segunda-feira, 14 de setembro de 2009

CASOS DE FAMÍLIA

Os. 2. 2-22


OBJETIVO: Ensinar que a família é instituída por Deus, corrompida pelo pecado e resgatada através dos valores redentivos do sacrifício de Cristo Jesus e do poder santificador do Espírito Santo.

INTRODUÇÃO: Cada família é única. Existem famílias de todo tipo. Por mais que possamos ter algo em comum, cada uma é única.

CONTEXTO: Oséias foi um profeta que pastoreou Israel por cerca de 40 anos. Deus o chamou para se casar com uma mulher que lhe seria infiel, e através disto simbolizar a infidelidade do povo de Israel para com Deus.

TRANSIÇÃO: Quero compartilhar sob o tema ‘CASOS DE FAMÍLIA’ uma reflexão breve sobre a necessidade de manter nossas famílias dentro dos princípios de Deus.




I – O CASAMENTO DEVE SER VIGIADO E PRESERVADO.

a – O casamento de Oséias é uma parábola.

1. O casamento de Oséias era uma parábola aplicada ao relacionamento de Deus com o povo de Israel.

2. Deus estava ensinando ao seu povo no passado que Ele haveria de vigiar sobre o relacionamento entre eles.
2.1 – Neste relacionamento haveria de ter fidelidade e não apenas utilitarismo.
2.2 – Deus não é apenas um poder para ser usado, mas uma pessoa para ser amada e desfrutada em verdadeira comunhão e relacionamento íntimo.

3. Deus vigiava seu relacionamento com o povo de Israel, e assim devia Oséias vigiar o seu casamento com Gômer, corrigindo suas infidelidades e trazendo-a para si.

b – O casamento deve ser vigiado e preservado.

1. Vivemos na pós-modernidade onde a individualidade sobrepõe-se aos relacionamentos.

2. Torna-se comum em nossos dias os membros de uma família, possuírem seus Celulares, e-mails, e outros mecanismos de comunicação, e os demais não terem acesso.
2.1 – É esposo que não pode verificar as ligações que a esposa recebe em seu Celular, sob o risco de ser acusado de invadir a privacidade, e vice e versa.
2.2 – É a esposa que não pode olhar a caixa de e-mails do esposo, pois esta é uma área confidencial.
2.3 – Há casais onde nem mesmo a carteira de um ou de outro não pode ser sequer aberta pelo outro.

3. Casamentos desta monta estão fadados ao fracasso e o adultério, fornicações e o divórcio estão estacionados na porta de entrada esperando o momento para serem atendidos.

4. As Escrituras nos arremetem a um grau de intimidade onde nenhum recanto de nosso corpo ou de nossa vida possa ficar excluído do relacionamento um do outro.
4.1 – Gn. 31.49 ‘Que o SENHOR nos vigie, a mim e a você, quando estivermos separados um do outro’ (esse deve ser um bom lema para todo casal cristão).
4.2 – Gn. 2.24 ‘Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne’.
4.3 – Tornar-se uma só carne é mais que estar na cama juntos, mas é estarem as duas almas em um só corpo e os dois corpos em uma só alma.

5. Este casamento apresentado no texto era um casamento cheio de problemas e se encontrava totalmente destruído, onde a amargura e o ressentimento eram os sentimentos dominantes.

6. O que pode curar uma família cheia de amargura?
6.1 – Você se lembra o que significa a figura de linguagem ‘vale de Acor’, no verso 15?
6.2 – Por mais amargo que possa ser a sua experiência o Senhor Deus pode transformá-la e torná-la aprazível, desde que se traga diante dEle corações arrependidos e quebrantados.


II – OS FILHOS DEVEM SER FORTALECIDOS E ABENÇOADOS.

a – Um lar destruído gerando filhos amargurados.

