônia, chamado a conduzir os israelitas da apatia religiosa aos princípios da lei mosaica.
Dos 55 versículos constantes no Livro de Malaquias, 47 deles é palavra direta de Deus.
Deus tinha cumprido sua promessa e trazido o povo do cativeiro de volta à terra prometida. Os muros e a cidade fora reconstruída. O templo fora reconstruído. A rotina religiosa havia se estabelecido. Mas faltava qualidade! É aqui que entra o trabalho deste profeta. Precisava passar o culto pelo controle de qualidade.

TRANSIÇÃO: Se o culto que você presta a Deus for passar pelo controle de qualidade será ele aprovado como sadio e aceitável ao Senhor? Quero tratar nesta oportunidade do seguinte tema: CONFERINDO A QUALIDADE DO CULTO.

I – O PRINCÍPIO REGULADOR DO CULTO É O TEMOR AO SENHOR.

a – Cultuar a Deus não se limita às formalidades religiosas.

1. As formalidades nos dias de Malaquias.
1.1 – A adoração era feita seguindo apenas os rituais e ainda assim de forma desleixada e sem temor.
1.2 – Através de Malaquias, Deus adverte severamente o povo quanto a adoração:
a) Ml. 1.6 (NVI) ‘O filho honra seu pai, e o servo, o seu senhor. Se eu sou pai, onde está a honra que me é devida? Se eu sou senhor, onde está o temor que me devem?, pergunta o SENHOR dos Exércitos a vocês, sacerdotes. São vocês que desprezam o meu nome! Mas vocês perguntam: De que maneira temos desprezado o teu nome?’.
b) Ml. 1.10 (NVI) ‘Ah, se um de vocês fechasse as portas do templo! Assim ao menos não acenderiam o fogo do meu altar inutilmente. Não tenho prazer em vocês, diz o SENHOR dos Exércitos, e não aceitarei as suas ofertas’.
1.3 – Traziam animais, pães, bolos e todos os elementos físicos da adoração, mas o faziam apenas por costume e obrigação, mas com o coração distante do Senhor.

2. As formalidades nos dias de Isaías.
2.1 – Isaías, cerca de 300 anos antes já apontava para esse culto automático e mecanizado, mas sem vida, do povo que se dizia ‘povo de Deus’.
a) Is. 1. 11-15 (NVI) ‘Para que me oferecem tantos sacrifícios? pergunta o Senhor. Para mim, chega de holocaustos de carneiros e da gordura de novilhos gordos. Não tenho nenhum prazer no sangue de novilhos, de cordeiros e de bodes! Quando vocês vêm à minha presença, quem lhes pediu que pusessem os pés em meus átrios? Parem de trazer ofertas inúteis! O incenso de vocês é repugnante para mim. Luas novas, sábados e reuniões! Não consigo suportar suas assembléias cheias de iniqüidade. Suas festas da lua nova e suas festas fixas, eu as odeio. Tornaram-se um fardo para mim; não as suporto mais! Quando vocês estenderem as mãos em oração, esconderei de vocês os meus olhos; mesmo que multipliquem as suas orações, não as escutarei! As suas mãos estão cheias de sangue!’.
2.2 – Is. 29.13 (NVI) ‘O Senhor diz: Esse povo se aproxima de mim com a boca e me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. A adoração que me prestam é feita só de regras ensinadas por homens’.

3. As formalidades nos dias de hoje.
3.1 – Cultos mecânicos, cultos shows, cultos voltados para o sentimento e satisfação humanos, desprovidos de um interesse real em conhecer, saber e obedecer a vontade de Deus através de sua Palavra e de seus preceitos.
3.2 – O mero ritual divorciado de um coração obediente é repugnante e abominável ao Senhor.

b – Cultuar a Deus implica em adorá-lo ao modo dEle.

1. O que é o Princípio Regulador do Culto?
1.1 – ‘Princípio regulador do culto (ou princípio regulador da adoração) é a designação dada à forma como os calvinistas interpretam a relação entre o culto cristão e o segundo mandamento. De acordo com esta perspectiva, Deus só deve ser adorado da forma que ele mesmo requer nas Escrituras Sagradas’ .

2. Ilustração: No livro de Êxodo encontramos a ordenação de Deus para a construção do Tabernáculo, onde seguramente se encontra o esteio sobre o qual a adoração a Deus deve ser ofertada:
2.1 – Êx. 25:9 (ARA) “Segundo tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo o fareis”.
2.2 – Êx. 40.16 (ARA) “...tudo fez Moisés segundo o SENHOR lhe havia ordenado; assim o fez”.

