sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

QUE BOAS NOVAS O NATAL NOS TRAZ? ‘VOS NASCEU O SENHOR’



Lc. 2.8-11

OBJETIVO: Ensinar que o evento Natal encerra em si uma das maiores mensagens do Universo e que deve ser proclamada a todos.

INTRODUÇÃO: Sabe quem é Ibrahim Awwad Ibrahim Ali al-Badri al-Samarrai ou também conhecido pelo nome de Abu Bakr Al-Baghdadi Al-Husseini Al-Qurashi? Pois é! Este camarada nada mais é que o líder do Estado Islâmico, o califado que está bancando o terror no mundo.
Imagine o seguinte quadro: O presidente Obama resolve fazer uma grande festa no dia do aniversário desse inimigo declarado, como se fosse em sua honra.
Como acha que seria visto tal festa pelos olhos do islamismo? Tal festa só poderia ser recebida como zombaria e escárnio.

CONTEXTO: Lucas escreve ao seu amigo Teófilo procurando oferecer fontes seguras acerca de Jesus Cristo como o Filho de Deus que veio concretizar a promessa de salvação de Deus ao mundo humano.

TRANSIÇÃO: A. Quero falar nesta oportunidade sobre o seguinte tema: O NATAL NOS TRAZ A BOA NOVA: VOS NASCEU O SENHOR’.

I – CRISTO, O SENHOR DA CRIAÇÃO.

a – A mensagem dos anjos anunciam o nascimento do ‘Senhor’.

1. As profecias messiânicas falavam daquele que viria como o ‘Senhor’ carregando os vários nomes de Deus que o apresentam como o soberano do Universo.
1.1 – Dn. 7.14Em minha visão à noite, vi alguém seme¬lhante a um filho de homem, vindo com as nuvens dos céus. Ele se aproximou do ancião e foi conduzido à sua presença. Ele recebeu autoridade, glória e o reino; todos os po-vos, nações e homens de todas as línguas o adoraram. Seu domínio é um domínio eterno que não acabará, e seu reino jamais será destruí¬do’.
1.2 – Ap. 19.16Vi os céus abertos e diante de mim um cavalo branco, cujo cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro. Ele julga e guerreia com justiça. Seus olhos são como chamas de fogo, e em sua cabeça há muitas coroas e um nome que só ele conhece, e ninguém mais. Está vestido com um manto tingido de sangue, e o seu nome é o Verbo de Deus. Os exércitos dos céus o seguiam, vestidos de linho fino, branco e puro, e montados em cavalos brancos. De sua boca sai uma espada afiada, com a qual ferirá as nações. Ele as governará com cetro de ferro. Ele pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus todo-poderoso. Em seu manto e em sua coxa está escrito este nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores’.
1.3 – Ap. 1.4b-5A vocês, graça e paz da parte daquele que é, que era e que há de vir, dos sete espíritos que estão diante do seu trono, e de Jesus Cristo, que é a testemunha fiel, o primogênito dentre os mortos e o soberano dos reis da terra. Ele nos ama e nos libertou dos nossos pecados por meio do seu sangue’.

2. O apóstolo João apresenta Jesus como o Senhor da criação.
2.1 – Jo. 1.1-3Antes de existir qualquer coisa, Cristo já existia, e estava com Deus. Antes de existir qualquer coisa, Cristo já existia, e estava com Deus. Ele criou tudo o que há - não existe nada que ele não tenha feito. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito’.
2.2 – Os sinais (milagres) apresentam Jesus com poderes sobre a criação.
a) Multiplicação de pães.
b) Jesus anda por sobre as águas.
c) Jesus acalma uma tempestade.
d) Jesus ressuscita mortos.

3. O apóstolo Paulo também apresenta Jesus como o Senhor da criação.
3.1 – Cl. 1.15-18Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito sobre toda a criação, pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele. Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste. Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a supremacia’.
3.2 – Hb. 1.1-3 (BV) ‘Há muito tempo Deus falou de muitas maneiras diferentes aos nossos pais por intermédio dos profetas (em visões, em sonhos e até face a face), contando-lhes pouco a pouco os seus planos. Mas agora, nos dias atuais, Ele nos falou por intermédio do seu Filho a quem Ele deu todas as coisas e por meio de quem Ele fez o mundo e tudo quanto existe. O Filho de Deus resplandece com a glória de Deus e tudo quanto o Filho de Deus é e faz revela que Ele é Deus. Ele põe em ordem o universo com a poderosa força da sua autoridade. Foi Ele quem morreu para purificar-nos e apagar o registro de todos os nossos pecados, e depois Se assentou no lugar de mais elevada honra do lado do grande Deus do céu’.

4. No VT (1 Sm. 2.6) diz que Yhwh é autor da vida; e no NT o mesmo título é dado a Jesus (At. 3.15).

II – CRISTO, O SENHOR DA IGREJA.

a – As Escrituras indicam Jesus como o que instituiu a Igreja.

1. Mt. 16.16 (BV) ‘Simão Pedro respondeu: O Cristo, o Messias, o Filho de Deus vivo. Deus abençoou você, Simão, filho de Jonas, disse Jesus, porque meu Pai do Céu revelou isto pessoalmente a você - isto não vem de nenhuma fonte humana. Você é Pedro, uma pedra; e sobre esta rocha edificarei a minha igreja; e todas as forças do inferno não prevalecerão contra ela’.

2. Segundo as Escrituras, Cristo não morreu pelo mundo inteiro, mas morreu pela sua Igreja.

3. A Igreja é a propriedade exclusiva e única de Jesus, sendo apresentada na Bíblia como sendo sua noiva.

b – As Escrituras indicam Jesus como o cabeça da Igreja.

