terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A MISSÃO EXIGE AMOR INCONDICIONAL A DEUS E AO PRÓXIMO

Mt. 16.24-26


OBJETIVO
: Ensinar que não existe cumprimento da missão sem o amor que busca o próximo para sua salvação e busca a glória de Deus.

INTRODUÇÃO: O ser humano, criado a imagem e semelhança de Deus, recebeu como elemento constituinte desta imagem o atributo do amor. Deus é amor e comunicou ao ser criado a capacidade de amar.
Devido a entrada do pecado na história e na vida humana, impreterivelmente, o ser humano possui um amor egoísta.
Assim, o amor se torna um amor condicional, isto é, sempre ama na perspectiva de receber algo em troca. ‘Eu te amo se...’.
O amor de Deus, no entanto é um amor incondicional. Ele ama por que ama, por que Ele é amor. ‘Eu te amo apesar de...’.
O cristão ao conhecer e receber a Jesus como seu salvador único e pessoal, recebe também a capacidade de amar com o amor de Deus, porque este amor lhe é dado através da pessoa bendita do Espírito Santo.
Para o cumprimento da missão que nos foi dada é preciso que se cultive este amor incondicional. Amar desinteressadamente, sem nada esperar em troca.

CONTEXTO: O Senhor Jesus estava em suas últimas semanas, sabendo que alguns dias a frente estaria sendo morto, como ovelha muda, para cumprir sua missão de resgatar pecadores com o preço de sua própria morte e ressurreição.

TRANSIÇÃO: Ele amou e amou até o fim. Até onde você ama as pessoas no desejo de vê-las alcançadas pelo amor de Deus? Quero refletir nesta oportunidade sobre o tema: A MISSÃO EXIGE AMOR INCONDICIONAL A DEUS E AO PRÓXIMO.

I – AMOR INCONDICIONAL A DEUS SUBENTENDE ENTREGA TOTAL
.

a – O ensino de Jesus sobre o compromisso com o Reino.

1. O Senhor Jesus estava prestes a completar sua missão e estava dando as instruções finais aos seus discípulos.

2. O Senhor visava fortalecer em seus discípulos o fato de que o cristianismo não era mero movimento religioso.

3. Ser um seguidor de Jesus implicava em ter a compreensão do Reino de Deus e ter compromisso total com os valores desse Reino.

4. Os discípulos deixaram trabalho, casas e família para se entregarem completamente à promessa do reino de Deus.

b – Entrega total implica em negar-se a si mesmo.

1. Seguir a Jesus choca-se com a mensagem do evangelho da prosperidade tão propalada pelos evangelistas modernos e que torna a vida cristã tão simples e sem compromisso.

2. Mt. 16.24 ‘Então Jesus disse aos seus discípulos: Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me’.

3. Negar-se a si mesmo é uma decisão radical da alma de deixar tudo e seguir a Cristo totalmente.

4. Seguir a Jesus envolve um custo tremendo de renunciar as vontades dominantes de nossa carne e muitas vezes negar a própria vida, diariamente e para sempre.

5. É deixar o Espírito de Cristo assumir o controle de nosso próprio ser de modo tal que nos tornemos participantes de sua própria natureza.

6. É dizer não ao EU e deixar que Cristo tenha o controle de nosso coração, mesmo quando esse controle conflite com nossos maiores sonhos de realização e felicidade temporal.

7. Ilustração:

O coração se reparte
Em dois recantos de luz;
Um trono, tem numa parte,
Tem noutra parte, uma cruz!

Quando o pecado abandono
E vivo para Jesus;
Cristo se assenta no trono,
Fico EU pregado na cruz.

Mas quando abraço o pecado
E morro para Jesus,
No trono fico EU sentado
E Cristo vai para a cruz.

c – Entrega total implica em tomar a cruz.