1. Do casamento de Oséias, nasceram três filhos:
1.1 – Jezreel – ‘Deus semeia’, aplicado à vingança que Deus semearia sobre o povo de Israel.
1.2 – Lô Ruamah – ‘Desfavorecida’.
1.3 – Lô-Amy – ‘Não meu povo’.

2. Os filhos deste texto de Oséias eram filhos de um lar destroçado e que carregavam todo tipo de problema, traumas e frustrações.
2.1 – Filhos que viam uma conduta imoral na mãe e um pai desautorizado e humilhado.
2.2 – Filhos não amados.
2.3 – Filhos rejeitados.
2.4 – Filhos amargurados.

b – Casamentos destruídos, filhos complexados e problemáticos.

1. A mídia de hoje, especialmente através de novelas, filmes e programas talk show, apresenta uma fantasia inversa da realidade, onde lares se desfazem, onde cada cônjuge encontra um novo parceiro e os filhos seguem felizes como se os pais apenas tivessem trocado de roupa ou no máximo de emprego.

2. É comum se ter famílias com filhos carregados de traumas dos mais simples aos mais complexos, onde reina a amargura e a infelicidade.

3. Filhos traumatizados e amargurados certamente serão filhos que não reproduzirão lares felizes, além de carregarem e espalharem a amargura em sua vida pessoal, em seu ambiente de trabalho e demais relacionamentos.

c – Disponha-se a fortalecer seus filhos nos valores de Deus.

1. Seus filhos são expostos a diferentes valores. Eles aprendem um enorme código de valores através da televisão, amigos, escola, e de você.

2. Algumas vezes os valores são identificados por uma simples palavra, como honestidade, ou descritas por uma característica de personalidade, como fidedigna.

3. Ensine valores fundamentados em histórias bíblicas:
3.1 – Porque eles aprenderão mais sobre valores.
3.2 – Porque aumentará o conhecimento e a compreensão deles através da Palavra de Deus.

4. Decida ser modelo e de ser o melhor no que você fizer:
4.1 – Você está satisfeito com o que você é?
4.2 – Você explora o seu potencial?
4.3 – Seu filho lhe vê como uma pessoa que está crescendo, trabalhadora e esforçada?

5. Deus lhe deu a responsabilidade de desenvolver o potencial de seus filhos de maneira plena:
5.1 – Incentive-os a serem os melhores.
5.2 – Anime- os quando estiverem desencorajados.
5.3 – Insista para que os trabalhos de escola sejam feitos da melhor maneira possível.

6. Apesar de terem nomes que identificavam traumas e complexos, os filhos de Oséias tiveram sua auto-estima fortalecida pelas promessas de Deus:
6.1 – Os. 1.10 ‘No lugar onde se dizia a eles: ‘Vocês não são meu povo’, eles serão chamados ‘filhos do Deus vivo’.
6.2 – Os. 2.1 ‘Chamem a seus irmãos ‘meu povo’, e a suas irmãs ‘minhas amadas’’.
6.3 – Os. 2.23 ‘Eu a plantarei para mim mesmo na terra; tratarei com amor aquela que chamei ‘Não-amada’. Direi àquele chamado ‘Não-meu-povo’: Você é meu povo; e ele dirá: ‘Tu és o meu Deus’’.


III – O AMOR DEVE PERMEAR SOBRE TODOS.

a – A família é abençoada à base do amor altruísta.

1. Quando se desenvolve comportamentos egoístas, busca-se apenas a própria realização, a própria satisfação e o prazer próprio.

2. A família precisa ser fortalecida e construída sobre os alicerces e fundamentos da Palavra de Deus; pois contra ela virão crises e tempestades, mas não se afundará.

b – Amor: o elemento restaurador da família.

1. Neste texto, a figura do marido é Deus, assim não existem falhas do marido.

2. Certamente em todas as famílias, por melhores que possam ser os maridos e pais, sempre haverá falhas, e conseguintemente, problemas decorrentes na família.

