quinta-feira, 11 de março de 2010

A PODEROSA E TRANSFORMADORA SIMPLICIDADE DO EVANGELHO

Fp. 4.1-9


OBJETIVO: Ensinar que é a simplicidade dos princípios do Evangelho, aplicados à vida, que são poderosos para transformar o indivíduo de dentro para fora.


INTRODUÇÃO: É interessante acompanhar o processo da transformação da larva em borboleta.


CONTEXTO: Policarpo, que fora discípulo do apóstolo João, em sua Epístola aos Filipenses (3.2) indicou que o apóstolo Paulo havia escrito diversas cartas para eles. Não se sabe se a Epístola aos Filipenses preservada na Bíblia é uma ou mais de uma destas cartas. Filipenses é uma das sete epístolas conhecidas como Cartas da Prisão (Fp.; Ef.; Cl.; Fm.; I Tm.; II Tm.; Tt.).


TRANSIÇÃO: É possível vermos cristãos de muitos e muitos anos que buscam um Evangelho cheio de aparatos e ornamentos, mas que ainda são muito imaturos e infantis? Porque isto acontece? Quero compartilhar nesta oportunidade sobre: A PODEROSA E TRANSFORMADORA SIMPLICIDADE DO EVANGELHO.


I – A PODEROSA E TRANSFORMADORA SIMPLICIDADE DO EVANGELHO SE MANIFESTA EM ATITUDES DE OBEDIÊNCIA.

a – A obediência se fortalece no discipulado participativo.

1. Depreende-se da carta de Paulo aos Filipenses que estas duas irmãs eram importantes líderes naquela Igreja e que, agora, estavam com as relações abaladas.

2. Curiosamente, não se tem nenhuma pista do que realmente acontecia entre Evódia e Síntique.
2.1 – Certamente, estava havendo uma ferrenha disputa que já afetava a igreja local e suas lideranças.
2.2 – Comportamentos assim criam partidarismos e afetam as pessoas próximas.

3. Havia no clima uma contradição dos nomes das irmãs.
3.1 – O nome Evódia, significa “ir bem”, “prosperar”, “fazer uma boa jornada”.
3.2 – Evódia, como cristã, não estava fazendo uma jornada feliz de vida cristã, pois estava em desavença.
3.3 – O nome Síntique, significa “afortunada”.
3.4 – Síntique vivia na pobreza espiritual da falta de amor e perdão.

4. O apóstolo não tem rodeios em pedir a um irmão que ele não identifica, mas simplesmente a ele se dirige como o ‘fiel companheiro de jugo’, que se proponha a ajudar a restaurar o companheirismo e comunhão ente as irmãs.

5. Não há barreiras! A vida em comunidade cristã precisa ser de tal monta que não haja barreiras em buscar auxílio entre irmãos para resolver possíveis conflitos.

6. Paulo buscou a ajuda deste inominado e fiel companheiro de jugo.
6.1 – Não mencionou o nome, mas mencionou que era um companheiro aguerrido e compromissado com a saúde e a paz do rebanho de Cristo em Filipos.

b – A simplicidade do Evangelho se manifesta na obediência.

1. O que Paulo esperava de Evódia e Síntique era uma atitude de obediência, reconhecendo que ambas eram partes do corpo de Cristo.

2. Em momentos anteriores Paulo já havia se referido a unidade que deveria existir no corpo de Cristo.
2.1 – Fp. 2.1-4.

3. A obediência é marca preponderante na vida daquele(a) que se diz cristão verdadeiro, e o transforma de dentro para fora, seja pela aplicação do discipulado pela Palavra ou pela ação do Espírito Santo.


II – A PODEROSA E TRANSFORMADORA SIMPLICIDADE DO EVANGELHO SE MANIFESTA PELA CONSCIÊNCIA DA PRESENÇA CONSTANTE DE DEUS.

a – A consciência da presença do Senhor santifica o cristão.

