sábado, 27 de abril de 2013

ONDE ESTÁ O TEU CALOR?



Ap. 3.14-22


OBJETIVO: Ensinar ao povo de Deus que somos chamados a uma vida de coerência e compromisso fervoroso com o Reino.


INTRODUÇÃO: Laodicéia, a sétima e última Igreja a quem o Senhor Jesus se dirige em Apocalipse, sofria de uma doença crônica terrível: mornidão espiritual, que também pode ser chamada de complacência ou falta de compromisso.


CONTEXTO: A cidade fora fundada em 250 a.C. por Antíoco, da Síria; e nos dias de João era um dos grandes centros comerciais do Oriente Médio. Esta cidade ficava a dezesseis km de Colossos e próximo a Éfeso.
A Igreja fora fundada no período do trabalho de Paulo na região, possivelmente pelo colaborador Epafras.
Há três informações básicas para compreendermos o texto:
a) Era um grande centro bancário e financeiro, a ponto de, em 61 d.C., ter sido destruída por um grande terremoto e reconstruída sem o auxílio do Império Romano.
b) Possuía uma próspera rede industrial na área têxtil, especialmente de lã aveludada, violeta escuro retiradas de ovelhas de cor negra. A cidade se gabava de suas roupas finíssimas e luxuosas.
c) Era um centro médico importante. Havia até escola de medicina em Laodicéia, com médicos famosos. Produziam ungüentos para a cura de doenças dos olhos e ouvidos. Orgulhavam de seus colírios.


TRANSIÇÃO: Não se encontra nenhuma palavra de louvor ou recomendação a esta Igreja. Às demais, Cristo elogiou seus pontos positivos e censurou seus desvios e comportamentos doutrinários. À Igreja de Laodicéia não havia o que elogiar.
Uma Igreja morna possui três características:



I – UMA IGREJA MORNA POSSUI A SÍNDROME DO CONFORMISMO.

a – O conformismo produz envelhecimento precoce e ocaso.

1. O poeta judeu Samuel Ulman (1840-1924), deixou a máxima que afirma: ‘A juventude não é uma época da vida, mas uma qualidade do espírito’.

2. Bem que poderíamos na mesma assertiva parodiar a frase da seguinte maneira: ‘A velhice não é uma idade na vida mas um estado de espírito’

3. Li em algum lugar que, via de regra, ‘a velhice é a época em que a pessoa troca seus sonhos por lamentos’.

4. Quando se perde a capacidade de sonhar entra-se em estagnação e acomoda-se a vida de tal maneira que qualquer coisa serve.

5. Assim estava a Igreja de Laodicéia.

b – A Igreja de Laodicéia entrara em estagnação.

1. Na Igreja de Laodicéia, até onde se percebe, a grande maioria estava feliz com a situação em que se encontravam.

2. Viviam como se dissesse o tempo todo: ‘Somos prósperos! Somos abençoados!’ (vs. 17):
2.1 – ‘Estou rico e abastado’.
2.2 – ‘Não preciso de coisa alguma’.

c – Não deixe a síndrome do conformismo te alcançar.

1. O povo de Deus não pode perder a capacidade de sonhar de pensar projetos que tornem viáveis a proclamação e a expansão do Reino de Deus em nosso tempo.

2. É preciso sonhar com conquistas para o Reino de Deus no tempo presente.
2.1 – William Carey, o pai das missões modernas dizia: ‘Faça grandes coisas para Deus, espere grandes coisas de Deus’.

3. É possível nos acomodarmos com o senso de que tudo está bem a nossa volta, seja em nossa vida material, seja em nossa vida devocional com Deus, ou em nossa vida comunitária como Igreja.
3.1 – Podemos ter um bom momento de adoração e louvor, ter um culto bem animado, ter bons pregadores; mas tudo isso não incomodar nem transformar o mundo a nossa volta.


II – UMA IGREJA MORNA POSSUI A PATOLOGIA DO DEFORMISMO.

a – A mornidão produz conformismo e deformismo.

1. A Igreja de Laodicéia, acostumada e conformada com sua situação não percebeu que o mundo e o pecado estavam minando sua saúde.

2. Ilustração: Um homem corpulento e forte que se gaba de sua saúde e de sua vida liberal, enquanto prossegue com o fumo, bebida exagerada e outros abusos, está ‘dormindo com o inimigo’.

3. O Senhor Jesus estampa ante os olhos da Igreja o que caracterizava o conformismo.
3.1 – Ap. 3.15-16 ‘Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente. Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca’.

4. O contexto cultural da região ilustra a situação desta Igreja.
4.1 – Entre Hierápolis e Laodicéia havia muitas fontes dágua à beira do caminho. Muitas delas eram fontes termais, de águas eméticas e mornas. Os viajantes, cansados, desciam de seus camelos e, sedentos, corriam a beber água nestas fontes. Quando enchiam a boca de água morna, a sensação que tinham era de ânsia de vômito e assim, cuspiam a água de imediato.

b – A mornidão espiritual produz infelicidade.

1. Jesus não economiza palavras para diagnosticar a Igreja de Laodicéia: ‘Tu és infeliz’.

2. Igrejas ou indivíduos, embora religiosos, podem ser desprovidos da verdadeira vida de Deus, onde não há espaço para a ação do Espírito Santo.

c – A mornidão espiritual produz pobreza.

1. ‘Tu és pobre’.

2. Pobreza espiritual.
2.1 – Árvores desprovidas de frutos.
2.2 – Rebanhos que não tem filhotes ou crias.

d – A mornidão espiritual produz cegueira.

1. ‘Tu és cego’.

2. Há pessoas que não enxergam as ações de Deus na sua vida.

3. Ilustração: Geazi e Elizeu.

e – A mornidão espiritual produz nudez.

1. ‘Tu és nu’.

2. A nudez espiritual é a falta de atos e obras que adornam a vida do cristão neste mundo ou a falta de frutos permanentes que acompanham o cristão para a eternidade.
2.1 – I Co. 3.10-17 → O galardão é mediante obras realizadas no nome e no caráter de Jesus nesta vida.


III – UMA IGREJA MORNA POSSUI O URGENTE DIAGNÓSTICO: REFORMA JÁ.

a – A reforma sempre acompanhou o povo de Deus.

1. Na história de Israel temos bons exemplos de reforma religiosa:
1.1 – Josias.
1.2 – Ezequias.
1.3 – Ageu, Esdras e Neemias.

2. Na história da Igreja isso também se deu em várias ocasiões:
2.1 – Os pré-reformadores:
a) Pedro Valdo.
b) João Huss.
c) John Wicliff.
2.2 – Os reformadores:
a) Martinho Luthero.
b) Ulric Zwínglio.
c) João Calvino.

b – Para se reformar é preciso adquirir (vs. 3.18).

