sábado, 30 de julho de 2011

A CONDUTA DO IDOSO QUE TEME AO SENHOR

Tt. 2.1-5


OBJETIVO: Por ocasião do ‘Dia dos Avós’ ensinar que o idoso cristão é um grande exemplo de fé para as gerações que o sucedem.


INTRODUÇÃO: Há uma certa tendência de auto desvalorização na vida do idoso que, ao chegar nas décadas finais olha com certo ar de vazio para o seu significado e para o seu futuro.
Além de suas limitações, a própria família e a sociedade também impõe obstáculos ao idoso.


CONTEXTO: O apóstolo Paulo escreve as Cartas Pastorais no intuito de orientar os jovens pastores para o bom cuidado da Igreja. A carta ao Rev. Tito é curta, contudo eivada de ensinos práticos para a vida do rebanho. Depois de orientar sobre a vida e qualidades pessoais do pastor, o apóstolo orienta sobre os membros da referida Igreja. Neste texto o ensino se volta para as diversas classes de pessoas que compunham o rebanho da Igreja.


TRANSIÇÃO: Como são vistos os idosos em nosso meio? Quero compartilhar nesta oportunidade sobre o tema: A CONDUTA DO IDOSO QUE TEME AO SENHOR.


I – A CONDUTA DO IDOSO QUE TEME AO SENHOR É DE GRANDE UTILIDADE NA FAMÍLIA.

a – Destaques de virtudes relacionais na vivência da família.

1. O apóstolo Paulo destaca tanto nos atributivos aos homens como às mulheres que os mais velhos tem alto poder de influência no meio familiar.

2. Acerca dos homens idosos, o apóstolo indica alguns qualificativos com os quais seriam influentes no meio da família:
2.1 – ‘Temperantes’ – νηϕάλιους – Embora a raiz da palavra aponte para a moderação no uso do vinho, a palavra indica a pessoa que é moderada e têm equilíbrio em tudo o que faz ou fala.
2.2 – ‘Respeitáveis’ – σεμνούς – indica alguém de caráter nobre, respeitoso e digno.
2.3 – ‘Sensatos’ – σώϕρονας – apontando para uma pessoa que é prudente, refletido, auto-controlado.
2.4 – É tão salutar e de forte poder de influência os vovôs que ostentam esses qualificativos no meio da família, tornando-se exemplos dignos de serem imitados e honrados pelos filhos, netos e demais que os cercam.

3. Acerca das mulheres idosas Paulo também apresenta alguns atributivos com os quais a influência no meio da família é forte e transformadora.
3.1 – ‘Sérias’ – ίεροπρεπείς – indicando a maneira própria de sacerdotisas, em santidade e reverência.
3.2 – ‘não caluniadoras’ μή διάβόλους – O termo aqui é usado ao próprio Satanás quando aponta-o como o acusador. Assim as idosas não devem ser caluniadoras ou acusadoras sobre os irmãos, antes devem ser incentivadoras da fé.
3.3 – ‘Mestras do bem’ – καλοδιδασκάλους – indicando que as idosas devem ser ensinadoras de coisas boas, em tudo, às mais novas. Pelo exemplo ou pela palavra as irmãs mais experientes têm muito a ensinar às mulheres mais novas, no sentido que Paulo coloca nos versos 4 e 5.
a) Tt. 2.4-5 ‘a fim de instruírem as jovens recém-casadas a amarem ao marido e a seus filhos, a serem sensatas, honestas, boas donas de casa, bondosas, sujeitas ao marido, para que a palavra de Deus não seja difamada’.
3.4 – O alvo do bom comportamento, exemplo e ensino das mulheres mais velhas em referência às mais novas é que o Evangelho seja reconhecido como digno e não difamado: ‘para que a palavra de Deus não seja difamada’.

II – A CONDUTA DO IDOSO QUE TEME AO SENHOR É DE GRANDE IMPACTO NA SOCIEDADE.

a – A vida do idoso na antiga sociedade pagã.

