domingo, 19 de dezembro de 2010

QUAL O SIGNIFICADO DO NATAL?


Mt. 1.21


INTRODUÇÃO: O Natal se transformou num grande bolsão comercial. Papais Noel, enfeites, propagandas, tudo como um desafio ao comércio. Não comprar um presente de natal chega às raias do desacato à pessoa que nos é próxima.

CONTEXTO: Este texto é apenas um versículo dentro do anúncio do anjo a José acerca do nascimento de Jesus. José estava desposado de Maria. Já eram casados, mas a consumação através da união de seus corpos ainda não ocorrera. José sabe da gravidez de Maria e pensa em abandoná-la. O anjo vem até José para dizer-lhe que não faça isso, pois o que nasceria de Maria era o Messias, o Salvador prometido.

TRANSIÇÃO: O que tudo aquilo significava para José? Traição? Desrespeito? Leviandade? O que o Natal significa para o povo nos dias de hoje? Quero refletir brevemente nesta ocasião sobre QUAL O SIGNIFICADO DO NATAL?


I – O NATAL TEM UM SIGNIFICADO REDENTIVO.

a – Revelado no nome do Senhor Jesus.

1. Jesus → Ίησόυς → ‘Salvador’ → nome derivado de → YHWH (הוהי) → + Iasa → (השי) tendo o significado de ‘nosso socorro, nosso ajudador, nosso salvador’.

2. A forma mais antiga é o nome de Josué → יהשה → Yehosua → YHWH é salvador.

3. No NT o nome é traduzido por Ίησόυς → Salvador.

4. A salvação ou redenção prometida por Deus recebe seu cumprimento e significado no nome e na pessoa de Jesus.

b – Revelado na missão do Senhor Jesus.

1. A missão do Filho de Deus é estampada no anúncio do anjo a José: ‘Ele salvará...’ (Mt. 1.21).

2. A missão de Jesus é manifestada no anúncio do anjo à Maria: ‘... a quem chamarás pelo nome de Jesus’ (Lc. 1.31).

3. A missão de Jesus é proclamada também pelos anjos aos pastores: ‘É que vos nasceu na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor’ (Lc. 2.11).

4. A missão de Jesus é revelada na natureza do evento: ‘... vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei...’ (Gl. 4.4-5).

5. Não há Natal divorciado do plano redentor de Deus.


II – O NATAL TEM UM SIGNIFICADO ELETIVO.

a – O Natal aponta para a salvação de um povo.

1. Povo → λαός → Termo que indicava nos escritos judaicos a nação de Israel como povo de Deus.

2. Povo → λαός → No NT tem a significação não mais de Israel como nação, mas indica a Igreja, como o povo eleito dentre todos os povos para ser povo de Deus.
– Mt. 1.21 ‘... salvará o seu povo...’
– At. 15.15 ‘... Deus visitou os gentios, a fim de constituir dentre eles um povo para o seu nome...’

b – Povo eleito e exclusivo dele.

1. Tt. 2.14 ‘O qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniqüidade, e purificar para si mesmo um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras.’

2. I Pe. 2.9 ‘Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva, a fim de proclamar as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz’.


III – O NATAL TEM UM SIGNIFICADO SUBSTITUTIVO.

a – Um substituto na história do homem.

1. Desde os tempos primitivos no NT temos o homem sendo poupado por causa de um substituto.

2. No Éden um animal é morto.

3. Isaque é substituído por um cordeiro → ‘Deus proverá’.

4. Páscoa/Egito → Cordeiro como oferta.

b – No NT Jesus é o substituto do pecador.

1. O NT aponta para Jesus como substituto de seu povo na cruz.

2. Jo. 1.29 ‘Eis o Cordeiro de Deus...’

3. A morte de Jesus é a morte de seu povo.

4. A condenação de Jesus é a condenação de seu povo.


CONCLUSÃO: Jesus veio. É Natal.
É nele que temos vida.
Natal aponta para uma nova vida porque é pelo Natal que a vida de Deus veio ao mundo.
Creia!
Entregue-se!
Consagre-se!

sábado, 11 de dezembro de 2010

PAIS E FILHOS NO CAMINHO A SERVIÇO DE DEUS

Lc 2.39-52


OBJETIVO: Ensinar que os pais devem estar atentos aos filhos na caminhada da vida, mesmo que estejam andando pelos caminhos de Deus.

INTRODUÇÃO: Já perdeu seus filhos ou viu o desespero de algum pai/mãe que perdeu seu filho em alguma situação?

CONTEXTO: Lucas dá a narrativa mais completa da infância de Jesus, pois, escrevendo a um gentio queria demonstrar que Jesus é plenamente humano, e ao mesmo tempo plenamente Deus.

TRANSIÇÃO
: Os filhos são dádivas que Deus deu e devem ser criados com responsabilidade, pois são portadores de uma alma eterna. Como você está criando seus filhos? Quero compartilhar nesta oportunidade sobre PAIS E FILHOS NO CAMINHO A SERVIÇO DE DEUS.


