quarta-feira, 23 de outubro de 2013

A PEDRA FUNDAMENTAL DA IGREJA


I Pe. 1.1-10


OBJETIVO: Apresentar ao povo de Deus o ensino de que o Senhor Jesus é o alicerce sólido sobre o qual está construída a nossa salvação.

INTRODUÇÃO: Geralmente na construção de um templo como este, lança-se previamente a pedra fundamental.
O que é a pedra fundamental?
O que se coloca ali?
O que significa?

CONTEXTO: Vamos falar um pouco de arquitetura. Quando vamos construir uma casa o que fazemos? Achamos o terreno. Limpamos. Preparamos os alicerces para depois começarmos a construir ou levantar as paredes. Ao levantarmos as paredes, no canto, na união entre uma e outra parede normalmente colocamos, o que? Exatamente! Nesse lugar vão as colunas de concreto. Essas colunas são fortes e proveem a sustentação da casa. Estas colunas são angulares pois situam-se num ângulo apropriado para dar sustentação, normalmente na junção entre duas paredes. Essas pilastras sustentam as paredes e o telhado e mantém a casa de pé. Hoje em dia usamos pilastras para dar sustentação a um edifício. Na arquitetura antiga, quando as construções eram feitas com pedras, uma pedra muito forte era utilizada como “pedra angular”. Esta pedra era cuidadosamente selecionada na pedreira e talhada no tamanho e formato corretos para ser a “pedra angular” – a pedra que iria receber o maior peso do edifício e sustentá-lo.

TRANSIÇÃO: A Igreja de Jesus também é alicerçada sobre um firme fundamento tendo como pedra principal o próprio Senhor Jesus.


I – UMA PEDRA PROFETIZADA.

a – O que é Pedra angular?

1. Nas construções antigas, a pedra angular era a pedra de esquina que servia para alinhar toda a construção.
1.1 – A escolha de uma boa pedra facilitaria a construção conforme a planta.
1.2 – Uma pedra fora de esquadria resultaria numa construção errada.
1.3 – Os construtores de Israel julgavam Jesus uma pedra inadequada para o tipo de construção que eles queriam.
1.4 – Deus o julgou perfeito para edificar a igreja conforme a planta divina.

2. Pedro fez a aplicação direta quando repreendeu os líderes em Jerusalém:
2.1 – At. 4:11 ‘Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular’.

b – Jesus era profetizado como a Pedra desde o VT.

1. Sl. 118.22-23 ‘A essa pedra, que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular. E essa pedra eu quero para mim, como firme fundamento, que procede do Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos’.

2. Is. 8. 14 ‘Tropeçaram na pedra de tropeço, como está escrito: Eis que ponho em Sião uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, e aquele que nela crê não será confundido’.

3. Is. 28.16 ‘Portanto, assim diz o Senhor Deus: Eis que eu assentei em Sião uma pedra, pedra já provada, pedra preciosa, angular, solidamente assentada; aquele que crer não foge’.


II – UMA PEDRA ESTABELECIDA.

a – Pedro ou Jesus?

1. Uma leitura tendenciosa em Mateus pode levar a uma conclusão errada.
1.1 – Mt 16.18-19 ‘Jesus diz: Também Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos céus: o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus’.

2. Breve consideração exegética:
2.1 – Pedro em grego é petros, que significa pequena pedra movível.
2.2 – A palavra grega para pedra é petra, que significa massa imóvel ou rochedo.
2.3 – Poderíamos traduzir o que Jesus disse assim: ‘Você é uma pequena pedra móvel, mas a minha Igreja está alicerçada em uma rocha firme’.

3. Qual pedra então é a que Jesus se refere?
3.1 – A afirmação de Pedro.
3.2 – O fato de que Ele, Jesus, era o Cristo, o Filho do Deus vivo.
3.3 – Todo o ensino bíblico dos apóstolos indicará que Jesus é a rocha sobre a qual Jesus está construída.

b – A Igreja é construída sobre a pessoa e obra de Cristo.

1. A doutrina acerca do alicerce da Igreja não pode ser baseada numa única referência bíblica e ainda assim interpretada de forma tendenciosa.

2. É preciso que se veja todos os outros textos que apontam para Jesus como a base sólida sobre a qual a Igreja é edificada.
2.1 – Ef. 2: 19-22 ‘Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito’.
2.2 – 1 Pe. 2.4-6 ‘E chegando-vos para Ele pedra Viva, reprovada na Verdade pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa. 6 Pois na Escritura se diz: Vede, ponho em Sião uma Pedra Angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será confundido’.
2.3 – Mt 21.42 ‘Nunca leste nas Escrituras; A pedra que os edificadores rejeitaram, essa se tornou a Pedra Angular; o Senhor fez isto, e é maravilhoso aos nossos olhos’.


III – UMA PEDRA ETERNA.

a – A Pedra Angular é a principal do edifício.