3. Sejam as falhas decorrentes do marido, da esposa ou dos filhos o único elemento restaurador é o amor, pois havendo o amor, todos os elementos necessários à restauração estarão presentes e possíveis nele:
3.1 – I Co. 13.4-7 ‘Quem ama é paciente e bondoso. Quem ama não é ciumento, nem orgulhoso nem vaidoso. Quem ama não é grosseiro nem egoísta; não fica irritado, nem guarda mágoas. Quem ama não fica alegre quando alguém faz uma coisa errada, mas se alegra quando alguém faz o que é certo. Quem ama nunca desiste, porém suporta tudo com fé, esperança e paciência’.

4. Quando se ama se perdoa, e uma família não pode subsistir sem perdão, pois invariavelmente vamos errar uns com os outros.
4.1 – O perdão é a possibilidade da convivência.
4.2 – O perdão é um indicador de nossa compreensão do amor de Deus por nós.
4.3 – O perdão consiste em aceitar que o outro é outro, com suas feridas e fragilidades.
4.4 – Não haverá verdadeira vida familiar enquanto não se chegar ao ponto do perdão.


CONCLUSÃO: Sua família pode ser melhor?
O que pode ser melhorado na convivência do casal?
O que pode ser melhorado na educação dos filhos?
O que pode ser melhorado no relacionamento uns com os outros?

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A MARAVILHOSA GRAÇA TRAZIDA NO EVANGELHO

Ez. 47.1-12


OBJETIVO: Ensinar que o Evangelho é o poder de Deus e onde ele passar haverá a cura para os povos.

INTRODUÇÃO: Você conhece a ‘Língua do P’? Foi uma maneira de comunicação codificada entre adolescentes da década de 70. Falavam tão rápido que quem não dominasse o código não compreenderia o que se dizia.

CONTEXTO: Este texto é o ápice de um bloco apocalíptico nas profecias de Ezequiel que se enquadram num texto maior: 40.1-48.35. Neste bloco apocalíptico Ezequiel passa a demonstrar a vida do povo de Deus à semelhança do que se dá em Ap. 21-22.
Quando o livro de Apocalipse apresenta a Nova Jerusalém é uma cidade que está em voga? Não! Mas projeta-se, através da figura e da descrição da cidade, a deslumbrante figura da noiva: a Igreja de Jesus Cristo.
Ezequiel neste bloco apocalíptico, onde descreve detalhes do Templo, esmera-se para descrever as atividades de Deus, em tudo o que Ele é e fará em prol de seu povo na perspectiva da salvação em Cristo revelada no Evangelho, como expressa John B. Taylor em seu comentário exegético: ‘A visão do templo era, na realidade, um tipo d encarnação de tudo quanto Deus representava, exigia e poderia fazer em prol de seu povo na era que estava para raiar’ .

TRANSIÇÃO: Que benefícios o Evangelho já trouxe para sua vida? Quero refletir nesta oportunidade sobre o seguinte tema: A MARAVILHOSA GRAÇA TRAZIDA NO EVANGELHO.


I – O RIO DE VIDA EMANA DO TRONO DE DEUS.

a – O Evangelho não se limita a livros da Bíblia.

1. Parece ser redundante falar isto, mas é preciso reforçar o conceito de que o Evangelho não é apenas os livros bíblicos que carregam este nome.

2. Evangelho é a Boa Nova do amor de Deus para perdão e resgate do pecador de sua condenação devido sua culpa e pecado.

b – O plano de salvação para o pecador surgiu do trono de Deus.

1. É o Deus triúno e soberano que projeta e realiza o plano de salvação do ser humano.

2. Por isso, o profeta Ezequiel apresenta o rio da vida nascendo dentro do Templo, lugar que representa a habitação de Deus.

3. Desde toda a eternidade Deus arquitetou um plano para resgatar o pecador de seu pecado e culpa.
3.1 – Ef. 1.3-4 ‘Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo. Porque Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença’.
3.2 – I Pe. 1.18-20 ‘Pois vocês sabem que não foi por meio de coisas perecíveis como prata ou ouro que vocês foram redimidos da sua maneira vazia de viver, transmitida por seus antepassados, mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e sem defeito, conhecido antes da criação do mundo, revelado nestes últimos tempos em favor de vocês’.