I – PAIS PODEM PERDER SEUS FILHOS.

a – A família de Jesus viajava uma vez por ano.

1. Lucas registra que José e Maria, os pais de Jesus, iam anualmente para Jerusalém para as festividades da Páscoa, cumprindo assim a ordem de Deus desde os tempos de Moisés.

2. A viagem era feita em caravanas a pé, pelos mais pobres.
– Nazaré distava cerca de 116 Km de Jerusalém.
– Demoravam-se alguns dias para o percurso, dado as dificuldades naturais de uma região quente e árida.

3. As crianças, possivelmente ficavam com outros parentes, até que completassem idade suficiente para suportar uma viagem dessa espécie.

4. Ao chegarem na pré-adolescência tinham o rito de passagem:
– Bar Mitzvá (meninos).
– Bat Mitzvá (meninas).
– A maioridade religiosa, 12 anos, é a ocasião de comemorações que marcam esta evolução tão importante na vida do adolescente.
– Aos 12 anos, o menino judeu é considerado um adulto responsável por seus atos, do ponto de vista judaico.
– Bar Mitzvá significa, literalmente, ‘filho do mandamento’.
– A criança de 12 anos passa a ter as mesmas obrigações religiosas dos adultos, tornando-se responsável pelos seus atos e transgressões.

5. Lc. 2.42 ‘Quando ele completou doze anos de idade, eles subiram à festa, conforme o costume’.

b – Pais perdem seus filhos na viagem da vida.

1. Lucas registra que terminados os dias da festa os pais foram embora com a caravana e não perceberam que o menino Jesus ficara em Jerusalém.
– Lc. 2.43 ‘Terminada a festa, voltando seus pais para casa, o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que eles percebessem’.

2. Da mesma forma que Maria e José estavam tão envolvidos e tão seguros com o fato de estarem no templo que perderam seu filho; muitos pais hoje também perdem seus filhos apesar de estarem na Igreja.


II – DEVE-SE VOLTAR ONDE OS PERDEU
.

a – José e Maria voltaram a buscar Jesus.

1. Lucas em sua narrativa mostra que os pais ficaram tão desapercebidos que só depois de um dia é que se deram conta de que o menino não estava com eles.
– Lc. 2.44 ‘Pensando, porém, estar entre os companheiros de viagem, foram caminho de um dia e, então, passaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos’.

2. Pais! Cuidado!
– Cuidado, pois podem estar também atarefados com a rotina e poderão perder seus filhos e só perceberem depois de algum tempo.
– Há grande risco nisto!
– Pais, cuidado para não deixar os filhos para trás.

b – Na estrada da vida há lugares fáceis para se perder os filhos.

1. Poderia discorrer aqui sobre muitos lugares ou situações nas quais os pais podem perder seus filhos, mas não o farei.

2. Apenas de lampejo tocarei em alguns desses pontos, mas me atrevo a frisar um em especial que se mostra perigoso em nossos dias.
– Drogas.
– Bebidas.
– Sexo.
– Internet.
– Homossexualismo.
a) O MEC lançou neste fim de ano um kit de educação onde se ensina o homossexualismo nas escolas públicas .
b) Reações estão se dando em todos os seguimentos de nossa sociedade, a começar do próprio Senado .
c) Homossexualismo não é normal nem a luz da Bíblia nem a luz da saúde pública.
d) Por que não se ensina pedofilia também? E necrofilia? Ora, também são opções sexuais!

c – Volte e procure seus filhos.

1. José e Maria procuraram o filho nos lugares mais comuns e não o acharam.
– Entre parentes.
– Entre conhecidos.

2. Muitos pais perdem seus filhos e acreditam que parentes e amigos poderão estar cuidando dos mesmos.

3. Pais! Não terceirize o cuidado de seus filhos, pois se o fizer, quando procurar por eles poderão não os ter mais ao seu lado.
– ‘Adote seu filho, antes que um traficante o adote!’.
– Adote seu filho antes que um homossexual o adote.
– Adote seu filho antes que um programa de internet o adote.

4. Se seu filho ficou para trás volte antes que seja tarde.
– Lc. 2. 45 ‘e, não o tendo encontrado, voltaram à Jerusalém a sua procura’.


III – É PRECISO TÊ-LOS NA CASA DO PAI.

a – Jesus foi encontrado na Casa do Pai.

1. Quando José e Maria encontraram a Jesus, depois de três dias, viram com surpresa que Jesus estava no Templo, discutindo com os doutores da lei.

2. O menino Jesus não tinha a possibilidade de estar sempre no Templo, mas certamente foi educado no conhecimento da Palavra de Deus através de seus pais e, possivelmente através de uma sinagoga.
– É preciso que os pais ensinem a Palavra de Deus aos seus filhos.
– É preciso que os pais levem e ensinem seus filhos a freqüentarem com assiduidade uma boa Escola Dominical para aprenderem desde a infância as Sagradas Letras.

b – Se seus filhos não estão aos pés do Pai, estão no mundo.