1. 1 Pe. 2.4,6 ‘E chegando-vos para Ele pedra Viva, reprovada na Verdade pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa. 6 Pois na Escritura se diz: Vede, ponho em Sião uma Pedra Angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será confundido’.

2. É nele que todas as pedras se apoiam e se alinham.
2.1 – 1 Pe. 2.5 ‘também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo’.
2.2 – Ef. 2.11b-22a ‘Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo o edifício, bem ajustado...’.

b – A salvação do cristão é construída sobre Jesus.

1. Pedro é que mais se refere a Cristo como a Pedra onde se constrói o edifício que é a Igreja.
1.1 – At. 4.11-12 ‘Porque Jesus, o Messias, é Aquele a quem se referem as Escrituras quando falam de uma 'pedra rejeitada pelos construtores que se tornou a pedra principal da esquina. Não há salvação em nenhum outro mais! Debaixo do céu inteiro não existe nenhum outro nome para os homens chamarem a fim de serem salvos’.
1.2 – 1 Pe. 2.4-6 ‘E chegando-vos para Ele pedra Viva, reprovada na Verdade pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa. 6 Pois na Escritura se diz: Vede, ponho em Sião uma Pedra Angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será confundido’.

2. Paulo: 1 Co 3.11 ‘Pois ninguém pode por outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo’.

c – Que significa construir sobre a Rocha.

1. É o próprio Senhor Jesus que faz alusão de se construir sobre a rocha.

2. Mt. 7.24-27:
2.1 – A rocha está em referência para as Palavras de Jesus.
2.2 – Crer em Jesus é crer em suas Palavras.
2.3 – Construir sobre a rocha, que é sua palavra, é construir sobre o próprio Jesus.

3. O fundamento onde se constrói nossa vida é o próprio Senhor, e não há outro.
3.1 – 1 Co 3.10 (NVI) ‘Conforme a graça de Deus que me foi concedida, eu, como sábio construtor, lancei o alicerce, e outro está construindo sobre ele. Contudo, veja cada um como constrói’.

4. Construir sobre a rocha significa construir nossa vida.
4.1 – Seus valores.
4.2 – Seus princípios.
4.3 – Seus procedimentos.

5. Cada um dos salvos dará contas de si mesmo a Deus.
5.1 – II Co. 5.10 (NVI) ‘Pois todos nós devemos comparecer perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba de acordo com as obras praticadas por meio do corpo, quer sejam boas quer sejam más’.
5.2 – Como você está construindo sua vida?
5.3 – Como Deus o avaliará?


CONCLUSÃO: Jesus é o Alicerce.
Nós o edifício.
Como temos construído?

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

A Prática da Oração

O PODER DA ORAÇÃO

III

‘A Prática da Oração’.


Mt. 6.5-13

‘E agora, a respeito da oração. Quando orarem, não sejam como os fingidos, que oram publicamente nas esquinas das ruas e nas sinagogas, para todo mundo ver. Verdadeiramente, essa é toda a recompensa que eles poderão ter. Mas vocês, quando orarem, retirem-se, completamente a sós, fechem a porta atrás de vocês, e orem ao seu Pai secretamente; e seu Pai, que conhece os seus segredos, recompensará vocês". Não fiquem recitando sempre a mesma oração, como os pagãos fazem, pois pensam que as orações repetitivas é que são eficientes. Lembrem-se: seu Pai sabe exatamente o que vocês precisam, até mesmo antes que vocês peçam a Ele! Orem desta maneira: 'Nosso Pai do céu, nós adoramos o seu santo nome. Pedimos que seu reino venha logo. Que a sua vontade seja feita aqui na terra, tal como é feita no céu. Dê-nos hoje outra vez o nosso alimento, como sempre, e perdoe-nos os nossos pecados, tal como nós temos perdoado aqueles que pecaram contra nós. Não nos ponha em tentação, mas livre-nos do Maligno. Amém!' (BV).

INTRODUÇÃO: O próprio Senhor Jesus nos ensinou a não sermos incessantemente repetitivos.

Em algumas culturas pagãs as orações são sempre a repetição da mesma coisa. Nos dias de Elias os pagãos até mesmo se mutilavam enquanto repetiam a mesma frase. Jesus disse: ‘Não pensem que serão ouvidos pelo muito falar’.

Por outro lado Jesus nos diz para orarmos sem desistir.

A oração, mais que uma lamúria sobre problemas, colocada aos pés do Senhor, deve fluir na vida do cristão de forma tão natural que não precise nem de lugar de hora certa, mas que so0e sempre como uma conversa suave e tranquila de um filho com o Pai amado.

No Antigo Testamento encontramos cerca de oitenta e cinco orações originais (Kohler). Há mais ou menos sessenta salmos completos e cartoze porções de salmos que podem ser chamados de orações.