3. Ou Deus é adorado ao seu modo ou não existe adoração.
3.1 – Os adoradores não podem fazer o que querem ou o que os levam a se sentir bem no culto, mas o que Deus pede e o que O leva a aceitar o culto e a adoração.
3.2 – Ilustração: ‘Fogo estranho/Nadabe e Abiú’ (Lv. 10).


II – O TERMÔMETRO DO TEMOR PARA COM AS COISAS SANTAS.

a – O perigo de nos acostumarmos com as coisas santas.

1. Nos dias de Malaquias o povo se acostumou e banalizou as coisas santas:
1.1 – Ml. 1.8 (NVI) ‘Na hora de trazerem animais cegos para sacrificar, vocês não vêem mal algum. Na hora de trazerem animais aleijados e doentes como oferta, também não vêem mal algum. Tentem oferecê-los de presente ao governador! Será que ele se agradará de vocês? Será que os atenderá? pergunta o SENHOR dos Exércitos’.
1.2 – Corre-se o mesmo risco nos dias de hoje.
a) Como o patrão de vocês reagiria se apresentassem um trabalho relaxado e sem qualidade?
b) Como seus professores reagiriam se tratassem assim seus estudos?

2. Termômetro de temor:
2.1 – Qual foi a última vez que você chorou ouvindo a Palavra de Deus?
2.2 – Qual foi a última vez que ao ouvir uma mensagem da Palavra você disse: ‘Isso é para mim. Preciso obedecer e mudar de vida’?
2.3 – Qual foi a última vez que você se preocupou com o cumprimento da Palavra de Deus na sua vida ou na vida de outras pessoas?

3. Corremos o risco de nos acostumarmos com as coisas sagradas e tratá-las como coisas corriqueiras e sem valor.


III – A GARANTIA DA CONTINUIDADE DO CULTO.

a – A garantia está em cultuar a Deus em espírito e em verdade.

1. O Senhor Jesus ensinou que Deus procura adoradores que O adorem em espírito e em verdade.

2. ‘Em espírito e em verdade’ implica em temor constante.
2.1 – Nos dias de Malaquias o Senhor pediu até mesmo para que alguém fechasse as portas do templo para que não precisasse receber um culto que não era culto.
a) Ml. 1.10 (NVI) ‘Ah, se um de vocês fechasse as portas do templo! Assim ao menos não acenderiam o fogo do meu altar inutilmente. Não tenho prazer em vocês, diz o SENHOR dos Exércitos, e não aceitarei as suas ofertas’.
2.2 – Temer a Deus é levá-lo a sério em todos os momentos e situações da vida.
2.3 – ‘Em espírito e em verdade’ faz o cristão andar com temor e tremor na consciência da presença de Deus a cada momento.

3. ‘Em espírito e em verdade’ implica em servir ao Senhor com prazer e alegria.
3.1 – Nos dias de Malaquias havia aqueles que diziam: ‘a mesa do Senhor é imunda e a sua comida é desprezível’ (Ml. 1.12).
a) Pode haver hoje nas Igrejas cristãs aqueles que dizem: ‘Que culto chato, que falta de gosto ir à Igreja!’?
3.2 – Nos dias de Malaquias havia aqueles que diziam: ‘Que canseira! e riem dela com desprezo’ (Ml. 1.13).
a) Pode haver hoje nas Igrejas cristãs aqueles que se contentam em marcar presença uma vez por mês, como se estivessem fazendo um favor à Igreja ou a Deus?

4. ‘Em espírito e em verdade’ implica em ‘culto-vida’.
4.1 – Ml. 1.14 (NVI) ‘Maldito seja o enganador que, tendo no rebanho um macho sem defeito, promete oferecê-lo e depois sacrifica para mim um animal defeituoso, diz o SENHOR dos Exércitos; pois eu sou um grande rei, e o meu nome é temido entre as nações’.
4.2 – Maldito seja o cristão que sabendo que precisa oferecer ao Senhor uma vida de quebrantamento e gratidão oferece apenas um culto mecânico e relaxado.

b – A garantia está em apresentar um coração quebrantado.

1. O cristão é exortado a passar pelo controle de qualidade de seu culto sempre.
1.1 – Ml. 1.13 ‘Quando vocês trazem animais roubados, aleijados e doentes e os oferecem em sacrifício, deveria eu aceitá-los de suas mãos? pergunta o SENHOR’.
1.2 – Quando não se oferece o melhor da vida em culto a Deus, será que Ele deveria aceitar?
1.3 – Coração compungido e contrito é o que Deus espera.