1. Algo que se faz notório na vida daquele que mantém um verdadeiro relacionamento com Deus por meio de Cristo, é a consciência da presença de Deus.
1.1 – Fp. 4.5 ‘Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor’.

2. A expressão de Paulo ‘Perto está o Senhor’ nos arremete ao fato de que não dá para viver uma vida dupla ou oculta diante de Deus, embora possamos fazê-lo diante dos irmãos.
2.1 – Sl. 139. 1-7 ‘1 Senhor, tu me sondas e me conheces. 2 Sabes quando me sento e quando me levanto; de longe percebes os meus pensamentos. 3 Sabes muito bem quando trabalho e quando descanso; todos os meus caminhos são bem conhecidos por ti. 4 Antes mesmo que a palavra me chegue à língua, tu já a conheces inteiramente, Senhor. 5 Tu me cercas, por trás e pela frente, e pões a tua mão sobre mim. 6 Tal conhecimento é maravilhoso demais e está além do meu alcance; é tão elevado que não o posso atingir. 7 Para onde poderia eu escapar do teu Espírito? Para onde poderia fugir da tua presença?’.

3. Há contendas ocultas em sua vida? Há relacionamentos partidos como os de Evódia e Síntique? Perto está o Senhor!

4. A consciência da constante presença do Senhor à sua volta deve te levar à santificação e transformação diárias.

b – A consciência da presença do Senhor aquieta o coração ansioso.

1. Não andar ansiosos é um imperativo de Jesus ao seu povo.

2. Onde há confiança na pessoa, no poder e na provisão de Deus, não há espaço para ansiedades e medos.

3. Ao contrário de vivenciar ansiedades, o apóstolo exorta o povo de Deus a compartilhar com o Senhor cada e qualquer necessidade que possa afligir o coração do crente.
3.1 – Fp. 4.6 ‘Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus’.

4. Experimentar a constante presença do Senhor à sua volta, permite ao cristão manter uma atitude de confiança constante.


III – A PODEROSA E TRANSFORMADORA SIMPLICIDADE DO EVANGELHO REDUNDA EM UMA MENTE RENOVÁVEL E EM CRESCENTE TRANSFORMAÇÃO.

a – A renovação da mente é atividade constante para o cristão.

1. O campo de batalha entre o pecado e o novo homem que nos foi gerado, se dá exatamente na mente.

2. A mente tem estreita relação entre o termo coração no VT, pois é através da mente que temos o contato do nosso ‘eu interior’ e o mundo exterior.
2.1 – Pr. 4.23 ‘Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida’.

3. Nossa mente é afetada pelo pecado, mas deve ser renovável através do aprendizado e exercício constante da Palavra de Deus.
3.1 – Rm. 12.2b ‘... mas transformai-vos pela renovação da vossa mente... ’.

4. É olhando para esse campo de comando de nossa vida que o apóstolo Paulo admoesta os cristãos a ocupar o pensamento com coisas saudáveis, boas e proveitosas.
4.1 – Fp. 4.8 ‘Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas’.
4.2 – Cl. 3.1-2 ‘Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus. Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas’.

b – A renovação da mente retroalimenta a obediência.

1. Só podemos obedecer a princípios e valores introjetados em nosso centro de comando, que é a mente.

2. Uma mente cheia das verdades, princípios e valores da Palavra de Deus resultará em um coração obediente e temente ao Senhor, assim como um coração obediente e temente ao Senhor, resultará em uma mente cheia das verdades, princípios e valores da Palavra de Deus.

3. Uma mente assim não terá dificuldade em vivenciar na prática as verdades anunciadas pela Palavra de Deus.
3.1 – Fp. 4.9 ‘Ponham em prática tudo o que vocês aprenderam, receberam, ouviram e viram em mim. E o Deus da paz estará com vocês’.

4. É de dentro para fora, muitas vezes de modo quase imperceptível, que o Evangelho age e promove as transformações na vida de uma pessoa.