1. Nas sociedades antigas, com seus sistemas patriarcais, a idade avançada era considerada uma coroa de glória.
1.1 – Pr. 20.29 ‘O ornato dos jovens é a sua força, e a beleza dos velhos, as suas cãs’.
1.2 – Pr. 16.31 ‘Coroa de honra são as cãs, quando se acham no caminho da justiça’.
1.3 – Esperava-se dos idosos que fossem sábios e líderes naturais dos mais jovens.

2. Mas, mesmo que valores como honradez, reconhecimento e dignidade fossem semeados e esperados nas antigas culturas, sabe-se que na maioria dos casos grande parte dos idosos chegava ao fim de forma desoladora e sub-humana.
2.1 – ‘Na idade das trevas em Roma, os idosos eram mortos, pois, eram considerados inúteis para o trabalho e um peso para a família e sociedade’.
2.2 – ‘Para os gregos, a velhice, de um modo geral, era tratada com desdém, muito desconsiderada e até motivo de pavor, principalmente pela perda dos prazeres obtidos através dos sentidos, já que veneravam o corpo jovem e perfeito’.

3. Era comum nos dias antigos o idoso ser maltratado e abandonado pela família e sociedade, e em decorrência disso se tornar escravo de algum ou diversos vícios.

4. Ainda hoje o abandono e a solidão é uma grande ameaça para o idoso.
5.1 – É preciso que seja acolhido e valorizado.
5.2 – É preciso reconhecer o valor de sua presença.
5.3 – É preciso valorizar seu testemunho de vida.
5.4 – É preciso valorizar o que viveu pela família.

b – O poder transformador do Evangelho na sociedade pagã.

1. O apóstolo Paulo via o valor do Evangelho transformando a sociedade pagã de seus dias alterando comportamentos e mesmo as estruturas familiares e sociais.

2. Há muitos testemunhos registrados pela história dentre os próprios pagãos acerca do valor do Evangelho quanto ao cuidado que o cristianismo semeou acerca dos idosos, dos pobres e dos órfãos.

3. As Escrituras nos ensinam a honrar nossos idosos reconhecendo neles sabedoria e testemunhos acumulados sendo ainda de grande valor para a Igreja e família.

III – A CONDUTA DO IDOSO QUE TEME AO SENHOR É DE GRANDE PODER ESPIRITUAL.

a – Idosos no caminho da fé deixam rastros.

1. Cada cristão, por onde quer que passe deixa suas marcas numa vida de testemunho. Os idosos têm um rastro mais longo.

2. O apóstolo Paulo orienta o jovem pastor Tito a instruírem os idosos a viverem de tal forma que ‘a palavra de Deus não seja difamada’ (Tt. 2.5).

b – O poder espiritual do idoso.

1. Os idosos produzem frutos mesmo quando lhes faltarem as forças físicas e seus corpos já estiverem limitados pelo tempo:
1.1 – Sl. 92.12-15 (NVI) ‘Os justos florescerão como a palmeira, crescerão como o cedro do Líbano; plantados na casa do Senhor, florescerão nos átrios do nosso Deus. Mesmo na velhice darão fruto, permanecerão viçosos e verdejantes, para proclamar que o Senhor é justo. Ele é a minha Rocha; nele não há injustiça’.

2. Muitos são os exemplos de idosos no serviço ao Reino.
2.1 – Simeão e Ana – Idosos e firmes na esperança do Messias.
2.2 – João, o discípulo, morreu aos 94 anos.
2.3 – Paulo, o velho, é decapitado.
2.4 – Pedro, mesmo sem informação exata da idade, morre acima dos 70 anos, crucificado de cabeça para baixo.
2.5 – William Carey, o ‘Pai das Missões Modernas’ morreu com 73 anos, respeitado por todo o mundo, como o pai de um grande movimento missionário.
2.6 – Hudson Taylos, aos 73 anos fez a sua última viagem à China. Na cidade de Changsa, deitou-se numa tarde de 1905 para descansar, e deste sono acordou nas mansões celestiais.
2.7 – Robert Moffat, morreu aos 80 anos depois de servir a África por mais de 50 anos como missionário.
2.8 – John Paton deu sua vida pela evangelização nas Ilhas Hébridas, no pacífico e morreu aos 83 anos.

