terça-feira, 20 de outubro de 2015

Juntos, Levaremos Sua Luz!


At. 2.42-47

OBJETIVO: Apresentar aos nossos jovens o desafio da unidade real e dinâmica através de uma vida cristã autêntica.

INTRODUÇÃO: Vivemos dias conturbados onde ser cristão evangélico não é o equivalente de ser um verdadeiro discípulo de Jesus.

CONTEXTO: O texto está inserido na narrativa lucana no intuito de descortinar a um amigo a realidade do poder do cristianismo que varria o velho mundo transformando vidas, a sociedade e a cultura, onde quer que passava. Na apresentação do livro ao amigo o Dr. Lucas apresenta-o com os seguintes dizeres: (At. 1.1-2) ‘Querido amigo que ama a Deus: Na minha primeira carta eu contei a você a vida e os ensinos de Jesus, e como Ele voltou para o céu depois de dar aos seus apóstolos novas instruções por meio do Espírito Santo’ (BV).

TRANSIÇÃO: Na balbúrdia evangélica que vivemos em nosso século, pergunta-se:
– ‘Um incrédulo que ouve esse Evangelho barato oferecido no comércio religioso de hoje vê em Deus um Deus irado pelo pecado e disposto a punir o pecador impenitente, ou vê um deuzinho fraco e impotente, cheio de amor passional e dominado, recebendo até mesmo ordens de seus adoradores?’.
– ‘Um incrédulo que ouve esse Evangelho vê a graça de Deus ou o interesse de homens manipuladores de Deus e dos fiéis que os seguem em seus movimentos religiosos chamados de igrejas evangélicas?’.
– ‘Um incrédulo barato oferecido no comércio religioso de hoje vê uma Igreja uma, santa e bíblica, que se ama e se ajuda e até mesmo socorre os de fora, ou pessoas interesseiras, moldadas pelo mesmo pensamento que rege o mundo lá fora?’.

Com estas questões e a partir do texto lido, lanço nossa pergunta de reflexão: “Como podemos tornar realidade o desafioJuntos, Levaremos Sua Luz!’”?


I – Através da Perseverança na Doutrina Apostólica.

1. A perseverança na doutrina apostólica não era resultado místico.
1.1 – O que se vê hoje no meio evangélico são pessoas que mal entram na Igreja e são batizadas, e não poucas, sem o mínimo de conhecimento e coerência, feitas líderes.
1.2 – Grande parte dos crentes de hoje são as mesmas com suas crendices e amuletos de antes de se tornarem evangélicas, apenas mudaram o nome do fetiche.
1.3 – O que impera no meio evangélico de nossos dias não é o conhecimento da Palavra de Deus, mas um misticismo trazido dos terreiros de macumba, da cabala e do sincretismo religioso indigenista-afro-cristão do nosso país.
1.4 – A Igreja cristã primitiva tinha sim milagres, mas não um misticismo manipulado e desprovido do poder e da revelação de Deus.

2. A perseverança na doutrina apostólica era resultado de discipulado.
2.1 – Para que se guarde a doutrina dos apóstolos é necessário conhece-la e conhece-la é fruto de estudo e prática e isto leva tempo.
2.2 – Entre o verso 41 e 42 de Atos 2 existe um tempo?
a) Como eles sabiam as doutrinas dos apóstolos para perseverarem?
b) Quanto tempo levou para aprenderem as doutrinas dos apóstolos?
c) Certamente houve um esforço para discipulá-los.
d) Dada a cultura judaica, possivelmente a maioria possuía um bom conhecimento do VT; mas faltava ajustá-los às realidades que se cumpriram em Cristo.
e) Ex: Discípulos de Éfeso (At. 19.1-7).
f) Ex: Apolo (At. 18.26).
2.3 – At. 2.42-43.
2.4 – Só poderemos de fato levar a luz do Evangelho de Cristo Jesus se conhecermos, praticarmos e perseverarmos nas doutrinas dos apóstolos.

II– Através da Produtividade da Comunhão Legítima.

1. Manifesta no princípio da comunidade.
1.1 – Comunhão é participação ativa na vida uns dos outros e não meros encontros ou gestos sociais de uma amizade superficial.
1.2 – At. 2.44Todos os crentes se reuniam constantemente e repartiam tudo uns com os outros’.

2. Manifesta na vivência de um socialismo desinteressado.
2.1 – Claro que falarmos de socialismo hoje fica bem distante do que os cristãos primitivos viveram, contudo o princípio básico permanece: todos suprem todos de modo a não destacar um ‘eu’ mas, um ‘nós’.
2.2 – At. 2.45vendiam suas propriedades e dividiam com os que tinham necessidade’.

3. Manifesta no cultivo de uma espiritualidade sadia.
3.1 – Uma espiritualidade sadia parte do pressuposto de um conhecimento autêntito da Palavra de Deus.
a) Perseverar unânimes no Templo carrega o conceito de uma adoração e de um discipulado maduro e reverente.
b) Partir o pão demonstra a reverente participação na Ceia do Senhor anunciando o valor da morte e a gloriosa esperança de sua vinda.
c) Tomar as refeições com singeleza aponta para a prática das refeições ágapes (de amor) realizadas em comunidade.
d) Louvando a Deus indica uma espírito grato e fervoroso em tudo que viviam e experimentavam, até mesmo em meio às perseguições.
3.2 – At. 2.44-46.
3.3 – Quando o povo de Deus vive assim, numa comunhão autêntica e produtiva, certamente a luz do Evangelho de Cristo vai brilhar com intensidade!

III – Através da Providente Colheita de Novas Vidas.

1. Fruto do compartilhar da fé no esforço intrépido do evangelismo.
1.1 – Uma Igreja discipulada e discipuladora e que vive em comunhão tão comprometida uns com os outros, naturalmente é uma Igreja evangelizadora.
1.2 – At. 2.47A cidade inteira tinha simpatia por eles, e cada dia o próprio Senhor acrescentava à igreja todos os que estavam sendo salvos’.
1.3 – Onde se tem uma Igreja verdadeiramente evangelizadora a semente vai ser espalhada e o bom Deus haverá de produzir o misterioso milagre do novo nascimento. ‘O Senhor acrescentava’, mas o fazia pela vida da Igreja.

2. Fruto da manifestação da irresistível graça salvadora no poder do Espírito.
2.1 – O mistério da presença do Espírito na Igreja é esperado hoje em dia apenas numa Igreja barulhenta, desordeira e onde a presença de supostos milagres seja vista.
2.2 – Biblicamente o mistério da presença do Espírito na Igreja se manifesta de forma prática e visível onde quer que a Igreja viva o Evangelho enraizado na doutrina apostólica e se torna visível e conhecido em todos os recantos, seja regiões materiais ou celestiais.
2.3 – Ef. 3.10A intenção dessa graça era que agora, mediante a igreja, a multiforme sabedoria de Deus se tornasse conhecida dos poderes e autoridades nas regiões celestiais’.
2.4 – At. 2.47.

CONCLUSÃO: É na unidade da Igreja que a luz do Evangelho brilhará mais intensamente.
É na unidade do nosso esforço de jovens, cada UMP em sua Igreja e todas no Presbitério que a luz do Evangelho brilhará mais intensamente.
(Brilhar com os celulares: Apaga-se todas as luzes do Templo e cada jovem acenda o seu celular).

POR QUE AS CRISES DIVERSAS?


Jó 1.1-2.13

OBJETIVO: Ensinar que a vida é cercada de crises inevitáveis, mas que a segurança de uma vida futura e sem crises está na pessoa de Cristo Jesus como Salvador dos que creem.

INTRODUÇÃO: Doenças incuráveis, traumas familiares que destroem famílias, mortes estúpidas e violentas, tsunamis, furacões, terremotos, enchentes e tantos outros males que nos assaltam. Por quê? Por quê? Por quê?

CONTEXTO: Pelo o que se sabe este livro talvez seja uma das mais antigas obras literárias em existência. É considerado um dos mais antigos, senão o mais antigo livro da Bíblia. Mas, alguns estudiosos o colocam em data bem mais recente como a época do exílio babilônico.
Composições similares ao livro de Jó aparecem em fontes da Mesopotâmia e Egito da época do Antigo Testamento. Uma delas de título ‘Um Diálogo Sobre a Desgraça Humana’, versa sobre um conselheiro que critica um sofredor por sua impiedade enquanto o sofredor debate-se com o caráter dos deuses.
Não há outra obra sobre o sofrimento humano à luz da transcendência e bondade de Deus que se aproxime da profundeza teológica da sofisticação literária e aplicação prática do livro de Jó.


TRANSIÇÃO: Atravessar a vida sem crises é a utopia de todo ser humano; contudo ter segurança no meio das crises é o ponto nevrálgico para nossa existência. Quero falar nesta oportunidade sobre o seguinte tema: POR QUE AS CRISES DIVERSAS?


I – CRISES PERTENCEM À NOSSA EXISTÊNCIA CAÍDA.

a – A crise do vir a ser.

1. A vida é uma crise.
1.1 – Assim que cada pessoa entra à luz deste mundo inicia-se uma epopeia marcada pelas mais diferentes crises na existencialidade deste novo ser.
1.2 – Tão logo o nascituro deixa a cápsula uterina faz-se urgente enfrentar a primeira crise, recebendo a intensa luz de um ambiente desconhecido, nos olhinhos ainda baços.
1.3 – Ao mesmo tempo trava-se uma batalha para entrar em ação o sistema respiratório ainda inarticulado, ainda entalado, precisando, muitas vezes de uma ajuda médica, de modo que a respiração precisa vir a ser, com o ar lhe rasgando os frágeis pulmõezinhos.
1.4 – Embora protegido e alimentado no útero materno, via cordão umbilical, agora precisa, no contato com o mundo externo, desenvolver e adquirir anticorpos que lhe acelere o sistema imunológico, para que possa se proteger contra as diversas doenças que lhe atacarão nestes primeiros dias da vida.
1.5 – Terá que se esforçar para sugar o leite materno, coisa que até então mal praticava enquanto brincava com o líquido amniótico na cápsula uterina.

2. Poderíamos falar de muitas outras crises que o ser humano vai enfrentando enquanto se desenvolve, como por exemplo: se alimentar, falar, andar, compreender ...

3. O foco alvo de nossas considerações sobre crises diversas está mais na teologia que no âmbito filosófico científico.

b – As inevitáveis crises diversas na existência caída.

1. Todas as questões aventadas anteriormente foram experiências na vida de Jó ao nascer neste mundo.

2. Mas as maiores crises de Jó foram experimentadas no âmbito da existência num mundo sob a maldição existencial na qual o pecado o prostrou.

3. Quando falamos em um mundo caído, não se pode esquecer que Deus criou um mundo perfeito, com criaturas perfeitas em todos os seguimentos da existência.

4. O homem, ao cair em pecado, não caiu sozinho, mas derrubou todo o mundo criado e o sujeitou ao domínio de seres espirituais da maldade.
4.1 – Rm. 8.20 ‘Pois a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou’.

c – As crises diversas na existência do justo Jó.

1. Logo de entrada na leitura do livro de Jó ficamos em choque ao perceber que Jó, um homem íntegro e de caráter ilibado, mas que que atingido violentamente por crises que lhe rasgam o corpo, a vida, a amente e a alma.
1.1 – Jó. 1.1 ‘Na terra de Uz vivia um homem chama¬do Jó. Era homem íntegro e justo; temia a Deus e evitava fazer o mal’.