CONCLUSÃO: Considerando o tempo que você conhece Jesus como seu Salvador, quanto de sua vida já foi transformada?
Você reconhece que está em transformação pelo Evangelho, ou você se acha estagnado e se acomodado?

Lembre-se: Três princípios são vitais para a continuidade desta transformação:

1. ATITUDES DE OBEDIÊNCIA.

2. CONSCIÊNCIA DA PRESENÇA CONSTANTE DE DEUS.

3. UMA MENTE RENOVÁVEL E EM CRESCENTE TRANSFORMAÇÃO.

A sua e a minha vida podem ser melhores!

MARCAS INCONFUNDÍVEIS DE UM VERDADEIRO CRISTÃO

Gl. 5.22-25


OBJETIVO: Apresentar o fruto do Espírito como marcas distintivas e inconfundíveis de um verdadeiro cristão.

INTRODUÇÃO
: Os cristãos que seguem a linha escatológica Dispensacionalista crêem que no final da História os não cristãos serão marcados por um número que os identificarão como não cristãos. Esse número é o número da besta: 666.
O profeta Ezequiel, por mais de uma vez, afirma que se verá a diferença entre o que teme a Deus e o que não teme.
Onde está essa diferença? Em número codificado de forma subcutânea na mão ou na testa, ou um caráter transformado e comprometido com os valores do Reino de Deus?

CONTEXTO: A Galácia era uma região da Ásia Menor. Para localizarmos melhor, vamos diferenciar Ásia de Ásia Menor. A Ásia é um continente que inclui diversos países: Rússia, Índia, países do Oriente Médio, países do Extremo Oriente, etc. A Ásia Menor, por sua vez, corresponde a território bem menor, que hoje é ocupado pela Turquia. O nome Galácia é derivado de gaulês. Os gauleses eram originários da Gália, (França hoje), que dominaram a região centro-norte da Ásia Menor, por volta do ano 300 a.C. Em 189 a.C., esse território foi conquistado pelos romanos. Em 25 a.C., Roma estabeleceu ali uma província que manteve o nome de Galácia. A carta aos gálatas destina-se a várias igrejas, acerca das quais não temos muitas informações específicas. Esta carta de Paulo aos Gálatas é chamada de Carta da Liberdade Cristã.

TRANSIÇÃO: Você é conhecido como cristão no seu trabalho, na escola, na vizinhança, na família? O que o torna diferente dos não cristãos? Quero compartilhar nesta oportunidade sobre o tema: MARCAS INCONFUNDÍVEIS DE UM VERDADEIRO CRISTÃO.


I – A MARCA DE PROPRIEDADE.

a – O Senhor conhece os que são seus.

1. A maioria dos cristãos próximos a você é reconhecida pela religiosidade ou pela vida que possui?

2. Deus que conhece o mais profundo do ser humano sabe exatamente quem e quais são os verdadeiros convertidos, que possuem uma confissão de sua pecaminosidade e que receberam a Cristo como seu Salvador.

3. Nós podemos não saber exatamente quem são os verdadeiros cristãos, mas a Escritura afirma que Deus conhece os que lhe pertence.

b – O Espírito é a marca de propriedade.

1. As Escrituras nos afirmam que quando a pessoa é convertida ao Senhor, é posto nela uma nova vida com uma nova natureza.

2. Neste ato o cristão recebe também uma marca e um selo de propriedade que o acompanhará até o último dia.
2.1 – Ef. 1.13 (NTLH) ‘Quando ouviram a verdadeira mensagem, a boa notícia que trouxe para vocês a salvação, vocês creram em Cristo. E Deus pôs em vocês a sua marca de proprietário quando lhes deu o Espírito Santo, que ele havia prometido’.