3. O idoso precisa se reconhecer e se valorizar como parte importante na vida da Igreja, podendo ainda produzir frutos através de seu testemunho, trabalho e intercessão.

4. Os mais novos precisam valorizar os idosos aproximando-se deles numa amizade e companheirismo verdadeiros nesta etapa mais difícil de suas vidas.


CONCLUSÃO: Jovens e adolescentes! Honrem o idoso.
Idosos, se valorizem e se coloquem sempre a serviço do Reino, mesmo que apenas intercedendo diariamente, grande será o seu valor.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

SEGUIR A JESUS É UM DISTINTIVO DO DISCÍPULO

Mc. 1.17

OBJETIVO: Ensinar que os verdadeiros discípulos são imitadores de Cristo na proclamação e na prática.

INTRODUÇÃO: Você sabia que:
a) O quarto domingo de Julho é o Dia do Adolescente Presbiteriano em nosso Calendário?
b) A palavra ‘adolescência’ tem sua origem etimológica no Latim ‘ad’ (‘para’) + ‘olescere’ (‘crescer’); portanto ‘adolescência’ significaria ‘crescer para’.
c) Este termo foi introduzido na literatura científica em 1904, pelo psicólogo e educador norte-americano F. Stanley Hall (1846-1924) para designar o período de desenvolvimento entre a infância e a idade adulta?
d) A ONU define juventude como a fase entre 15 e 24 anos de idade?
e) A OMS define adolescente como o indivíduo que se encontra entre os dez e vinte anos de idade?
f) O ECA estabelece ainda a faixa etária que vai dos 12 aos 18 anos?
g) Que a IPB classifica os adolescentes na faixa etária entre 12 e 17 anos?

CONTEXTO: O texto está inserido no lançamento do Ministério de Jesus, onde chama pessoas para serem seus discípulos.

TRANSIÇÃO: Vamos refletir nesta oportunidade sobre SEGUIR A JESUS É UM DISTINTIVO DO DISCÍPULO.



I – SEGUIR A JESUS IMPLICA EM OUVIR O CHAMADO.

a – Como discernir o chamado de Jesus.

1. Existe no estudo da teologia o ‘chamado externo ou vocação geral’ e o ‘chamado interno ou vocação especial’.
1.1 – O ‘chamado externo ou vocação geral’ é o chamado que é feito a todos através da pregação do Evangelho de Cristo, de todas as maneiras em todos os lugares.
a) Mt. 22.14 ‘Muitos serão chamados’.
b) Muitos ouvirão o Evangelho.
1.2 – O ‘chamado interno ou vocação especial’ é aquela operação do Espírito Santo em falar particular e pessoalmente no coração do pecador, convencendo-o acerca da salvação.
a) Mt. 22.14 ‘Poucos serão escolhidos’.
b) Poucos responderão SIM ao Evangelho.

2. Adolescentes são seguidores e fazem seguidores:
2.1 – Heróis (na fantasia ou na realidade).
2.2 – Redes de comunicação (Twitter, Face Book, Buz, Orkut...).
a) Quantas pessoas ou comunidades você segue?
b) Quantos seguem você?

3. Adolescentes são chamados por Jesus.
2.1 – Nas Escrituras:
a) Davi, atitude de fé vitoriosa ainda jovem.
b) Josias, o menino que foi rei aos oito anos.
c) Ezequias, reformador aos 16 anos.
d) A anônima serva de Naamã.
e) O anônimo menino da multiplicação dos pães.
f) Rode, a criada da casa de João Marcos.
g) Timóteo, jovem missionário com Paulo.
• Estes ouviram o chamado!
2.2 – Você já ouviu o chamado de Jesus?
a) Não basta proceder de uma família cristã.
b) Não basta apenas ouvir a pregações na Igreja.
c) Sl. 95.7b-8a (ARA) ‘Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o coração’.
d) At. 17.30 ‘Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam’.
e) A resposta ao chamado é pessoal e decisiva.