2. Crises diversas desabam sobre o justo Jó:
2.1 – Num ímpeto inesperado, como em avalanche, uma notícia após outra, perde todos os seus bens.
2.2 – Um momento a frente chega-lhe a notícia de que todos os seus filhos e familiares íntimos morreram no desabamento de uma das casas onde se celebrava uma grande festa.
2.3 – Noutro momento não distante Jó é acometido de doenças que lhe apodrecem a pele, os órgãos e os ossos, restando um esqueleto esquálido e disforme a se coçar com cacos de cerâmica na tentativa de diminuir o incômodo de suas chagas.
2.4 – Abandonado pela esposa, desprezado pelos amigos e zombados pelos conhecidos e em agonia interna refletindo na ação permissiva do Deus que antes ele tanto confiava.

3. Na religiosidade popular sobressai o seguinte jargão: ‘Se sirvo a Deus, tenho o direito de ser servido por ele’.

4. Ilustração: O pai do cantor Cristiano Araújo, João Reis de Araújo, lamentou a morte do filho, de 29 anos, após um acidente de carro na BR-153, na madrugada de 24/06/2015, em Goiás. ‘É uma tristeza muito grande. Será que Deus existe? Todos os dias faço uma oração pedindo que Deus acompanhe ele nas viagens. Entro no carro ou no avião e faço uma oração. Eu não estava com ele ontem? Será que Deus existe?’ (Vídeo).

5. Todos estamos sujeitos às crises diversas.


II – CRISES ESTÃO SOB A PERMISSÃO SOBERANA DE DEUS.

a – As crises diversas estão sob as vistas do soberano Deus.

1. Não cremos no destino, na sorte ou no acaso, mas cremos no Deus soberano que se revela através da sua criação, das Escrituras Sagradas e por último através de seu Filho Jesus Cristo.
1.1 – Hb. 1.1-3 (NVI) ‘Há muito tempo Deus falou muitas vezes e de várias maneiras aos nossos antepassados por meio dos profetas, mas nestes últimos dias falou-nos por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e por meio de quem fez o universo. O Filho é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser, sustentando todas as coisas por sua palavra poderosa. Depois de ter realizado a purificação dos pecados, ele se assentou à direita da Majestade nas alturas’.

2. Nada passa despercebido aos olhos do Soberano Deus.
2.1 – Mesmo que na hora da dor você não sinta ou não creia na presença de Deus, as Escrituras afirmam que Ele é onisciente e onipresente e conhece tudo o que se passa em toda a sua criação.
a) Sl. 115.2-3 (NVI/BV) ‘Por que perguntam as nações: Onde está o Deus deles? Pois o nosso Deus está no céu e dirige o universo conforme a sua vontade’.
2.2 – Is. 40.27 ‘Por que você reclama, ó Jacó, e por que se queixa, ó Israel: O Senhor não se interessa pela minha situação; o meu Deus não considera a minha causa?’.

b – As crises diversas estão sob a permissão do soberano Deus.

1. Na narrativa sobre a vida de Jó, é patente que Satanás não age de livre alvitre fazendo o que bem quer, no intuito de confrontar a Deus ou mesmo de maltratar suas criaturas.

2. Deus é quem permite o Maligno tocar na vida de Jó, mas também quem estabelece limites quanto a intensidade de tal ação.
2.1 – Jó 1.12 ‘E o Senhor respondeu a Satanás: "Você pode destruir tudo o que Eu dei a Jó, mas não toque no corpo e na saúde dele". Assim, Satanás partiu e entrou em ação’.

3. O Senhor Jesus nos ensina dizendo que tudo está no controle soberano de Deus.
3.1 – Mt. 10.29 ‘Não se vendem dois pardais por uma moedinha [um asse ]? Contudo, nenhum deles cai no chão sem o consentimento do Pai de vocês’.
3.2 – Se nem um pardal ‘cai no chão sem o consentimento do Pai de vocês’ quanto mais o ser humano que é a coroa da criação de Deus e que segundo Jesus ‘...para Deus, vocês valem mais do que os passarinhos’ .

4. Jó tem essa consciência do cuidado protetor e soberano de Deus sobre os que lhe temem, por isso descansa em Deus, mesmo em meio às suas diversas crises.


III – CRISES TEM SEU FIM DECLARADO EM CRISTO.

a – As crises diversas são temporais tem prazo de validade.

1. Quando Adão e Eva sujeitaram a criação, incluindo a própria vida deles e a de todos seus descendentes, à ação e poder satânico, Deus interferiu de modo que tal desgraça não se perpetuasse, e estabelece uma forma de resgatar o homem de sua condição.
1.1 – Gn. 3.15 ‘O Senhor Deus disse à serpente: Eis o seu castigo: Você será maldita e ficará isolada não só de todos os animais domésticos como também dos bichos do mato. Vai sofrer verdadeira maldição. Vai passar a vida inteira rastejando sobre o seu ventre e comendo pó. De agora em diante, você e a mulher serão inimigas, uma da outra. Também a sua descendência será inimiga do descendente da mulher. Ele ferirá você na cabeça, ao passo que você ferirá o calcanhar dele’.

2. Vivemos num mundo onde a criação geme e sofre por causa do pecado instalado em nossa história, contudo aspiramos na esperança oferecida pela palavra imutável e inalterável de Deus.
2.1 – Rm. 8.20-22 (NVI/BV) ‘Pois ela foi submetida à inutilidade, não pela sua própria escolha, mas por causa da vontade daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria natureza criada será libertada da escravidão da decadência em que se encontra, recebendo a gloriosa liberdade dos filhos de Deus. Sabemos que até mesmo as coisas da natureza, como os animais e as plantas, sofrem na doença e na morte enquanto esperam esse tão grande acontecimento’.

3. Cristo passou pela pior crise, a da condenação por causa dos nossos pecados, para que pudéssemos ser perdoados e salvos desta pior crise, diante da qual a crises diversas desta vida são nada.
3.1 – Ele sofreu a maldição em nosso lugar para que fôssemos livres da maldição eterna.
3.2 – Gl. 3.13 (BV) ‘Entretanto, Cristo nos comprou e nos tirou de debaixo da condenação desse sistema impossível, ao levar sobre Si próprio a maldição por nossas más ações. Porque está dito na Escritura: "É maldito todo aquele que for pendurado numa árvore" (como Jesus foi pendurado numa cruz de madeira)’.
3.3 – Receber seu perdão em vida é nossa única chance, ou toda tentativa será vã.
3.4 – Sl. 49.7-8 (BV) ‘Sei que, nenhum deles, por mais rico que seja, pode salvar seu irmão da morte e pagar a Deus o preço da salvação. O preço de uma alma é tão grande, que nem se pode pensar em pagar para continuar vivendo eternamente, sem enfrentar a morte’.

4. A conversão a Cristo dá o start no processo de cessação das crises diversas.
4.1 – Quando o indivíduo se arrepende e busca o perdão de Deus, crendo no sacrifício e morte de Cristo em seu lugar, ele recebe o perdão de Deus, é retirada de sobre ele a maldição do pecado, é dado a ele o poder de vencer o pecado, a santificação do Espírito de Deus inicia um processo de cura e saneamento em todas as áreas da vida do indivíduo, afetando até mesmo a sociedade e o modus vivendis dessa pessoa.
4.2 – 2Co. 5.17 (BV) ‘Quando alguém se faz cristão, torna-se uma pessoa totalmente nova por dentro. Já não é mais a mesma. Teve início uma nova vida!’.
4.3 – 2Co. 5.17 (NVI) ‘Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!’.

b – As crises diversas darão lugar a vida perfeita e plena no Reino de Deus.

1. Enquanto nesta vida terrena viveremos entre o bem e o mal, entre o cosmo e o caos, entre o real e o ideal, e a guerra e a paz, entre o ódio e o amor, entre flores e espinhos, entre a alegria e a dor.

2. A promessa e a convicção que paira sobre o que crê em Cristo Jesus como seu salvador é que isso um dia será mudado.

3. Teremos uma nova qualidade e uma nova realidade de vida a partir da volta do Rei Jesus, que estabelecerá uma nova ordem e um novo estado e de vida.
3.1 – 2Pe. 3.14 ‘O dia do Senhor, porém, virá como ladrão. Os céus desaparecerão com um grande estrondo, os elementos serão desfeitos pelo calor, e a terra, e tudo o que nela há, será desnudada. Visto que tudo será assim desfeito, que tipo de pessoas é necessário que vocês sejam? Vivam de maneira santa e piedosa, esperando o dia de Deus e apressando a sua vinda. Naquele dia os céus serão desfeitos pelo fogo, e os elementos se derreterão pelo calor. Todavia, de acordo com a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, onde habita a justiça’.
3.2 – Ap. 21.3-4 (NVI) ‘Eu ouvi um alto brado que vinha do trono, dizendo: Atenção, a morada de Deus agora está entre os homens, e Ele morará com eles e eles serão o seu povo; sim, o próprio Deus estará entre eles. Ele enxugará todas as lágrimas dos olhos deles, e não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor. Tudo isso passou para sempre’.

4. E assim, crises diversas será apenas um capítulo, uma página virada na história de uma vida sem fim e eterna.

5. Esta é a boa notícia que tenho para trazer hoje sobre as crises diversas.

6. Mas tenho uma má notícia e a má notícia é que aqueles que não se fiarem de Cristo Jesus como seu Salvador pessoal, viverão sob a égide da maldição imprecada lá no Éden, e a realidade e a culpa do pecado nunca será retirada de suas costas, bem como a pena que pesa sobre os tais, que é a condenação eterna a um estado de punição; viverão sob os efeitos torturantes de sua própria pecaminosidade e sob o efeito da justiça punitiva de Deus, em um mundo doente, em um corpo que sofre e em um espírito que jamais conhecerá o que é paz.


CONCLUSÃO:

Você tem atravessado crises diversas em sua vida? Lembre-se:
1. Elas são apenas parte desta vida devido o pecado, pelo qual fomos atingidos.
2. Elas estão sob o controle absoluto e soberano de Deus. Descanse e confie nele.
3. Elas tem prazo de validade prescrito para os que estão em Cristo Jesus.

Você ainda não resolveu a questão do pecado com Cristo Jesus? Lembre-se:
1. Enquanto você está nesta vida você tem oportunidade desse acerto.
2. Com a morte cessa a oportunidade e fecha-se essa porta para sempre.
3. É um caminho sem volta. Busque o socorro de Deus enquanto tens a porta aberta.

POR QUE A CRUZ?


I Co. 1.18-25


OBJETIVO: Ensinar sobre a necessidade da cruz, sacrifício expiatório através da pessoa de Cristo a favor dos que serão salvos.


INTRODUÇÃO: Como escapar da condenação eterna?


CONTEXTO: Paulo apresenta o valor da mensagem da Cruz em contraste com a percepção humana, seja da própria religião ou da filosofia.


TRANSIÇÃO: Com os olhos na pecaminosidade humana e sua necessidade de salvação, quero vos propor nesta ocasião o seguinte tema: ‘POR QUE A CRUZ?’.


I – A CRUZ, INSTRUMENTO DE TORTURA E DOR.

a – A Invenção da Cruz.