1. Ef. 1. 19-23 (BV) ‘Oro para que vocês comecem a compreender como é incrivelmente grande o seu poder para ajudar aqueles que crêem nele: Foi esse mesmo grandioso poder, que levantou a Cristo dentre os mortos e O fez sentar-Se no lugar de honra no céu, à mão direita de Deus muitíssimo acima de qualquer outro rei, governador, ditador ou líder. Sim, sua honra é muito mais gloriosa do que a de qualquer um outro, seja neste mundo, seja no mundo futuro. E Deus colocou todas as coisas debaixo de seus pés e O fez o Cabeça da igreja que é o seu corpo, repleto dele mesmo, que é o Autor e Doador de todas as coisas em toda parte’.

2. Cl. 1.18 (BV) ‘Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a supremacia’.

III – CRISTO, O SENHOR DO CRISTÃO.

a – As Escrituras apresentam Jesus como o Senhor pessoal de cada verdadeiro cristão.

1. Ter Cristo como Senhor foi o reconhecimento de absoluta submissão que os primeiros cristãos tiveram a ponto de morrer por ele nas arenas do império romano e em qualquer perseguição na história.

2. Rm. 14.9Cristo morreu e ressuscitou para esse fim mesmo, para que pudesse ser nosso Senhor, tanto enquanto vivermos como quando morrermos’.

3. Ter Cristo como Senhor sobre o cristão de hoje implica em se dispor a obedecer em primeiro lugar o Evangelho de Cristo sob o risco de perdas em qualquer âmbito ou seguimento da vida.

CONCLUSÃO: Festejar o Natal sem a verdadeira fé em Cristo Jesus é semelhante a fazer uma festa no dia do aniversário de seu inimigo, usando o nome dele, para zombaria e escárnio.

Festejar e celebrar o Natal só tem verdadeiro sentido quando se compreende a natureza daquele que veio do céu e se encarnou, para libertar o povo que nele crê.

Jesus é reconhecido por você como o Senhor criador e sustentador do universo, Senhor da Igreja e Senhor de sua vida?

Se Jesus é o Senhor do mundo e Senhor de sua vida, celebre o Natal com os olhos fitos no aniversariante.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

QUE BOAS NOVAS O NATAL NOS TRAZ? ‘VOS NASCEU O CRISTO’


Lc. 2.8-11

OBJETIVO: Ensinar que o evento Natal encerra em si uma das maiores mensagens do Universo e que deve ser proclamada a todos.

INTRODUÇÃO: Quando criança a gente acha que ‘Cristo’ era uma espécie de sobrenome de Jesus, algo assim como Jesus da Silva, Jesus Pereira, ou Jesus Cristo.

CONTEXTO: Lucas está escrevendo um texto à um amigo procurando dar-lhe fontes seguras acerca de Jesus Cristo como o Filho de Deus que veio concretizar a promessa de salvação de Deus ao mundo humano.

TRANSIÇÃO: Quero falar nesta oportunidade sobre o seguinte tema: QUE BOAS NOVAS O NATAL NOS TRAZ? ‘VOS NASCEU O CRISTO.


I – ‘CRISTO’ DESIGNA A FUNÇÃO DO SALVADOR.

a – A origem do termo ‘Cristo’.

1. A palavra grega ‘Christós’, vem de uma raiz hebraica que significa ‘untar’, e vem traduzida pela LXX com o significado de ‘ungido’.
1.1 – Essa palavra grega foi transliterada para o português, ‘Cristo’, em vez de ser traduzida, para ‘Ungido’.

2. Usos no NT.
2.1 – O substantivo ‘unção’, no grego, ‘chrisma’ aparece somente por três vezes em todo o NT.
2.2 – O verbo ‘chrio’, ‘ungir’, ocorre por cinco vezes.
2.3 – O adjetivo ‘christós’, ‘ungido’, é usado por mais de quinhentas e quarenta vezes no NT.
2.4 – Em todas as ocorrências do substantivo, ‘unção’, está em pauta a presença permanente do Espírito Santo com os crentes.

3. O Senhor Jesus foi ‘ungido’ com a presença do Espírito, que O capacitou para pregar o evangelho e realizar prodígios e milagres.
3.1 – Lc. 4: 18 (NVI) ‘O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boas novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos’.

4. De acordo com as profecias bíblicas, o Messias (nome que procede do hebraico, correspondente em tudo ao termo grego Cristo, ou ‘ungido’) era o Servo de Deus por motivo de sua unção.

5. O judeu aguardava o aparecimento do Cristo, e muitos se intitularam como tal na história de Israel, especialmente no período interbíblico.

6. Jesus não era somente um dentre outros ‘cristos’ ou ‘ungidos’, mas é ‘o Cristo’, ‘o Messias’, profetizado no VT, a personagem longamente aguardada pela nação de Israel.

b – Quem eram os ‘ungidos’ no VT.

1. O termo ‘ungido’ (no hebraico, ‘Mashiah’ aparece 47 vezes no VT, majoritariamente em 1 e 2Samuel (19 vezes) e em Salmos (9 vezes).

2. Victor P. Hamilton afirma que, “mashiah é quase exclusivamente reservado como sinônimo de ‘rei’ (melek), como em textos poéticos, onde é paralelo de ‘rei’. São notáveis as frases ‘o ungido do SENHOR’ (mashiah YHWH) ou equivalentes, tal como ‘seu ungido’, as quais se referem a reis”.

3. Geerhardus Vos informa que ‘a palavra sempre é qualificada por um genitivo ou um sufixo ligado à ela: ‘o Messias de Yahweh’ (‘o Ungido do Senhor’), ou ‘meu Messias’ (‘meu Ungido’)’.