II – SEGUIR A JESUS IMPLICA EM AUTO-RENÚNCIA.

a – Auto-renúncia é negar a si mesmo.

1. O Senhor Jesus deixa claro que não se pode servir a dois senhores, e isto em qualquer área da vida.
1.1 – Não se pode servir ao Senhor e ao dinheiro.
1.2 – Não se pode servir ao Senhor e ao mundo.
1.3 – Não se pode servir ao Senhor e a si mesmo.

2. Sobre nosso coração só pode existir um senhor: ou o ‘eu’ ou o Senhor Jesus.
a) Quem está no trono de seu coração?
b) Quem está no trono de seu coração é senhor sobre ele.
c) Lc. 9.23 ‘Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me’.
d) O convite de Jesus é: ‘Vinde após mim’ (Mc. 1.17).

3. Não é fácil assumir a atitude da auto-negação. Nosso pior inimigo não está do lado de fora, mas do lado de dentro: nosso ‘eu’.

4. Quem não abre mão de si mesmo no caminho do Evangelho, pode até mesmo ser um bom religioso, mas jamais será um bom seguidor de Jesus.

b – Auto-renúncia é tomar a cruz.

1. A cruz é símbolo da pior qualidade de morte que o ser humano já inventou, pois produz dores terríveis, lancinantes e constantes, e mata o réu lentamente, podendo o suplício chegar até 40 horas.

2. Quando o Senhor Diz que é preciso tomar a cruz quis enfatizar que o eu não morre num único ato.
2.1 – A morte na cruz pode ser muito lenta, mas a cruz tem um objetivo: tem a intenção de trazer o ‘eu’ à morte.
2.2 – Isto significa que tomar a cruz não é uma atitude única, mas uma atitude diária na vida do discípulo.
a) Lc. 9.23 ‘Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me’.

3. ‘Cada vez que a sua vontade cruza com a vontade de Deus e você escolhe a vontade de Deus contra a sua vontade, isto é tomar a cruz’ (Luiz Palau).

III – SEGUIR A JESUS IMPLICA EM CONSAGRAÇÃO.

a – O universo conspira contra o seguir a Jesus.

1. Não é tão simples seguir a Jesus: é lutar contra si mesmo.

2. Não é apenas o seu coração que se opõe a seguir a Jesus na prática, porque o mal é sistêmico, isto é, está instalado em todo o sistema da estrutura e comportamento de nossa sociedade.

3. Todo o sistema da vida humana está afetado pelo pecado:
3.1 – I Jo. 5.19 (NVI) ‘O mundo inteiro jaz no Maligno’.
3.2 – Ef. 2.1-3 (NVI) ‘Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados, nos quais costumavam viver, quando seguiam a presente ordem deste mundo e o príncipe do poder do ar, o espírito que agora está atuando nos que vivem na desobediência. Anteriormente, todos nós também vivíamos entre eles, satisfazendo as vontades da nossa carne seguindo os seus desejos e pensamentos. Como os outros, éramos por natureza merecedores da ira’.

4. Esta não é uma teoria tipo ‘Teoria da Conspiração’, mas uma realidade inegável.

b – Só um coração consagrado poderá seguir a Jesus.

1. Consagração é a atitude de entrega pessoal da vida aos pés do Senhor a cada dia num desejo santo de lhe ser agradável e desfrutar de sua presença pessoal e santidade.

2. Ilustração: ‘O Dr. Graham Scroggie, de Edimburgo, estava certa vez falando sobre servir unicamente a Cristo, e no fim do culto, uma jovem crente que tinha sido grandemente despertada, aproximou-se dele.
– E Porque você não se entrega – perguntou o pastor.
– Tenho medo de duas coisas se o fizer – disse a jovem.
– Quais são elas? – perguntou o ministro.
– Eu toco piano em salão de concerto e temo ter que abandonar – explicou a moça.
– E a outra?
– Eu tenho medo de que Deus me mande para a China como missionária.
O Dr. Scroggie abriu a Bíblia em At. 10.14 – onde Pedro diz ao Senhor: “De modo nenhum, Senhor!” – e explicou à moça que um servo nunca dita. Dizer – “De modo nenhum” e ainda acrescentar a palavra “Senhor” é impossível.
– Agora – disse Scroggie – quero que risque a expressão “De modo nenhum” e deixe a palavra “Senhor” ou risque a palavra “Senhor” e deixe a expressão “De modo nenhum”. Deu-lhe um lápis e se afastou em silêncio.
Mais tarde voltou e encontrou a moça com o rosto banhado em lágrimas e balbuciando a palavra “Senhor”, enquanto a expressão “De modo nenhum” estava toda riscada’ .