1. A Crucificação ou crucifixão foi um método de execução utilizado na antiguidade.

2. Abolido no século IV, por Constantino.

3. Crê-se que foi criado na Pérsia, sendo trazido no tempo de Alexandre para o Ocidente.

4. Neste ato combinavam-se os elementos de vergonha e tortura, e por isso o processo de crucificação era olhado com profundo horror.

b – O Suplício da Cruz.

1. O castigo da crucificação começava com flagelação, depois do criminoso ter sido despojado de suas vestes.

2. No ato de crucificação a vítima era pendurada de braços abertos em uma cruz de madeira, amarrada ou presa a ela por pregos perfurantes nos punhos e pés.

3. O peso das pernas sobrecarregava a musculatura abdominal que, cansada, tornava-se incapaz de manter a respiração, levando à morte por asfixia.

4. Para abreviar a morte os torturadores às vezes quebravam as pernas do condenado, removendo totalmente sua capacidade de sustentação, acelerando o processo que levava à morte.

5. Era comum também a colocação de ‘bancos’ no crucifixo, que foi erroneamente interpretado como um pedestal. Essa prática fazia com que a vítima vivesse por mais tempo.

6. Nos momentos que precedem a morte, falar ou gritar exigia um enorme esforço.

7. Consistia em torturar o condenado e obrigá-lo a levar até o local do suplício a barra horizontal da cruz, onde já se encontrava a parte vertical cravada no chão. De braços abertos, o condenado era pregado na madeira pelos pulsos e pelos pés e morria, depois de horas de exaustão, por asfixia e parada cardíaca (a cabeça pendida sobre o peito dificultava sobremodo a respiração).

8. Crucificação em massa: Em 70 a.C., Spartacus e outros 6 mil rebeldes foram crucificados juntos pelo governo romano. Outro caso de crucificação em massa ocorreu durante a guerra da Judeia, em 66 d.C. Para conter o avanço de uma rebelião no local, o governador romano da Judeia, Floro, mandou para a cruz 3.600 pessoas. Depois da vitória, Roma seguiu enviando 500 judeus por dia para a crucificação. Só interrompeu a carnificina depois que a madeira acabou.


II – A CRUZ, SÍMBOLO DA MAIS HORRENDA CONDENAÇÃO.

a – A Pior Condenação Destinada ao Ser Humano Declarada Nas Escrituras.

1. A pior condenação destinada ao ser humano declarada nas Escrituras é a condenação ao inferno como pagamento de sua pecaminosidade e impenitência diante do Deus Todo Poderoso.

2. Nessa condenação os horrores e sofrimentos lhe serão impingidos eternamente, sendo apresentados tais horrores em figuras apavorantes:
2.1 – Fogo eterno:
2.2 – Vermes que não morrem:
2.3 – Choro e ranger de dentes:

3. Nada na história da humanidade se iguala aos sofrimentos eternos do inferno; mas Deus utiliza-se da Cruz, o pior tipo de execução, lenta e dolorosa, para ilustrar o sofrimento eterno.

b – Deus é o Justo Juiz.

1. A questão que se levanta é por que Deus, sendo bondoso impingiria um sofrimento tão horrível e eterno às suas criaturas.

2. A resposta se estabelece no atributo da justiça divina, pois sendo Deus justo, não poderia deixar impune as transgressões do pecador.

3. Deus, sendo justo, dá ao pecador exatamente o que o mesmo é merecedor, conforme a Lei imposta antes do pecado: ‘No dia em que dela comeres, certamente morrerás’ (Gn. 2.17).

c – O Paralelo do Inferno Com a Cruz.

1. Símbolo de vergonha, sofrimento e morte.
1.1 – Os bárbaros tinham inventado a crucificação, muito antes da época de Cristo, e o consideravam tão atroz que os cidadãos romanos raramente eram crucificados.
1.2 – Os judeus também abominaram este método de execução, em parte porque aqueles que eram ‘pendurados em um madeiro’ eram considerados amaldiçoados (Dt. 21:22-23).

2. Uma tortura agonizante e lenta, com dores penetrantes e agudas, sendo a pior espécie de morte que alguém poderia experimentar.

3. O inferno é a punição com sofrimento físico e espiritual, agudo e constante, por toda a eternidade, como pagamento pelo pecado.
2.1 – Rm. 6.23 ‘O salário do pecado é a morte’.

4. A morte por crucificação é uma parábola do inferno, dado o horror e sofrimentos constantes e diversos que a mesma impõe ao condenado.


III – A CRUZ, CONDENAÇÃO E LIBERTAÇÃO DO PECADOR.

a – Pela Cruz a Condenação do Pecador é Satisfeita.

1. Através da morte de Cristo, Deus fez propiciação, isto é, satisfação ou pagamento da dívida do pecador para com Ele.
1.1 – Rm. 3.25 (BV) ‘Deus foi quem enviou Cristo Jesus para levar o castigo pelos nossos pecados, e assim por fim a toda a ira de Deus contra nós. Ele usou o sangue e a nossa fé como o meio de salvar-nos da sua ira. Deste modo Ele estava sendo completamente justo, mesmo que não tivesse castigado aqueles que pecaram em tempos passados. Isso porque Ele estava aguardando a chegada do dia quando Cristo viria e apagaria aqueles pecados’.

2. Os Evangelhos registram que a crucificação não pegou Jesus de surpresa, pelo contrário, Ele sabia que seu propósito era morrer para o bem do mundo.
2.1 – Mt. 20:28 (ARA) ‘Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que estava perdido’.

3. Ele sabia que Deus iria permitir que homens pecadores o executasse - o plano da redenção tinha sido ordenado antes mesmo da fundação do mundo.
3.1 – At. 2:23 (NVI) ‘Este homem lhes foi entregue por propósito determinado e pré-conhecimento de Deus; e vocês, com a ajuda de homens perversos, o mataram, pregando-o na cruz’.
3.2 – 1Pe. 1:20 (BV) ‘Deus O escolheu para este propósito muito antes do princípio do mundo, mas só recentemente foi que Ele manifestou isto publicamente, nestes últimos dias, como uma bênção para vocês’.

b – Pela Cruz a Libertação do Pecador é Alcançada.

1. Um símbolo de salvação e vida eterna.
1.1 – Pode ser surpreendente que a cruz se tornou o principal símbolo do cristianismo, dada a sua associação original com vergonha, sofrimento e morte.
1.2 – Cristo, na cruz, sofre o inferno em nosso lugar, inferno este que nos traria nossa vergonha, sofrimento e morte.
1.3 – Dn. 12.2 ‘Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno’.

2. Não há salvação em nenhum outro nome (pessoa) porque só Jesus Cristo sofreu o inferno em nosso lugar.

3. Não é à toa que o diabo tentou impedir de Cristo morrer na Cruz.
3.3 – Desde o início, Satanás tentou tirar Jesus do caminho da cruz.
a) Num primeiro momento, tentou evitar que o Filho de Deus nascesse e crescesse no mundo.
b) Depois usou os próprios discípulos para o dissuadir de não ir para a cruz.
3.4 – Tentou tirar Jesus da cruz.
a) Mt. 27.40-44 ‘Se é quem tu dizes ser, desce daí’.
3.5 – Ele tentou tirar a cruz de Cristo, o Cristo da cruz, e persiste em tirar a cruz da igreja.
a) Não poucas as pregações que apresentam um evangelho sem a Cruz.
b) Muitas pregações substituem a mensagem da Cruz por dinheiro e prosperidade.

c – A Mensagem da Cruz é Loucura e Sabedoria.

1. O simples falar que a cruz é salvação, desconectada da mensagem do inferno e punição, se torna mesmo uma loucura e sem sentido lógico; contudo quando Cristo sofre o inferno no lugar do pecador, aí a cruz passa a ter um outro sentido.
1.1 – 1Co. 1:18 (BV) ‘Sei perfeitamente bem como parece tolice, àqueles que estão perdidos, quando ouvem que Jesus morreu para salvá-los. Nós, porém, que somos salvos, reconhecemos esta mensagem como o próprio poder de Deus’.

2. Deus pune o seu Filho amado com o inferno no lugar do pecador, e ilustra isto com a morte de Cruz, tornando assim, a cruz, em sabedoria de Deus.
2.1 – 1Co. 1.21-22 (BV) ‘Deus, em sua sabedoria, providenciou para que o mundo nunca encontrasse a Deus através da inteligência humana. E então Ele se manifestou e salvou todos quantos creram em sua mensagem - essa mesma que o mundo considera absurda e ridícula. Parece absurda para os judeus, porque eles desejam um sinal do céu como prova de que o que está sendo pregado é verdadeiro; e é ridícula para os gentios, porque eles crêem somente naquilo que concorde com a sua filosofia e lhes pareça sábio’.

3. A Cruz de Cristo é o único meio pelo qual se pode livrar o pecador de sua culpa, pois é o próprio Cristo sofrendo o inferno no lugar daqueles que não poderiam suportá-lo e saírem livres para desfrutarem da vida eterna.

4. Não há salvação fora da Cruz de Cristo.
4.1 – 1Co. 1.25 ‘Este plano de Deus, chamado de "absurdo", é bem mais sábio do que o plano mais sábio do homem mais sábio, e Deus na sua fraqueza - Cristo morrendo na cruz - é muito mais forte do que qualquer homem’.


CONCLUSÃO: E agora? O que você fará com essa verdade?
Cabe a você render sua vida a Cristo e suplicar dele o favor da cobertura de sua vida com o valor de sua morte na Crus.

Ilustração: Após um assalto seguido de morte, à uma carruagem dos correios nos EUA, em 1829, Wilson foi preso e aguardava julgamento com possível execução por enforcamento.
O Estado lhe ofereceu um advogado. Ele recusou por diversas vezes.
Meses depois, no dia do julgamento, Wilson avistou o advogado à frente da sala do tribunal, e podendo se aproximar lhe insta:
- ‘Doutor, agora reconheço que preciso realmente de seus serviços e de sua defesa a meu favor’.
O suposto advogado lhe responde nos seguintes termos:
- ‘Infelizmente, meu rapaz, não posso mais lhe socorrer como lhe ofereci meses atrás. Passei no concurso e agora serei o juiz que te condenará’.

Assim, hoje, o Senhor Jesus é o advogado que se põe disposto a lhe defender. Chegará o dia do julgamento final, onde não mais como advogado, mas como juiz, lhe dará a sentença final.

Acerte sua dívida com Ele enquanto pode.

POR QUE A RECONCILIAÇÃO

2Co. 5.18-6.3

OBJETIVO: Ensinar que o pecador está inimizado de Deus e precisa ser reconciliado com este ou estará eternamente perdido.

INTRODUÇÃO: Estamos às voltas com uma briga muito antiga, onde a Bolívia faz representação ao Chile no Tribunal de Haia, no intuito da decisão da ONU a seu favor.
Trata-se da demanda de território entre Chile e Bolívia, com suas primeiras manifestações desde a década de 60 no século XIX.
Entre os anos de 1879 e 1884 configurou-se a Guerra do Pacífico. O confronto, entre as forças do Chile e a aliança de Bolívia e Peru, tinha como objetivo principal conquistar o controle de territórios ricos em minério, ou seja, parte do Deserto do Atacama.
Ao longo da guerra, o Peru perdeu a província de Tarapacá e a Bolívia ficou sem acesso ao oceano Pacífico. A perda boliviana é um problema com grande viés político que se arrasta até os dias atuais, uma vez que em sua Constituição há o desejo de recuperação do acesso ao mar. Por isso, a guerra do Pacífico ficou conhecida como ‘A guerra em que a Bolívia ficou sem mar’.
Foram assinados diversos tratados que resultaram no fim dos impasses entre os países. Um tratado, em 1866, estabelecia limites territoriais entre Chile e Bolívia e em outro, de 1884, os bolivianos cederam à costa pacífica ao Chile, com as reservas de cobre e nitratos. Agora a questão vem novamente à baila. Haverá reconciliação entre as partes?