CONCLUSÃO: O culto que você presta a Deus passa pelo controle de qualidade da Palavra de Deus?
Será ele aprovado como sadio e aceitável ao Senhor?

OLHANDO JESUS MAIS DE PERTO

Ap. 1.9-20

OBJETIVO: Apresentar à Igreja a descrição de Jesus com seus atributos incentivando os cristãos a maior reverência, adoração e serviço ao Senhor.

INTRODUÇÃO: A primeira impressão é a que fica. Nem sempre a primeira impressão é a verdade. A apresentação de Jesus nem sempre é a verdadeira.
Apocalipse é um livro que mostra a grandeza, poder e majestade de Deus. É um livro com figuras e símbolos enigmáticos.

CONTEXTO: O Apocalipse foi escrito pelo apóstolo João, por volta do ano 90, no reinado do Imperador Domiciano (81-96). Deve ficar claro que João é apenas o escriba. A mensagem é do Senhor ressuscitado, e João quer que ela seja claramente entendida pelas igrejas.
A situação dos crentes, naquela época, era muito difícil:
a) O cristianismo era considerado religião ilegal. O governo romano tolerava as religiões das pro¬víncias conquistadas, mas não permitia que elas fizessem proselitismo. A religião cristã mostrava-se es¬sencialmente proselitista, por ter como alvo tornar cristãos todas as pessoas. Por isso era considerada religião ilegal.
b) Os cristãos ensinavam que a dedicação maior de uma pessoa deve ser a Deus. Os romanos ensi¬navam que o cidadão devia dedicar-se primeiramente ao Estado. Por isso, o governo romano considerava os cristãos como seus rivais.
c) Os cristãos combatiam a idolatria, e o governo romano os considerava inimigos de seus deuses.
d) Os cristãos eram tidos na conta de indesejáveis fanáticos por causa do entusiasmo que tinham por sua religião.
e) Os romanos consideravam o imperador como um deus. E os cristãos afirmavam que existe um único Deus verdadeiro.

TRANSIÇÃO: Quem é Jesus para você? Quero compartilhar o seguinte tema: OLHANDO JESUS MAIS DE PERTO.

I – JESUS CRISTO É O DEUS ETERNO.

a – Jesus Cristo:

1. Nos versos iniciais deste capítulo, João faz a apresentação de Jesus como sendo aquele que era o autor direto do livro a ser apresentado.
1.1 – Ap. 1.4-8 ‘João às sete igrejas da província da Ásia: A vocês, graça e paz da parte daquele que é, que era e que há de vir, dos sete espíritos que estão diante do seu trono, e de Jesus Cristo, que é a testemunha fiel, o primogênito dentre os mortos e o soberano dos reis da terra. Ele nos ama e nos libertou dos nossos pecados por meio do seu sangue, nos constituiu reino e sacerdotes para servir a seu Deus e Pai. A ele sejam glória e poder para todo o sempre! Amém. Eis que ele vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram; e todos os povos da terra se lamentarão por causa dele. Assim será! Amém. Eu sou o Alfa e o Ômega, diz o Senhor Deus, o que é, o que era e o que há de vir, o Todo-poderoso’.

1.2 – Estes predicativos apontam para o fato de que Jesus não é uma deidade recentemente inventada, mas aquele único e verdadeiro Deus que sempre existiu.

2. A apresentação de João.
2.1 – Se apresenta: ‘Eu, João, irmão vosso e companheiro na tribulação, no reino e na perseverança’ (Verso 9).
2.2 – Se localiza geograficamente: ‘Achei-me na ilha chamada Patmos’ (Verso 9).
a) Patmos é uma pequena ilha vulcânica, estéril e rochosa, localizada no mar Egeu. Tem cerca de 35 km2. Atualmente tem 2.400 habitantes, que vivem da pesca.
b) Essa pequena ilha foi governada pela Turquia, de 1537 até 1912, quando passou ao controle da Itália. O controle italiano foi formalizado em 1923, através do Tratado de Lausanne. Após a Segunda Guerra Mundial, a ilha passou ao controle da Grécia.
2.3 – Se localiza temporalmente: ‘Achei-me em espírito, no dia do Senhor’ (Verso 10).
a) A expressão “achei-me em espírito” significa que ele foi arrebatado em espírito.
b) “Dia do Senhor” aqui significa ‘dia pertencente ao Senhor’.
• A grafia em grego é diferente de “Dia do Senhor” que significa dia do juízo.
• Aqui a expressão se refere ao dia em que os crentes se reuniam para adorar o Senhor, isto é, o domingo.