1. Ap. 3.18 ‘Aconselho que de mim compres ouro ...’.
1.1 – A verdadeira riqueza espiritual, vida abundante, não só na eternidade, vem de Deus através do relacionamento pessoal que se desenvolve através de seu Espírito e de sua Palavra.
1.2 – Laodicéia que se julgava rica, é conclamada a adquirir a verdadeira riqueza que vem de Deus.
1.3 – Apenas ser religioso não significa nada se não existir verdadeiro relacionamento com Deus.

2. Ap. 3.18 ‘Aconselho que de mim compres... vestiduras ...’.
2.1 – Laodicéia se vangloriava de ser a produtora das melhores vestiduras da época, contudo a Igreja é aconselhada a buscar a verdadeira vestimenta em Deus.
2.2 – A Igreja adornada e vestida de obras e atos que glorificam a Deus é o conselho de Jesus à Igreja de Laodicéia.

3. Ap. 3.18 ‘Aconselho que de mim compres... colírio ...’
3.1 – Se a uma das melhores universidades médicas da região estava em Laodicéia isto não significava que esta Igreja tinha a melhor visão de Deus e de seu Reino.
3.2 – A verdadeira visão do Reino que traz impulso para a Igreja só é possível através de uma vida íntegra e genuína com Cristo.
3.3 – Por isso esta Igreja é aconselhada a adquirir colírio, remédio de Deus para a falta de visão espiritual que estava vivendo.

c – Reforma exige arrependimento (vs. 3.19).

1. Ap. 3.19 ‘Arrepende-te’.
1.1 – ‘Eclesia reformada semper reformanda est’ – Igreja reformada, sempre se reformando.

2. Arrependimento pressupõe um caminho de volta.
2.1 – A conversão, como volta aos caminhos de Deus, é uma experiência que deve se repetir a cada dia na vida do crente.
2.2 – Há áreas em sua vida que precisam ser transformadas?
2.3 – O que Deus está dizendo para você?
2.4 – O Espírito Santo está tocando seu coração para o arrependimento e volta para Deus?

d – Reforma exige um encontro constante com Cristo (vs. 3.20).

1. Ap. 3.20 ‘Eis que estou à porta e bato’.

2. Cristo estava do lado de fora daquela Igreja, desejoso de entrar e desfrutar de uma comunhão viva e de um relacionamento significativo e transformador.

3. Cristo está de fora de sua vida, mesmo sendo você uma pessoa convertida?

4. Abrir-se para Cristo implica em um relacionamento de vida e íntima comunhão.


CONCLUSÃO: Onde está o seu calor?
Caso o Senhor Jesus tivesse que lhe escrever uma carta que lhe diria?
Estás morno?
Onde está o teu calor?

A hora é de decisão: Abra o seu coração para Jesus recebendo-o como seu salvador pessoal. Venha a Jesus!

A hora é de consagração: Venha adquirir a verdadeira riqueza em Cristo. Abra o seu coração para o arrependimento que restaura e transforma. Abra o seu coração para uma vida de maior intimidade com o Senhor.
Venha!



ONDE ESTÁ A TUA OPORTUNIDADE?



Ap. 3.7-13


OBJETIVO: Demonstrar ao povo de Deus que o Senhor coloca diante de nós portas abertas e oportunas, as quais devemos aproveitar para partilhar e proclamar seu Reino.


INTRODUÇÃO: No conto mítico a oportunidade é representada por uma bela e exuberante ave de lindas plumagens multicoloridas.
O estranho é que a mesma possui um topete atirado para frente e é dito que se alguém quiser segurá-la deve segurá-la de frente ou se deixa-la passar não conseguirá tê-la.


CONTEXTO: Filadélfia, uma das cidades da Ásia Menor, atual Turquia, fora fundada em cerca de 140 anos a.C. por Eumenes, rei de Pérgamo. Seu irmão Átalo, cuja lealdade amplamente expressa, recebeu o título de Filadelfo, dando assim o nome à cidade.
Filadélfia era uma cidade constantemente afligida por terremotos. Quando parcialmente destruída no século I, por um gigantesco terremoto, foi reconstruída por Tíbio Cezar, e em honra a este, teve seu nome mudado para Nova Cezaréia.
Mais tarde, quando Vespasiano Flávio subiu ao poder, teve novamente seu nome mudado para Flávia.
Nesta cidade estava aquela Igreja de Jesus, que foi elogiada e motivada a perseverar, mas que, contudo, não recebeu nenhuma repreensão ou acusação.
Sabiam aproveitar as oportunidades para proclamar e glorificar o nome do Senhor Jesus.


TRANSIÇÃO: Situações oportunas todos temos em diferentes ocasiões de nossa vida. Uma vez passada a oportunidade, dificilmente a teremos repetida. Olhando para este texto, nesta ocasião quero vos propor o seguinte tema: ONDE ESTÁ A TUA OPORTUNIDADE?

I – CRISTO É O SENHOR QUE CRIA CIRCUNSTÂNCIAS OPORTUNAS.

a – ‘Tenho posto diante de ti uma porta aberta’.

1. Filadélfia era cidade pagã e idólatra, mas o Senhor da Igreja havia colocado sua luz naquele lugar.

2. A luz do Evangelho brilha onde a pregação das Escrituras é fiel e pessoas são libertadas pelo verdadeiro conhecimento de Deus, em Cristo Jesus.

3. A Igreja é a luz do mundo.
3.1 – Mt. 5.14-16 ‘Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte. E, também, ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Ao contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa. Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus’.
3.2 – Ap. 1.20 – candeeiros (Λίχνος - lichinos).
3.3 – Fp. 2.15 ‘Em tudo quanto vocês fizerem, evitem queixas e discussões de modo que ninguém possa dizer nenhuma palavra de censura contra vocês. Vocês devem levar uma vida pura e imaculada como filhos de Deus num mundo em trevas, cheio de gente desonesta e obstinada. Brilhem entre eles como a luz de um farol’.

4. A Igreja sempre terá portas abertas, mesmo que os homens as fechem:
4.1 – I Co. 16.9 ‘uma porta grande e oportuna se me abriu’ (Paulo em Éfeso).
4.2 – II Co. 2.12 ‘uma porta se me abriu no Senhor, para pregar o Evangelho’ (Paulo em Trôade).
4.3 – Cl. 4.3 ‘suplicai ... para que Deus nos abra porta à Palavra’.

5. A Igreja não é meramente a cara do pastor, mas é sempre a cara de cada crente que lhe é membro.
5.1 – A evangelização bíblica deve ser o estilo de vida de cada cristão genuíno.

6. A Igreja de Filadélfia era uma Igreja fraca e pequena, mas era fiel.
6.1 – Ap. 3.8b ‘... tens pouca força, entretanto guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome’.