CONTEXTO: Paulo discorre com a Igreja de Corinto demonstrando que o cristão é nova criatura; mas que só o é como consequência da iniciativa de Deus em refazer os laços de comunhão e de vida para o pecador inimizado e morto em seus pecados.

TRANSIÇÃO: Como não ser esmagado por um inimigo infinitamente superior a você mesmo? Quero compartilhar sobre o tema: POR QUE A RECONCILIAÇÃO?


I – A RECONCILIAÇÃO É INICIATIVA DE DEUS.

a – A inexplicável quebra de vida e comunhão por parte do homem para com o Criador.

1. A humanidade foi criada para refletir a glória de Deus e vivenciar da própria vida de Deus em santidade e comunhão perfeita através da imagem e semelhança do Criador implantadas no ato da criação.

2. Embora a criação da raça tenha se dado através de um casal matriz, vê-se com muita clareza nas Escrituras que, a partir deste casal todos os outros se reproduziriam conforme a sua espécie: santos e em perfeita comunhão com o Criador através da imagem e semelhança do Criador neles implantadas.

3. As páginas que seguem à narrativa da criação em Gênesis se prestam a demonstrar o que aconteceu com a família protótipo e com todos os seus descendentes, reproduzindo-se conforme a sua espécie, agora, uma espécie corrompida e rebelde.

4. Houve um ato de rebelião, desobediência e obstinação agressiva contra o Criador; que, expulsa a humanidade de sua presença santa e os trata a partir de então como inimigos declarados.

b – A promessa de uma recuperação da raça criada.

1. Mesmo diante da rebelião e inimizade declarada no Jardim do Éden, Deus propõe que colocaria em ação um plano para resgatar a humanidade caída e separada do Criador.
1.1 – Gn. 3.15 (BV) ‘Também a sua descendência será inimiga do descendente da mulher. Ele ferirá você na cabeça, ao passo que você ferirá o calcanhar dele’.

2. Toda a história bíblica e até mesmo toda a história da humanidade foi dirigida para este momento, a vinda do Redentor.
2.1 – Gl. 4.4 (BV) ‘Mas quando chegou o tempo certo, o tempo determinado por Deus, Ele enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido judeu para comprar liberdade para nós que éramos escravos da lei, a fim de que ele nos pudesse adotar como seus próprios filhos’.

3. A lei (de Deus) propositava que se o homem pecasse seria herdeiro da morte.

c – A iniciativa da reconciliação deve ser do ofendido e não do ofensor.

1. Por questão de lógica do direito e da justiça, o ofensor é que deve procurar o ofendido e lhe pedir misericórdia, esperando deste o perdão para a ofensa.

2. Na relação de Deus com o homem o ofensor é o homem e este é quem deveria buscar a Deus e lhe propor a reconciliação; contudo, o pecado resultou na morte espiritual do pecador impossibilitando-o sequer de ter consciência do que de fato lhe ocorreu.
2.1 – Rm. 6.23a (BV) ‘O salário do pecado é a morte...’.

3. Havia um estado de hostilidade, de inimizade, entre o homem e Deus, que é levado às últimas consequências; ficando o homem, que outrora criado para ser imagem de Deus, agora seu inimigo declarado.

4. O homem moderno acha difícil aceitar essa opinião, de que Deus é hostil para com ele, a ponto de lhe resistir em ira.
4.1 – Jo. 3.36 (NVI) ‘Quem crê no Filho tem a vida eterna; já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele’.
4.2 – Rm. 5.9 (BV) ‘E já que por seu sangue Ele fez tudo isso por nós como pecadores, quanto mais Ele não fará por nós agora, que nos declarou sem culpa? Agora Ele nos salvará de toda a ira divina que está para vir’.

5. Não se pode falar em reconciliação sem falar da ira de Deus contra o pecador.
5.1 – Deus estava contra o homem em seu pecado e destinado a puní-lo.
5.2 – Aquele que minimiza a ira e o juízo de Deus, no evangelho, também deixa de compreender a largura, a extensão, a altura e a profundidade do amor de Deus, declarado no evangelho.

6. Quem tomou a iniciativa de se estabelecer a paz foi deus e não o homem pecador.
6.1 – II Co. 5.18 (NVI) ‘Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação’.


II – A RECONCILIAÇÃO É RESULTANTE DA OBRA DE CRISTO.

1. No verso lido anteriormente Paulo destaca que ‘Deus... nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo’.

2. A reconciliação é resultado do que Cristo fez em lugar do pecador, assumindo sua condenação ao inferno e pagando toda a sua culpa perante Deus.

3. Deus estava contra o homem em seu pecado e destinado a puní-lo, mas Cristo é punido em lugar do pecador.

4. A obra de Cristo é remover a hostilidade contra Deus que existe no homem.
4.1 – Cl. 2.13-15 (BV) ‘Vocês estavam mortos em pecados e seus desejos pecaminosos ainda não tinham sido afastados. Então Ele deu-lhes participação na própria vida de Cristo, porque lhes perdoou todos os pecados e apagou as acusações confirmadas que havia contra vocês, a lista dos seus mandamentos que vocês não tinham obedecido. Tomando esta lista de pecados, Ele a destruiu, pregando-a na cruz de Cristo. Deste modo Deus tirou o poder de Satanás acusar vocês de pecado e exibiu publicamente ao mundo inteiro o triunfo de Cristo na cruz, onde foram tirados todos os pecados de vocês’.

5. Broadman: ‘Sem Cristo, o homem está alienado de Deus, condenado a morte e sem esperança de entrar no novo mundo de vida e santidade, preparado por Deus’.

6. Ilustração: ‘Mãe que une as mãos do pai e filho, em oração no momento de sua morte’.


III – A RECONCILIAÇÃO RESSOA COMO O APELO DA PALAVRA.

1. O plano de Deus é que o valor da reconciliação realizada por Jesus na cruz do Calvário chegue ao conhecimento de cada pessoa.

2. O apelo do evangelho em toda a Escritura é de que haja reconciliação entre Deus e o pecador.
2.1 – Jó 22.21 (ARA) ‘Reconcilia-te com Ele e tem paz!’.
2.2 – Sl. 7.11-13 (BV) ‘Deus é justo juiz. Ele sente ódio pelo pecado constantemente e se o pecador não se arrepende, Deus afia sua espada e destrói aquele homem. No seu arco já foi colocada uma flecha e Ele já fez a pontaria; já estão preparadas armas mortais para castigar o pecador; já estão prontas as flechas de fogo’.
2.3 – Pr. 1.24-33 (BV) ‘Eu já chamei tantas vezes e vocês recusaram! Estendi a mão, convidando, mas ninguém Me deu importância. Vocês não deram valor aos Meus conselhos e não aceitaram a Minha repreensão. Por isso, quando chegarem os dias do seu sofrimento, os dias do medo e da tristeza, Eu vou rir e zombar de vocês. Quando a desgraça cair sobre vocês como uma tempestade, quando seu triste fim chegar violento como um furacão, quando vocês estiverem sufocados pelas angústias então vocês vão procurar desesperados a Minha ajuda mas Eu não responderei. Tentarão Me encontrar mas será tudo em vão. Sabem por que isso vai acontecer? Porque vocês desprezaram a verdade e se recusaram a honrar e obedecer o Senhor. Vocês não deram valor aos Meus conselhos e acharam que Minha repreensão era inútil. Por isso, vocês comerão os frutos amargos de sua desobediência. Já que seus planos foram semear ventos, vocês colherão tempestades. Gente vazia! Vocês morrerão porque se afastaram de Mim. Loucos, pensando que tudo estava bem enquanto caminhavam passo a passo para a destruição. Loucos!’.

3. O apelo da Palavra de Deus é carregado de expressões que evocam um desejo de mudança da parte do pecador em buscar a Deus.
3.1 – II Co. 6.2 (BV) ‘Pois ele diz: "Eu o ouvi no tempo favorável e o socorri no dia da salvação". Digo-lhes que agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação!’.
3.2 – Is. 55.6-7 (NVI) ‘Busquem ao Senhor enquanto podem achar. Peçam sua ajuda, enquanto Ele está perto. Os pecadores devem abandonar seus maus caminhos; devem deixar de lado seus maus pensamentos. Todos devem se voltar para Deus, arrependidos! Assim, Deus mostrará a sua grande misericórdia, o Senhor mostrará como é imenso o seu perdão’.

4. O fechamento das Escrituras, no livro de Apocalipse, traz ainda um último grito de apelo ao pecador no intenso desejo de que ele se prostre diante de Deus clamando por seu favor e perdão.
4.1 – Ap. 22.17 (NVI) ‘O Espírito e a noiva dizem: "Vem!" E todo aquele que ouvir diga: "Vem!" Quem tiver sede, venha; e quem quiser, beba de graça da água da vida’.


CONCLUSÃO: A mensagem final que deixamos como Igreja é a exortação de Paulo no verso 20: ‘Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus’.

Você entendeu? Por que a reconciliação? Deus quer reconciliar-se contigo! É com você!

Não deixe para depois! Não rejeite ou não seja indiferente ao apelo da Palavra: Reconcilia-te com Deus! Reconciliai-vos já com Deus!

PORQUE A CONVERSÃO É A NECESSIDADE PREMENTE PARA CADA PESSOA?

At. 3.19

OBJETIVO: Apresentar para cada pessoa a possibilidade de vida unicamente em Jesus Cristo, considerando a urgente necessidade de conversão.

INTRODUÇÃO: Uma notificação da justiça feita por um representante legal é de caráter irremissível. Uma vez notificado, notificado está. Cabe ao acusado ir em busca de sua defesa.

CONTEXTO: O texto lido é uma afirmação do apóstolo Pedro por ocasião de um dos primeiros discursos apresentando o projeto de salvação elaborado por Deus através de Jesus Cristo como o único salvador possível aos homens e a necessidade de conversão dos pecadores a Jesus.

TRANSIÇÃO: A aceitação de Cristo como o Messias de Deus para salvação da humanidade sempre foi uma pedra no sapato dos judeus. Desde os primeiros dias da Igreja primitiva a pregação do Evangelho constava da proclamação de que Jesus de Nazaré, o filho do carpinteiro, o Mestre da Galiléia, era o Cristo, e que seus sofrimentos e morte eram cumprimentos das Escrituras. Quero compartilhar nesta oportunidade o seguinte tema: ‘PORQUE A CONVERSÃO É A NECESSIDADE PREMENTE PARA CADA PESSOA?’.


I – PORQUE TODO HOMEM ESTÁ MORTO.

a – A vida humana é de origem e propósitos divinos.