3. A partir do verso 12 João aponta para a pessoa de Jesus com detalhes que identificam sua pessoa e caráter.
3.1 – Ap. 1.13 ‘um semelhante a filho de homem’, identifica Jesus como o apontado nas profecias messiânicas do VT.
3.2 – Ap. 1.13 ‘com vestes talares e cingido, à altura do peito, com uma cinta de ouro’, designativos de força e autoridade a quem assim se vestisse, identifica alguém no ofício de sacerdote e rei (Mt. 28:18).
3.3 – Ap. 1.14 ‘A sua cabeça e cabelos eram brancos como a alva lã’ representando a justiça e a santidade de Deus (Dn. 7:9-13).
3.4 – Ap. 1.14 ‘os olhos como chama de fogo’. Os olhos, penetrantes como “chama de fogo” são símbolos de acurada visão, o que significa onisciência.
3.5 – Ap. 1.15 ‘os pés, semelhantes bronze polido, como que fora refinado numa fornalha’ (15). Os pés como “latão reluzente” ou “bronze polido” são símbolos de fortaleza; o latão, nos dias de João, era conhecido como o mais resis¬tente dos metais.
3.6 – Ap. 1.15 ‘a voz, como voz de muitas águas’. A voz era “a voz de muitas águas” ou "de uma grande cachoeira", símbolo de sua autoridade sobre povos e nações.
3.7 – Ap. 1.16 ‘Tinha ele na sua destra sete estrelas’. Era símbolo dos "anjos", pastores ou líderes principais dessas igrejas. Ele estava de pé no meio de “sete castiçais de ouro” – que simbolizam as igrejas.
3.8 – Ap. 1.16 ‘da sua boca saía uma aguda espada de dois gumes’, símbolo de julgamento esmerado e pene-trante dos feitos dos homens.
3.9 – Ap. 1.16 ‘seu rosto era como o sol, quando resplandece na sua força’, apontando para sua glória e sua majestade.

b – Cristo, o Senhor do mundo.

1. Ele é o Senhor do mundo dos vivos.
1.1 – Ap. 1.17-18a ‘Quando o vi, caí aos seus pés como morto. Então ele colocou sua mão direita sobre mim e disse: Não tenha medo. Eu sou o Primeiro e o Último e aquele que vive’.
1.2 – As expressões ‘Primeiro e o Último’ e ‘Aquele que vive’ apontam para Aquele que é o único e necessário, fora de quem nada pode existir.

2. Ele é o Senhor do mundo dos mortos.
2.1 – Ap. 1.18-b ‘Estive morto, mas agora estou vivo para todo o sempre! E tenho as chaves da morte e do Hades’.

c – Cristo, o Senhor da Igreja.

1. Jesus se apresenta como o Senhor da Igreja:
1.1 – Ele tem em suas mãos os seus pastores e líderes:
a) Ap. 1.16 ‘Tinha ele na sua destra sete estrelas...’.
b) Ap. 1.20 ‘Eis o mistério das sete estrelas, que viste na minha destra, e dos sete candeeiros de ouro: as estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas’.
c) O verso 20 esclarece o que são as estrelas: ‘as estrelas são os anjos das sete igrejas’.
d) Os anjos das Igrejas não apontam para seres espirituais, mas para os seus pastores.
1.2 – A entrada ou a saída de alguém no pastoreio da Igreja é de sua única competência. Isto deve orientar as lideranças das Igrejas, bem como tranquilizar cada um dos pastores do rebanho do Senhor


II – JESUS CRISTO É O CORDEIRO SACRIFICADO.

a – Ele é o Cordeiro que foi morto.

1. A figura do Cordeiro atravessa todo o livro de Apocalipse, sempre se referindo a Jesus como quem morreu substituindo cada uma de suas ovelhas.
1.1 – Ap. 1.5 ‘Àquele que nos ama, e pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados’.
1.2 – Ap. 5.6 ‘...um Cordeiro em pé, como havendo sido morto...’.
1.3 – Ap. 5.9 ‘...porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo e nação...’.
1.4 – Ap. 5.12 ‘Digno é o Cordeiro, que foi morto...’.
1.5 – Ap. 13.8 ‘...no livro do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo...’.

2. O ‘Cordeiro’ é a figura do sacrifício substitutivo para o pecado do homem.


III – JESUS CRISTO É RESSURRETO E ENTRONIZADO.

a – Figura predominante: LEÃO.

1. A auto-apresentação do Leão.
1.1 – Ap. 1.8 ‘Eu sou o Alfa e o Ômega, diz o Senhor Deus, o que é, o que era e o que há de vir, o Todo-poderoso’.
1.2 – Ap. 1.17d ‘Eu sou o Primeiro e o Último’.