1. Mt. 16.24 ‘Então Jesus disse aos seus discípulos: "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me’.

2. Ver alguém arrastando uma cruz pelos caminhos empoeirados em direção a um lugar de projeção como um monte, era ver um réu assumindo sua culpa e morte.

3. A cruz era uma insígnia de morte, diferentemente do que é hoje.

4. Cumprir a missão de viver e anunciar o Reino de Deus só é possível se a cruz for o centro da vida.

5. Pode parecer romântico e poético falar de cruz, de morte e renúncia do EU, mas é a maior luta que o ser humano pode travar: é a luta do homem consigo mesmo.

6. Tomar a cruz é estar disposto a morrer para si mesmo com todos nos seus desejos e vontades e para o mundo com seu fascínio e glória.

d – Entrega total implica em seguir a Jesus.

1. O Reino de Deus é o bem maior que uma pessoa pode almejar em toda a sua existência.

2. Analogias do valor do Reino:
2.1 – Mt. 13.44 ‘O Reino dos céus é como um tesouro escondido num campo. Certo homem, tendo-o encontrado, escondeu-o de novo e, então, cheio de alegria, foi, vendeu tudo o que tinha e comprou aquele campo’.
2.2 – Mt. 13.45-46 ‘O Reino dos céus também é como um negociante que procura pérolas preciosas. Encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo o que tinha e a comprou’.

3. Para Jesus e os que o seguiram, o cristianismo implicaria na transformação total da vida daqueles que se tornassem seguidores do Cordeiro.

4. Pessoa alguma jamais será a mesma a partir do dia que realmente se encontrar com Jesus.


II – AMOR INCONDICIONAL AO PRÓXIMO SUBENTENDE DOAÇÃO
.

a – Doação implica de se mesmo a favor do próximo.

1. A missão que o cristianismo propõe tem algo a ver com o mundo a nossa volta, mas prioritária e imprescindivelmente tem tudo a ver com o ser humano.

2. A missão só pode ser cumprida na dimensão do relacionamento intencional com o próximo a nossa volta no intuito de impactá-lo com a mensagem poderosa e transformadora do Evangelho.

3. O cristão se doa a favor do próximo quando abre mão de diversos aspectos de seu tempo:
2.1 – Tempo para oração.
a) A oração para muitos cristãos se tornou apenas o último recurso nas horas de dificuldades, problemas ou doenças.
b) A oração é a respiração da alma.
c) A oração é a comunhão preciosa com o Salvador e, mormente, desejosa de que esta salvação alcance outros a sua volta.
d) Quando se ora intensamente pela salvação de alguém o amor aumenta e a disposição de ir em direção desta pessoa é fortalecida e dinamizada.
2.2 – Tempo de relacionamento intencional.
a) Não dá para ser cristão verdadeiro sem se envolver com pessoas. O verdadeiro cristianismo é relacionamento.
b) O Senhor Jesus é o grande exemplo e modelo de cristianismo. Sentava-se com ricos e sábios, mas também com os simples e maltrapilhos de seus dias, anunciando-lhes a vida do Reino de Deus.
c) Doe de seu tempo para relacionamentos intencionais com pessoas a sua volta.
2.3 – Tempo de evangelismo.
a) Uma das grandes dificuldades de muitos cristãos para evangelizar é porque pensam que precisam ir a algum lugar e se exporem com pessoas estranhas.
b) Evangelismo se faz nos relacionamentos do cotidiano. Basta apenas estar cheio da Palavra de cristo e do desejo de conduzir outros ao Salvador.
c) Lc. 9.26 ‘Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier em sua glória e na glória do Pai e dos santos anjos’.
2.4 – Tempo de discipulado.
a) Discipular é ensinar outros a crerem, a confiarem e a obedecerem a Palavra que tem transformado a sua vida.
b) Mt. 28.20 ‘ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos’.

4. Ame o próximo: se doe em prol da salvação deles.

b – Doação implica em abrir mão de esforço a favor do próximo.