No Novo Testamento existem certas áreas claramente definidas nas quais se exibe ensinamento sobre a oração; porém, a fonte de onde todas as suas instruções à oração emanam, é a própria doutrina e prática de Cristo.

Hoje compartilharemos sobre o subtema A Prática da Oração.


I – OBSERVANDO A PRÁTICA DA ORAÇÃO PELOS NOSSOS SÍMBOLOS DE FÉ.

a – A Oração pelo prisma da Confissão de Fé.

1. A Confissão de Fé de Westminster no Capítulo XXI (do Culto Religioso e do Dia de Repouso), nas Seções III e IV nos dizem o seguinte:

1.1 – SEÇÃO III – ‘A oração, com ações de graças, sendo uma parte especial do culto religioso, é por Deus requerida de todos os homens; e, para que seja aceita, tem de ser feita em nome do Filho, com auxílio de seu Espírito, segundo sua vontade, com entendimento, reverência, humildade, fervor, fé, amor e perseverança; e se for vocal, que seja numa língua conhecida’.

1.2 – SEÇÃO IV – ‘A oração deve ser feita por coisas lícitas e em favor de todo gênero de pessoas vivas ou que virão a viver no futuro; mas não em favor dos mortos, nem em favor daqueles de quem soubermos que cometeram o pecado da morte’.

b – A Oração pelo prisma do Catecismo maior.

1. Os Catecismos de Westminster (Breve e Maior) foram elaborados para a catequese e discipulado da membresia através de perguntas e respostas.

2. Nesta consulta usaremos o Catecismo Maior de Westminster:

2.1 – Pergunta 178. ‘O que é oração?’ Resposta: ‘Oração é um oferecimento de nossos desejos a Deus, em nome de Cristo e com o auxílio de seu Espírito, e com a confissão de nossos pecados e um grato reconhecimento de suas misericórdias’.

2.2 – Pergunta 185. ‘Como devemos orar?’ Resposta: ‘Devemos orar com solene apreensão da majestade de Deus e profunda convicção de nossa própria indignidade, necessidades e pecados; com corações penitentes, gratos e francos; com entendimento, fé, sinceridade, fervor, amor e perseverança, esperando nele com humilde submissão à sua vontade’.

2.3 – Pergunta 183. ‘Por quem devemos orar?’ Resposta: ‘Devemos orar por toda a Igreja de Cristo na terra, pelos magistrados e outras autoridades, por nós mesmos, pelos nossos irmãos e até mesmo pelos nossos inimigos, e pelos homens de todas as classes, pelos vivos e pelos que ainda hão de nascer; porém, não devemos orar pelos mortos, nem por aqueles que se sabe terem cometido o pecado para a morte’.


II – OBSERVANDO A PRÁTICA DA ORAÇÃO PELA EXPERIÊNCIA DA IGREJA.

a – A simplicidade da oração.

1. Olhando nossas raízes reformadas podemos alavancar alguns nomes da história:
1.1 – O mais longo capítulo das Institutas é dedicado à oração, que Calvino chamou ‘o principal exercício da fé e o meio pelo qual recebemos diariamente os benefícios de Deus’.

1.2 – Porém, se toda a vida cristã, desde o primeiro passo até a perseverança final, é um dom de Deus, por que orar? A resposta é que os fiéis não oram para informar ou convencer Deus de alguma coisa, mas para expressarem sua fé, confiança e dependência dele.

1.3 – Calvino propôs quatro regras para a oração:
a) reverência: evitar toda ostentação ou arrogância;
b) contrição: deve proceder de um coração arrependido;
c) humildade: ter em mente a glória de Deus;
d) confiança: firme esperança de que a oração será respondida.

1.4 – Isso se aplica tanto à oração individual quanto às orações coletivas da igreja. A oração é a parte principal do culto a Deus (Is 56.7; Mt 21.13)

2. ‘Quando buscamos a Deus em oração, o diabo sabe que estamos querendo mais poder para lutar contra ele, e por isso procura lançar contra nós toda a oposição que é capaz de arregimentar’ (Richard Sibbes – 1577-1635 Pastor anglicano).

3. ‘A oração é um instrumento poderoso não para fazer com que a vontade do homem seja feita no céu, mas para fazer com que a vontade de Deus seja feita na terra’ (Robert Law – 1788-1874 – Tenente General do Exército Britânico).

4. ‘Aqueles que oram fazem mais pelo mundo que aqueles que lutam; e se o mundo vai de mal a pior, é porque existem mais batalhas do que orações’ (George S. Patton – George Smith Patton, 11/11/1885-21/12/1945, Gal do 3º Exército EUA, 2ª Guerra Mundial).

b – A oração e a manipulação do divino.