2. O reconhecimento do Leão por autoridades.
2.1 – Ap. 19.13 ‘Estava vestido de um manto salpicado de sangue; e o nome pelo qual se chama é o Verbo de Deus’.
2.2 – Ap. 5.8-9 ‘...os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro...E cantavam um cântico novo, dizendo: Digno és...’.
2.3 – Ap. 5.12 ‘...Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor’.
2.4 – Ap. 5.13-14 ‘Ouvi também a toda criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e no mar, e a todas as coisas que neles há, dizerem: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos: e os quatro seres viventes diziam: Amém. E os anciãos prostraram-se e adoraram’.

3. Jesus é o Deus todo poderoso que um dia será reconhecido universalmente e diante de quem todo joelho se dobrará e toda língua o confessará como Senhor.

4. A visão que João teve da pessoa de Jesus é sublime e triunfante: O Cristo redivivo, santo, majestoso, onisciente, cheio de autoridade e poderoso, está de pé no meio das igrejas, tem a sorte delas em sua mão.


CONCLUSÃO: Qual a sua real relação com esse Cristo?

Ele te chama ao reconhecimento e prostração diante dEle como o Deus eterno.

Ele te chama ao quebrantamento e arrependimento diante dEle como o Cordeiro que foi morto por ti.

Ele te chama ao reconhecimento e serviço diante dEle como o Senhor ressurreto e entronizado.

O que Deus está dizendo a você neste momento?

AMOR NA FAMÍLIA

Gn. 45.1-15

OBJETIVO: Demonstrar que quando há amor na família as diferenças e mesmo os erros são superados e perdoados visando o bem maior.

INTRODUÇÃO: A década de 60 foi revolucionária pela proposta de ‘paz e amor’ do movimento hippye.
A proposta correta deve ser mesmo ‘paz e amor’ ou ‘amor e paz’? É a paz que motiva o amor ou o amor que motiva a paz?
Os lares, nem sempre, são lugares de manifestações amorosas, cheios de paz e tranqüilidade, mas, muitas vezes, um verdadeiro campo de batalha.

CONTEXTO: O texto está inserido no contexto da formação do povo de Israel, mais propriamente na história de Jacó e sua família. O lar de Jacó, que deveria ser reflexo da presença de Deus, estava sendo palco de intrigas sórdidas acompanhadas de manifestações de desapego familiar e extrema falta de amor.

TRANSIÇÃO: José, odiado por seus irmãos, fora vendido como escravo pelos mesmos a caravanas de mercadores que viajavam em direção ao Egito. Essa situação apontava para um amor reinante na família? José os amaria depois de tamanho ato de crueldade? É olhando para esses fatos históricos que marcaram a trajetória das primeiras famílias hebréias que quero vos propor nessa ocasião o seguinte tema: AMOR NA FAMÍLIA.


I – O AMOR NA FAMÍLIA É FUNDAMENTAL PARA SUA SOBREVIVÊNCIA.

a – Realidade inevitável: Crises, problemas, atritos.

1. Existe incompatibilidade inata em todos os casais, pois cada um dos conjugues vem de um berço diferente, com uma educação diferente, com culturas diferentes.

2. Durante a vida anterior ao casamento, cada um foi adquirindo uma performance e um estilo de vida próprios que os moldou a uma determinada maneira de viver.

3. Depois do casamento, estarão sempre se ajustando, se casando, um ao outro. Os atritos surgirão natural e espontaneamente na vida do casal.

4. Com relação aos filhos também haverá atritos acompanhando a trajetória da família.

5. No que tange aos relacionamentos entre irmãos, as diferenças de temperamento, gênio e índole, surgirão espontaneamente.
5.1 – Atritos são conseqüências naturais entre os diferentes.

6. Não foi diferente na família de Jacó.
6.1 – Pode-se ver problemas e intrigas surgindo entre as quatro esposas de Jacó.
6.2 – Pode-se ver problemas surgindo entre os treze filhos do patriarca.

b – O amor é a base para a sustentação dos lares.

1. ‘O amor é o marco de referência que modela, restaura e produz crescimento nas relações entre os diferentes membros da família’ (Rev. Emiliano).

2. José fora o exemplo de amor na sua família. Mesmo odiado, rejeitado e vendido por seus irmãos, José, cheio do temor a Deus, amou a família com aquele amor que ultrapassa os limites do relacionamento humano comum e que restaura e cobre multidão de pecado.