II – O RIO DE VIDA TRANSFORMA ONDE ELE PASSA.

a – Das páginas de Atos aos dias de hoje.

1. Pode-se ver desde as páginas do livro de Atos e Cartas apostólicas que onde as Boas Novas eram anunciadas vidas e culturas eram mudadas.
1.1 – O Evangelho transforma Jerusalém.
1.2 – O Evangelho entra em Samaria.
1.3 – O Evangelho e o eunuco (vai para a África).
1.4 – O Evangelho e Cornélio.
1.5 – O Evangelho em Éfeso.
1.6 – O Evangelho em Roma.

2. Pode-se ver na História como o Evangelho, o rio de vida, vai transformando famílias, cidades, povos e nações por onde ele passa.
2.1 – I Co. 6.9-11 ‘Vocês não sabem que os perversos não herdarão o Reino de Deus? Não se deixem enganar: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem homossexuais passivos ou ativos, nem ladrões, nem avarentos, nem alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros herdarão o Reino de Deus. Assim foram alguns de vocês. Mas vocês foram lavados, foram santificados, foram justificados no nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito de nosso Deus’.

3. O cristianismo com a mensagem da Boa Nova invadiu o mundo, civilizou reinos, transformou nações; desde os camponeses e artesãos, gente simples até às raias dos mais nobre palácios.

b – O rio de vida é mais que a religião de mercado vigente.

1. É inegável o crescimento numérico dos evangélicos no Brasil.
1.1 – A população brasileira cresceu menos que 2% (1991-2000).
1.2 – O catolicismo cresceu menos que 05,% no período.
1.3 – O espiritismo cresceu quase 5% no mesmo período.
1.4 – Os sem religião cresceram cerca de 6,5%.
1.5 – Os evangélicos cresceram 7,5% neste período.

2. O que tem crescido, contudo, não é o evangelicalismo com uma pregação sadia do Evangelho, mas a chamada religião de mercado.

3. A projeção para o crescimento do país para 2020 chega às raias de 25%, atingindo a casa dos 234.911.523 habitantes.

4. A mesma projeção aponta um crescimento entre os evangélicos numa proporção de 46,7%, atingindo o número de 109.696.027 crentes.

5. A preocupação é que este crescimento não sendo um crescimento sadio gerará uma população de cristãos problemáticos numa proporção destruidora para a Igreja no país.
5.1 – Duas décadas de crescimento contínuo.
5.2 – Surgimento de uma nova face dos evangélicos: os sem igreja.
5.3 – Avanço surpreendente dos “sem religião”.
5.4 – Recrudescimento do avanço missionário transcultural e as populações indígenas.
5.5 – As regiões ainda não alcançadas do território brasileiro terão maior resistência ao Evangelho.
5.6 – O maior risco de todos: uma igreja que não mude a cara do Brasil.

6. Onde está o rio de vida que transformaria nosso país com o poder do Evangelho? Diante disto o que esperar para o futuro?

7. Só um poderoso avivamento pode mudar o curso da religião de mercado e fazer inundar o nosso país com as águas purificadoras e transformadoras do rio da vida.


III – O RIO DE VIDA É O PODER DO EVANGELHO.

a – O avanço do rio são avanços do Evangelho na história.

1. O rio é a maravilhosa graça de Deus trazida no Evangelho: Águas purificadoras. E o canal do rio que conduz estas águas, é a Igreja?

2. O profeta pinta a cena de um rio que surge de dentro do Templo e meio quilômetro abaixo (mil côvados) o rio ainda esta na altura dos tornozelos.