1. A oração não funciona como um instrumento de manipulação dos caprichos ou necessidades humanas.

1.1 – ‘Não é a aritmética de nossas orações - quantas elas são; nem a retórica de nossas orações - quão eloquentes elas são; nem a geometria de nossas orações - quão longas elas são; nem a música de nossas orações - quão doce nossa voz pode ser; nem a lógica de nossas orações - quão argumentativas elas podem ser; nem o método de nossas orações – quão ordenadas elas podem ser, que Deus leva em consideração. O que mais importa é o fervor espiritual’ (William Lee – 1563-1614, clérigo e inventor inglês).

2. Não somos nós que mudamos o eterno propósito de Deus com a nossa oração, mas Ele nos aperfeiçoa no cumprimento diário de Sua vontade em nós.

3. Benjamin Palmer afirma que a oração é essencialmente feita em três aspectos:
3.1 – É o apelo da criatura dependente.
3.2 – É o lamento do culpado pecador.
3.3 – É a articulada adoração de uma alma inteligente.

Assim, pode-se ver nestes três aspectos a relação de Deus com o homem:

3.4 – Sob o primeiro aspecto, Deus é considerado em sua relação natural como o criador e preservador de todas as suas criaturas.

3.5 – Sob o segundo, ele é contemplado em sua graciosa relação como o redentor e salvador dos pecadores.

3.6 – E por último, ele é adorado em sua consumada santidade e glória.

c – A oração que Deus responde.

1. Já se viu que Deus não tem prazer na oração do ímpio.

2. Deus responde a oração de pessoas que guardam os seus mandamentos.

3. Quais são as partes constantes da oração verdadeiramente bíblica?
3.1 – Características da Oração Modelo:
a) Adoração: ‘Pai nosso, santificado seja o Teu nome’.
b) Proclamação: ‘Venha o teu reino...’.
c) Intercessão: ‘O pão nosso de cada dia...’.
d) Confissão: ‘Perdoa as nossas dívidas’.
e) Proteção: ‘Não nos deixes cair, mas livra-nos...’.
f) Glorificação: ‘Teu é o Reino, o poder e a glória’.

4. Mesmo que se tenham muitos exemplos de orações registradas nas Escrituras, recebemos de nosso Senhor um modelo de oração: A Oração Dominical.


III – OBSERVANDO OS EMPECILHOS À ORAÇÃO.

a – Alguns empecilhos à oração.

1. Orar fora da vontade de Deus.
1.1 – I Jo. 5.16

2. Satanás e seus anjos.
2.1 – Dn. 10.10-12

3. Pecados guardados.
3.1 – Is 59.1-2, Sl. 66.19-20

4. Dúvida em Deus.
4.1 – Tg. 1.5-7

b – A oração pela perspectiva bíblica.

Vista Panorâmica da Oração

Quanto a Diz a Bíblia Base Bíblica

Instrumentalidade Meio de graça Hb. 4.16
Aperfeiçoamento Espírito Santo Rm. 8.26
Alvos internos Todos os santos Ef. 6.18
Alvos externos Todos os homens I Tm. 2.1
Ter respostas Vontade de Deus I Jo. 5.16
Organização Não sabemos orar Rm. 8.26
Divulgação Orarás em secreto Mt. 6.6
Orientação Orarás ao Pai Mt. 6.8
Constância Sem cessar I Ts. 5.17
Mediação Em nome de Jesus Jo. 14.15
Eficácia Pode muito Tg. 5.16
Formas Oração, Súplicas, Intercessão, Ações de Graças, Petições I Tm. 2.1
Tempo Em todo o tempo Ef. 6.18
Mito Não tem poder Mt. 18.18

CONCLUSÃO: Não deixe de orar.
Ore na perspectiva correta.
Não faça da oração uma muleta ou um amuleto.
Exerça a oração como meio de comunhão constante com o Pai.

Lembre-se: A oração é instrumento de comunhão, afeto e amor entre Deus e seus filhos.

A Razão de Ser da Oração na Vida do Cristão

O PODER DA ORAÇÃO

II


‘A Razão de Ser da Oração na Vida do Cristão’.
Mensagem: Rev. Emiliano Cunha


Jó 23.3-4

Introdução: Foi dito que a oração não é o que muitos pensam ser:
- A Oração tem poder.
- A Oração é respondida pela quantidade de fé de quem ora.
- A Oração é um cheque em branco.
- A Oração é solução para todos os problemas.
- A Oração é a mão que move a mão que move o mundo.
- A Oração é aceita quando é bem orquestrada com palavras.

Existem alguns mecanismos que Deus instituiu com a finalidade de transmitir sua graça aos seus filhos. Na teologia reformada isto é chamado de ‘meio de graça’.

A verdadeira oração é um meio que Deus estabeleceu para que pudéssemos utilizar a aliança que ele tem conosco.

Quero compartilhar nesta oportunidade, dentro do tema geral O Poder da Oração, acerca do sub tema ‘A Razão de Ser da Oração na Vida do Cristão’.


I – A ORAÇÃO E O MISTICISMO CRISTÃO.

a – Onde se aloja o misticismo na Oração.