II – CRISTO É O SENHOR QUE EMUDECE OS ADVERSÁRIOS.

a – Os judeus perseguiam a Igreja.

1. Negavam que Jesus era o Cristo e se diziam filhos de Abraão.
1.1 – Gl. 3.7 ‘... os da fé é que são filhos de Abraão’.
1.2 – Rm. 9.6 ‘... nem todos os de Israel são de fato israelitas’.

2. O judaísmo seria destronado tempos a frente como ‘religious lícita’.

b – Os romanos perseguiam a Igreja.

1. Com a conversão de Constantino esses adversários seriam emudecidos.

2. O Império não mais exerceria sua autoridade e poder para calar o Evangelho, mas se transformaria num instrumento de divulgação do mesmo por todo o mundo.

c – Há inimigos da Igreja também hoje.

1. Não precisamos ir longe para vermos os inimigos do Evangelho espalhados mundo afora.

2. Em nosso contexto evangélico bem próximo podemos ver ações dos inimigos do Evangelho.


III – CRISTO É O SENHOR QUE RECOMPENSA O SEU POVO.

a – ‘Fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus’.

1. Com os constantes terremotos vividos na cidade de Filadélfia até as colunas dos templos (verdadeiras rochas sólidas) tombavam.

2. O Senhor promete que o seu povo será sólido e inabalável como as colunas na casa de Deus.
2.1 – Ser coluna fala de estar firme e confiante na presença de Deus eternamente.
2.2 – Somos pedras vivas no Templo de Deus.
2.3 – I Pe. 2.5 ‘vocês também estão sendo utilizados como pedras vivas na edificação de uma casa espiritual para serem sacerdócio santo, oferecendo sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus, por meio de Jesus Cristo’.

b – ‘Gravarei sobre eles o nome do meu Deus’.

1. O nome fala do caráter.
1.1 – Fulano tem o nome sujo = tem o caráter sujo.
1.2 – Fulano tem um bom nome...

2. Ter o nome de Deus implica em semelhança com ele.
2.1 – II Co. 3.18 ‘... somos transformados ...’.
2.2 – Rm. 8.29 ‘... para sermos conformes a imagem de seu Filho ...’.
2.3 – I Jo. 3.2 ‘... quando ele se manifestar seremos semelhantes a ele ...’.

3. O cristão recebe do caráter de Deus aqui e assim é conhecido entre os homens e também o será por toda a eternidade.

c – ‘Gravarei sobre ele o nome da cidade do meu Deus’.

1. O nome de Filadélfia havia sido mudado várias vezes.
1.1 – Filadélfia.
1.2 – Nova Cesaréia.
1.3 – Flávia.

2. Os verdadeiros cristãos receberão o nome de Deus sobre eles e jamais será mudado.

3. Os cidadãos romanos recebiam títulos de cidadania que poderiam ser confiscados, mas os cristãos serão habitantes permanentes na cidade de Deus.
3.1 – Mt. 25.34 ‘... vinde benditos de meu Pai, entrai na posse do Reino ...’.


CONCLUSÃO: Oportunidades estão postas diante dos cristãos a cada momento. Como as aproveitamos?
Seja apenas para servir, sem palavras.
Seja para testemunhar com palavras e atos.
Seja para proclamar em alto e bom som a redenção em Ccristo.
Onde está a tua oportunidade?




ONDE ESTÁ A TUA VIDA?



Ap. 3.1-6

OBJETIVO: Levar cada ouvinte a questionar sobre a realidade de sua vida em Cristo.

INTRODUÇÃO: Em todo e qualquer campo da vida humana, o plágio pode ser bem feito, mas creio que no âmbito da religião é onde ele se manifesta com maior desenvoltura. É fácil sermos hipócritas ou falsificarmos a aparência de espiritualidade.

CONTEXTO: Sardes era uma cidade pequena, de pouca expressão cultural e política. Por estar na encruzilhada de várias estradas romanas, tornara-se um centro de comércio e prosperava economicamente, sendo considerada uma cidade rica.
Plínio, historiados dos romanos, nos informa que a arte de tingir a lã fora inventada ali. Uma grande indústria têxtil e de tinturaria se desenvolveu naquela cidade.
Também muitos metais eram trabalhados em minas da região, especialmente o ouro.
Andrew Tait, historiador, que o povo de Sardes adorava Cibele, a deusa-mãe, cujo culto era do mais degradante com orgias carnavalescas que envolviam toda a cidade. Sardes tinha a reputação de uma cidade imoral e de aberta licenciosidade.

TRANSIÇÃO: A Igreja alemã na época do nazismo, em grande escala passou a ter o mesmo discurso que Hitler. A Igreja brasileira, no período da ditadura militar, assumiu não poucas vezes o mesmo discurso do militarismo.
Esta síndrome de camaleão ainda pode acontecer conosco?
Nesta oportunidade quero compartilhar com vocês, no intuito de questionarmos se de fato vivemos a vida cristã como Jesus a viveria em nossos dias, o seguinte tema ‘ONDE ESTÁ A TUA VIDA?’

I – A APARENTE VIDA DE UMA IGREJA MORTA.

a – ‘Tens nome de que vives, e estás morto’.

1. Tinha fama de uma Igreja atuante.
1.1 – Programas os mais diversificados para atrair ou divertir os interessados.
1.2 – Cultos animados com cânticos e euforia.
1.3 – Atividades as mais diversas que pudessem prender a atenção das pessoas.
1.4 – Jantares, reuniões...

2. Era a Igreja da moda, pois ganhava facilmente os aplausos e a glória dos homens.

b – Detinha a forma, mas não o conteúdo.

1. ‘Não tenho achado íntegras as suas obras’.
1.1 – ‘Íntegras’ – ‘Πεπληρώμενα’ – completas, plenas, cheias, indicadas aquelas obras realizadas dentro do propósito de Deus, com motivações corretas.
1.2 – Obras não íntegras são aquelas que, mesmo sendo boas, são realizadas com motivações egoísticas e erradas; que não buscam a glória de Deus e o bem do próximo em primeiro lugar.

2. Obras com aparência de cristianismo, mas vazias.

3. ‘Por fora bela viola ...’ – No culto, uma beleza! Por fora, compromisso com a licenciosidade, com o permissivismo e com a imoralidade.

4. Ilustração: É como se tais crentes esquecessem que os olhos do Senhor a tudo vêem. Pensam em encontrá-lo semanalmente, a cada domingo na Igreja (onde é a sua casa), e depois vive o resto da semana como se Deus não os estivesse vendo.


II – O GRITANTE DESAFIO À CONVERSÃO E À VIDA.

a – Uma exortação à reflexão:

1. ‘Lembra-te!’
1.1 – Sardes já estivera em melhor situação diante de Deus.
1.2 – Era desafiada a olhar para trás e trazer a mente tempos de mais intimidade com Deus e de maior integridade.