3. O sacrifício de Cristo na cruz do Calvário é o marco inicial de forma visível deste plano salvador de Deus.
3.1 – Inicia-se, a partir do Templo em Jerusalém, no Dia de Pentecostes, a propagação da Boa Nova.
3.2 – Primeiramente são apenas 120 pessoas (At. 1.15), embora Paulo vá dizer que o número de cristãos desde a ressurreição de Jesus, já passava de 500 irmãos (I Co. 15.6).

4. O rio continua sua trajetória e numa segunda medição [verso 4 (mais mil côvados = mais meio quilômetro)] já está à altura dos joelhos.
4.1 – Num próximo momento, ainda no Dia de Pentecostes, o número de convertidos sobe para cerca de 3.000 pessoas (At. 2.41).

5. Mais uma medição [ainda verso 4 (mais mil côvados = mais meio quilômetro)] o rio já está à altura dos lombos, ou seja já está pela cintura do homem que o media.
5.1 – Em outros registros de Lucas no livro de Atos se vê que a estatística sobe para 5000 conversos (At. 4.4).
5.2 – E mais a frente a estatística sobe à dezenas de milhares de cristãos (At. 21.20).

6. Mais uma medição [agora no verso 5 (mais mil côvados = mais meio quilômetro)] o rio já está tão volumoso que não se pode mais atravessá-lo andando, mas tão somente à nado.
6.1 – O Evangelho invade todo o Império Romano e todo o mundo conhecido da época.
6.2 – Perde-se a conta dos cristãos. Já não houve condições de contagem.
6.3 – Apocalipse, olhando para a totalidade de cristãos em adoração ao Senhor fala de ‘milhares de milhares e milhões de milhões’ (Ap. 5.11).

7. Por onde passe o Evangelho da graça, ali haverá transformações profundas, seja no indivíduo, seja na comunidade que o cerca e mesmo em toda a nação.

b – O avanço do rio pode ser avanços do Evangelho na sua vida.

1. Além de transformar culturas e nações também é verdade que estes estágios podem ser verdade na vida de cada cristão.

2. Lembra do início quando o rio era apenas um iniciozinho em sua vida?
2.1 – Os primeiros passos, as primeiras transformações, os primeiros movimentos de evangelização em direção a outras pessoas...
2.2 – Depois, águas mais profundas. Transformações mais substanciais, ações mais ousadas em direção ao mundo...
2.3 – E hoje... Com o está sua vida?

3. Ou será que ficou com as águas pelos tornozelos a vida toda?
3.1 – Há crentes que não crescem no conhecimento e no relacionamento com Deus.
3.2 – Há crentes que não crescem na prática dos princípios do Evangelho.
3.3 – Há crentes que não crescem em direção a salvação de outros.

4. Nosso Senhor Jesus nos desafia a termos essas águas purificadoras em abundância em nossa vida.
4.1 – Jo. 4.13-14 ‘Jesus respondeu: “Quem beber desta água terá sede outra vez, mas quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Ao contrário, a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna”’.
4.2 – Jo. 7.37-39a ‘No último e mais importante dia da festa, Jesus levantou-se e disse em alta voz: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva”. Ele estava se referindo ao Espírito, que mais tarde receberiam os que nele cressem’.

5. E hoje... Com o está sua vida? Rios estão fluindo ou só gotas... respingam em sua vida...


CONCLUSÃO: Será através da vida de cada cristão, onde rios de vida fluem, que nossa sociedade será atingida com o poder do Evangelho.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

CARACTERÍSTICAS DO CRISTIANISMO BÍBLICO

At. 2. 42-47


OBJETIVO: Apresentar as características da Igreja que devemos ser no intuito de transmitir o Evangelho com entusiasmo e integridade.

INTRODUÇÃO: O cristianismo apresentado em nossa sociedade consumista difere em muito do cristianismo apresentado nos Evangelhos e nas Cartas do Novo Testamento.

CONTEXTO
: O texto está inserido na narrativa lucana dos primeiros dias da Igreja Primitiva. Apesar de muitos erros e falhas incontestes desta Igreja serem apresentados nos escritos do NT, apresenta-se aqui a forma como os irmãos primitivos viviam os ensinos de Jesus, sendo eles mesmos exemplo e estímulo para a Igreja em todos os tempos.