4. O ‘Ungido do Senhor’ era sempre o rei de Israel.
4.1 – No contexto da escolha de Saul como o primeiro rei de Israel, o profeta Samuel, em seu discurso de despedida, diz: “Eis-me aqui, testemunhai contra mim perante o SENHOR e perante o seu ungido: de quem tomei o boi? De quem tomei o jumento? A quem defraudei? E das mãos de quem aceitei suborno para encobrir com ele os meus olhos? E vo-lo restituirei [...] E ele lhes disse: O SENHOR é testemunha contra vós outros, e o seu ungido é, hoje, testemunha de que nada tendes achado nas minhas mãos. E o povo confirmou: Deus é testemunha" (1Sm. 12.3,5).
4.2 – 1Sm. 2.10Os que contendem com o SENHOR são quebrantados; dos céus troveja contra eles. O SENHOR julga as extremidades da terra, dá força ao seu rei e exalta o poder do seu ungido’.
4.3 – Por ocasião da unção de Davi como rei de Israel, Samuel imaginou que Eliabe fosse o ungido do Senhor.
a) 1Sm. 16.6Sucedeu que, entrando eles, viu a Eliabe e disse consigo: Certamente, está perante o SENHOR o seu ungido’.
4.4 – 2Sm. 22.51É ele quem dá vitórias ao seu rei e usa de benignidade para com o seu ungido, com Davi e sua posteridade, para sempre’.
4.5 – Outra passagem muito importante que atrela o conceito de ‘ungido do Senhor’ à figura do rei é 1Samuel 24.6: ‘O SENHOR me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, isto é, que eu estenda a mão contra ele, pois é o ungido do SENHOR’. O ‘ungido do SENHOR’ a quem Davi se refere é o rei Saul.
4.6 – Fica claro, de forma indubitável, que a figura do ‘ungido do Senhor’ no VT era o rei de Israel, o rei-pastor, responsável pela condução e cuidado das ovelhas de Yahweh.

5. O ‘Ungido do Senhor’ também é aplicado no VT ao Sacerdote.
5.1 – No Pentateuco o termo ‘mashiah’ é usado para se referir ao ofício sacerdotal.
a) Moisés recebeu instruções para ungir, ordenar e consagrar Arão e seus filhos, de modo que eles pudessem ser reconhecidos, autorizados e qualificados para servir no sacerdócio.
b) Lv. 16.32Quem for ungido e consagrado para oficiar como sacerdote no lugar de seu pai se fará a expiação, havendo posto as vestes de linho, as vestes santas’.
c) Outras textos que falam dos sacerdotes como ‘ungidos’ são: Lv. 4.3,5,16; Lv. 6.20,22; Nm. 35.25.
d) Além disso, Êx. 29 traz em detalhes as prescrições divinas para a unção e consagração de Arão e seus filhos como sacerdotes.

6. O ‘Ungido do Senhor’ também é aplicado no VT ao Profeta.
6.1 – Os profetas eram considerados ungidos, como claramente inferimos das ordens de ‘não ‘tocar os ungidos de Deus’ e de não ‘maltratar seus profetas’ (Sl. 105.15 e 1Cr. 16.22 – paralelismo sintético).
6.2 – O Senhor mandar Elias ungir Eliseu (1Rs. 19.16).
6.3 – Além disso, a passagem de Is. 61.1-3 fala exatamente da unção de um profeta.

7. Conclui-se que no VT o termo ‘Christós’, era usado para os três ofícios de Profeta, Sacerdote e Rei.


II – ‘CRISTO’ DESIGNA O SOFRIMENTO DO SALVADOR.

a – Para cumprir a missão Jesus precisava ser Cristo.

1. Mesmo sendo Deus, Jesus, em sua encarnação, Se esvaziou de tal maneira, que tornou-Se um ser humano comum, e para cumprir Sua missão, teve que ser ungido pelo Espírito Santo.

2. Logo após Seu batismo, em Sua primeira oportunidade de falar em público na sinagoga que frequentava, Jesus leu uma profecia contida no Livro de Isaías
2.1 – Lc.4:18-19O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar aos pobres. Enviou-me para apregoar liberdade aos cativos, dar vista aos cegos, pôr em liberdade os oprimidos, e anunciar o ano aceitável do Senhor’.

b – A missão do ‘Christós’ era a de ser Salvador.

1. As profecias sobre o ‘Servo Sofredor’ não foram compreendidas pelos judeus.

2. O Messias, como ‘Servo Sofredor’ e o ‘Filho do homem’ nem sempre fossem contemplados pelos judeus como o mesmo personagem.

3. Alguns judeus esperavam a vinda de dois ou três indivíduos que cumpririam essas profecias, com evidências encontradas na literatura dos essênios e que eles aguardavam três personagens que cumpririam as profecias messiânicas.

4. Jesus, todavia, enfeixou em sua pessoa todas as três ideias (Rei, Profeta e Sacerdote), sendo assim o cumprimento pessoal e completo das profecias relacionadas a todos esses títulos.

5. Cristo tornou-se uma expressão usada para descrever aquela pessoa que é vítima de maus tratos, de perseguições e zombaria. As locuções ‘bancar o cristo’ ou ‘ser o cristo’ são usadas para fazer referência àquele indivíduo que paga pelo erro do outro ou que sofre em lugar de outra pessoa.


III – ‘CRISTO’ DESIGNA O NOME DO SALVADOR.

a – Antes um designativo de função, agora um nome.

1. João Batista não nasceu com esse sobrenome, mas sim que seu nome era João.
1.1 – O apelido de Batista advém pelo fato de João ser o precursor do Messias e realizar o batismo de arrependimento, daí receber a alcunha ou apelido de ‘João, o Batizando’ (hó baptistês); ou numa tradução mais literal, ‘João, aquele que batiza’.
1.2 – Na cristandade incorporou-se o adjetivo ‘batizador’ como sobrenome e João passa a ser chamado de João Batista.