1. O que é o elemento místico?
1.1 – Aquilo que a inteligência humana tem dificuldade em explicar.
1.2 – Misterioso.

2. Toda religião tem seu aspecto místico, mágico, sobrenatural. A religião cristã não é diferente.

3. Não podemos negar a presença do sobrenatural no cristianismo, justamente porque é a verdadeira e única religião e o poder de Deus nos é revelado.

4. Se tirar o sobrenatural do cristianismo não será mais o cristianismo e a Bíblia poderá ser rasgada e descartada.

5. Vivemos em uma época de grande misticismo supersticioso misturado ao cristianismo. Especialmente no cristianismo brasileiro, e olhando só para a classe evangélica, temos muito engano por conta do misticismo:
5.1 – Água ungida.
5.2 – Óleo ungido.
5.3 – Rosa ungida.
5.4 – Lenço abençoado.
5.5 – Sal grosso.
5.6 – Lâmpada santa.
5.7 – Oração de poder.

b – A oração não possui mística própria.

1. Existe por ai muito engano sobre o assunto, e falar sobre isso causa um determinado desconforto para muitos.

2. Quando o Senhor nos deixou essa opção de oração ele queria que utilizássemos este recurso para estreitar essa relação e comunhão com Ele.

3. A oração NÃO tem poder em si mesma. O poder quem tem é Deus, Ele é o Todo- poderoso, capaz de transformar situações irreversíveis em algo totalmente possível.

4. A oração só funciona se estivermos em concordância com aquilo que Deus nos deixou através de seus ensinamentos. Somente com essas condições ela vai atender o que pedimos.

c – A oração do ímpio não é aceita pelo Senhor.

1. A oração feita por um ímpio alcançará o favor e a resposta de Deus?
1.1 – Pr. 15:8 ‘O sacrifício dos ímpios é abominável ao Senhor, mas a oração dos justos é o seu contentamento’.
1.2 – Pr. 15:29 ‘Longe está o Senhor dos ímpios, mas escutará a oração dos justos’.
1.3 – Jo.9.31 ‘Ora, nós sabemos que Deus não ouve a pecadores; mas, se alguém é temente a Deus e faz a sua vontade, a esse ouve’.

2. Ordinariamente a Deus não tem prazer na oração do ímpio, pois a oração importa em comunhão e que comunhão tem o ímpio com Deus?

d – A oração é um privilégio para os filhos de Deus.

1. Mas na sua muita misericórdia e devido a sua graça comum que é derramada sobre maus e bons, o ímpio muitas vezes é agraciado com o favor de Deus.

2. ‘A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos’ (Tg. 5:16).

3. Note que não se diz que a oração é poderosa, mas que ela pode muito em seus efeitos.

4. A oração não precisa ser bonita, longa com palavras difíceis, ela tem que ser sincera, objetiva e principalmente com fé. Vejam o exemplo de Elias quando fez descer fogo do céu. Sua oração foi curta, mas a resposta foi imediata (1 Re. 18:36-38).

5. Não se pode esquecer que oração não deve ser somente para pedir.

6. A oração como meio de comunhão com Deus é carregada de agradecimento, de um senso de confissão e principalmente de um desejo de glorificar e adorar o nosso do Senhor.

e – Siga o modelo conforme foi dado.

1. Veja isso na oração em que ele nos orientou a fazer: (Mt. 6:9-13).

2. A Oração do Senhor é uma Oração à ser rezada (meramente repetida) ou um modelo de oração?

3. Se a resposta a primeira interrogação for positiva, então a oração tem poder em si mesma.

4. Se a resposta da segunda interrogação for positiva então nossas orações precisam ser reconstruídas.

5. Só quero abrir os olhos de algumas pessoas que acham que se fecharem os olhos de qualquer maneira, e começar a falar e pedir as coisas vão acontecer, porque entendem que sua oração tem poder.

6. Muitas vezes nem é uma oração verdadeira, pode ser apenas um desabafo, que nem é direcionada para Deus.

7. Imagine se Deus não fosse o mediador entre o que pedimos em oração e o que realmente precisamos?
7.1 – O mundo seria bem bagunçado, porque sinceramente tem gente por ai pedindo cada coisa em oração que se realizasse o mundo estaria muito enrolado.
7.2 – Tem pessoas que vão orar e praticamente se esquecem de Deus.
7.3 – É um tal de ‘sai capeta’, ‘não te aceito demônio’, ‘tá amarrado Satanás’ que, parecem que a oração é até para ele.

8. Não se deve esquecer que a oração visa ser direcionada para Deus e não usá-la para falar com o inimigo. Isso é falta de discernimento.


II – A RAZÃO DE SER DA ORAÇÃO.

a – A oração é meio de graça, não máquina de guerra.

1. A oração está mais para um conversar amável entre Pai e filho, entre o Noivo e a noiva, do que para uma metralhadora pronta para aniquilar o inimigo.