3. Conseqüências da falta de amor na família.
3.1 – Maus tratos.
3.2 – Infidelidades.
3.3 – Falta de diálogos.
3.4 – Ciúmes exagerados.
3.5 – Contendas e desavenças.

4. ‘Muitos lares já ruíram e outros estão a beira da destruição, devido ao não cultivo e exercício do amor’.

5. Ilustração: ‘Professora, eu sei onde é o inferno!’

c – Deus é a fonte e da sustentação do lar.

1. Sl. 127.1 ‘Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam’.

2. ‘O Senhor não edifica a casa de um modo místico, mágico e separado de nossa participação e envolvimento com Ele, mas o faz mediante o Espírito Santo e sua Palavra’ (Rev. Emiliano).


II – O AMOR NA FAMÍLIA CARACTERIZA-SE PELO ALTRUÍSMO.

a – A locação do amor.

1. O amor na família é romântico e sentimental, mas vai além do romantismo e sentimentalismo e, aloja-se e se manifesta na esfera da ção.

2. Altruísmo é o aconchego desinteressado para com o próximo.

3. A maior prova deste amor é o amor de Deus manifestado na vida de seu Filho Jesus Cristo.
3.1 – Jo. 3.16 ‘’.
3.2 – Rm. 5.8 ‘’.
3.3 – O amor de Deus é expresso nas Escrituras através da palavra ‘ágape’ (̀άγαπη) que aponta para aquele amor perfeito que renuncia a si mesmo em prol da pessoa amada. Assim, Jesus não procurou o seu próprio bem, mas o bem das pessoas objeto de seu amor.

4. Mahatma Ghandih: ‘O amor jamais reclama; dá sempre. O amor sempre tolera, jamais se melindra, nunca se vinga’.

5. Na família ninguém existe para ser amado ou servido.
5.1 – É preciso haver humildade.
5.2 – É preciso haver reciprocidade.
5.3 – É preciso haver espírito de serviço.
5.4 – É preciso haver mansidão e espírito de perdão.

6. José, embora tendo tudo a seu favor para ser rancoroso, não perdoar, não estender as mãos, encheu-se do amor de Deus, aquele amor altruísta e amou profundamente a seus irmãos e sua família.


III – O AMOR NA FAMÍLIA PRECISA SER DEMONSTRADO IMPRESCINDIVELMENTE.

a – José demonstrou amor em meio a rejeição e ao abandono.

1. Passou por momentos amargosos onde poderiam ser guardados rancor e ódio.

2. Nasceu-lhe o filho primogênito e lhe pôs o nome de ‘Manassés’, que significa ‘esquecimento’:
2.1 – Gn. 41.51 ‘José ao primogênito chamou de Manasses, pois disse: Deus me fez esquecer de todos os meus trabalhos e de toda a casa de meu pai’.

3. A demonstração de amor precisa ser contínua.
3.1 – Cristo nos amou até quando éramos inimigos:
• I Jo. 4.19 ‘Ele nos amou primeiro...’
• Rm. 5.6, 10: ‘’
3.2 – Suportai-vos em amor:
• Gestos.
• Costumes.
• Jeitos e trejeitos.
• Diferenças de gênio e temperamentos.

4 ‘É preciso estar disposto a compreender que o amor é mais que um sentimento. Através de atitudes de compromisso, aceitação e respeito, o amor é expresso em quaisquer circunstâncias’ (Rev. Emiliano).


CONCLUSÃO: Toda família passa por crises.
A família só poderá sobreviver as crises se houver amor.
Assim como foi com a família de José, assim será sempre.
Exercite o verdadeiro amor na vida familiar, fruto da verdadeira comunhão com Deus, por meio de Jesus Cristo, mediante o poder do Espírito Santo, leitura aprazível das Escrituras e do exercício da oração.

A VINDA DO SENHOR TARDA, MAS NÃO FALHA

II Pe. 3.1-13


OBJETIVO: Ensinar que não podemos perder de vista a realidade da volta do Senhor, mas que devemos exortar com o Evangelho da salvação em Cristo.

INTRODUÇÃO: As Escrituras afirmam que antes do dilúvio a humanidade não sabia o que era chuva. Uma umidade subia da terra e regava toda a sua superfície.
A pecaminosidade humana aumentou de talo maneira que o Criador resolveu exterminar a raça, deixando apenas uma família temente para reconstruir a sociedade. Anunciou a Noé, o patriarca desta família, que faria essa ação punitiva através de um dilúvio, isto é, cairia água do céu em forma de chuva torrencial.
Noé começou a construir uma grande embarcação e avisar a todos quantos quisessem escapar da morte que se preparassem para a viagem naquele grande barco.
Como nunca tinham visto água cair do céu, ninguém se importou nem se preparou para esta epopéia. Morreu toda a sociedade.