2. ‘do que tens recebido’.
2.1 – A Igreja era chamada a considerar o que Deus já fizera na vida deles como pessoas que conheciam a graça e o poder transformador de Jesus.

3. ‘e ouvido’.
3.1 – Nesta palavra o Senhor Jesus os desafiava a considerar como a pregação do Evangelho tivera efeito transformador na vida deles como indivíduos e como Igreja.
3.2 – Testemunhos de pessoas impactadas pelo Evangelho eram conhecidos entre eles eram coisas que ficara no passado ou pertencentes a alguns poucos.
3.3 – Rm. 10.17 ‘A fé vem pelo ouvir da Palavra ...’.

b – Uma exortação à vigilância.

1. ‘Guarda-o’, indica a vigilância com o que se tinha recebido.

2. Em tantos outros lugares das Escrituras somos advertidos a cuidar com zelo do tesouro e bens que recebemos de Deus em Cristo Jesus.

3. A parábola dos talentos ilustra o desenvolvimento e zelo que se deve ter com o que se recebeu de Deus.

4. Fp. 2.12 ‘... desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor ...’.

c – Uma exortação à mudança de atitude.

1. ‘Arrepende-te’.

2. Os cristãos de Sardes eram desafiados a mudar a postura e atitudes assumidos até ali.

3. Deus está de fato satisfeito com sua vida pessoal?
3.1 – Seus negócios?
3.2 – Sua vida familiar?
3.3 – Seus estudos?
3.4 – Seu namoro?

4. Ser cristão é uma questão de atitude e não meramente uma questão de religião.
4.1 – At. 11.26 ‘Foi em Antioquia que, pela primeira vez, os seguidores de Jesus foram chamados de cristãos’.

d – Uma ameaça aos faltosos.

1. ‘Se não vigiares, virei como ladrão’.

2. Deus não se mantém indiferente ao pecado de seu povo; antes, ao contrário, disciplina de maneiras variadas na intenção de que possam se arrepender e voltar aos seus caminhos.


III – CONSOLO PARA UMA IGREJA DECADENTE.

a – ‘Tens contudo os que não se contaminaram’

1. O problema da Igreja de Sardes era a contaminação com o estilo de vida da sociedade decadente onde estava inserida.

2. Como já ilustrado na introdução, essa pode ser uma tendência da Igreja em várias épocas e culturas.

3. Porém, em Sardes havia aqueles que não se contaminaram.

4. Ilustração: Dietrich Bonhoefer, conhecido teólogo luterano da Alemanha, que resistiu fortemente as ideologias nazistas, indo preso e por último sendo enforcado pelo Reich alemão em 1945.

b – O desafio é não se contaminar.

1. ‘Não contaminaram as suas vestiduras...’.

2. Ap. 7.14 ‘Lavaram as suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro’.

3. Ap. 3.4 ‘... andarão de branco junto comigo ...’.
3.1 – Indica que viverão na santidade e pureza de Cristo e com Cristo por toda a eternidade.
3.2 – Somos chamados à santidade e, ‘sem a santificação ninguém verá o Senhor’ (Hb. 12.14).
3.3 – ‘pois são dignas’ indica que a mesma dignidade do Cordeiro lhes é repassada. Como diz o cântico:
‘Tudo o que Jesus conquistou na cruz
É direito nosso, é nossa herança
Todas as bênçãos que tem prá nós
Tomemos posse, é nossa herança.
Toda vida, todo o poder.
Tudo o que Jesus tem prá dar
Abrimos nossas vidas prá receber
E nada mais nos resistirá...’.

4. Terão os nomes no livro da vida.
4.1 – Todos os que rejeitaram o culto ao Imperador e a idolatria pagã tiveram seus nomes cortados dos livros de cidadãos romanos.
4.2 – Os fiéis com Deus terão seus nomes no Livro da Vida.


CONCLUSÃO: Você pode ter o seu nome no Rol de Membros de uma Igreja e não tê-lo no Livro da Vida.
Você pode ter cargos e atividades e não ter o nome no Livro da vida.
Você pode ter o nome de que vive...
Você pode ter aparência de piedoso, mas se não tiver um coração lavado no sangue do Cordeiro, então seu nome não está no Livro da Vida.
Àqueles que nasceram de novo em Cristo a palavra é: ‘Aquele que começou a boa obra em vós, há de completá-la até o dia final’ (Fp. 1.6).
Suas atitudes demonstram que você é de fato um cristão, um seguidor de Cristo? Ser cristão é uma questão de atitude.
Onde está a tua vida?




ONDE ESTÁ O TEU TESTEMUNHO



Ap. 2.18-29


OBJETIVO: Conduzir cada cristão a considerar se seu testemunho tem sido suficiente para incomodar e impactar outros com a mensagem do Evangelho do Reino de Deus.


INTRODUÇÃO: É de Antoine de Saint’Exupery a frase: ‘Teus atos falam tão alto que já não escuto as tuas palavras’.


CONTEXTO: Tiatira era a cidade natal de Lídia que foi uma das primeiras pessoas a se converter em Filipos. Possivelmente o Evangelho tenha chegado a Tiatira através de Lídia ou outro discípulo de Paulo.
Era uma cidade inexpressiva do ponto de vista político, econômico ou cultural, todavia era conhecida pelo comércio; de modo especial o comércio de púrpura, tecido e roupas finas.
A rede comercial de Tiatira era organizada em agremiações (espécie de sindicatos) que promoviam jantares e cerimônias de cunho social ou religioso. Cada agremiação possuía uma entidade tutelar, uma espécie de padroeiro. Nestes jantares e festas comiam-se alimentos sacrificados e oferecidos a esses deuses. Tais festas terminavam em libertinagem e promiscuidade.
Poderiam os cristãos fazer parte de tais festas, ou freqüentar tais ambientes?


TRANSIÇÃO: O cristão é a Bíblia do mundo. Muitos estão lendo a sua vida. O que encontram? A partir desta carta de Jesus enviada a Igreja de Tiatira, quero vos falar nesta oportunidade sobre o seguinte tema: ONDE ESTÁ O TEU TESTEMUNHO?


I – JESUS VÊ UMA IGREJA COMPROMETIDA.

a – ‘Conheço as tuas obras’.

1. A semelhança da Igreja de Éfeso esta era uma Igreja ativa e realizadora.

2. Apesar da pressão de Domiciano, a Igreja de Tiatira era uma que propagava a mensagem do Evangelho de Cristo Jesus.

b – ‘Conheço o teu amor’.