TRANSIÇÃO: Porque esta diferença entre as Escrituras e a religiosidade evangélica de hoje? Espero que possamos perceber isto neste texto e nos esforçarmos por sermos a diferença em nossos dias. Para isto quero refletir sobre o seguinte tema: CARACTERÍSTICAS DO CRISTIANISMO BÍBLICO.


I – O CRISTIANISMO BÍBLICO VIVENCIA A PERSEVERANÇA.

a – O cristianismo bíblico vivencia a perseverança na doutrina.

1. A doutrina ou ensino do Novo Testamento é a doutrina dos apóstolos, recebida por instrução ou por revelação do próprio Senhor Jesus, o autor e consumador de nossa fé.
1.1 – Ef. 2.19-22 ‘... e sois membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo Jesus Cristo como pedra angular’.
1.2 – At. 2.42 ‘Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos’.

2. O cristianismo de hoje é um cristianismo miscigenado com ensinos e práticas pagãs supersticiosas estranhas ao ensino dos apóstolos.

b – O cristianismo bíblico vivencia a perseverança na comunhão.

1. A comunhão é o livre relacionamento de amor entre as pessoas de uma comunidade onde cada um possui um interesse verdadeiro uns pelos outros.

2. No cristianismo moderno as pessoas são motivadas a irem às Igrejas com o interesse de alcançar uma bênção e se utilizar de Deus ou da Igreja.

3. Duas perguntas norteadoras da prática cristã:
3.1 – Cristianismo moderno: ‘O que a Deus ou a Igreja podem fazer por mim?’.
3.2 – Cristianismo bíblico: ‘O que eu posso fazer pela igreja ou pela proclamação do nome de Deus?’.

c – O cristianismo bíblico vivencia a perseverança na Ceia.

1. Perseverar na Ceia é compreender o valor do sacrifício de Cristo, dramatizado nos elementos que compõem a Ceia.
1.1 – O pão nos fala do corpo que foi entregue na cruz para poder nos redimir das angústias e horrores do inferno.
1.2 – O sangue derramado fala do preço do nosso resgate.

2. Perseverar na Ceia é viver na expectativa da volta iminente de Jesus.
2.1 – ‘Maranata’ é o grito que estava entalado na garganta dos apóstolos = ‘Vem Senhor’ e ‘Maranata’ continua sendo o grito entalado na garganta de todos os que crêem em Jesus como seu Senhor e Salvador.
2.2 – A Ceia do Senhor lembra-nos a volta do Senhor, complemento final da alegria eterna do cristão.

d – O cristianismo bíblico vivencia a perseverança nas orações.

1. O cristão bíblico não é o utilitarista religioso de nossos dias que apenas usa as orações para desfrutar de poderes, milagres, curas e prosperidades materiais.

2. A oração nos foi dada como mecanismo de comunhão e amizade pessoal com o Senhor Deus.

3. A oração não é meramente um recurso para resolver problemas na vida do cristão, mas é como a respiração de uma alma que conhece e adora o verdadeiro Deus.


II – O CRISTIANISMO BÍBLICO VIVENCIA A COMUNHÃO.

a – Vivenciar a comunhão é viver juntos como uma só família.

1. O evangelista Lucas registra que os cristãos primitivos viviam juntos e tinham tudo em comum.
1.1 – At. 4.32 ‘Da multidão dos que creram, uma era a mente e um o coração. Ninguém considerava unicamente sua coisa alguma que possuísse, mas compartilhavam tudo o que tinham’.

2. Se o cristianismo moderno não produz vida em família sinaliza então um cristianismo distante daquele vivido e ensinado por Jesus e seus apóstolos.

b –Vivenciar a comunhão é prestar socorro nas necessidades.