CONTEXTO: Pedro escreve suas duas epístolas para as Igrejas da região da Ásia Menor, ao ver que um tipo libertino de gnosticismo estava invadindo a igreja cristã e não poupa esforços para combater estas heresias que tentavam se infiltrar na igreja com uma roupagem intelectual. Esses mestres gnósticos, dos quais Pedro trata, estavam tentando tirar proveito de seu ensino a respeito da liberdade do crente em Cristo para influenciar os cristão ali a viverem uma vida libertina.

TRANSIÇÃO: Conhece pessoas que duvidam de uma ‘Segunda Vinda’ de Cristo? Quero compartilhar nesta oportunidade sobre o tema: A VINDA DO SENHOR TARDA, MAS NÃO FALHA.



I – A VINDA DO SENHOR FOI PROFETIZADA.

a – A vinda do Senhor foi profetizada pelos profetas do VT.

1. Profetas como Isaías, Joel, Amós, Malaquias e outros, profetizaram apontando para um dia final.
1.1 – Jl. 1.15 (NVI) ‘Ah! Aquele dia! Sim, o dia do Senhor está próximo; como destruição poderosa da parte do Todo-poderoso, ele virá’.
1.2 – Jl. 2. 11 (NVI) ‘O Senhor levanta a sua voz à frente do seu exército. Como é grande o seu exército! Como são poderosos os que obedecem à sua ordem! Como é grande o dia do Senhor! Como será terrível! Quem poderá suportá-lo?’.
1.3 – Jl. 2. 31 (NVI) ‘O sol se tornará em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e temível dia do Senhor’.
1.4 – Am. 5. 18 (NVI) ‘Ai de vocês que anseiam pelo dia do SENHOR! O que pensam vocês do dia do SENHOR? Será dia de trevas, não de luz’.
1.5 – Am. 5. 20 (NVI) ‘O dia do SENHOR será de trevas e não de luz. Uma escuridão total, sem um raio de claridade’.
1.6 – Ob. 1. 15 (NVI) ‘Pois o dia do Senhor está próximo para todas as nações. Como você fez, assim lhe será feito. A maldade que você praticou recairá sobre você’.
1.7 – Sf. 1. 14 (NVI) ‘O grande dia do Senhor está próximo; está próximo e logo vem. Ouçam! O dia do Senhor será amargo; até os guerreiros gritarão’.
1.8 – Sf. 1. 18 (NVI) ‘Nem a sua prata nem o seu ouro poderão livrá-los no dia da ira do Senhor. No fogo do seu zelo o mundo inteiro será consumido, pois ele dará fim repentino a todos os que vivem na terra’.
1.9 – Sf. 2.1-3 (NVI) ‘Reúna-se e ajunte-se, nação sem pudor, antes que chegue o tempo determinado e aquele dia passe como a palha, antes que venha sobre vocês a ira impetuosa do Senhor, antes que o dia da ira do Senhor os alcance. Busquem o Senhor, todos vocês, os humildes da terra, vocês que fazem o que ele ordena. Busquem a justiça, busquem a humildade; talvez vocês tenham abrigo no dia da ira do Senhor’.
1.10 – Ml. 4. 5 (NVI) ‘Vejam, eu enviarei a vocês o profeta Elias antes do grande e temível dia do SENHOR. 6 Ele fará com que os corações dos pais se voltem para seus filhos, e os corações dos filhos para seus pais; do contrário, eu virei e castigarei a terra com maldição’.

2. Apontavam para um dia de ajustes de contas entre Deus e a humanidade.

b – A vinda do Senhor foi profetizada pelo próprio Senhor.

1. O próprio Senhor Jesus apontou várias vezes sobre sua vinda futura para julgar as nações e restaurar todas as coisas.

2. O Senhor Jesus, no chamado ‘Pequeno Apocalipse’, registrado no capítulo 24 de Mateus, dá forte ênfase ao seu retorno.

3. Na ascensão do Messias registrada por Lucas em Atos, se vê ali anjos anunciando a segunda vinda.

4. Conhece pessoas que duvidam de uma ‘Segunda Vinda’ de Cristo?

c – A vinda do Senhor foi profetizada pelos apóstolos de Cristo.

1. Paulo tece com detalhes os fatos que antecederão ou seguirão a volta de nosso Senhor.

2. Tiago diz que o Juiz está às portas.

3. Pedro anuncia o iminente retorno.

4. João, tanto nas cartas como no Apocalipse, anuncia o dia de juízo e restauração.


II – A VINDA DO SENHOR TEM SIDO DESACREDITADA.

a – A vinda do Senhor foi desacreditada no período do NT.