1. No grego temos quatro palavras para amor.
1.1 – Eros (Έρος) → amor físico, erótico, o interesse de uma pessoa pela outra, baseado nas paixões físicas.
1.2 – Filos (Φίλος) → amor de amigos.
1.3 – Storgê (Στοργή) → amor entre pais e filhos, amor fraterno, sendo que esta não aparece na Bíblia.
1.4 – Ágape (Άγαπή) → amor perfeito, desinteressado, amor que se dá sem reservas pelo bem da pessoa amada, sem pedir nada em troca, amor sacrificial. Palavra usada nas Escrituras sempre em relação ao amor de Deus pelo ser humano.

2. O Senhor Jesus usa aqui a palavra ‘Ágapê’ (Άγαπή), que indica um amor sacrificial.
3.1 – O amor de Deus é derramado nos corações dos que crêem em Cristo como seu salvador e Senhor, capacitando-os a amar assim como Deus ama.
3.2 – Jesus reconhece que esse amor fazia parte da vida daquela Igreja.

c – ‘Conheço a tua fé’.

1. A fé indica aquela confiança plena e absoluta na pessoa e na obra do Senhor Jesus Cristo.

2. É o reconhecimento e a confissão de que não podemos resolver o problema do nosso pecado por nós mesmos ou por qualquer outro meio, ou pessoa, a não ser unicamente através da morte expiatória de Cristo.

d – ‘Conheço o teu serviço’.

1. A palavra grega usada aqui é ‘Diaconia’ (Διακονία), onde cada irmão está servindo outros irmãos.

2. A fé cristã é uma experiência comunitária e prática, e não apenas uma contemplação de um Deus distante e até quase impessoal.

3. ‘Diaconia’ aponta para o lugar que cada crente tem no corpo de Cristo, a Igreja. A Igreja de Tiatira tinha aprendido este conceito.

4. Numa Igreja assim o trabalho não recai sobre pastores, presbíteros, diáconos e uma pequena minoria que trabalha; mas, cada irmão, compreendendo e exercendo seu dom espiritual, permite o corpo (a Igreja) funcionar sem se tornar um peso a ninguém.

e – ‘Conheço o teu progresso’.

1. Jesus fala da perseverança e avanço daquela Igreja através de obras numa escala progressiva, onde as últimas obras eram mais numerosas que as primeiras.

2. A tendência na vida de muitos cristãos é o arrefecimento, assim como a brasa fora do fogo.
2.1 – Já não é mais aquele ou aquela que buscava a plenitude do Espírito Santo.
2.2 – Já não ora mais como no início.
2.3 – Já não jejua mais.
2.4 – Já não evangeliza mais com o interesse e paixão pela salvação de pessoas a sua volta.
2.5 – Começam a carreira cristã com muito gás, mas com o passar dos anos vai perdendo o vigor e contenta-se em se tornar um mero religioso.

3. A Igreja de Tiatira cada vez mais buscava produzir no avanço do Evangelho.


II – JESUS REPREENDE UMA IGEJA CONIVENTE.

a – ‘Tenho porém contra ti’.

1. Apesar de comprometida, a Igreja de Tiatira, a exemplo de Pérgamo, tolerava o pecado.

b – ‘... o tolerares essa mulher, Jezabel’.

1. Uma membro da Igreja que arrogava ser profeta. Quem a si mesmo se declara profeta, geralmente não o é.

2. Esta pessoa era praticante da doutrina corrente denominada de ‘Antinomianismo’, que estabelece que o cristão já não vive mais debaixo de leis ou regras, portanto é livre para fazer o que bem quiser, até mesmo pecar.

3. Jezabel, estimulava os crentes a experimentar o pecado até o último grau (as coisas profundas de Satanás), para que pudessem vencê-lo.

4. ‘ensinava e seduzia’ (vs. 20).
4.1 – Instigava.
4.2 – Convencia.
4.3 – Conduzia ao erro.

5. Jezabel era condenada pelo que fazia.
5.1 – É advertida: ‘... dei-lhe tempo...’ (vs. 21).
5.2 – É refreada: ‘... a prostro de cama...’ (vs. 22).
a) Doença.
5.3 – Tribulação: ‘... bem como em grande tribulação os que com ela adulteram...’ (vs. 22).
5.4 – Morte para seus filhos: ‘... matarei os seus filhos...’ (vs. 23 // I Co. 11.30).

6. ‘De Deus não se zomba’.


III – JESUS RECOMPENSA A IGREJA FIEL.

a – Conselho:

1. ‘... tão-somente conservai o que tendes, até que eu venha...’ (vs. 25).

2. A Igreja de Tiatira era aconselhada a conservar aquela vida de obras, de fé, amor, serviço e perseverança.

3. A Igreja de Jesus sempre é aconselhada a abandonar o pecado e conservar uma vida de testemunho calcado na pureza, obras, de fé, amor, serviço e perseverança; no intuito de impactar o mundo com a realidade do Evangelho.

b – Promessa:

1. ‘... eu lhe darei autoridade sobre as nações...’ (vs. 26).
1.1 – Ter autoridade sobre as nações implica em receber na vida presente poder para vencer os pecados que seduzem as nações.
1.2 – Indica ainda autoridade futura no Reino dos céus, ou ser participante da administração do Reino e do galardão dos que forem fiéis a Cristo.

2. ‘... assim como também recebi de meu Pai, dar-lhe-ei a estrela da manhã... ’ (vs. 28).
2.1 – Um indicativo de um amanhecer glorioso na vida do cristão através da ressurreição, assim como Cristo teve um amanhecer para a vida eterna depois de três dias no túmulo.
2.2 – A Estrela da manhã aponta ainda para a própria pessoa de Cristo, que é ‘a mais brilhante estrela da manhã’. Isso significa receber a plenitude de Cristo nesta vida presente e participar da mesma qualidade de sua vida na eternidade.


CONCLUSÃO: Onde está o teu testemunho?

Seu testemunho tem sido suficiente para incomodar e impactar outros com a mensagem do Evangelho do Reino de Deus?

Você ainda não se entregou a Cristo crendo nele como seu salvador pessoal? Ainda estás seduzido pelo brilho deste mundo? Ainda estás seduzido pelos pecados que seduzem as nações?

Jesus quer te libertar e fazer de você uma pessoa vitoriosa, que experimentará do poder de sua vida nesta vida presente, e de uma forma plena, participar de sua natureza divina por toda a eternidade.

ONDE ESTÁ O TEU ARREPENDIMENTO?



Ap. 2.12-17

OBJETIVO: Apresentar o ensino de que sem verdadeiro arrependimento é impossível se viver a vida cristã de modo agradável a Deus.

INTRODUÇÃO: Ser cristãos nos dias da Igreja primitiva não era fácil A licenciosidade, a promiscuidade e a libertinagem era generalizada e tudo isso influenciava a Igreja.
Hoje não é diferente. Quem quiser ser verdadeiro cristão tem que estar disposto a pagar o preço.

