Sl. 46.1-11
OBJETIVO: Apresentar o ensino de que o Senhor é sempre presente mesmo nas horas de tribulação de seu povo.
INTRODUÇÃO: O Hino da Reforma, Ein´feste Burg, ‘Castelo Forte é o nosso Deus’, escrito por Martinho Luthero, teve seu ponto de partida neste salmo.
CONTEXTO: Na simples leitura do salmo, infere-se que o mesmo foi escrito num momento de crise do autor, que faz uma impressionante confissão de fé. A crise permanece sem identificação, mas o salmo se estende além de qualquer situação local, indicando o poder soberano do Senhor sobre toda a terra.
TRANSIÇÃO: Tribulações fazem parte da agenda do povo de Deus, mas a poderosa e consoladora presença do Senhor também. Quero compartilhar nesta reflexão sobre A PODEROSA E CONSOLADORA PRESENÇA DO SENHOR EM MEIO ÀS TRIBULAÇÕES DE SEU POVO
I – A PODEROSA E CONSOLADORA PRESENÇA DO SENHOR EM MEIO ÀS TRIBULAÇÕES SE MANIFESTA NO SOCORRO CONSOLADOR.
a – Deus é o socorro de seu povo.
1. Não se sabe, pela simples leitura do salmo, qual era a natureza da crise que assolava o autor.
2. Percebe-se que o autor tenha atravessado uma tribulação e experimentado a presença protetora e consoladora do Senhor.
3. Os que confiam no Senhor do Universo, podem enfrentar qualquer crise, pois o Senhor é o refúgio de seu povo.
4. Nossa segurança do cristão se acha em Deus.
b – Deus é o socorro presente nas tribulações.
1. A confiança do cristão não se instala nas coisas ou no mundo a sua volta, mas tão somente no Senhor que ele professa como seu Deus.
2. Esta confiança em Deus se demonstra em dois interessantes detalhes:
2.1 – Refúgio dá o aspecto defensivo ou externo da salvação. É em Deus onde encontramos proteção.
2.2 – Fortaleza dá a entender o aspecto dinâmico. É Deus no íntimo que fortalece os fracos .
3. É nessa combinação do externo com o interno que o cristão se robustece na hora da crise e sai vencedor, a despeito da natureza destruidora da mesma.
3.1 – Hb. 11.33-34 ‘... os quais, por meio da fé ... da fraqueza tiraram força...’.
3.2 – Este Deus poderoso que é força interna e externa é que é o socorro bem presente nas tribulações.
3.3 – A palavra presente tem a conotação como sendo ‘o que pode ser achado’.
a) Is. 55.6 ‘Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto’.
c – Não há barreiras para o socorro do Senhor.
1. O autor desta poesia está convicto de que o Senhor é socorro suficiente não importando a natureza das dificuldades que se apresentem.
1.1 – ‘Ainda que a terra se transtorne’.
1.2 – ‘Ainda que os montes se abalem’.
1.3 – ‘Ainda que as águas tumultuem’.
1.4 – ‘Ainda que os montes se estremeçam’.
2. A dramaticidade dos eventos que se posicionam como barreiras estarrecem os que, sem temor a Deus se deparam com os mesmos, mas nunca hão de estarrecer os que confiam no Senhor.
3. ♫ ‘Deus não rejeita a oração’.
II – A PODEROSA E CONSOLADORA PRESENÇA DO SENHOR EM MEIO ÀS TRIBULAÇÕES SE MANIFESTA EM SUA SOBERANIA CONSTANTE.
a – Deus é soberano sobre seu povo.
1. A cidade de Deus é um dos grandes temas do Velho testamento, onde se ressalta a presença de Deus com o seu povo.
2. No livro dos Salmos, especialmente este (46) e os dois seguintes (47 e 48) apresentam este tema de maneira empolgante: Deus tem uma cidade e um povo!
2.1 – Deus é quem garante a segurança de sua cidade.
2.2 – Deus é quem garante a segurança de seu povo.
a) Sl. 46.5 ‘Deus está no meio dela; jamais será abalada; Deus a ajudará deste o amanhecer’.
3. O Novo Testamento tem essa visão da cidade de Deus bem mais ampliada e aponta para a Igreja, como o povo de propriedade particular e exclusiva de Deus.
4. No exercício de sua soberania sobre o seu povo, Ele dá a garantia de que eles estarão seguros.
4.1 – Com Deus as águas já não são mares ameaçadores: são um rio que dá vida !
a) Sl. 46.4 ‘Há um rio, cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo’.
4.2 – A promessa de que jamais será abalada obtém mais força pela contraposição ao fato de que nos versos anteriores se que diz que ‘os montes se abalem’.
4.3 – O povo de Deus que é a sua cidade, estará sempre seguro, promessa descrita com riqueza de detalhes em Apocalipse 21.
a) A descrição da nova Jerusalém aponta para uma cidade com alta muralha, indicando sua segurança.
b) A descrição da nova Jerusalém aponta para uma cidade com fundamentos bem estabelecidos, indicando sua estabilidade e permanência.
b – Deus é soberano sobre as nações.
1. O autor apresenta Deus como sendo soberano sobre todas as nações e, como o Todo Poderoso faz assolações na terra.
2. No decurso da história bíblica se vê nações se levantando e outras caindo, e na apresentação dos profetas, sempre de acordo com o atuar soberano de Deus na história.
2.1 – Dn. 2.20-21 ‘Seja bendito o nome de deus, de eternidade a eternidade, porque dele é a sabedoria e o poder; é ele quem muda o tempo e as estações, remove reis e estabelece reis; ele dá sabedoria aos sábios e entendimento aos inteligentes’.
3. Para o autor do Salmo ele é o IHWH-Tsebaoth, o Senhor dos Exércitos, podendo indicar aquele que detém o poder sobre os exércitos do céu e da terra.
4. O salmista aponta para as assolações que Deus efetua na terra, controlando as nações, até mesmo as suas guerras.
III – A PODEROSA E CONSOLADORA PRESENÇA DO SENHOR EM MEIO ÀS TRIBULAÇÕES SE MANIFESTA NA SERENIDADE RESIGNADA DE SEU POVO.
a – Serenidade indica compreensão do porquê das tribulações.
1. Embora não constante no texto em explanação, o cristão sabe pela Escritura que o porquê das tribulações está ligado à pecaminosidade da raça humana.
2. A pecaminosidade está relacionada ao pecado original, aos pecados sociais ou aos pecados pessoais, seus diretamente ou de terceiros.
3. ‘No mundo tereis aflições’ – é a palavra do Mestre de Nazaré.
b – Serenidade aponta para um aquietar diante do Deus soberano.
1. Quando se conhece o Deus soberano pode se desenvolver a atitude de um coração que se resigna e aguarda na intervenção oportuna de Deus a favor de seu povo.
1.1 – Sl. 46.10 ‘Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus’.
1.2 – Ex. 14.13 ‘Não temais; aquietai-vos e vede o livramento do Senhor’.
2. Somos desafiados na Escritura a assumirmos uma atitude de quietude e resignação, sabendo que o Senhor luta por nós.
CONCLUSÃO: Estás a passar por um vale de lágrimas, de angústia, de tribulações ou de dor?
O Senhor está presente!
O Senhor é soberano!
Tenha um espirito resignado e aguarde o livramento do Senhor!
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