CONCLUSÃO: Você é um seguidor de Jesus?
Você segue a Jesus tão de perto como segue seus amigos?
Como você segue a Jesus?
Você já levou pessoas a seguir outros nas redes de comunicação?
Você já levou outras pessoas a seguir a Jesus?

domingo, 17 de julho de 2011

OBEDIÊNCIA É UM DISTINTIVO DOS DISCÍPULOS

Pr. 3.1-8

OBJETIVO: Ensinar que os discípulos pagam o preço e desfrutam das bênçãos da obediência para com os princípios e valores do Reino.


INTRODUÇÃO: Para que serve um distintivo?


CONTEXTO: O livro de Provérbios foi escrito em cerca de 950-900 a.C e é apresentado como sendo de autoria de Salomão, embora os capítulos 30 e 31 são atribuídos à Agur e Lemuel respectivamente . Em I Re. 4:32 tem-se a informação de que Salomão fez 3000 provérbios e 1005 cânticos. O livro de Provérbios contém apenas 915 destes 3000 . ‘O propósito do escritor aqui é traçar o contraste mais nítido entre as consequências de buscar e encontrar a sabedoria e as de seguir uma vida de insensatez’ (Ewerton B. Tokashiki, Ministro presbiteriano e professor no Seminário Presbiteriano Brasil Central/JiParaná e na Faculdade Metodista de Porto Velho).


TRANSIÇÃO: O que te identifica como um cristão verdadeiro? Quero trabalhar esse texto numa perspectiva cristã sob o tema: OBEDIÊNCIA É UM DISTINTIVO DOS DISCÍPULOS.


I – OS DISCÍPULOS SÃO CHAMADOS À OBEDIÊNCIA.

a – A obediência é uma virtude adquirida e exercitável.

1. Ninguém aprende a obediência instintivamente, antes precisa aprender e exercitar como uma disciplina para a mente, para a alma e para o corpo.

2. A obediência nasce de um condicionamento mental e lógico e amadurece na compreensão racional e moral dos preceitos que a rege.

3. Ilustração: ‘Crianças que não podem ver objetos de enfeites em lugares acessíveis que mexem e desarranjam tudo enquanto outras não fazem o mesmo. Onde está a diferença? Pais que ensinaram e pais que não construíram sua autoridade na vida dos filhos nas pequenas coisas’.

b – A obediência é o termômetro da verdadeira espiritualidade.

1. O chamado à obediência é constante nas páginas das Escrituras.
1.1 – Pr. 3.1 (ARA) ‘Filho meu, não te esqueças dos meus ensinos, e o teu coração guarde os meus mandamentos’.

2. O relacionamento do cristão com Deus não se verifica em certo condicionamento da mente, acumulando aprendizados teóricos, mas sim na observância de sua Palavra.

3. Assim, a espiritualidade verdadeira se verifica na medida da obediência aos princípios de Deus e não na aparente religiosidade.
3.1 – Jo. 14.21 (ARA) ‘Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele’.

4. Cada discípulo é chamado a apresentar o distintivo e as credenciais de cristão através da vivência na obediência.


II – OS DISCÍPULOS ASSUMEM O PREÇO DA OBEDIÊNCIA.

a – Encha-se dos princípios de Deus.

1. É impossível obedecer aquilo que não se conhece.
1.1 – Ilustração: Imagine alguém dirigindo um carro em estrada perigosa sem saber interpretar as placas de trânsito. O que provavelmente aconteceria?