1. Amor em ação através de atitudes simples pode impactar e incomodar pessoas à sua volta levando-os a crerem no Deus que é tudo para você.

2. Ilustração: Um jovem soldado num destacamento do exército todas as noites antes de se deitar, sentava-se em sua cama para ler sua Bíblia e orar. Ao deitar-se sempre se surpreendia com pesadas botas sendo jogadas sobre no escuro. Acordava mais cedo, engraxava e lustrava as botas de seu agressor. Isso provocou quebrantamento no mesmo que quis conhecer Deus que lhe dava uma vida de serviço e amor.

3. A maior forma de se demonstrar amor ao próximo é levando-lhe o evangelho da salvação.

4. Mt. 16.25-26 ‘’.


CONCLUSÃO: Cumpra sua missão:
Ame a Deus e se entregue totalmente a Ele.
Ame ao próximo e se doe em favor de sua salvação
Quanto do mundo você está disposto a perder para seguir a Jesus e ajudar a salvar outras pessoas?

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A MISSÃO EXIGE RENÚNCIA

Lc. 14.25-27, 33


OBJETIVO: Ensinar que para cumprir a missão dada por Jesus quanto a evangelização, o cristão precisa assumir um espírito e comportamento de renúncia.


INTRODUÇÃO: Desapego! Geralmente nos apegamos às pessoas ou às coisas, pessoas e nos esquecemos muitas vezes dos valores eternos.


CONTEXTO: A Narrativa de Viagem (Lc 9.51-19.48) engloba a última viagem de Jesus da região norte até Jerusalém, onde seria cruscificado. O Senhor Jesus está ministrando na vida de seus discípulos formando neles a compreensão do valor do Reino de Deus e o investimento que dele decorre a cada um dos seus seguidores.


TRANSIÇÃO: Até onde você está envolvido com a missão delegada pelo Senhor Jesus a sua Igreja? Quero compartilhar sobre o tema: A MISSÃO EXIGE RENÚNCIA.



I – A MISSÃO EXIGE RENÚNCIA DO LASTRO DE FAMÍLIA.

a – A família no plano de Deus.

1. É grafado com valoroso destaque nas linhas das Escrituras o lugar da família no plano de Deus.

2. Deus poderia ter criado uma humanidade completa a partir do nada assim como fez com o reino animal, vegetal e mineral.
– Criação imediata → ‘Disse Deus: Haja’
– Criação mediata → No caso da família, Deus criou cada parte básica individualmente e com suas próprias mãos.
a) Gn. 2.7 (NVI) ‘Então o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente’.
b) Gn. 2.21-23 (NVI) ‘Então o Senhor Deus fez o homem cair em profundo sono e, enquanto este dormia, tirou-lhe uma das costelas fechando o lugar com carne. Com a costela que havia tirado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher e a levou até ele. Disse então o homem: Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher, porque do homem foi tirada’.

3. A família é a célula principal de toda a construção social da humanidade.

4. Embora a família seja o principal organismo social não pode ser o conceito prioritário em nossa escala de valores, pois esta escala se inicia com Deus.

5. O resumo da própria Lei dado por Jesus implica em:
– Lc. 10.27 ‘Respondeu-lhe ele: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo’.
– Primeiro Deus, depois o próximo e depois a ti mesmo.

b – A família no plano do discipulado.

1. A família é o bem mais importante que se pode ter aqui nesta caminhada social, apenas suplantado por Deus.

2. Nada pode tomar o lugar de Deus na vida do cristão, nem mesmo a família, seja ela no coletivo, seja ela no relacionamento pessoal.

3. É por isso que Jesus profere as palavras do verso 26, colocando pessoas ou a família em um lugar inferior em relação a Ele mesmo.
– Lc. 14.26 (NVI) ‘Se alguém vem a mim e ama o seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos e irmãs, e até sua própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípulo’.