2. Com nosso Senhor Jesus Cristo se deu a mesma medida.
2.1 – Embora o nome Cristo seja realmente um adjetivo com o sentido de ‘ungido’, tomou-se nome próprio designativo do ‘Messias’ prometido.
2.2 – Inicialmente era dito ‘Jesus, o Cristo’.
2.3 – Incorpora-se o adjetivo ao nome e passa a ser chamado de ‘Jesus Cristo’.

3. O Catecismo Maior de Westminster, na pergunta 42, diz o seguinte sobre o nome atribuído ao Salvador: ‘O nosso Mediador foi chamado Cristo porque foi, acima de toda a medida, ungido com o Espírito Santo; e assim separado e plenamente revestido com toda a autoridade e poder para exercer as funções de profeta, sacerdote e rei da sua Igreja, tanto no estado de sua humilhação, como no da sua exaltação’.

4. A Confissão de Fé de Westminster, no capítulo sobre ‘Cristo, o Mediador’: ‘Aprouve a Deus, em seu eterno propósito, escolher e ordenar o Senhor Jesus, seu Filho Unigênito, para ser o Mediador entre Deus e o homem, o Profeta, Sacerdote e Rei, o cabeça e Salvador de sua Igreja, o Herdeiro de todas as coisas e o Juiz do mundo’.

5. Cristo, portanto, é um título dado ao Salvador, que caracteriza sua unção e capacitação pelo Espírito Santo de Deus para executar toda a obra da redenção e salvação do pecador.

b – A relação entre Cristo e os ‘pequenos cristos’.

1. O vocábulo ‘cristão’ é derivado de ‘Cristo’.
1.1 – O nome cristão, parece um superlativo (grande cristo)?
1.2 – Na verdade, na língua grega é um diminutivo (algo como ‘cristinho’, ou ‘pequeno Cristo’).

2. A mesma unção derramada pelo Espírito em Jesus, também capacita Seus seguidores a darem continuidade à Sua missão.
2.1 – A unção é o agir do Espírito Santo através dos seguidores de Jesus.
2.2 – Ele escolheu homens comuns para realizar feitos extraordinários.
2.3 – Com a chegada do Espírito da Promessa deflagrou-se uma revolução na história, revolução esta que se desenrola até hoje.
2.4 – Até as autoridades se admiravam ao ver homens galileus, indoutos, de origem humilde, fazendo verdadeiras proezas.
a) At. 4:13 (BV) ‘Quando o conselho viu a coragem de Pedro e João, e pôde ver que eles eram evidentemente homens simples e sem cultura, ficaram espantados e perceberam o que a convivência com Jesus havia feito neles!’.
2.5 – Sua identificação com Cristo era tão patente, que eles acabaram sendo chamados de ‘cristãos’ (‘pequenos cristos’).
2.6 – A unção que sobre eles permanecia, os capacitava a viver como se Jesus vivesse através deles.
2.7 – E não era apenas pelos milagres que operavam, mas pela maneira como viviam, como se perdoavam mutuamente, como se importavam uns com os outros e como amavam, até mesmo a seus inimigos.

3. ‘Unção’ não tem nada a ver com o sensacionalismo encontrado hoje em algumas Igrejas.
3.1 – Não se trata de sentir arrepios, emoções, ou mesmo, falar em línguas.
3.2 – Não tem a ver com a temperatura de um culto.
3.3 – Ser ungido é ser capacitado para fazer o que só Jesus seria capaz, não me refiro às coisas sobrenaturais, como curas e exorcismos, mas sobretudo às coisas sobre-humanas, como perdoar os inimigos, amar o opressor, vencer o pecado, por exemplo.

4. Todos os cristãos genuínos são ungidos, ainda que não estejam cientes disso.
4.1 – Não há graus de unção.
4.2 – Qualquer região de um corpo que sofrer um pequeno corte vai sangrar.
4.3 – Seja a ponta da orelha, ou o dedão do pé.
4.4 – Assim se dá com a unção, pois desde o pastor até o mais humilde membro da congregação, todos são ungidos para cumprir sua missão de ser luz no mundo.


CONCLUSÃO: Natal para você tem algo a ver com o Messias de Deus, ou ainda é apenas uma época festiva e carregada de um sentimento nobre de solidariedade?

A mensagem do Natal é esta: Nasceu o Cristo, aquele que seria capacitado pelo Deus Todo Poderoso, para realizar todos os atos salvíficos e redentivos a favor de uma parte da raça humana.

Renda-se ao Messias!

QUE BOAS NOVAS O NATAL NOS TRAZ? ‘VOS NASCEU O SALVADOR’


Lc. 2.8-11

OBJETIVO: Ensinar que o evento Natal encerra em si uma das maiores mensagens do Universo e que deve ser proclamada a todos.

INTRODUÇÃO: Natal! Momento esperado pelas crianças, pois a fantasia os impulsiona a desejar sonhos com o mundo encantado de Papai Noel.
Época desejada pelo comércio, pois é período de novo ânimo financeiro para a maioria dos lojistas, que em outras épocas do ano passam em apertos.

CONTEXTO: Lucas está escrevendo um texto à um amigo procurando dar-lhe fontes seguras acerca de Jesus Cristo como o Filho de Deus que veio concretizar a promessa de salvação de Deus ao mundo humano.

TRANSIÇÃO: Esta é a primeira mensagem da série que interroga sobre que boa notícia nos traz o Natal. As respostas são óbvias no texto bíblico lucano, embora sublimadas na mente deteriorada e obscurecida do homem secularizado. Quero falar nesta oportunidade sobre o seguinte tema: O NATAL NOS TRAZ A BOA NOVA: ‘VOS NASCEU O SALVADOR’.