CONTEXTO: Guardadas as devidas proporções, Pérgamo era uma cidade comparada às cidades de Brasília ou Washington, sendo o grande centro político da região da Ásia menor.
Era também grande centro religioso.
a) Era uma cidade devota a Zeus e a Atena, deuses do panteão grego.
b) Era devota a adoração do imperador. Em 29 a. C. foi construído em Pérgamo um Templo ao Divino Augusto e à deusa Roma.
c) Era devota à Esculápio, a serpente dourada que simbolizava a saúde (usada ainda hoje como símbolo da medicina). As ruínas do Templo de Esculápio ainda existem. Seu culto envolvia curandeirismo e magia.

TRANSIÇÃO: Por isso tornou-se fácil entendermos a expressão inicial de nosso Senhor Jesus: ‘Conheço o lugar em que habitas’ (vs. 13).
O Senhor Jesus não está alheio ao seu povo, e tem algo importante a dizer àquela Igreja.
O Senhor Jesus tem algo importante a dizer à sua Igreja hoje, ao povo que aqui está, e o faz através de algumas palavras específicas.


I – UMA PALAVRA DE APROVAÇÃO.

a – ‘Conservas o meu nome’.

1. Em meio a tanto paganismo os cristãos de Pérgamo conservavam o nome do Senhor Jesus.

2. O nome indica o caráter.
2.1 – Exemplo: ‘Fulano tem o nome sujo’.

3. Conservar o nome então, aponta para as seguintes realidades na vida do cristão:
3.1 – Assumir o mesmo caráter de Jesus, ter o mesmo procedimento do Mestre.
3.2 – Guardar seus ensinos e andar em obediência aos mesmos.
3.3 – Ter familiaridade e intimidade com o nome do Senhor, isto é com sua pessoa e caráter.
3.4 – Estar em posição firme e inarredável ao lado de Cristo e de sua Palavra, mesmo que isto nos custe o desprezo, a discriminação ou mesmo a vida.

b – ‘Não negaste a minha fé’.

1. O tempo do verbo indica uma posição definida no passado.

2. ‘... ainda nos dias de Antipas ...’
2.1 – Ilustração: Segundo a tradição, Antipas era o pastor de Pérgamo. Devido sua grande influência sobre a Igreja e cidade de Pérgamo, e, por não negar sua fé em Jesus, Antipas foi assado vivo, agrilhoado à uma forma de bronze.

3. Não negar a fé é manter um testemunho vivo acerca da pessoa e obra do Senhor Jesus, independente do que pensam as pessoas à sua volta.

4. ‘Ser cristão não é apenas possuir um certo rótulo ou denominação. É muito mais. É comprometer a vida, saúde, recursos, dons e talentos ao serviço do Senhor’ (Guilherme Keer Netto).

5. ‘Não é tolo aquele que dá o que não pode guardar, para ganhar aquilo que não pode perder’ (Jim Elliot).


II – UMA PALAVRA DE ADVERTÊNCIA (vs. 14-15).

‘Tenho, todavia, contra ti algumas coisas ...’

a – ‘Tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão’.

1. A história de Balaão encontra-se em Nm. 22-24 (lição de casa).

2. Balaão, impossibilitado pelo Senhor de amaldiçoar com palavras a Israel, sugere a Balaque que as moças moabitas devessem convidar os moços de Israel a participar de suas festas com elas, onde praticariam toda sorte de imoralidade sexual.

3. A superficialidade na vida de devoção e apego aos valores de Deus tem levado o povo de Deus a cair na doutrina de Balaão.
3.1 – A promiscuidade anda muitas vezes a solta entre o povo que se diz evangélico em nosso país.
3.2 – A literatura a favor do sexo livre, o namoro sem regras e limites e, não poucas vezes a própria prática sexual entre os jovens cristãos se tornam coisa comum em meio ao povo de Deus.
3.3 – É comum termos em nossas Igrejas moços e moças que já não se lembram mais quantas namoradas ou namorados tiveram. Na onda do ‘ficar’, meninas com seus 15 ou 16 anos já ficaram com dez ou mais namorados. Ele ou ela andam com preservativos em suas carteiras e bolsas como um acessório indispensável à sua felicidade. E isso tudo soa como algo perfeitamente normal. ‘Somos pós-modernos! A vida hoje é outra!’

4. ‘Mais que nunca a promiscuidade tem sido legalizada e ovacionada, sobrando as vaias e o desprezo ao pudor e à castidade’ (Rev. Emiliano).

b – ‘Tu tens os que sustentam a doutrina dos nicolaítas’.

1. Nicolau – identidade desconhecida.

2. Sua pregação era caracterizada pelo Antinomianismo, que tinha como máxima a seguinte expressão: ‘Não existe lei para o salvo, porque ele está debaixo da graça. Já não há nada que o condene, portanto está liberado para fazer tudo que desejar, mesmo que se desejo seja pecar’.

3. Ilustração: ‘Na literatura brasileira, o Arcadismo foi o movimento criado pelos poetas de Vila Rica, hoje Ouro Preto, em Minas Gerais. Eram eles: Alvarenga Peixoto, Basílio da Gama, Cláudio Manoel da Costa, Manuel Inácio da Silva Alvarenga e Tomás Antônio Gonzaga.

Em seus escritos, além dos temas políticos, os árcades defendiam a vida rural como um ideal maravilhoso: morar no campo, estar em contato direto com a natureza. Mas é curioso o fato de que, embora advogassem esse estilo de vida, eles mesmos não se mudaram definitivamente para o campo. Ou seja, o campo era um ideal, mas para os outros.

Há muitos que são adeptos de uma espécie de arcadismo espiritual. Com unhas e dentes defendem o Evangelho, seus valores e verdades. Mas só defendem. Porque eles mesmos não mudam para o campo da fé e prática. Eles mesmos não rompem com a ditadura do pecado. Falam a favor mas vivem contra.

O Senhor não admite advogados em cima do muro. Ele quer seguidores no chão da luta, guerreiros que se disponham mesmo a tombar lutando pelas causas do Evangelho’.

4. O ensino apostólico é que nossa liberdade é para desfrutar a vida em sua plenitude com Deus e a favor do próximo mas nunca para o pecado.
4.1 – Rm. 6.15 ‘Haveremos de pecar porque não estamos debaixo da lei e sim da graça? De modo nenhum’.
4.2 – Gl. 5.13 ‘Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne...’.
4.3 – I Pe. 2.16 ‘... como livres que sois, não usando, todavia, a liberdade por pretexto da malícia, mas vivendo como servos de Deus’.


III – UMA PALAVRA DE ADMOESTAÇÃO.