1. As Escrituras nos revelam o fato de que a raça humana é uma raça criada por Deus com propósitos eternos.
1.1 – Deus criou a raça humana como coroa da criação.
a) Após criar todas as coisas inanimadas.
b) Após criar todas as coisas animadas.
c) Após criar todas as coisas visíveis e invisíveis.
d) Após criar todos os seres espirituais e morais.
1.2 – Deus criou a raça humana conforme a sua imagem e a sua semelhança.
a) A semelhança não é aparência ou forma física, pois Deus é espírito e não possui corpo como nós.
b) A semelhança é moral e espiritual.
1.3 – Deus criou a raça humana para desfrutar da vida do próprio Deus.
a) Seu caráter.
b) Suas perfeições.
c) Suas realizações.
d) Sua eternidade.
1.4 – A vida humana dentro do projeto de Deus seria inimaginável de bela e plena de satisfação e realização.

2. A realidade humana em contraste com o projeto de Deus.
2.1 – Deus não nos criou para o pecado.
2.2 – Deus não criou para o sofrimento.
2.3 – Deus não criou para o caos.
2.4 – Deus não criou para a morte.

b – A vida eterna plena foi tirada pelo castigo divino.

1. O mesmo Deus que criou o homem para uma maravilhosa vida de perfeições deu-lhe a possibilidade de autonomia e decisão, o chamado livre-arbítrio.

2. Conforme a narrativa da Revelação Especial de Deus, a Bíblia Sagrada, a raça humana, através de nossos primeiros pais, escolheu ser independente de Deus fazer seu próprio caminho.

3. A este estado de rebeldia as Escrituras chamam de pecado.
3.1 – I Jo. 3.4 ‘Quem peca é culpado de quebrar a lei de Deus, porque o pecado é a quebra da lei’.
3.2 – ‘Pecado é a escolha de si mesmo como centro da vida numa revolta muito atrevida contra o Criador’ (Rev. Sebastião Machado – prof. IBEL - 1941).

4. O pecado teve sua punição como castigo divino.
4.1 – O pecado produziu a morte espiritual.
4.2 – O pecado produziu a morte existencial.
4.3 – O pecado produziu a morte material.
4.4 – O pecado produziu a morte eterna.
4.5 – A vida eterna plena só é possível em Deus.


II – PORQUE TODO HOMEM RESISTE A DEUS.

a – A natureza tornou-se contrária a Deus.

1. A natureza humana, desde a Queda de Adão, tornou-se contrária a Deus e a sua vontade perfeita.

2. Todas as escolhas do ser humano se tornaram contaminadas com os germes da corrupção existentes no pecado e sempre trazem um gosto amargo de insatisfação.

3. O apóstolo Paulo, falando sobre a força do pecado, acerta com destreza toda a dubiedade de nossa experiência:
3.1 – Rm. 7.14-24 ‘Sabemos que a lei é divina; mas eu sou humano e fraco e fui vendido ao pecado para ser seu escravo. Eu não entendo o que faço, pois não faço o que gostaria de fazer. Pelo contrário, faço justamente aquilo que odeio. Se faço o que não quero, isso prova que reconheço que a lei diz o que é certo. E isso mostra que, de fato, já não sou eu quem faz isso, mas o pecado que vive em mim é que faz. Pois eu sei que aquilo que é bom não vive em mim, isto é, na minha natureza humana. Porque, mesmo tendo dentro de mim a vontade de fazer o bem, eu não consigo fazê-lo. Pois não faço o bem que quero, mas justamente o mal que não quero fazer é que eu faço. Mas, se faço o que não quero, já não sou eu quem faz isso, mas o pecado que vive em mim é que faz. Assim eu sei que o que acontece comigo é isto: quando quero fazer o que é bom, só consigo fazer o que é mau. Dentro de mim eu sei que gosto da lei de Deus. Mas vejo uma lei diferente agindo naquilo que faço, uma lei que luta contra aquela que a minha mente aprova. Ela me torna prisioneiro da lei do pecado que age no meu corpo. Como sou infeliz! Quem me livrará deste corpo que me leva para a morte?’.

4. Com a natureza assim corrompida ninguém consegue agradar a Deus.

b – Não há quem volte à origem sozinho.

1. Nenhum ser humano consegue voltar ao início de tudo e começar de novo, pois já nasce com a vida corrompida.

2. Vivemos a verdadeira incógnita de ‘O elo perdido’.
2.1 – Deus expulsou o homem daquele estado de vida perfeita, trancou a porta e escondeu a chave.

3. Sl. 51.5 ‘De fato, tenho sido mau desde que nasci; tenho sido pecador desde o dia em que fui concebido’.

c – Só na conversão a natureza humana pode ser transformada.

1. Conversão é o processo de volta as origens.

2. A porta de entrada neste processo se chama Jesus e a chave é a fé.


III – PORQUE O HOMEM SOFRE COM O PECADO.

a – O pecado produziu a morte espiritual.

1. Com a morte espiritual o homem sofre a falta de comunhão com Deus e sofre de interferência maligna em seus sentimentos e relacionamentos para com Deus.
1.1 – Por isso toda sorte de religiosidade e enganos sobre as questões espirituais se tornam possíveis na experiência humana.

b – O pecado produz a morte existencial.

1. Todos os relacionamentos e realizações existenciais do ser humano são afetados com o pecado e por isso o homem sofre existencialmente.
1.1 – Sejam as relações na família, no casamento, no trabalho, na área social, na administração dos bens e em qualquer outra área da vida humana, a raça humana entrou neste estado de desequilíbrio e morte.

2. Pode-se dizer que a totalidade das angústias humanas nasce desse estado de morte existencial.

c – O pecado produz a morte material.

1. A morte física sempre é uma dor na experiência humana.

2. A morte física nunca é aceita na raça humana, por mais que possa se esperar seja num caso de enfermidade ou de idade avançada.

3. Como consequência do pecado a morte física traz sofrimento para a raça humana.

d – O pecado produz a morte eterna.

1. A morte eterna é o estado de morte espiritual, aquela separação da comunhão e dos propósitos de Deus para a vida humana, orientados na criação da raça e perdidos com o pecado.

2. Quem não passar pela conversão vai experimentar por toda a eternidade este estado de degeneração e sofrimento.
2.1 – II Ts. 1.7b-10 ‘... quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus. Estes sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder, quando vier para ser glorificado nos seus santos e ser admirado em todos os que creram, naquele dia (porquanto foi crido entre vós o nosso testemunho)’.

e – Só a conversão substitui a morte pela vida.

1. Só a conversão pode levar o ser humano a este processo de restauração, onde o estado de morte possa ser substituído pela vida.

2. Jo. 3.16 (ARA) ‘Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna’.

3. Jo. 3.36 (NVI) ‘Quem crê no Filho tem a vida eterna; já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele’.

CONCLUSÃO: O propósito do Evangelho é notificar a todos que se voltem para Deus com arrependimento e fé, e você está notificado hoje. Dê uma resposta ao amor de Deus manifesto na pessoa e morte de Jesus como pagamento pelo seu pecado.

Quem sabe Deus pode ser gracioso para com você e lhe dar o perdão!
Sl. 7.12 ‘Se o homem não se converter, afiará Deus a sua espada...’.
Volte-se para Deus.
Peça-lhe perdão!

Por que o Pecado?

Rm. 3.9-20

Objetivo: Apresentar a realidade do pecado universal e individual chamando o pecador ao arrependimento.

Introdução: A informação de que você pode ir para o inferno te agrada?

Contexto: Paulo expõe aos romanos a universalidade do pecado.

Transição: Se todos pecaram, logo todos são condenáveis aos olhos de Deus. Como se ver livre desta penalização?

I – A Concepção do Pecado na Vida Humana.

1. A psicologia, sociologia, antropologia e outras ciências comportamentais encaram o que as Escrituras chamam de pecado apenas como sendo falha no comportamento humano, sendo variável em cada pessoa de acordo com a educação, o meio ou a cultura na qual está inserido o indivíduo.

2. Até mesmo a palavra pecado é evitada ou dado a ela um conceito de mero erro comportamental.

3. No uso comum, pecado se reserva a erros mais grosseiros ou crimes mais hediondos.
3.1 – ‘Eu não mato, então não peco’.
3.2 – ‘Eu não sou pecador porque não roubo’.


II – A Realidade do Pecado na Revelação Divina.

1. O pecado é uma realidade na vida humana e mesmo que se dê outros nomes não altera o fato de sua existência e realidade.

2. Através do desenvolvimento da teologia convencionou-se a seguinte definição:
2.1 – Pecado original.
2.2 – Pecado atual ou factual.

3. ‘Pecado original’ é o nome dado a condição de pecadores que todos nós herdamos de Adão e Eva.
3.1 – O primeiro casal era o representante de toda a raça humana, por isso, todos que nascem herdam deles a condição de pecadores, pois eles pecaram.
3.2 – A Bíblia fala a respeito desse primeiro pecado que resultou na ‘contaminação’ de todos os seres humanos:
3.3 – Rm 5:12Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram’.

4. ‘Pecado atual ou factual’ são os pecados que cometemos no nosso dia a dia, no decorrer da nossa vida.
4.1 – Os ‘Pecados atuais’ são derivados ou consequências do pecado original.
4.2 – São atos, pensamentos, intensões, ações, omissões, resultantes do fato de sermos pessoas enfermizadas pela doença do pecado.
4.3 – ‘O pecado é uma condição do ser humano caído, é a exclusão de Deus e a negação dos seus caminhos e propósitos. Pecado é um conceito teológico, é definido a partir da revelação de Deus nas Escrituras Sagradas, não é um conceito psicológico ou sociológico. Não é definido culturalmente, mas biblicamente’ (Ricardo Barbosa – IP Planalto Brasília ).


III – A Realidade do Pecado na Vida Humana.

1. A descrição da pecaminosidade no texto de Paulo nesta carta aos Romanos aponta para a realidade nua e crua percebida e comprovada na sociedade humana em qualquer cultura ou época.

2. O pecado pressupõe a existência de um Deus santo que se revelou através da Escritura Sagrada e estabeleceu um código de moral e ética na qual o homem é balizado.

3. A partir desta realidade Paulo passa a descrever o pecado demonstrando que diante desse Deus absolutamente santo e perfeito não quem viva plenamente de forma agradável a ele.

4. O pecado é universal, e Paulo afirma isto no versículo 9.
4.1 – Rm. 3.9 (NVI)Que concluiremos então? Estamos em posição de vantagem? Não! Já demonstramos que tanto judeus quanto gentios estão debaixo do pecado’.

5. Não há quem seja perfeito aos olhos do santo Deus.
5.1 – Rm. 3.10-12 (BV)Tal como as Escrituras afirmam: Ninguém é bom - ninguém no mundo inteiro é inocente. Ninguém jamais seguiu realmente as veredas de Deus, nem mesmo desejou verdadeiramente fazê-lo. Todos se desviaram; todos caíram no erro. Ninguém, em parte alguma, fez só o que é direito durante toda a sua vida nem uma só pessoa’.

6. Pecam com a boca expressando daquilo que há dentro de seus corações.
6.1 – Rm. 3.13-14 (NVI)Suas gargantas são um túmulo aberto; com suas línguas enganam. Veneno de serpentes está em seus lábios. Suas bocas estão cheias de maldição e amargura’.
6.2 – Quem, em toda a sua vida, em algum momento, nunca falou algo ferinamente contra alguém, diminuindo, desprezando ou desejando mal ao seu próximo?

7. O agir e o viver do ser humano o conduz para o mal, por isso Paulo usa a figura dos pés.
7.1 – Rm. 3.15-16 (NVI)Seus pés são ágeis para derramar sangue; ruína e desgraça marcam os seus caminhos’.