1. O cristianismo bíblico não resolve o problema do mundo todo, e nem é esta a sua responsabilidade, mas é aquela comunidade de amor que busca suprir as necessidades dos que lhe pertencem.
1.1 – At. 4.34-35 ‘Não havia pessoas necessitadas entre eles, pois os que possuíam terras ou casas as vendiam, traziam o dinheiro da venda e o colocavam aos pés dos apóstolos, que o distribuíam segundo a necessidade de cada um’.

2. Ilustração: ‘José, um levita de Chipre a quem os apóstolos deram o nome de Barnabé, que significa “encorajador”, vendeu um campo que possuía, trouxe o dinheiro e o colocou aos pés dos apóstolos’.


III – O CRISTIANISMO BÍBLICO VIVENCIA DUAS ASAS.

a – Uma Igreja de duas asas.

1. Ilustração: ‘O Criador um dia criou a Igreja de duas asas: Uma asa era o grupo grande da celebração e a outra asa representava a comunidade do grupo pequeno. Usando as duas asas ela podia voar alto para os céus, entrar na sua presença e fazer a sua vontade em toda a terra. Depois de alguns séculos voando por toda a terra, a igreja de duas asas começou a questionar a necessidade da asa do grupo pequeno. No decorrer dos anos a asa do grupo pequeno tornou-se cada vez mais fraca por falta de exercício até que virtualmente não tinha mais força alguma’ .

b – Uma Igreja de duas asas se reúne no Templo.

1. A Igreja primitiva se reunia em grandes grupos, no Templo e em Jerusalém, e após o período das perseguições, muitas vezes nas florestas, beira de rios ou lugares ermos.

2. O mal da Igreja é que a ela aprendeu a se reunir apenas em grandes Templos e perdeu a vida comunitária e de comunhão onde os irmãos se conhecem e se relacionam no intuito de viver e de levar o Evangelho aos de fora.

c – Uma Igreja de duas asas se reúne de casa em casa.

1. A Igreja primitiva se reunia ‘de casa em casa’ usando este movimento da asa do pequeno grupo como elemento de comunhão, edificação, evangelismo e discipulado.
1.1 – At. 2.46 ‘Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão de casa em casa, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração’.
1.2 – At. 5.42 ‘Todos os dias, no templo e de casa em casa, não deixavam de ensinar e proclamar que Jesus é o Cristo’.


IV – O CRISTIANISMO BÍBLICO É SIMPÁTICO.

a – Uma Igreja simpática é uma comunidade atraente.

1. A Igreja de Jesus tem por finalidade alcançar os não cristãos com a boa nova do Evangelho.

b – Uma Igreja simpática é uma comunidade acolhedora.

1. As pessoas que se aproximam da Igreja querem ser acolhidas.
1.1 – Entre 75-90% de todos os adultos que se tornam membros das igrejas foram através de um convite de um amigo ou parente. Não existe método mais efetivo no crescimento da igreja.
1.2 – Se o ditado popular ‘a primeira impressão é a que fica’ faz sentido no relacionamento entre a igreja e os visitantes, então a recepção que esses amigos têm é muito importante.
1.3 – A maneira como uma pessoa é recebida e tratada vai começar a formar a imagem da igreja em sua mente e pode determinar se ela vai ou não voltar.
1.4 – As impressões duradouras são feitas nos primeiros 30 segundos. O visitante muitas vezes decide em cinco minutos se voltará à igreja ou não.

2. Cada cristão precisa vivenciar o amor verdadeiro e contagiante de uns para com os outros e não apenas gestos forçados na hora da apresentação de visitas.


CONCLUSÃO: Numa escala de 0 a 10 que nota você dá para sua prática do Evangelho?

Numa escala de 0 a 10 que nota você dá para a sua comunhão com os demais cristãos?

Numa escala de 0 a 10 que nota você dá para seu envolvimento com as duas asas da Igreja?

Numa escala de 0 a 10 que nota você dá para sua simpatia no trato de uns para com os outros?