4. A versão Almeida Atualizada usa a tradução: aborrecer pai e mãe por causa de Jesus, indicando em pequena nota de rodapé: amar menos.

5. Cumprir nossa missão como discípulos de Cristo implica em algo que é maior que nossa afeição familiar.


II – A MISSÃO EXIGE RENÚNCIA DO COMANDO DA VIDA.

a – Os interesses pessoais são inferiores aos interesses de Deus.

1. O Senhor Jesus destaca que além da família ter um plano inferior, o próprio discípulo assume um lugar secundário diante da missão.
1.1 – Lc. 14.26b ‘Se alguém vem a mim e ama o seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos e irmãs, e até sua própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípulo’.

2. Um antigo provérbio romano para os soldados em tempo de guerra, expõe este princípio de Jesus:
2.1 – ‘Não importa que eu viva, importa que eu vá’.
2.2 – Ir não significa perder a própria vida, mas sim que o ir está acima da própria vida.

3. Ser discípulo é ser um missionário e isso significa aborrecer a sua própria vida por causa de Jesus.
2.1 – Li ou ouvi alhures: ‘Ou você é um missionário ou você é um campo missionário’.

4. Um soldado é um missionário e quando em trabalho sua vida é considerada secundária pelo bem da pátria ou da missão que ele representa.

5. O Senhor Jesus indica que o discípulo deve tomar a sua cruz e segui-Lo. Isso implica em assumir o risco da morte e da renúncia total a favor da missão.
5.1 – Lc. 14.27 (NVI) ‘E aquele que não carrega sua cruz e não me segue não pode ser meu discípulo’.

6. Não é fácil tomar a cruz. Tem ocasiões que a tensão entre tomar ou não tomar a cruz é tão intensa e você recusa tomar a cruz.

b – O preço para ser discípulo é rendição total.

1. Se o cristão quer de fato cumprir sua missão, certamente experimentará a tensão de renunciar a sim mesmo pelo bem do reino de Deus.

2. É maior que seguir nosso próprio caminho.

3. ‘Quando a sua vontade cruza com a vontade de Deus e você escolhe a vontade de Deus contra a sua vontade, isso é tomar a cruz’ (Luiz Palau - adaptado).


III – A MISSÃO EXIGE RENÚNCIA DO AMOR ÀS POSSESSÕES.

a – Nada pode concorrer com a missão do Reino.

1. Pode-se ver tanto pelas Escrituras Sagradas quanto pela experiência que a tendência de se apegar às coisas é comum ao ser humano.

2. As coisas materiais são boas e são instrumentos de Deus para nosso bem estar, contudo não podemos viver como se tais bens fossem bens permanentes.
2.1 – II Co. 6.10b ‘entristecidos, mas sempre nos alegrando; pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo’.

3. Na qualidade de bens transitórios que são não podem ocupar lugar de alta importância em nossa escala de valores.

4. Assim, você pode possuir muitos bens, mas estes nunca podem ocupar em sua vida lugar maior que a missão dada pelo Senhor Jesus.

b – A missão é maior que qualquer coisa para o discípulo.

1. Nada pode subtrair o lugar da missão na vida do discípulo.

2. O Senhor Jesus é enfático em sua conclusão afirmando que o Reino de Deus e sua missão é maior que o amor às possessões.

3. Lc. 14.33 ‘Da mesma forma, qualquer de vocês que não renunciar a tudo o que possui não pode ser meu discípulo’.

4. A missão do discípulo é a de propagar o Ser maravilhoso de Deus e seu plano de salvação que alcança e transforma o pecador em filho amado.


CONCLUSÃO: O sábio Salomão já preconizava sobre o privilégio de se conduzir pessoas ao caminho da justiça: Pr. 11.30 O fruto da retidão é árvore de vida, e aquele que conquista almas é sábio.

Quem ganha almas é sábio.

Cumpra a sua missão.

Evangelize.