8. O temor de Deus, a seriedade para o fato da existência e santidade de Deus não é considerado pelo homem de forma geral.
8.1 – Rm. 3. 17 (NVI)Aos seus olhos é inútil temer a Deus’.


IV – A Realidade da Salvação do Pecado Para o Ser Humano.

1. O apóstolo Paulo reforça o fato de que os mandamentos de Deus não foram dados com a intenção de salvar qualquer pessoa pela prática dos mesmos, mas sim que pela constatação da incapacidade da completa obediência, todo homem soubesse de sua culpa perante o Deus santo.
1.1 – Rm. 3.19-20 (NVI)Sabemos que tudo o que a Lei diz, o diz àqueles que estão debaixo dela, para que toda boca se cale e todo o mundo esteja sob o juízo de Deus. Portanto, ninguém será declarado justo diante dele baseando-se na obediência à Lei, pois é mediante a Lei que nos tornamos plenamente conscientes do pecado’.

2. Nas Escrituras não se encontra um único texto onde se trata da salvação como realização ou conquista do ser humano, mas sim como resultado da graça de Deus, e tão somente através da penalização de seu próprio Filho em lugar do pecador.
2.1 – Rm. 3.21-22 (BV) ‘Agora, porém, Deus nos mostrou um caminho diferente para o céu - não o fato de sermos ‘bonzinhos’ e procurarmos guardar suas leis, mas um novo caminho (ainda que não seja tão novo assim - realmente, pois as Escrituras falaram dele há muito tempo). Agora Deus diz que nos aceitará e nos absolverá - Ele nos declarará ‘sem culpa’ - se nós confiarmos em Jesus Cristo para Ele tirar os nossos pecados. E todos nós podemos ser salvos deste mesmo modo, vindo a Cristo, não importa o que somos ou o que temos sido’.

Conclusão: Todos são pecadores. Você é pecador!
Todos são culpados e condenáveis aos olhos de Deus.
Você é culpado e condenável aos olhos de Deus.

Você não pode se salvar.
Cristo morreu por você!

POR QUE A IRA DE DEUS?


Rm. 5. 1-11

OBJETIVO: Ensinar que entre o pecador e Deus existe uma barreira de inimizade e que o pecado provoca a ira de Deus, e apresentar a solução para o problema na pessoa e obra de Cristo Jesus.

INTRODUÇÃO: Você consegue conceber Deus como sendo um ser que ira a ponto de destruir pessoas? Jonathan Edward, pastor congregacional norte-americano, foi o mais destacado teólogo e erudito da Nova Inglaterra no período colonial no século XVIII. Em 1734 o Grande Despertamento, chegou à sua igreja, e em 1741 ele proferiu seu famoso sermão ‘Pecadores nas Mãos de um Deus Irado’. Tal foi o estado de consciência de seus ouvintes que muitos se agarravam aos bancos e colunas do templo clamando por misericórdia para que Deus não derramasse sobre eles a sua ira.

CONTEXTO: Romanos é o maior tratado de teologia guardado nas páginas bíblicas. O tom da fala apostólica neste texto é de reconhecimento da miserabilidade universal descrita nos capítulos anteriores, mas também de alívio, sabendo que a ira de Deus pôde ser desviada de sobre aquele grupo de pessoas que se aproxima de Deus confiado na pessoa e obra de Cristo.

TRANSIÇÃO: Não se pode perder de vista que as Escrituras apresentam um Deus que se ira com o pecado, com a pecaminosidade e com o pecador. Não perdendo esse fio da meada, quero vos propor o seguinte tema: ‘POR QUE A IRA DE DEUS?’.


I – A IRA É PRÓPRIA E INEGÁVEL AO SER DIVINO.

1. O conceito de Deus prevalente na sociedade moderna é que a divindade é uma espécie de ‘paizão’.
1.1 – Um velho bonachão assentado em uma cadeira de balanço se divertindo com as brincadeiras de seus filhos aqui na terra.
1.2 – Um deus (com ‘d’ minúsculo) que está pronto a receber a todos com os seus pecados e garantir a salvação eterna de todos, sem levar em consideração os seus pecados.
2. Falar da ira de Deus na sociedade moderna parece não ser politicamente correto (e para muitos evangélicos, parece não ser teologicamente correto).
2.1 – Essa é uma mensagem que agride o homem.
2.2 – Essa é uma mensagem que atinge o orgulho e a vaidade humana.

3. Muitos não conseguem entender como se pode falar de um Deus que se ira.
3.1 – No AT, a ira de Deus é uma resposta à desobediência e pecado do homem.
a) A ira de Deus é direcionada para aqueles que não seguem a Sua vontade.
b) Sl. 7:11Deus é justo juiz. Ele sente ódio pelo pecado constantemente’.
c) Sl. 2:1-51 Por que os povos, cheios de ódio, se reuniram? Por que estão fazendo planos tolos, tentando enganar a Deus? 2 Os líderes das nações se reuniram e traçaram planos para derrotar o Senhor e seu Escolhido. 3 Esta foi a decisão que tomaram: "Vamos quebrar essas correntes e acabar com essa escravidão a Deus!" 4 Em seu trono, no céu, o Senhor ri e faz pouco caso dos tolos planos dos homens. 5 Quando chegar a hora certa, Ele vai mostrar ao mundo a sua ira. Os homens ficarão desorientados, com medo da ira de Deus!’.
d) Sf. 1:14-15Esse dia terrível está muito perto. Vai chegar muito depressa. No "Dia do Senhor" os homens fortes e valentes chorarão amargamente! É um dia em que a ira de Deus vai ser derramada. Um dia terrível de angústia e sofrimento, um dia de ruína e desolação, de escuridão e de nuvens sombrias’.
3.2 – No NT, os ensinamentos de Jesus apoiam o conceito de Deus como um Deus de ira que julga o pecado.
a) A história do homem rico e Lázaro (Lc. 16:19-31) fala do julgamento de Deus e das graves consequências para o pecador que não se arrepende.
b) Jesus disse em João 3:36Quem crê no Filho tem a vida eterna; já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele’.

4. Deus não pode ser criticado por dar as pessoas aquilo que elas merecem, especialmente depois de avisá-las com antecedência, vez após vez, sobre qual será o final da história.

5. Sim, muitos há que fogem de visualizar a ira de Deus, como se fossem intimados a ver alguma nódoa no caráter divino, ou algum defeito no governo divino.

6. Um estudo comparativo nos textos bíblicos mostrará que há mais referências nas Escrituras à indignação, à cólera e à ira de Deus, do que ao Seu amor e ternura.
6.1 – Dt. 32:39-41Vede agora que eu, eu o sou, e mais nenhum Deus comigo; eu mato, e eu faço viver; eu firo, e eu saro; e ninguém há que escape da minha mão. Porque levantei a minha mão aos céus, e direi: Eu vivo para sempre. Se eu afiar a minha espada reluzente, a travar do juízo a minha mão, farei tornar a vingança sobre os meus adversários, e recompensarei aos meus aborrecedores’.

7. Sendo nós seres imperfeitos nos iramos com a injustiça e com o erro, quanto mais o ser perfeito se ira com ira santa e perfeita.


II – A NATUREZA DA A IRA DE DEUS.

1. A ira de Deus é uma coisa espantosa e assustadora.
1.1 – A ira de Deus contra o pecado e a desobediência é perfeitamente justificada porque o Seu plano para a humanidade é santo e perfeito, assim como Deus é santo e perfeito.

2. Devido a influência da filosofia e de outras religiões pagãs no cristianismo, nós cristãos fomos ensinados erradamente acerca de Deus.
2.1 – O pensamento que domina a sociedade cristã no geral é de um Deus bonzinho que não tem ira, nem punição e muito menos ainda o conceito de inferno e sofrimentos eternos prevalece em grande parte do cristianismo.

3. C. H. Spurgeon: ‘Deus determinou um dia em que julgará o mundo, e suspiramos e choramos até que termine o reino da impiedade e dê descanso aos oprimidos. Irmãos, devemos pregar a vinda do Senhor, e pregá-Lo mais do que temos feito, porque é o poder do Evangelho. A doutrina do julgamento vindouro é poder pelo qual as pessoas são despertadas. Existe uma outra vida; o Senhor virá uma segunda vez; o julgamento chegará; a ira de Deus será revelada. Onde esta mensagem não é pregada, ouso dizer que o Evangelho não é pregado. É absolutamente necessário à pregação do Evangelho de Cristo que as pessoas sejam alertadas a respeito do que acontecerá se elas continuarem em seus pecados. Será que devemos manter as pessoas em um paraíso de mentira? Será que devemos adormecê-los em doces sonecas das quais apenas acordarão no inferno? Será que devemos nos tornar colaboradores para sua condenação através de nossas agradáveis conversas? Em nome de Deus, não!’.

4. Porque Deus é santo, ele odeia todo pecado; e porque ele odeia todo pecado, a Sua ira inflama-se contra o pecador.
4.1 – Como poderia Aquele que é a soma de todas as excelência olhar com igual satisfação para a virtude e o vício, para a sabedoria e a estultícia?
4.2 – Como poderia Aquele que é infinitamente santo ficar indiferente ao pecado e negar-Se a manifestar a Sua ‘severidade’ para com ele?
4.3 – Como poderia Aquele que só tem prazer no que é puro e nobre, deixar de detestar e de odiar o que é impuro e vil?

5. A própria natureza de Deus faz do inferno uma necessidade tão real, um requisito tão imperativo e eterno como o céu o é.
5.1 – A ira de Deus é sua eterna ojeriza por toda injustiça.
5.2 – É o desprazer e a indignação da divina equidade contra o mal.
5.3 – É a santidade de Deus posta em ação contra o pecado.
5.4 – É a causa motora daquela sentença justa que ele lavra sobre os malfeitores.

6. A ira de Deus não é uma retaliação maldosa e mal intencionada, infligindo agravo só pelo prazer de infligí-lo, ou devolver a ofensa recebida; não!

7. Embora seja verdade que Deus vindicará o domínio como Governador do universo, ele não será revanchista.


III – A POSSIBILIDADE DE SE ESCAPAR DA A IRA DE DEUS.

1. Neste texto da carta de Paulo aos Romanos, depois de demonstrar a pecaminosidade de toda raça humana, o apóstolo aponta para o caminho no qual se pode escapar da ira de Deus.

2. O caminho se chama ‘justificação’.
2.1 – Louiz Berkhoff ‘A justificação é um ato judicial de Deus, no qual Ele declara, com base na justiça de Jesus Cristo, que todas as reivindicações da lei são satisfeitas com vistas ao pecador’ .
2.2 – Paulo então declara no primeiro verso do capítulo 5 que só o justificado, mediante a fé em Cristo Jesus, é que pode ter paz com Deus.