I – O SALVADOR É ANUNCIADO NA HISTÓRIA DA REVELAÇÃO.

a – Por que a notícia é dada aos pastores?

1. Os mensageiros celestes.
1.1 – O aparecimento de qualquer personagem sobrenatural, como e claro, produz temor; e neste caso isso se teria verificado ainda com maior impacto, posto que era crença popular que a visão de Deus ou de alguma alta personalidade celestial causava a morte instantânea do observador.
1.2 – A experiência particular dos pastores dessa história sem dúvida estava vinculada a gloria do resplendor de Deus.
1.3 – A nuvem brilhante que indicava a presença do Senhor; e neste caso, apareceu-lhes através de um intermediário (I Re. 8:10-11; Is. 6:1-3).
a) Essa nuvem de gloria algumas vezes aparecia com um resplendor intolerável para o homem, e seu efeito de rarefação da atmosfera evidentemente exacerbava as impressões aterrorizantes.
1.4 – O que fora privilégio de patriarcas e de sacerdotes, agora se torna a experiência de pastores humildes, tendo sido eles os primeiros receber a boa nova que abalou o mundo inteiro, e que até o dia de hoje continua produzindo efeitos profundos e permanentes no coração de todos.

2. É possível que o Lucas queria demonstrar ao seu amigo Teófilo que a mensagem cristã era uma mensagem universal sobre a salvação proporcionada por Deus, onde as características raciais não desempenham papel algum.

3. Não foi casual a procura dos anjos pelos pastores nas vigílias daquela noite única na história.
3.1 – Há uma nota na Mishnah que indica que as ovelhas reservadas para o sacrifício no templo eram postas a pastar nos campos que circundavam Belém.
3.2 – Isso empresta um interesse todo especial ao fato aqui narrado, e pode explicar, em parte, a fé e a devoção dos pastores, que podem ter sido homens especialmente nomeados para essa tarefa, visando ao benefício da adoração efetuada no templo.
3.3 – Pela providência de Deus foi-lhes permitido estarem presentes ao nascimento do Cordeiro de Deus, pois esta é a promessa, que como um Cordeiro, o Salvador seria sacrificado em lugar de pecadores.
a) Isaías, no capítulo 53, pinta com cores vivas o sacrifício do Cordeiro de Deus.

b – Desde o Éden a notícia tem siso dada.

1. ‘Natal’ e ‘salvação’ tem alguma relação?
1.1 – Para muitos, a relação é meramente comercial, pois o período chamado de natal, vai salvar as vendas e os indicadores de lucro para uma categoria de trabalhadores, seja na produção ou no comércio.
1.2 – Para outros, a relação tem a ver com o emocional, pois é nesse período onde os sentimentos de valoração da dignidade das pessoas é realçado, com presentes, cestas, refeições, distribuição de certos cuidados e atenções que no restante do ano ficam amortizadas.

2. Na Bíblia, embora não apareça a palavra ‘natal’, o conceito está ligado ao nascimento de Jesus, como cumprimento de uma promessa de Deus à raça humana caída no pecado.

3. Nas palavras de juízo de Deus dadas a Satanás, figuradamente representado na serpente no Éden, o anúncio de que haveria um Salvador é enfático.
3.1 – Gn. 3.15Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente dela; este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar’.

4. O cumprimento desta promessa é a linha central de toda a Bíblia, onde toda a história da humanidade se desenrola em torno de como isto se daria.
4.1 – Mesmo quando a aparente destruição da humanidade por ocasião do dilúvio se vislumbra, uma família é preservada, pois havia uma promessa de Deus a se cumprir.
4.2 – Deus faz surgir uma nação, Israel, no cenário mundial, com vistas ao cumprimento desta promessa.
4.3 – Deus preserva esta nação do aniquilamento por várias vezes, pois esta promessa teria que se cumprir.
4.4 – Os rumos das nações são orientados pelo poder soberano da divindade, justamente para preparar o cenário no qual esta promessa viria a ter lugar.
a) Gl. 4.4Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da Lei, a fim de redimir os que estavam sob a Lei, para que recebêssemos a adoção de filhos’.
4.5 – No nascimento e vida do menino Jesus se vê a mão providencial de Deus protegendo e sustentando aquele que seria o Salvador, para que só no tempo certo, o pagamento de salvação viesse a se concretizar.


II – O SALVADOR É INDISPENSÁVEL À RAÇA PECAMINOSA.

a – Por que a necessidade de um Salvador?

1. O texto alvo de nosso meditar desta oportunidade não se preocupa em responder esta questão ora levantada, mas tão somente de anunciar que o Salvador nascera.

2. Faz-se necessário, mais uma vez afirmarmos o porquê da necessidade da salvação, haja visto muitos nem mesmo compreenderem do que precisam ser salvos.
2.1 – Seria sermos salvos do diabo?
2.2 – Seria sermos salvos do inferno?
2.3 – Seria sermos salvos dos nossos pecados?
2.4 – Seria sermos salvos da condenação dos nossos pecados?
2.5 – Seria sermos salvos de nós mesmos em nosso estado de corrupção?
2.6 – Seria sermos salvos da presença do pecado que nos cerca e nos assedia?
2.7 – Seria sermos salvos da ira do Deus Santo e Justo que se enoja do pecado?

3. Todas as questões ora levantadas têm uma resposta sim vinculadas à verdade da necessidade de nossa salvação, contudo a última sintetiza todas as outras.

4. Mas a necessidade de termos um salvador se dá na justa medida da grandeza de nosso pecado e de nossa condenação, sendo que as Escrituras Sagradas nos endereçam à condenação da morte eterna devido nosso pecado.

5. Como morrer uma morte eterna, em sua intensidade e em sua extensidade, e ainda assim nos livrarmos da mesma?
5.1 – Missão impossível, pois se a morte é eterna, jamais o condenado poderia se livrar de tal juízo.