‘Portanto, arrepende-te’

1. A Igreja é um corpo e quando há crentes vivendo em pecado, não podemos acobertá-los ou por panos quentes sobre o caso.

2. Se não é do conhecimento da liderança, os que conhecem devem testemunhar para que haja, disciplina, tratamento e cura.

3. Caso a liderança ponha pano quente, a palavra do Senhor é incisiva: ‘Se não, venho a ti ... ’ (vs. 16).

4. O Senhor visita sua Igreja com disciplina:
4.1 – Onde há pecado não há a bênção do Senhor.
4.2 – Onde não há a bênção do Senhor não há edificação.
4.3 – Onde não há a bênção do Senhor não há crescimento.
4.4 – Onde não há a bênção do Senhor não há conversões.

5. Embora a admoestação seja geral, a punição é específica:
5.1 – ‘Contra eles pelejarei com a espada de minha boca’
5.2 – Ilustração: Balaão morreu à espada (Nm. 31.8) e aos seus seguidores é dito que enfrentariam a espada do Senhor, que simboliza juízo e morte.


CONCLUSÃO: Sem o verdadeiro arrependimento que leve cada crente a um novo compromisso e a uma nova postura, a Igreja jamais prosperará.
Para a Igreja moderna a pergunta de Jesus continua sendo a mesma dirigida à Igreja de Pérgamo: ‘Onde está o teu arrependimento?’
Há fraquezas que não consegue vencer? Coisas que gostaria que não fizessem mais parte de sua vida? É hora de prostrar-se diante do Senhor!
Há em sua vida pecados que tem tido domínio sobre você, os quais você deseja deixar? Arrependa-se!
Coloque-se diante do Senhor.
Venha a frente.
Consagre-se!



ONDE ESTÁ TUA RIQUEZA?



Ap. 2.8-11


OBJETIVO: Apresentar aos cristãos o convite de Jesus a buscar a verdadeira satisfação nele.


INTRODUÇÃO: Em nossos tempos modernos vivemos uma desenfreada corrida ao materialismo e a uma busca por conforto, posição e riqueza.
Na verdade, o material e a riqueza sempre foram objeto de fascínio ao ser humano, e nesse prisma pode-se sintetizar a vida humana a uma constante corrida do ouro.


CONTEXTO: Esmirna foi fundada em 1.000 a.C. e mesmo passando por períodos de destruições, ela nos dias do NT era uma cidade muito rica.
Sendo uma cidade portuária do Mar Egeu, e provida de outras rotas comerciais por terra, possuía toda sorte de comércio de onde provinha sua riqueza.
Era também região extremamente fértil e possuía uma produção agrícola muito forte.
No meio dessa cidade rica estava a Igreja. Igreja pobre, à base de escravos e camponeses, mas rica diante de Deus.
À esta Igreja Jesus não dirige nenhuma recriminação ou queixa, porém só elogios e incentivos.


TRANSIÇÃO: Como seria viver em meio a pobreza material, seja como Igreja ou mesmo como família? Quero refletir nesta oportunidade: ONDE ESTÁ TUA RIQUEZA?






I – A APARENTE POBREZA MATERIAL.

a – Uma Igreja composta de pessoas espoliadas.

1. Prática de Domiciano.
1.1 – Confiscava os dos cristãos para que estes se rendessem negando a Cristo e assumindo o culto ao Imperador.
1.2 – Ênfase do romano:
a) ‘César é o Senhor’.
b) ‘César Augustus’.
1.3 – Dessa maneira os cristãos de Esmirna haviam perdido todos os seus bens materiais.

b – Uma Igreja composta de pessoas pobres.

1. Muitos escravos, desprezados e marginalizados eram os membros dessa Igreja.

2. O termo pobre usado no texto de Ap. 2.8.
2.1 – Penês (Πενής) – indicava falta do supérfluo, ou seja, relativa pobreza que permite a sobrevivência apenas com o necessário.
2.2 – Ptóchos (Πτόχος) – indica falta do essencial, extrema carência, indigência, mendicância.

3. Na Igreja não há lugar para ostentação.
3.1 – Há pessoas que tem alguma posse ou alguns ou muitos bens e se julgam superiores.
3.2 – Há pessoas que não se dão a uma comunhão e aproximação com irmãos menos favorecidos.
3.3 – Na História a Igreja perdeu seu referencial e ao invés de se fiar na riqueza de Cristo Jesus e abençoar a humanidade, passou a acumular riquezas.
3.4 – Muitas vezes os próprios cristãos têm perdido seu referencial e passado a acumular bens e a construir impérios e reinos particulares.

4. Como tais cristãos conviveriam com Jesus e sua pobreza humana?


II – A INIMAGINÁVEL RIQUEZA ESPIRITUAL.

a – Ricos na fidelidade ao Senhor.

1. Ap. 2.10 ‘Sê fiel até a morte e eu te darei a coroa da vida’.

2. ‘Sê fiel...’.
2.1 – Indica o verbo no original que eles já estavam sendo fiéis e eram encorajados a permanecer fiéis.

3. ‘Até’ (Άχρί).
2.2 – Preposição grega que indica não extensidade, mas intensidade ou profundidade.
2.3 – ‘Mesmo que isto te leve a morte’.

4. ‘Fiel’.
4.1 – Indica alguém digno de confiança, alguém persuadido, convencido, rendido a um compromisso com Deus que ultrapassa as dificuldades da vida.

5. Há daqueles que se dizem cristãos, que por qualquer dificuldade deixam de lado o Evangelho que um dia abraçaram.

c – Ricos de valores eternos.

1. Ap. 2.10 ‘Dar-te-ei a coroa da vida’.

2. Aqui figuram as riquezas eternas prometidas aos que verdadeiramente se entregaram à fé salvadora em Cristo Jesus.
2.1 – Rm. 8.18 ‘Considero que os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada’.
2.2 – II Co. 4.18 ‘Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno’.
2.3 – I Co. 2.9 ‘Este é o significado das Escrituras que dizem que nenhum mero homem jamais viu, ouviu, nem mesmo imaginou que coisas maravilhosas Deus preparou para aqueles que amam ao Senhor’.


III – A INTERMITENTE PROVA DA FÉ.

a – As provas vêm e vão.

1. Provas anteriores.
1.1 – Prisões.
1.2 – Espoliações, por ordem do imperador Domiciano.
1.3 – Mortes.

2. Provas por vir.
2.1 – ‘Tereis tribulações de dez dias... o diabo está para lançar na prisão...’
2.2 – Indica tribulação ou até a morte para alguns deles como resultado de crerem e proclamarem o nome de Jesus como exclusivo salvador.