3. Somente aqueles que foram cobertos pelo sangue de Cristo derramado na cruz podem estar seguros de que a ira de Deus nunca cairá sobre eles.
3.1 – Rm. 5:9 ‘Como agora fomos justificados por seu sangue, muito mais ainda seremos salvos da ira de Deus por meio dele!’.
3.2 – Aquele que crê no Filho não sofrerá a ira de Deus pelo seu pecado porque o Filho tomou sobre Si a ira de Deus quando morreu em nosso lugar na cruz.
3.3 – Aqueles que não creem no Filho, os que não O recebem como Salvador, serão julgados no dia da ira.
3.4 – Rm. 2:5 ‘Contudo, por causa da sua teimosia e do seu coração obstinado, você está acumulando ira contra si mesmo, para o dia da ira de Deus, quando se revelará o seu justo julgamento’.
3.5 – Sl. 130:3 ‘Se tu, Senhor, observares (imputares) as iniquidades, Senhor quem subsistirá?’.
3.6 – Sl.1:5...os ímpios não subsistirão no juízo...’.

4. Deus providenciou o modo de podermos receber o favor divino, e rejeitar o plano perfeito é rejeitar o amor, a misericórdia, graça e favor de Deus e incorrer a Sua justa ira.

5. Fuja! Fuja para Cristo! Fuja da ira de Deus! ‘Fuji da ira futura’ (Mt.3:7), antes que seja tarde demais.
5.1 – Ilustração: ‘Permaneça onde o fogo passou!’: Certo fazendeiro, produtor de trigo, em época da colheita, todo o trigal seco, percebe ao longe uma fumaça e vê que toda a região ardia em fogo. Inevitavelmente o fogo atingiria sua plantação e como sua casa era muito próxima ao trigal, tudo seria consumido pelo fogo, incluído sua casa, seus bens e sua família. Rapidamente chama a esposa e as crianças e ateia fogo ao seu trigal, que rapidamente consome o campo, deixando uma grande área de cinzas, e onde eles estariam seguros, para quando chegasse ali o incêndio maior que campeava toda a região. Ele dizia à sua família: Fujam para aqui, onde o fogo já passou!’.
5.2 – Em Cristo passou o fogo da ira de Deus e quem está em Cristo, está seguro.

6. Você Está Pronto para o Dia da Ira do Senhor?
6.1 – 2 Ts. 1:9-11Os quais sofrerão, como castigo, a perdição eterna, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder, quando naquele dia ele vier para ser glorificado nos seus santos e para ser admirado em todos os que tiverem crido (porquanto o nosso testemunho foi crido entre vós). Pelo que também rogamos sempre por vós, para que o nosso Deus vos faça dignos da sua vocação, e cumpra com poder todo desejo de bondade e toda obra de fé’.
6.2 – Lc. 12:5Temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno, sim, vos digo, a esse temei’.


CONCLUSÃO: Que o temor da ira de Deus caia sobre cada um aqui nesta ocasião!
Não pense em outra pessoa ao ouvir esta mensagem! É para você que está aqui!
Não fique satisfeito em pensar que você já fugiu para Cristo.
Obtenha certeza disso!
O erro ou engano, será fatal e eterno!

Pv. 1. 24-33 (BV): 24 ‘Eu já chamei tantas vezes e vocês recusaram! Estendi a mão, convidando, mas ninguém Me deu importância. 25 Vocês não deram valor aos Meus conselhos e não aceitaram a Minha repreensão. 26 Por isso, quando chegarem os dias do seu sofrimento, os dias do medo e da tristeza, Eu vou rir e zombar de vocês. 27 Quando a desgraça cair sobre vocês como uma tempestade, quando seu triste fim chegar violento como um furacão, quando vocês estiverem sufocados pelas angústias 28 então vocês vão procurar desesperados a Minha ajuda mas Eu não responderei. Tentarão Me encontrar mas será tudo em vão. 29 Sabem por que isso vai acontecer? Porque vocês desprezaram a verdade e se recusaram a honrar e obedecer o Senhor. 30 Vocês não deram valor aos Meus conselhos e acharam que Minha repreensão era inútil. 31 Por isso, vocês comerão os frutos amargos de sua desobediência. Já que seus planos foram semear ventos, vocês colherão tempestades. 32 Gente vazia! Vocês morrerão porque se afastaram de Mim. Loucos, pensando que tudo estava bem enquanto caminhavam passo a passo para a destruição. Loucos! 33 Vejam que diferença! Quem Me ouve e obedece vive em paz e segurança, sem ter medo do mal’.

Por Que a Morte?


I Co. 15.55-57

OBJETIVO: ‘Demonstrar o horror da morte em suas diversas manifestações e apontar para a cura única possível através da pessoa e sacrifício de Cristo Jesus’.

INTRODUÇÃO: A Morte – horror de tantos – está entre os grandes universais da humanidade.
A psicologia nos leva a compreender que a morte não é encarada unicamente como um fenómeno instantâneo, mas sim um verdadeiro processo, não só biológico, como também psicossocial, em que um grande número de atos vitais se extinguem numa sequência tão gradual e saliente que escapa geralmente à simples observação (Quando morre um indivíduo, morre com ele todos os seus atos, projetos, sonhos, ações, transformações nele ou na sociedade em que está inserido, bem como morre todos os seus relacionamentos humanos).
O medo da morte coexiste com o ser humano desde o seu nascimento.

CONTEXTO: Neste contexto o tema em foco não é a morte, mas a ressurreição e a vitória de Cristo sobre a morte para aqueles que nele crêem, contudo quero congelar nossa leitura nestes versículos, para que paremos e observemos mais de perto esse espectro que nos assusta sempre: a morte.

TRANSIÇÃO: Certamente você já parou diante do fim de uma vida e perguntou: ‘Por quê?’. Esse é o nosso tema desta oportunidade: Por que a morte?


I – A MORTE VISTA PELOS OLHOS HUMANOS.

1. Jean-Paul Sartre (1905-1980).
1.1 – Para Sartre a morte é um acontecimento meramente ocasional, quando acontece faz desaparecer o indivíduo do palco do mundo.
1.2 – A morte de alguém é algo que não tem qualquer significado para a sua própria vida — nem é sequer um fato da vida — ela simplesmente acontece e tira-o do mundo.
1.3 – A existência humana ocorre em meio aos nadas (ou ao único nada?) cujos limites são o nascimento e a morte.

2. Martin Heidegger (1888-1976).
2.1 – Heidegger dá ênfase ao sentimento de angústia do homem diante da morte.
2.2 – A angústia da morte é algo que altera radicalmente a existência do homem.
2.3 – Todos os seres vivos morrem, é verdade, mas vivem e morrem enquanto espécie, não têm consciência da mortalidade individual.

3. Karl Jaspers (1883-1969).
3.1 – Semelhante a Heidegger, o filósofo e psicanalista Karl Jaspers a define como uma situação-limite.
3.2 – Situações-limite são aquelas em que o homem é convidado a sair do anonimato da espécie para assumir sua autenticidade, forjar e construir sua vida segundo um plano próprio, não se perder nem se deixar levar pela massificação, pela frivolidade, pela tagarelice, enfim, a metamorfosear-se através da angústia.

4. Sören Kierkegaard (1813-1855).
4.1 – A morte é uma tragédia solitária.
4.2 – Sören Kierkegaard questiona a solidão da morte em seu Livro das reflexões: “Perguntaram a um adolescente como ele gostaria que acontecesse a sua morte: ‘quero morrer dormindo e quando acordar já estar morto’”.
4.3 – Olhe a solidão da morte em pelo ângulo da experiência de espanto ocorrida com um atleta que narrou o seguinte: ‘Sonhei que eu estava no estádio, lá embaixo, correndo na área central, mas... quem era o eu que estava na platéia me assistindo?’.
4.4 – Como um ato solitário aprendemos desde cedo que cada um tem que lidar com sua própria morte.

5. Os pensadores do nosso século estão divididos em duas tendências:
a) niilista: a morte é o fim total do homem.
b) não-niilista: a morte não é o fim total do homem.


II – A REALIDADE DA MORTE.

1. É incontestável o fato de que o homem morre, e dela se fala sem tê-la experimentado, pois quem já experimentou não pode mais falar dela.

2. A experiência da morte não foge ao nosso conhecimento, pois temos a visão dos outros que morrem.

3. De acordo com estimativas, morrem 3 pessoas no mundo a cada segundo; 180 por minuto; 10800 por hora; 259.200 por dia; 7.776.000 por mês; 93.312.000 por ano (eu e você estamos na fila – e a fila anda).

4. Do ponto de vista filosófico, morte é a separação da alma e do corpo.

5. A morte clínica é a cessação das funções essenciais do corpo, mas não há necessariamente uma separação da alma e do corpo. A morte absoluta é a separação definitiva da alma e do corpo.

6. Características do fenômeno da morte.
a) Individualidade: A morte é um acontecimento que cada um deve enfrentar por conta própria. Ninguém pode assumir a morte de outro. Pode-se morrer por outro, mas não substituir a morte do outro.
b) Universalidade: Todos caem sob a foice da morte. Ela não leva em consideração a posição, a raça, a idade, o sexo, a religião da pessoa antes de executar o seu golpe.
c) Inelutabilidade: Contra a morte não há o que fazer. No máximo pode-se obter um pequeno sucesso, que serve para adiar por algum tempo o golpe decisivo. Mas o golpe final pertence à morte.
d) Iminência: Os homens teimam em viver como se a morte não existisse ou fosse longínqua ou não lhes dissesse respeito. Ela é uma potência sempre presente e continuamente ameaça a vida. Ela não é uma simples presença ainda não efetuada, mas algo breve, próximo, que está para acontecer. Bem dizia Sêneca: ‘Nós nos enganamos por considerar a morte como algo de futuro; uma grande parte dela já se passou. Todos os anos já vividos estão em poder da morte’.
e) Inflexibilidade: Diante da morte toda a oração, súplica é vã. A morte quando tem de acontecer é inexorável, não se move a rogos. Ela avança contra todos os homens.
f) Temibilidade: A morte parece assustadora. Ela suscita horror, aversão, angústia no homem.

III – A POSSIBILIDADE DE SE ESCAPAR DA MORTE.

1. As Escrituras nos possibilita observar a morte pelos mais variados ângulos, mas mais comumente pode-se apontar para três deles:
1.1 – Morte física, passou a existir em decorrência do pecado de nossos primeiros pais, conforme o decreto do Todo Poderoso Deus: ‘no dia em que dela comerdes, certamente morrerás’ (Gn. 2.17).
1.2 – Morte espiritual, se tornou experiência e realidade para nossa raça também a partir do primeiro pecado e se caracteriza no rompimento das relações amigáveis entre Criador e criatura (Rm. 5.12; Rm. 6.23).
1.3 – Morte eterna, se concretiza quando a morte física alcança o indivíduo sem que as relações entre Criador e criatura sejam restabelecidas (Jo. 3.36).

2. É dogma de nossa fé cristã que a morte coloca o homem num ‘estado’ definitivo por toda a eternidade, sendo que o homem fica sendo para sempre amigo ou inimigo de Deus conforme as disposições que tenha até o momento de deixar esta terra.

3. Diante daqueles que querem fugir à realidade da punição revelada nas Escrituras Sagradas, levanta-se aqui uma boa questão:
3.1 – ‘Se o inferno não existe, seria justo Hitler e Madre Tereza de Calcutá receberem o mesmo prêmio?’.

4. O inferno não mudará a realidade de que as pessoas serão eternas pecadoras e eternos rebeldes e impenitentes:
4.1 – Inocêncio: ‘Os condenados não se humilharão; pelo contrário, crescerá neles a perseverança do ódio’.
4.2 – Jerônimo: ‘Nos réprobos, o desejo de pecar é insaciável, e a ferida de tais desgraçados é incurável; porque eles mesmos recusam a cura’.