2. Para obedecer a Deus é preciso se encher de sua Palavra.
2.1 – Pr. 3.3 (ARA) ‘... ata-as ao teu pescoço, escreve-as na tábua de seu coração’.
2.2 – Cl. 3.15 (ARA) ‘Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria...’.

3. O primeiro preço a ser assumido para uma vida de obediência é encher-se da Palavra de Deus.

b – Obediência a Deus implica em negar a si próprio.

1. Três posturas para a obediência.
1.1 – Confia no Senhor.
a) Pr. 3.5 (ARA) ‘Confia no SENHOR de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento’.
b) O estribo é o suporte onde o cavaleiro se apoia para cavalgar.
c) Não se apoie em si mesmo.
d) Não confie em si mesmo.
1.2 – Reconhece o Senhor em seus caminhos.
a) Pr. 3. 6 ‘Reconhece-o em todos os seus caminhos e Ele endireitará as suas veredas’.
b) Deus sempre sinalizará sua presença no caminho de seus discípulos.
c) Mt. 28.20 (ARA) ‘E eis que estou convosco todos os dias...’.
d) Através do Espírito Santo a presença de Deus é percebida na vida do discípulo orientando-o em seus caminhos.
1.3 – Teme ao Senhor.
a) Pr. 3.7 ‘Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal’.
b) ‘Temer a Deus é levar Deus a sério’ (Jaime Kemp).

2. O discípulo é reconhecido pela constante luta no caminho da obediência, e mesmo caindo, volta-se para Deus buscando o perdão e novo recomeço com o Senhor.


III – OS DISCÍPULOS COLHEM OS RESULTADOS DA OBEDIÊNCIA.

a – Os resultados da obediência são inevitáveis.

1. É impossível enumerar os frutos da obediência na vida de uma pessoa que teme ao Senhor.

2. As Escrituras são fartas em apontar os benefícios da obediência na vida dos discípulos de Cristo.

b – Alguns resultados da obediência alistados pelo poeta sacro.

1. Pr. 3.2 ‘Eles aumentarão os teus dias e te acrescentarão anos de vida e paz’.
1.1 – Certamente o ‘aumentar os dias’ e o ‘acrescentar dos anos de vida’ proposto pelo salmista implica não em longevidade, uma vez que todos os nossos dias estão determinados pelo Soberano, mas em qualidade desses dias e anos vividos pelo discípulo.
1.2 – Não se pode apegar à letra do termo, pois pessoas consagradas e obedientes tiveram suas vidas ceifadas ainda muito jovens.
1.3 – Ilustração: Philip James Elliot, mais conhecido por Jim Elliot (08 de outubro de 1927 - 08 de janeiro de 1956) foi um missionário para o Equador que, junto com outros quatro, foi morto durante a tentativa de evangelizar os nativos através da conhecida Operação Auca.

2. Pr. 3.4 ‘e acharás graça e boa compreensão diante de Deus e dos homens’.
2.1 – Dentro de um quadro de normalidade o discípulo é sempre reconhecido pelos homens como alguém digno.
2.2 – O servo obediente sempre encontrará o favor e cuidado do Senhor, experimentando bênçãos incontáveis em sua vida.

3. Pr. 3.6 ‘Ele endireitará as tuas veredas’.
3.1 – A obediência garante ao discípulo a intervenção do Senhor em seus caminhos endireitando-os conforme os seus propósitos.
3.2 – O discípulo experimenta as constantes ações de Deus prosperando sua vida nos caminhos do bem.

4. Pr. 3.8 ‘Será isto saúde para o teu corpo e refrigério para os teus ossos’.
4.1 – Andar em obediência aos princípios de Deus, via de regra, possibilita melhor saúde física e mental ao discípulo.


CONCLUSÃO: Somos chamados a uma vida de obediência ao Senhor.

Se você só pode obedecer a princípios que você conhece, como discípulo de Cristo, que nota você dá a sua alimentação e conhecimento bíblico?

Como discípulo de Cristo, que nota você dá ao exercício de sua obediência à Palavra de Deus?