3. Ilustração: Dia 22 de fevereiro do ano 156, Policarpo, o bispo de Esmirna é colocado para adorar César, em troca de sua liberdade, ao que responde:
– ‘Oitenta e seis anos tenho servido ao meu Senhor e ele jamais me negou ou decepcionou. Como posso blasfemar e negar ao Rei que me salvou?’
Depois de muitas tentativas do pró-cônsul para livrá-lo da morte, Policarpo, irredutível, foi queimado vivo enquanto entoava hinos de louvores ao Senhor Jesus.


CONCLUSÃO: Onde está a tua riqueza?
Nos bens ou na vida aqui?
Ostenta-te nas tuas posses e conquistas?
‘Onde estiver o teu tesouro estará também o teu coração’.
Que diria o Senhor a teu respeito?
‘Tu és rico’?

Possa o Senhor encontrar em nós as marcas da verdadeira riqueza: um coração fiel e comprometido com Deus e seu Reino.

ONDE ESTÁ O TEU AMOR?



Ap. 2.1-7

OBJETIVO: Desafiar a Igreja a vivenciar uma vida apaixonada por Jesus e seu Reino, sem cair no comodismo religioso.

INTRODUÇÃO: É possível alguém ser evangélico sem ser realmente cristão ou verdadeiro discípulo de Cristo Jesus? Assim esse alguém poderia ser membro comungante de uma Igreja, ser assíduo e participativo, e manter as características externas do cristianismo e ainda assim estar longe de Jesus?
É possível isso acontecer com um grande número de pessoas num mesmo lugar?

CONTEXTO: Éfeso era chamada ‘A porta de Roma’, por ser a passagem obrigatória para todos os que quisessem ir da Ásia para Roma.
Era a maior e mais rica das cidades da província da Ásia. Era a capital do comércio e do prazer. Cidade de Diana ou Ártemis, a grande deusa da beleza e da fertilidade.
A Igreja de Éfeso fora fundada pelo trabalho missionário do apóstolo Paulo e à sua frente estiveram grandes pastores como o próprio Paulo, Timóteo, João (escritor do Evangelho), Apolo e teve ainda a mãe do Senhor como seu membro.

TRANSIÇÃO: Éfeso era uma Igreja ativa, batalhadora, fiel, mas em falta. Havia uma queixa de Jesus: ONDE ESTÁ O TEU AMOR? Este é o tema que desejo abordar com vocês nesta oportunidade.

I – OS PONTOS FORTES DA IGREJA DE ÉFESO.

a – As obras.

1. ‘Obras’ indicam o serviço que é fruto de uma conversão à Cristo.
1.1 – Ef. 2.10 ‘’

2. Bons serviços que a Igreja estava prestando à causa do Evangelho; testemunho e proclamação.

b – O labor.

1. O termo labor advém da palavra Κοπος (kopos) no grego, que deriva de Κοπτος que significa: bater, ferir.

2. Κοπος aponta para aquele tipo de serviço intenso, trabalho árduo, indicando um exaurir-se em serviço, um desgastar-se por amor à obra de Cristo.

3. Assim, a Igreja de Éfeso era batalhadora, intensa, laboriosa, agressiva, comprometida.

4. Ilustração: A frase predileta de seus primeiros anos: ‘O que eu posso fazer pela minha Igreja?’
A frase mais falada trinta anos depois: ‘O que esta Igeja pode fazer por mim?’

c – Perseverança.

1. Ύπομονην (hupomonén) significa estar sob pressão, e ainda assim submeter-se e sofrer corajosamente.

2. A Igreja de Éfeso experimentou pressão e perseverança em Atos (At. 18 – conflito com os ourives).

3. Pressão sob Domiciano.

d – Fidelidade na doutrina.

1. ‘... puseste a prova os que se declaram apóstolos e os achastes mentirosos ...’
1.1 – Gnósticos.
1.2 – Detectaram e rejeitaram a heresia.

2. ‘... odeias as obras dos nicolaítas ...’
2.1 – Antinomianismo – Negação da santificação.
a) ‘O crente não precisa mais guardar a lei moral, pois já está justificado. Isso é heresia!’
b) Ainda hoje há muitos cristãos que professam e praticam esse erro.

II – O PONTO FRACO DA IGREJA EM ÉFESO.

a – ‘Tenho porém contra ti...’

1. A frase é adversativa e estabelece um forte contraste com os elogios anteriores.

b – ‘Abandonaste o teu primeiro amor...’

1. Ilustração: Russel Shedd – Trabalhando na I. P. de Edimburgo – Escócia – recebe um casal de missionários que dera toda a vida na obra em outro país. Procuraram o Pr. Shedd e lhe disseram: ‘Pastor, estamos vindo de uma Igreja onde trabalhamos muito. Não espere nada de nós...’

2. Ilustração: Satélite espacial que inicia sua jornada com forte ímpeto, quebrando a força da gravidade, escapando e vencendo todas as forças que o prende e depois entra em órbita constante, monótona, sem motor, uma eterna mesmice, uma espécie de inércia de movimento.

3. Esta frase: ‘Abandonaste o teu primeiro amor...’ aponta para vidas que já não tem mais paixão e zelo pela causa de Cristo, mas apenas o segue como por costume.

4. ‘Acabou a lua de mel’.

III – CONSELHO VIVIFICADOR PARA ESTA IGREJA.

a – ‘Lembra-te, pois, de onde caíste...’

1. As grandes derrotas de nossa vida começam com pequenos problemas não solucionados.

2. O crente vai deixando pequenos detalhes (pecados internos), insignificantes às vezes, mas que geram raízes de amargura, insatisfação, desânimo, esfriamento...

3. Apesar disso continua ativo, contudo, sem amor.

b – ‘Arrepende-te...’

1. Μετανοέω – (metanoéô) ‘pense de novo’.

2. A Igreja deve estar constantemente se policiando quanto ao pecado, e ao mesmo tempo sempre se quebrantando com respeito ao pecado, pois os mesmos ‘fazem separação entre vós e o vosso Deus’ (Is. 59.2).

c – ‘Volta à prática das primeiras obras...’

1. Não existe cristianismo só de mente, só de convicções.

2. O cristianismo se expressa em obras, ações e feitos de amor a Deus e ao próximo.

3. É voltar ao primitivo espírito de serviço e compromisso que brota de um coração cheio de amor.


CONCLUSÃO: Hoje Éfeso já não existe. No seu lugar, um vilarejo muito pobre de nome Ayassaluk. Sobrevive em meio às ruínas da pomposa e rica cidade. Ali não há Igreja.
O desafio é para a Igreja: Lembra! Arrepende-te! Volta.
Deixa a tua luz brilhar.
O desafio é também para indivíduos: Que poderá restar de sua vida se não voltares ao primeiro amor?

IPJ 03-04-2005 / IPBA 03-03-2013