3. Esta marca é a pessoa bendita do Espírito Santo que habita no interior desta pessoa e jamais dali sairá.
3.1 – Jo. 14.16-17 (NTLH) ‘Eu pedirei ao Pai, e Ele lhes dará outro Auxiliador, o Espírito da verdade, para ficar com vocês para sempre. O mundo não pode receber esse Espírito porque não o pode ver, nem conhecer. Mas vocês o conhecem porque Ele está com vocês e viverá em vocês’.

4. Se Deus olha de sua habitação sobre este mundo de trevas, certamente Ele vê os seus filhos em meio a escuridão, pois neles está o Espírito Santo que é luz e os identifica.


II – A MARCA DE QUALIDADE.

a – O Fruto do Espírito.

1. Certamente dentre os tantos cristãos, verdadeiramente convertidos, que possuem a marca de propriedade, há cristãos com baixa qualidade de vida cristã e que externamente observando se tem dificuldade de os identificar como tais.

2. Paulo fala então que o cristão que vive em comunhão verdadeira com o Deus que nele habita, o Espírito Santo, possui uma qualidade de vida tal que será facilmente identificado como verdadeiro cristão.

3. Estas marcas estão impingidas em um caráter transformado e são chamadas por Paulo de ‘Fruto do Espírito’.

4. Paulo, embora falando no singular, ‘Fruto do Espírito’, aponta para nove predicados que acompanham o verdadeiro cristão, com maior ou menor intensidade.

5. O fruto do Espírito inclui:
5.1 – “Amor” (gr. agape), i.e., o interesse e a busca do bem maior de outra pessoa sem nada querer em troca.
5.2 – “Alegria” (gr. chara), i.e., a sensação de alegria baseada no amor, na graça, nas bênçãos, nas promessas e na presença de Deus.
5.3 – “Paz” (gr. eirene), i.e., a quietude de coração e mente, baseada na convicção de que tudo vai bem entre o crente e seu Pai celestial.
5.4 – “Longanimidade” (gr. makrothumia) i.e., perseverança, paciência, ser tardio para irar-se ou para o desespero.
5.5 – “Benignidade” (gr. chrestotes), i.e., não querer magoar ninguém, nem lhe provocar dor.
5.6 – “Bondade” (gr. agathosune) i.e., zelo pela verdade e pela retidão, e repulsa ao mal; pode ser expressa em atos de bondade ou na repreensão e na correção do mal.
5.7 – “Fé” (gr. pistis), i.e., lealdade constante e inabalável a alguém com quem estamos unidos por promessa, compromisso, fidedignidade e honestidade.
5.8 – “Mansidão” (gr. prautes) i.e., moderação, associada à força e à coragem; descreve alguém que pode irar-se com eqüidade quando for necessário, e também humildemente submeter-se quando for preciso.
5.9 – “Temperança”; “Domínio Próprio” (gr. egkrateia), i.e., o controle ou domínio sobre nossos próprios desejos e paixões, inclusive a fidelidade aos votos conjugais; também a pureza.

6. O ensino de Paulo é que não há qualquer restrição quanto ao modo de viver aqui indicado.
6.1 – O crente pode e realmente deve praticar essas virtudes continuamente.

b – Estas marcas devem ser polidas e evidenciadas dia a dia.

1. É necessário estar em constante vigilância para que o mundo, o pecado e o diabo, não encubram em nós a beleza do ‘Fruto do Espírito’.

2. Certamente o cristão enfrenta uma luta constante contra o pecado em sua vida.

3. As marcas são, portanto o fator diferencial entre o cristão e o não cristão, pois estão impregnadas e impingidas no caráter e não apenas num traço de religiosidade.


CONCLUSÃO: O mundo está esperando para ver quem são realmente os verdadeiros cristãos no meio dessa balbúrdia onde nem mesmo o nome evangélico aponta para a realidade daquele que crê em Cristo Jesus.
Seja diferente!
Viva as marcas inconfundíveis de um verdadeiro cristão.