2. Deus nos deu a oração como meio de graça, não como máquina de guerra.

3. Você precisa saber: A sua oração não tem poder, mas a oração entre você e Deus com total comunhão é MUITO EFICAZ e vai te conduzir às bênçãos de Deus e seu Reino.

4. A vida cristã tem como alvo maior a glória de Deus e esta através da obediência sincera que é fruto de um coração quebrantado e entregue diante da cruz do Senhor, qual oferta colocada no altar.

b – O perigo de não orarmos.

1. Embora filhos de Deus por adoção em Cristo, os efeitos da Queda perduram em nossa vida no presente de modo tal que nos tornamos preguiçosos e até indiferentes à oração.

2. Através das Escrituras Deus nos convida e até mesmo nos ordena a orar, de sorte que não orar se constitui em pecado contra Deus, pois o mesmo se desdobra na quebra de muitos aspectos da vida cristã:
2.1 – Não orar é não manter comunhão com o Pai.
2.2 – Não orar é não amar o perdido com paixão salvadora.
2.3 – Não orar é não buscar a comunhão e o bem do próximo.
2.4 – Não orar é deixar de participar do governo de Deus no mundo.

3. Nas palavras de eminente teólogo reformado Robert Charles Sproul em seu livro A Oração Muda As Coisas? pág. 10: ‘O novo nascimento desperta um novo desejo de comunhão com Deus, mas o pecado resiste ao Espírito’ .

4. A negligência da oração é uma das principais causas de estagnação na vida cristã.

5. O mesmo teólogo e pastor, Sproul, em seu livro ‘A Oração Muda as Coisas?’ indica-nos que ‘a oração motiva e nutre a obediência, colocando o coração na mentalidade apropriada para desejar a obediência’ .

6. A Bíblia nos oferece diversos exemplos desta realidade, contudo apresento aqui dois breves textos:
6.1 – Lc. 22.39-62: Pedro e os outros discípulos não foram determinados na oração quando o Senhor Jesus lhe dissera: ‘Orai para que não entreis em tentação’ e o próximo passo destes aprendizes do Senhor foi o de tentar enfrentar o exército romano com uma única espada, em seguida Pedro nega a Jesus e os demais fogem.
6.2 – Js. 9.14: Josué não buscou ao Senhor foi enganado facilmente pelo inimigo.


III – OUVINDO A IGREJA SOBRE A ORAÇÃO.

1. Isaac Watts, nascido a 17/07/1674 e falecido em 25/11/1748, foi poeta, pregador, teólogo, lógico e pedagogo inglês, tendo sido autor de cerca de 750 hinos, chamado o pai do hino inglês, no livro A guide to Prayer: ‘Oração é a conversa que Deus permite-nos manter com Ele, enquanto estamos aqui embaixo. Ela é a linguagem que a criatura usa para se comunicar com o Criador, e que a alma de um santo muitas vezes recorre para aproximar de Deus, experiências de grande deleite e, deste modo, habita com seu Pai celestial por um curto período de tempo, antes que ele vá para o céu’ .

2. João Crisóstomo: ‘A oração é uma panóplia (armadura) contra todo mal, um tesouro que nunca se diminui, uma mina que jamais poderá ser esgotada, um céu sem qualquer obstrução de nuvem, um horizonte imperturbado por tempestades. É a raiz, a fonte, a mãe, de incontáveis bênçãos’ .

3. Robert Charles Sproul em seu livro The Prayer of the Lord, assim diz: ‘O mais importante, é que a oração é que nos transforma. Podemos envolver mais profundamente nesta comunhão com Deus e conhecer Aquele com quem estamos falando mais intimamente, e um crescente conhecimento de Deus é revelado ainda mais brilhante, e o que somos e a nossa necessidade é transformada em conforme Ele quer. A oração nos altera profundamente’ .

4. A oração bíblica nada mais é do que uma conversa com Deus, mas isso é tudo. Podemos ilustrá-la de várias maneiras:
4.1 – Adoração.
4.2 – Intercessão.
4.3 – Gratidão.

5. Li algures:
Orar antes de fazer algo é dependência.
Orar depois de fazer algo é gratidão.
Orar sempre é comunhão.


CONCLUSÃO: Mais do que nos achegarmos a Deus com uma lista de pedidos, somos ensinados a orar numa relação de adoração e comunhão como filhos que conversam amavelmente com o Pai.

Vamos conversar um pouco em nossa próxima preleção sobre a prática da oração.

Que continuemos com o mesmo pedido dos discípulos em nossos lábios: ‘Senhor, ensina-nos a orar!’

Feche seus olhos e fale isto com Jesus: ‘Senhor, ensina-me a orar!’

‘Desmistificando a Oração’

O PODER DA ORAÇÃO

Introdução: Alguém pode orar e não ser um cristão, mas é impossível ser um cristão e não orar.