5. Não há como fugir desta realidade: ‘morreremos!’; mas caso você soubesse da existência de uma porta lateral na vida para se escapar da morte, você entraria por ela?

6. Jesus é essa porta.
6.1 – Jo. 10.9 ‘Eu sou a porta; quem entra por mim será salvo. Entrará e sairá, e encontrará pastagem’.
6.2 – A morte de Jesus na cruz do Calvário equivale a morte eterna do pecador, pagando ele a condenação e punição dos pecados e culpas daquele que crê.
6.3 – A condenação que se pagaria por toda a eternidade, Cristo, por ser o próprio Deus, pagou num ato único em lugar do pecador que crê.

7. Para proclamar esta verdade basilar do Evangelho, o apóstolo Paulo vai terminar o texto sobre a ressurreição em Cristo, com um verdadeiro hino de vitória.
7.1 – 1 Co. 15.55-57 ‘Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo’.
7.2 – Por causa da morte de Cristo em meu lugar, esse hino também é meu: ‘Onde está, ó morte, a tua vitória?’.

CONCLUSÃO: A morte não é apenas um processo biológico mecânico, mas uma porta para uma realidade maior, que cada um tem que encarar com seriedade.

Não há como escapar: ‘Põe a tua casa em ordem porque certamente morrerás!’.

A única saída é a salvação em Cristo Jesus.

Entre pela porta de salvação.

Jesus é a porta.

Por Que a Corrupção?

Jr. 8.18-9.6

OBJETIVO: Ensinar sobre a natureza corrupta do ser humano e apresentar o remédio oferecido gratuitamente por Deus.

INTRODUÇÃO: Colarinho branco, Sangue-sugas, Mensalão, Mensalinho, Petrolão, Lava-Jato, e tantos outros nomes de CPIs para apurar corrupção em nosso país... Este é um assunto que todos os brasileiros conhecem bem.
Como a ferrugem, a corrupção é mal que desgraça a humanidade, de modo que todos estão contaminados com seu poder de infiltração e destruição.

CONTEXTO: Jeremias foi um pregador em Jerusalém por cerca de quarenta anos (600 anos aC) e via o poder do pecado na vida de seu povo, desde os palácios até ao povo comum.
O tom da fala profética no texto é de pesar sobre o pecado de Israel, misturando-se os sentimentos do profeta com os sentimentos do próprio Deus, na inconformidade com o pecado.

TRANSIÇÃO: Com os olhos na história de Israel e lembrando que tal história sintetiza o comportamento humano em qualquer época e lugar, quero vos propor nesta ocasião o seguinte tema: ‘POR QUE A CORRUPÇÃO?’.

I – A CORRUPÇÃO UNIVERSAL É ANTÍTIPO À CORRUPÇÃO DE ISRAEL.

a – O antítipo é algo representado em algo menor.

1. O povo de Israel foi criado por Deus e separado como um modelo do trato de Deus com a humanidade.

2. As iniquidades, deslizes e pecados de Israel são típicas em todos os povos da humanidade em qualquer época, lugar ou cultura.

3. Olhar para o trato de Deus para com Israel é compreender a forma deDeus tratar com todos os povos.

b – Deus não esconde a corrupção de Israel.

1. Em toda a história de Israel narrada nas Escrituras fica claro que Israel era um povo rebelde, desobediente e que trocava Deus por ídolos e coisas.
1.1 – Jr. 8.19 ‘Ouçam o choro do meu povo, vindo de uma terra distante! "Onde está o Senhor?" eles perguntaram. "Por que Ele nos abandonou?" "Por que eles acenderam a Minha ira, adorando imagens feitas por homens e ídolos de outros povos?" responde o Senhor’.
1.2 – Jr. 9.2-6 ‘Quem me dera ter uma cabana bem longe, no deserto! Assim eu poderia me afastar desse povo fingido e infiel, desse bando de traidores. "Curvam suas línguas como arcos para atirar suas flechas de mentira. Não dão importância à justiça. Vão de mal a pior e nem se lembram de que Eu existo", diz o Senhor. Abram os olhos com seus amigos! Não confiem nem em seus irmãos! Os irmãos enganam um ao outro, e os amigos espalham mentiras e intrigas. Eles zombam abertamente uns dos outros, e nunca falam a verdade. Estão viciados na mentira; eles se gastam com seus pecados. Amontoam maldade sobre maldade; estão tão carregados de mentira, que já não podem Me conhecer, por causa dela, diz o Senhor’.

2. Note que a sequência de pecados atribuídos ao povo de Israel é o extrato moral e ético de nossa sociedade moderna:
2.1 – Fingimento e infidelidade.
2.2 – Línguas mentirosas.
2.3 – Não valorizam a justiça.
2.4 – Indiferentes à Deus.
2.5 – Engano.
2.6 – Intrigas.
2.7 – Zombaria e menosprezo uns com os outros.
2.8 – Amontoam a maldade.
2.9 – Não podem conhecer a Deus.

3. Esse é o retrato da humanidade em todos os tempos, lugares e culturas.
3.1 – Ilustração: Esse tipo de comportamento pode ser encontrado nos palácios de Brasília, e exemplos de corrupção aí não faltam em nossos noticiários, bem como podem ser encontrados no seu ambiente de trabalho, escola ou família.

II – A CORRUPÇÃO É INTRÍNSECO À NATUREZA HUMANA.

a – A Queda Adâmica permitiu o pecado e seu poder corruptivo se instalar em nós.

1. As Escrituras são abundantes em informações de que o pecado é a causa primária da corrupção na vida humana.

2. A doutrina reformada acerca do pecado afirma em um dos postulados da TULIP, a Total Depravação do ser, indicando com isto que todo o ser humano, em todas as suas expressões, foi afetado pelo poder destrutivo do0 pecado.

3. Como afirma a própria Escritura: ‘Não há homem que não peque ’, podemos afirmar com toda lisura que os germes da corrupção estão presentes em cada um de nós.
3.1 – Jr. 17.9 (BV) ‘O coração é a coisa mais mentirosa e traiçoeira que existe do mundo; o coração do homem é terrivelmente cheio de maldade. Não há ninguém capaz de saber até que ponto é mau e pecador o coração humano!’.
3.2 – Jr. 17.9 (NVI) ‘O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa e sua doença é incurável. Quem é capaz de compreendê-lo?’.

4. Algures alguém afirmou que: ‘Há tanto mal em cada um de nós, como há bem em cada um de nós, de modo tal, que nenhum de nós jamais poderia falar contra qualquer um de nós’.

b – Deus estabeleceu leis ao ser humano para restringir o poder da corrupção.

1. As leis de Deus tem um duplo propósito:
1.1 – Demonstrar a cada um de nós que somos pecadores.
1.2 – Restringir o poder da corrupção na vida humana.

2. Mesmo com as leis humanas e divinas o poder da corrupção, qual praga, se propaga e alastra em todos os seguimentos da vida humana.

III – A CORRUPÇÃO SÓ TERÁ A CURA ÚLTIMA NA REGENERAÇÃO.

a – Pode-se atenuar o poder da corrupção através de leis justas e punição adequada.

1. Infelizmente as leis humanas não conseguem brecar ou estancar o poder da corrupção que sintoma de um mal maior que em nossa gênese: o pecado.

2. I Tm. 1.8-10 ‘Sabemos que a Lei é boa, se alguém a usa de maneira adequada. Também sabemos que ela não é feita para os justos, mas para os transgressores e insubordinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreverentes, para os que matam pai e mãe, para os homicidas, para os que praticam imoralidade sexual e os homossexuais, para os sequestradores, para os mentirosos e os que juram falsamente; e para todo aquele que se opõe à sã doutrina’.

b – Através da educação e transformação dos valores ético-morais e culturais.

1. Há países onde a educação transforma os valores éticos, morais e culturais, modelando uma sociedade mais justa e menos destruída pela corrupção.

2. Onde não há um esforço real de transformar pela educação e cultura sadia (é o caso do Brasil) a corrupção cresce e se aflora de forma galopante.

c – Através do poder transformador do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.

1. Jesus, mesmo sendo Deus, assumiu carregar a culpa de uma parte da humanidade para lhes trazer libertação, cura e transformação.
1.1 – II Co. 8.9 ‘Pois vocês conhecem a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, se fez pobre por amor de vocês, para que por meio de sua pobreza vocês se tornassem ricos’.

2. O Evangelho transforma o indivíduo de dentro pra fora, pois faz nascer nele uma nova natureza e uma nova vida.

3. As provas estão por aí, incontestes, espalhadas onde quer que haja um cristão.
3.1 – Rm. 1.16 (BV) ‘Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê: primeiro do judeu, depois do grego’.
3.2 – I Co. 6.9-11 (BV) ‘Vocês então não sabem que os que fazem tais coisas não têm parte no reino de Deus? Não se enganem a si próprios. Aqueles Que vivem imoralmente, que são adoradores de ídolos, adúlteros ou homossexuais - não terão parte no seu reino. Nem tampouco os ladrões, os gananciosos, os bêbados, os caluniadores e os salteadores. Houve tempo quando alguns de vocês eram exatamente isso, porém agora seus pecados foram lavados; vocês estão separados para Deus, e Ele os aceitou devido ao que o Senhor Jesus Cristo e o Espírito de nosso Deus fizeram por vocês’.

d – Através da implantação de uma nova ordem quando da Regeneração.

1. Infelizmente não é nesta vida que tal praga será erradicada, mas aqueles que já experimentaram o poder transformador do Evangelho sabem por convicção e experiência que chegará esse dia.

2. ‘Novos céus e nova terra’ é a expressão bíblica para descrever a nova ordem em um mundo livre do pecado e da corrupção.

CONCLUSÃO: O brasileiro Marcos Archer, preso em 2004 por entrar na Indonésia com 13,4 quilos de cocaína e condenado à pena de morte naquele país, a despeito de vários pedidos de clemência remetidos pelos presidentes Lula e Dilma, foi executado no dia 18/01/2015. Alguns poderiam objetar: ‘Meu Deus do Céu, em pleno século XXI, esses bárbaros, ainda fizeram isso? Não foi justo!’ Mas, ia ser justo ele levar o veneno para vender às criancinhas, entregando-as à morte lenta das drogas?! Certamente ia destruir casas inteiras, desfazer lares, prostituir meninas e meninos... Isso é justo? É justo?! Deus cumpriu nele a lei para os que zombam da eternidade como se dela não fossem fazer parte, zombam como se não houvesse um Deus nessa Terra, zombam como se nem houvesse justiça. Pois bem, o Marcos Archer implorou clemência, mas não teve clemência ao levar drogas pra lá. Ainda ponderou: ‘Não é justo eu morrer assim, fuzilado aqui!’ Talvez alguém que ache que a morte dele não justificasse o seu erro. Quanto ao seu estado espiritual, até onde se percebe, Marcos Archer terá uma estada no inferno, longa e eterna. Rejeitou os caminhos de Deus nessa terra, Deus o rejeita na eternidade, preferiu as más obras, e, à Luz de Deus, viverá eternamente nas trevas .

Os germes da corrupção estão em sua vida.
Deus oferece o remédio com cura definitiva através do sacrifício de seu filho Jesus Cristo.
O que você fará com esse remédio?
Quer a cura?
Receba Jesus como seu salvador e experimente o poder transformador do Evangelho, nesta vida e por toda a eternidade.