6. Daí a necessidade de um Salvador além de nós mesmos.

b – Por que a necessidade de um Salvador divino?

1. Se você captou bem a argumentação anterior, certamente ficou claro então que o ser humano não consegue pagar sua pena e ainda assim se ver livre da mesma, uma vez que a pena é eterna.
1.1 – Sl. 49.7-8Sei que, nenhum deles, por mais rico que seja, pode salvar seu irmão da morte e pagar a Deus o preço da salvação. O preço de uma alma é tão grande, que nem se pode pensar em pagar para continuar vivendo eternamente, sem enfrentar a morte’.

2. Por isso então surge a necessidade de que o ser humano possa ser salvo apenas com a substituição, ou seja, outra pessoa sofra a pena eterna em seu lugar.

3. A doutrina ou ensino da substituição é-nos ensinado desde as primeiras páginas da Bíblia.
3.1 – Animal que é morto no Éden para encobrir a nudez de Adão e Eva.
3.2 – Abel e Caim oferecem substitutos de si mesmos a Deus.
3.3 – O sacrifício se torna objeto comum ao culto a Deus.
a) Noé.
b) Abraão.
c) Patriarcas.
d) Sacrifício de Isaque é a mais expressiva figura de substituição.
3.4 – Deus institui a figura do cordeiro em lugar do culpado no culto de Israel.

4. Todas essas figuras apontavam para uma única realidade: o homem precisava ser substituído diante de Deus.

5. Cristo é o substituto então do homem em sua condenação, pois se este não poderia cumprir a pena e se ver livre dela, pois a mesma era eterna; Cristo, sendo Deus poderia sofrer intensamente em seu ser toda a condenação e voltar à vida.


III – O SALVADOR É ENTREGUE COMO PRESENTE DE DEUS.

a – A promessa do Éden tem seu cumprimento.

1. A promessa do Éden apontava para o filho da mulher esmagando a cabeça da serpente.

2. Já ficou claro que Deus conduziu a história magistralmente para a consecução de seu projeto de salvar a raça atingida pelo pecado.

3. Sem muito esforço percebe-se nas narrativas dos evangelistas bíblicos um esforço subliminar operando ocultamente para que esse menino não nascesse ou não sobrevivesse.
3.1 – A intenção de José abandonar Maria.
3.2 – A dificuldade de se instalar e nascer em condições sadias.
3.3 – A matança dos inocentes.
3.4 – A tentação de Satanás para desviar Jesus de sua missão.
3.5 – Tentativas de matarem a Jesus antecipadamente.
3.6 – Tentativas de desviar Jesus da cruz.
3.7 – Tentativas de fazer Jesus descer da cruz.

4. Jesus é o filho da mulher que esmaga a cabeça da serpente.

b – A promessa do Éden se concretiza no Natal.

1. Quão estranhamente se combinam as palavras destes versículos: ‘...o Salvador..., Cristo, o Senhor..., uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura...’.

2. Essas frases têm sido ouvidas e lidas tão frequentemente que a primeira impressão deixada por elas já perdeu o sentido para muitos.
2.1 – Seria uma manjedoura lugar próprio para aquele que foi enviado pelo Altíssimo Deus a fim de salvar pecadores?
2.2 – Um estábulo seria o lugar onde se esperaria encontrar o Salvador recém-nascido?
2.3 – O maravilhoso mistério da encarnação de Deus se fazem presentes precisamente no fato que essas coisas assim aconteceram.
a) Jo. 1.14 (NVI) ‘Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade’.

3. Por ocasião do nascimento de Jesus, em Belém, e em tudo que a vida de Jesus haveria de revelar posteriormente, encontramos a mensagem de que não somente existe Deus, mas também que Deus se aproxima extraordinariamente de nós.

4. Jesus foi, ao mesmo tempo, o caminho e o indicador do caminho, e do modo como ele andou também nos compete andar; e assim como ele compartilhou plenamente de nossa natureza, assim também haveremos de compartilhar plenamente da dele.

5. ‘Crer que Deus está acima de nós é uma coisa. Crer que Deus é uma força suficiente para nós é uma confiança inteiramente diferente, inspiradora. E crer que Deus é não somente todo-poderoso, mas também se mostra todo-suficiente, e é Deus conosco, Deus próximo de nós, é algo que nem podemos começar a compreender, e é a melhor de todas as coisas’ (Walter Russel Bowic).


CONCLUSÃO: Você crê que o Jesus da manjedoura é mais que um mito, uma lenda ou um mero objeto de comércio?

Você precisa de salvação e Jesus é o Salvador que Deus enviou como presente para te dar vida eterna.

Que boas novas o Natal nos traz? É que vos nasceu o Salvador!’.

Abrace-o como o seu Salvador.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

POR QUE O JUÍZO?



II Ts. 1.-3-12

OBJETIVO: Apresentar a realidade do juízo de Deus como manifestação da justiça de Deus retribuindo a cada um segundo as suas obras.

INTRODUÇÃO: Justiças e injustiças vemos noticiadas como resultados de nossos tribunais brasileiros.
Nos entristecemos quando vemos que a justiça não foi feita e pessoas ficaram prejudicadas.
Nos alegramos quando vemos ajustiça penalizando culpados que têm causado, mortes, dor e perdas à indivíduos ou à nação.

CONTEXTO: Paulo escreve esta carta aos Tessalonicenses complementando assuntos que tratara na primeira carta, sendo uma das fortes ênfases de Paulo à esta Igreja, a doutrina das últimas coisas, pertinentes à volta do nosso Senhor Jesus Cristo.
Nesta perícope , Paulo destaca pelo menos três temas: a) o crescente desenvolvimento dos crentes da Tessalônica; b) as tribulações que os cristãos enfrentavam devido a fé em Cristo; c) o reto juízo de Deus na manifestação da vinda de Cristo.