A oração era a conversação diária e natural que Adão mantinha com o Criador antes da Queda. Certamente Adão não empostava a voz, colocava-se de pé e falava num tom retumbante!

Como é que você se dirige ao seu esposo pela manhã, ao lhe avisar que o café está servido?
– ‘Oh, meu amado! Venho nesta manhã linda e radiante lhe informar que o café está na mesa. Que seja para você tão nutritivo e abençoador’.

Ou você diz simplesmente:
– ‘Querido, o café está pronto. Venha!’

Embora Deus nos tenha criado para a comunhão com Ele, os efeitos da Queda trouxeram grande avaria em nossa espiritualidade e desta forma, em certo sentido, a oração não é natural para nós.

Mesmo que o novo nascimento desperta um novo desejo de comunhão com Deus, o pecado, que continua presente em nosso ser, resiste ao Espírito, por isso, em certa medida o exercício da oração é laborioso e exige trabalho e disciplina.

A oração é tanto um privilégio como um dever para cada cristão.

A oração é para o cristão o que a respiração é para a vida, no entanto, nenhum outro dever cristão é tão negligenciado.

Quero falar nesta primeira conversa, dentro do tema O PODER DA ORAÇÃO, sobre o seguinte sub-tema:


I ‘Desmistificando a Oração’.


Ef. 3.20-21

Qual é o poder da oração? Ganha um chocolate quem acertar a resposta!

Existem muitos cristãos frustrados com a oração e mesmo que orem, por ser um exercício religioso, já não esperam realmente que suas orações sejam ouvidas ou respondidas.


I – CONCEITOS ERRADOS SOBRE A ORAÇÃO.

a – A Oração tem poder.

1. Há uma ideia popular que afirma que a oração tem poder inerente.
1.1 – Este é um conceito errado e que precisamos ter o discernimento correto: A oração não tem poder nela mesma!
1.2 – De acordo com a Bíblia, o poder da oração é simplesmente o poder de Deus, o qual escuta e responde às orações.

2. Considere o seguinte:
2.1 – O Senhor pode fazer qualquer coisa; não há nada impossível para Ele (Lc. 1:37).
2.2 – O Senhor todo-poderoso convida o Seu povo a orar a Ele.
a) A Oração deve ser perseverante (Lc. 18:1).
b) A Oração deve ser com ação de graças (Fp. 4:6).
c) A Oração deve ser em fé (Tg. 1:5).
d) A Oração deve ser conforme a vontade de Deus (Mt. 6:10).
e) A Oração deve ser para a glória de Deus (Jo. 14:13-14).
2.3 – O Senhor todo-poderoso escuta as orações de Seus filhos.
a) Ele nos manda orar, e promete escutar nossas orações.
b) Sl. 18:6 ‘Na minha angústia, invoquei o SENHOR, gritei por socorro ao meu Deus. Ele do seu templo ouviu a minha voz, e o meu clamor lhe penetrou os ouvidos’.
2.4 – O Senhor todo-poderoso responde às orações.
a) Sl. 17:6 ‘Eu te invoco, ó Deus, pois tu me respondes; inclina-me os ouvidos e acode às minhas palavras’.
b) Sl. 34:17 ‘Clamam os justos, e o SENHOR os escuta e os livra de todas as suas tribulações’.

b – A Oração é respondida pela quantidade de fé de quem ora.

1. Outro conceito errado sobre a oração é que a quantidade de fé determina se Deus vai ou não responder as nossas orações.

2. No entanto, às vezes o Senhor responde nossas orações apesar da nossa falta de fé.
2.1 – Em Atos 12, a igreja ora pela libertação de Pedro da prisão (v.5), e Deus responde suas orações (v.7-11).
2.2 – Pedro bate à porta do lugar onde as pessoas estavam reunidas para orar, mas aqueles que estavam orando de primeira se recusaram a acreditar que realmente era Pedro.
2.3 – Eles oraram para que Pedro fosse liberto, mas não acreditavam que iriam receber uma resposta à sua oração.

3. Não existe oração poderosa, existe sim, um Deus poderoso.
3.1 – Então, pode-se perguntar até mesmo sobre o nosso tema: Qual é o poder da oração? Resposta: NENHUM!
3.2 – A oração não tem poder. Mas Deus tem poder!
3.3 – O poder não é da oração, mas o poder é de Deus.
3.4 – O poder não se aloja na oração, mas o poder se aloja em Deus.
3.5 – O poder não se encontra na oração, como um fim em si mesma, mas o poder se encontra em Deus!
3.6 – Ilustração: É como se eu dissesse que esse fio que tenho em minhas mãos, tem muita energia nele mesmo. Mão tem. Mas uma vez ligado a fonte de energia, aí sim, a energia estará no fio, mas não é energia dele mesmo; é advinda de uma outra fonte.