1. Houve pessoas que afirmavam que o dia do Senhor já havia ocorrido nos dias do NT.
1.1 – II Ts. 2.1-3a (NVI) ‘Irmãos, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, rogamos a vocês que não se deixem abalar nem alarmar tão facilmente, quer por profecia, quer por palavra, quer por carta supostamente vinda de nós, como se o dia do Senhor já tivesse chegado. Não deixem que ninguém os engane de modo algum...’.

2. O apóstolo Pedro levanta a questão sustentada por muitos de seus dias.
2.1 – II Pe. 3.4 (NVI) ‘O que houve com a promessa da sua vinda? Desde que os antepassados morreram, tudo continua como desde o princípio da criação’.

3. O ensino acerca de um ‘Dia do Juízo’ não é uma ideia aceita com facilidade porque impõe restrições e declara culpa sobre cada ser humano, onde estes prestarão contas de toda palavra e obra que fizeram ou disseram em vida.

b – A vinda do Senhor tem sido desacreditada na história.

1. Não crer na segunda vinda está para a atualidade assim como não crer na chuva estava para os habitantes dos dias de Noé.
1.1 – Mt. 24.37-39 ‘Como foi nos dias de Noé, assim também será na vinda do Filho do homem. Pois nos dias anteriores ao Dilúvio, o povo vivia comendo e bebendo, casando-se e dando-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca; eles nada perceberam, até que veio o Dilúvio e os levou a todos. Assim acontecerá na vinda do Filho do homem’.

2. A Segunda vinda continuará a ser desacreditada e pegará a muitos de surpresa, trazendo repentina destruição sobre a grande maioria.

3. Qualquer que dúvida de uma ‘Segunda Vinda’ de Cristo é porque não se creu nem na ‘Primeira Vinda’.


III – A VINDA DO SENHOR CONTINUA AGUARDADA.

a – A vinda do Senhor continua aguardada pelos que crêem.

1. Os que creram na primeira vinda de Jesus, como o Messias e Salvador, também aguardam sua segunda vinda como Juiz e Senhor.

2. Deus não se limita a mesma lógica de nosso raciocínio limitado por nossa cronologia.
2.1 – II Pe. 3.8 ‘Há, todavia, uma coisa, amados, que não deveis esquecer: que para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia’.

3. O fato de estar demorando a Vinda do Senhor é porque há ainda muitos amigos e parentes seus ainda não salvos.
3.1 – II Pe. 3.9 ‘O Senhor não demora em cumprir a sua promessa, como julgam alguns. Ao contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento’.
3.2 – O que você tem feito em relação a eles?

4. O apóstolo Pedro afirma que este mundo sucumbirá diante do poder do Juízo de Deus, e que de suas cinzas Deus levantará novos céus e nova terra (II Pe. 3.10-12).
4.1 – ♫ ‘Ó Pai, eu queria tanto ver o meu Senhor descer’.

b – A vinda do Senhor reclama vida de santificação.

1. O apóstolo Pedro nos recomenda quanto a maneira de viver, já que estas coisas acontecerão.
1.1 – II Pe. 3.11-12 ‘Visto que tudo será assim desfeito, que tipo de pessoas é necessário que vocês sejam? Vivam de maneira santa e piedosa, esperando o dia de Deus e apressando a sua vinda’.
1.2 – Ilustração: Conta-se a história de um homem que, durante uma campanha eleitoral, leu em um adesivo de pára-choque o seguinte: “Já tomei minha decisão. Por favor, não me confundam com os fatos”.

c – A vinda do Senhor será definitiva.

1. ‘A parousia é retratada nas páginas do NT, como o fator determinante das fronteiras eternas, o fim da oportunidade para alguém obter a salvação, em contraste com as condições do presente’ .

2. Ali se cumprirá o Salmo 24, onde os portões eternos serão levantados para que se entre o Rei da Glória, dando fim a esta era presente e inaugurando a verdadeira nova era.


CONCLUSÃO: Amados, somos chamados a permanecer firmes, aguardando o retorno do Rei.
Enquanto aguardamos devemos anunciar a salvação na expectativa de que o número dos eleitos será completado em breve.
Enquanto aguardamos e anunciamos somos concitados a viver de maneira santa e piedosa.
Não percamos de vista a chegada de um tempo novo, com novos céus e nova terra, nos quais habitará e experimentaremos a plenitude da justiça.