TRANSIÇÃO: Não negligenciando o todo da perícope, mas me atinando em especial sobre a terceira parte, quero vos falar sobre o tema: POR QUE O JUÍZO?


I – O JUÍZO DE DEUS ALCANÇARÁ A TODOS.

1. A doutrina de um juízo de Deus espalha-se por toda a literatura bíblica, desde a história de Noé, Sodoma e Gomorra, Egito e tantos outros fatos que ilustram o juízo de Deus.

2. De um modo mais restrito a Escritura nos fala de um juízo que Deus executará no limiar da história, encerrando assim esta ordem, onde o pecado paz parte da vida humana, e iniciando a existência de dois mundos distintos:
2.1 – Um mundo sem a presença e os efeitos do pecado.
2.2 – Um mundo onde o pecado continuará a existir.

3. Ambos os mundos serão eternos em existência e natureza, de tal forma que no primeiro o pecado jamais conseguirá se alojar; e no segundo o pecado jamais deixará de existir.

4. No primeiro mundo seus habitantes viverão eternamente em santidade e perfeição, o que lhes permitirá uma vida de alegrias e perfeições sem fim.
4.1 – Ap. 21. 4Ele enxugará todas as lágrimas dos olhos deles, e não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor. Tudo isso passou para sempre’.

5. No segundo mundo viverão eternamente em degenerações e corrupções sem fim, onde o pecado será qual câncer a lhes provocar os mais terríveis sofrimentos, cumprindo-se assim uma certa máxima teológica: ‘O pecado é punição ao pecado’, acrescido o fato de que além do próprio pecado lhes trazer sofrimento, experimentarão também a ira do eterno e bendito Deus.

6. Neste texto aos tessalonicenses, que já estavam sofrendo as perseguições por causa do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, o apóstolo Paulo lhes escreve para trazer consolo em meio a tais sofrimentos.

7. Paulo lhes esclarece que o reto juízo de Deus será executado tanto nos perseguidos, quanto nos perseguidores, apresentando aqui dois grupos distintos: Tanto salvos quanto não salvos serão julgados.
7.1 – II Ts. 1.5-6Isto é apenas um exemplo do modo justo e correto como Deus faz as coisas, pois Ele está usando os sofrimentos de vocês a fim de prepará-los para o Seu reino enquanto ao mesmo tempo está preparando o julgamento e o castigo para aqueles que estão afligindo vocês’.



II – O JUÍZO DE DEUS SOBRE OS SALVOS.

1. O Juízo de Deus sobre os salvos tem dois aspectos que não se pode perder de vista, e tendo-os como frontais aos olhos, são-nos de grande consolo e ânimo.
1.1 – Juízo de Redenção.
1.2 – Juízo de Remuneração.

2. O que denomino de juízo de redenção se estabelece no seguinte parâmetro:
2.1 – Para que alguém seja salvo da ira de Deus, devido a pecaminosa latente e patente do indivíduo, é preciso pagar o devido preço de resgate.
2.2 – O preço do pecado é a morte eterna.
2.3 – O preço seria pagar o salário do pecado (Rm. 6.23), e uma vez pago, o indivíduo estaria quites e merecedor da salvação.
2.4 – Mas como pagar, se a pena é de morte eterna?
2.5 – Só Deus poderia sofrer toda a punição da ira divina e o inferno e voltar à vida.
2.6 – É isso que Cristo faz em lugar do pecador: Ele, sendo Deus, sofre a morte e o inferno que caberiam ao pecador, pagando o seu resgate.
2.7 – Rm. 3.26Sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus. Deus o ofereceu como sacrifício para propiciação mediante a fé, pelo seu sangue, demonstrando a sua justiça... mas, no presente, demonstrou a sua justiça, a fim de ser justo e justificador daquele que tem fé em Jesus’.

3. O que denomino de juízo de remuneração se dá da seguinte forma:
3.1 – As Escrituras nos ensinam que Deus retribuirá o esforço e a obediência de seu povo.
3.2 – Enquanto o juízo de redenção é de graça e pela graça, o juízo de retribuição é concernente às obras de cada um.
3.3 – Rm. 2.6-7 ‘Deus retribuirá a cada um conforme o seu procedimento. Ele dará vida eterna aos que, persistindo em fazer o bem, buscam glória, honra e imortalidade’.
3.4 – Cada salvo no último dia receberá galardões, que são recompensas pela obediência e santidade de seus filhos.
3.5 – II Co. 5.10 (BV) ‘Porque todos nós teremos de comparecer diante de Cristo para sermos julgados e termos as nossas vidas desnudadas, diante dele. Cada um de nós receberá o que merecer pelas coisas boas ou más que tiver feito neste corpo terreno’.

4. Neste texto Paulo sinaliza que Deus trará um tempo de descanso aos que foram convertidos ao Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.
4.1 – II Ts. 1.7E, portanto eu quero dizer a vocês que estão sofrendo: Deus lhes dará alívio juntamente conosco quando o Senhor Jesus aparecer subitamente, descendo do céu em fogo ardente, com seus poderosos anjos’.
4.2 – A palavra grega anesin (descanso, alívio) significa ‘liberdade de restrições e tensões’, como o afrouxamento de um fio esticado.

5. O juízo de Deus neste caso não visa mensurar merecimentos que qualifiquem o indivíduo à salvação, pois não é esta a base da salvação de qualquer pessoa, mas tão somente o amor e presente gracioso de Deus em Cristo Jesus.

6. O juízo de Deus aos salvos destina-se a remunerá-los com o descanso da casa paterna: ‘... entra para o gozo de teu Senhor...’.