4. Diz a Bíblia em Tg. 5.16: PolÝ ἰscÚei dšhsij dikaίou ἐnergoumšnh – ‘a oração do justo pode muito em sua eficácia’.
4.1 – Ela tem a eficiência de acessar o poder de Deus.
4.2 – Não que ela tenha poder em si mesma, mas que alcança muito em sua eficiência.
4.3 – Não que ela tenha poder em si mesma, mas porque é o instrumento ou o mecanismo que Deus instituiu para se acessar o poder Dele.
4.4 – A eficácia da oração não vem de nós – não são palavras especiais que dizemos ou um jeitinho especial que oramos ou até mesmo quão frequentemente repetimos nossas orações.
4.5 – A eficácia da oração não é baseado em que direção nos viramos ou qual a posição dos nossos corpos quando oramos.
4.6 – A eficácia da oração não vem do uso de artefatos, imagens, velas ou do rosário.
4.7 – A eficácia da oração é baseado em Quem escuta nossa oração e a ela responde.
a) A Oração nos coloca em contato com o Deus todo-poderoso, e devemos esperar grandes resultados, quer Deus queira nos dar ou negar o que pedimos, ou até mesmo se Ele pede para que esperemos nEle.
b) Qualquer que seja a resposta das nossas orações, o Deus a quem oramos é a fonte de todo o poder. Ele pode e vai nos responder de acordo com a Sua perfeita vontade e no momento que Ele julgar correto.

5. O número de cristãos frustrados com a oração é maior do que se imagina.
5.1 – Você já se sentiu assim em algum tempo de sua caminhada cristã?
5.2 – Porque isto acontece?
5.3 – Uma das razões porque isto acontece é porque existem formas inadequadas pelas quais se olha para a oração.

c – A Oração é um cheque em branco.

1. Muitos que encaram a oração como um cheque em branco se vêm no direito de pedir o que quiserem e exigir que Deus lhes seja favorável.

2. Para que a oração obtenha resposta, não basta apresentar o pedido, antes, há condições estabelecidas pelo próprio Deus.

d – A Oração é solução para todos os problemas.

1. Há problemas que Deus não dará solução numa perspectiva ou expectativa humana.

2. Há doenças que são para a morte, e mesmo que se ore incessantemente sobre a cura, Deus não realizará o nosso desejo.
2.1 – Um exemplo bem simples é a morte de Tiago em Atos 12.
a) Não estava a Igreja orando?
b) No entanto Deus permitiu que Tiago fosse degolado.
c) Se algum cristão ali pensava nesta proposição, ficou frustrado e sem entender.

e – A Oração é a mão que move a mão que move o mundo.

1. Muitos oram como se sua oração fosse mais forte que o próprio Deus.

2. Se nossa oração pudesse mover a mão de Deus, teríamos mais poderes que o próprio Deus.

f – A Oração é aceita quando é bem orquestrada com palavras.

1. ‘Não é a aritmética de nossas orações - quantas elas são; nem a retórica de nossas orações - quão eloquentes elas são; nem a geometria de nossas orações - quão longas elas são; nem a música de nossas orações - quão doce nossa voz pode ser; nem a lógica de nossas orações - quão argumentativas elas podem ser; nem o método de nossas orações - quão ordenadas elas podem ser, que Deus leva em consideração. O que mais importa é o fervor espiritual’ (William Lee).

CONCLUSÃO: É preciso que tenhamos a compreensão correta acerca da oração, sem o misticismo que a religiosidade a cobre.
– A oração não é mágica!
– A oração não tem poder em si mesma.

John Piper: ‘Orar não significa que tudo o que pedimos acontecerá. Significa que confiamos que Deus nos escutará e nos atenderá da melhor forma’.

Leonard Ravenhill: ‘Livros sobre oração são excelentes, mas são insuficientes. Livros sobre cozinhar podem ser muito bons, porém se tornam inúteis se não houver alimentos para se fazer algo prático; assim também é a oração. Pode-se ler uma biblioteca de livros sobre oração e não obter, como resultado, nenhum poder para orar. Precisamos aprender a orar, e para isso, é preciso orar’ .

Samuel Chadwick: ‘A maior preocupação do diabo é afastar os cristãos da oração. Ele não teme os estudos, nem o trabalho e nem a religião daqueles que não oram. Ele ri de nossa labuta, zomba de nossa sabedoria, mas treme quando nós oramos’.

Agostinho de Hipona: ‘A oração é o encontro da sede de Deus e da sede do homem’.


Ela não é o poder!
A oração é meio de graça!
Ela não possui poder nela mesma!
A oração é uma ferramenta que Deus disponibilizou para que acessássemos o seu poder.

Uma vida de oração sem frustação e sem culpa é vivida pelo cristão quando se tem esta compreensão.

Meu sincero desejo é que essa reflexão possa ser útil para uma perspectiva correta da oração em nossa vida.

Que Deus nos ajude a vivermos em oração de forma correta, desfrutando de verdadeira comunhão com o Pai e buscando acima de tudo a glória e a honra de seu santo nome.