III – O JUÍZO DE DEUS SOBRE OS PERDIDOS.

1. O Juízo de Deus sobre os perdidos tem dois aspectos que precisam ser considerados à luz das Escrituras.
1.1 – Juízo de Rejeição.
1.2 – Juízo de Retribuição.

2. O que denomino de juízo de rejeição se estabelece no seguinte parâmetro:
2.1 – O juízo de Deus neste caso não visa mensurar deméritos que desqualifiquem o indivíduo à salvação, pois a não salvação de qualquer pessoa não se limita às suas obras, boas ou más.
2.2 – A rejeição de alguém à vida eterna reside no simples fato de ser um pecador que não se quebrantou diante do convite da graça de Deus mediante o Evangelho de Cristo Jesus.
2.3 – Explicitamente Paulo afirma que pessoas estarão fora da salvação do último dia, embora não seja este o enfoque principal do texto, mas também declara que estes tais passaram pelo juízo, ou critério de avaliação de Deus, e foram reprovados.
2.4 – O juízo de rejeição se estabelece num único fato, declarado na sentença do próprio Juíz, o Senhor Jesus: ‘Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus’ (Jo. 3.18).

3. O que denomino de juízo de retribuição se dá da seguinte forma:
3.1 – O juízo de retribuição não se limita apenas em não estarem eternamente na nova terra prometida pelo Senhor aos que nele crêem, mas também, e apesar disto, de experimentarem o furor da ira de Deus.
3.2 – A asseveração paulina é contundente e enfática neste texto, vaticinando o juízo de Deus de forma ativa contra os réprobos.
a) II Ts. 1.8-9 (BV) ‘Trazendo o julgamento sobre aqueles que não querem conhecer a Deus, e que se recusam a aceitar o seu plano de salvá-los por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. Eles serão castigados num inferno perene, expulsos para sempre da face do Senhor, para não verem jamais a glória de seu poder’.
b) Na ARA a tradução traz ‘tomando vingança’ demonstra a atividade de Deus em aplicar o juízo como vingador que é sobre o pecado e a obediência humana.
c) Fica claro quem são as pessoas objeto da vingança de Deus: ‘aqueles que não querem conhecer a Deus, e que se recusam a aceitar o seu plano de salvá-los por meio de nosso Senhor Jesus Cristo’.
3.3 – Paulo também descreve a natureza do castigo envolvido nesta retribuição:
a) II Ts. 1.9 (NVI) ‘Eles sofrerão a pena de destruição eterna, a separação da presença do Senhor e da majestade do seu poder’.
b) O termo destruição, no original grego é olethros, e significa o estrago de algo, a fim de que não possa exercer suas funções ou propósitos originalmente tencionados.
c) ‘Destruição eterna’ não é aniquilamento, mas ‘perdição eterna’.
d) O que temos nas Escrituras não é ‘aniquilamento’, mas separação eterna da presença, das bênçãos e da face de Deus.
e) Implica na separação eterna de Deus ‘longe da face do Senhor’ (1.9).
f) II Ts. 1.9 (BV) ‘Eles serão castigados num inferno perene, expulsos para sempre da face do Senhor, para não verem jamais a glória de seu poder’.
3.4 – Ilustra-se aqui com a narrativa de Jesus Cristo sobre o rico e Lázaro.
a) O rico estava no inferno.
b) O rico estava em tormentos.
c) O rico estava separado de Deus.
d) O rico tinha consciência da sua condição.
e) Não há aqui qualquer indício de aniquilamento.
3.5 – II Ts. 1.9 (ARA) ‘banidos da face do Senhor’, trata-se da separação para longe da fonte de bênçãos, ficando o individuo privado daquela gloria de seu poder que enriquece aos homens a um ponto como agora não pode nem sequer ser imaginado (R. N. Champlin).
3.6 – Rm. 2.6-7Mas haverá ira e indignação para os que são egoístas, que rejeitam a verdade e seguem a injustiça. Haverá tribulação e angústia para todo ser humano que pratica o mal: primeiro para o judeu, depois para o grego’.

4. Este é o juízo retribuitivo, no qual Deus retribuirá a cada um dos reprovados, o justo pagamento conforme o que sua rejeição de Cristo merece, bem como o que cada uma de suas obras merece.

5. Paulo deixa claro quando isso se dará:
5.1 – II Ts. 1.10 (NVI) ‘Isso acontecerá no dia em que ele vier para ser glorificado em seus santos e admirado em todos os que creram, inclusive vocês que creram em nosso testemunho’.
5.2 – Lucas registra as palavras de Paulo em Atenas quando afirma que Deus já marcou esse dia em seu calendário:
a) At. 17.31 (NVI) ‘Pois estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio do homem que designou. E deu provas disso a todos, ressuscitando-o dentre os mortos’.
5.3 – ‘Quando se manifestar o Senhor Jesus do céu’ (verso 7), refere-se à sua manifestação em glória (1Co. 1.7; Lc. 17.30).
5.4 – ‘Com os anjos do seu poder’ (verso 7), reporta à anúncios anteriores pelo próprio Senhor Jesus (Mc. 8.38; Mt. 25.31).
5.5 – ‘Como labareda de fogo’ (verso 8), reflete a linguagem teofânica do Velho Testamento (Sl. 18.8ss; Is. 66.15).
5.6 – Em breve estes céus se abrirão para que entre o Rei da Glória.


CONCLUSÃO: Quando o ser humano não responde ao Seu Criador, que oferece perdão e graça na salvação em Cristo, então responderá por si e para si mesmo assumindo os riscos inevitáveis da justiça divina.

Haverá um Juízo.
Não procrastine!

Não espere Deus te julgar e dar o que você merece!
Vá à Cristo agora e receba de graça o que você não merece.