1. Existe um jargão sobre a criação de filhos em nossos dias:
– ‘É preciso criar os filhos para o mundo!’.
– Pais! Não crie seus filhos para o mundo, mas crie-os para Deus, pois fazendo assim, serão bons cidadãos neste mundo e no mundo porvir.

2. Pais que inculcam a Palavra de Deus na mente de seus filhos os encontrarão tratando dos negócios da casa do Pai celeste.


CONCLUSÃO
: Jesus foi encontrado na casa do Pai.

Onde estão seus filhos?

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2010/11/24/interna_brasil,224563/material-didatico-contra-homofobia-mostra-adolescente-que-virou-travesti.shtml
²(vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=ONfPCxKdGT4).

domingo, 5 de dezembro de 2010

UM ENCONTRO TRANSFORMADOR

Jo. 4.1-7

OBJETIVO: Ensinar que quando alguém tem um encontro verdadeiro com o Senhor Jesus, tem sua vida transformada e comunica essa transformação a outros.

INTRODUÇÃO: Você já teve um encontro que trouxe transformação para sua vida?

CONTEXTO: O Senhor Jesus iniciara seu ministério público na região norte de Israel. Depois de um tempo, ocasião da páscoa Jesus subiu para Jerusalém ficando ali não muito tempo. De volta para a região de Cana da Galiléia, resolve passar pelas aldeias dos Samaritanos e passa pela cidadezinha de Sicar.

TRANSIÇÃO: Quero falar nesta oportunidade sobre UM ENCONTRO TRANSFORMADOR.


I – A INSACIÁVEL SEDE HUMANA.

a – O contexto da sede no texto.

1. A tradição judaica aponta para este poço na cidade de Sicar (Siquém), foi cavado por Jacó.

2. Flui água em veios constantes pelos flancos da montanha próxima sendo que o poço então é um poço de dreno, de tal modo que a água se infiltra através de suas paredes laterais e não nascendo no fundo do mesmo, daí a expressão ‘poço das águas vivas’.

3. Geralmente as mulheres iam buscar água a tardezinha, pois o sol neste horário já seria mais ameno.

4. De acordo com Philip Sahaff , a época do acontecido deveria ser final de dezembro quando mesmo neste horário o clima era mais suportável.

5. Noutras estações do ano essa hora era quente demais para alguém sair ao ar livre numa caminhada destas.

6. Para uma região árida e desértica a localização deste poço é de grande importância para quem mora ou para quem passa por aquelas cercanias.

7. A necessidade de água para dessedentar a sede era algo comum naquele contexto.

b – A sede do ser humano em seu contexto existencial.

1. O ser humano é um ser sedento por satisfação e prazer.

2. Esse vazio é derivado da queda.
2.1 – Tudo o que o homem busca para sua satisfação ainda é pouco.
2.2 – Nada que o homem busque lhe tirará a sede da busca.
2.3 – ‘Há um vazio no ser humano que só pode ser preenchido com o próprio Deus’ (Agostinho).

3. A busca sempre existirá.
3.1 – No intuito de se realizar e preencher esse vazio existencial o ser humano busca aventuras, formas de vida e de relacionamentos, muitas vezes estranhos e até destrutivos.
a) Pr. 14.12 ‘Há caminhos que ao homem parece direito, mas ao final, são caminhos de morte’.
3.2 – Nada que se busque satisfará o seu coração.
a) Jo. 4.18 ‘cinco maridos já tiveste; e esse que agora tens não é teu marido...’.
b) A mulher samaritana, tida comumente na história como uma possível prostituta.
c) Era uma pessoa que buscava preencher o vazio de sua alma em relacionamentos fortuitos.
d) Essas buscas, como a droga, saciavam a sede no momento, mas depois sempre se mostravam insuficientes e vazios.

4. Você vive uma vida insatisfeita e sempre necessitando de algo que dessedente sua sede?


II – JESUS, A FONTE DAS ÁGUAS VIVAS.

a – O diálogo com a mulher e a transição de Jesus.

1. Jesus quebra barreiras para com aquela mulher.
– Não se podia conversar com uma mulher em público.
– Não se podia conversar com um samaritano.

2. Jesus inicia pedindo água do poço.
– Jo. 4.7 ‘Dá-me de beber’.
– Jesus aproveita uma situação existencial e real para apresentar a salvação àquela mulher.
- Ele estava de fato com sede, pois estava cansado da viagem, e assentara-se junto à fonte, por volta da hora sexta [meio dia (Vs. 6)].

b – A fonte das águas vivas dessedenta a sede espiritual.

1. Jesus se apresenta como a verdadeira água que pode dessedentar a sede humana.
1.1 – Jo. 4.10 ‘Se você soubesse o que Deus pode dar e quem é que está lhe pedindo água, você pediria, e ele te daria a água da vida’.

2 As Escrituras apresentam e demonstram como Jesus pode transformar o pecador dando-lhe uma nova natureza, fazendo dele um novo homem.
2.1 – II Co. 5.17 (NVI) ‘Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!’.


III – A ÁGUA VIVA PRODUZ NOVA VIDA.

a – A nova vida para a Samaritana.

1. O Senhor Jesus afirmou para aquela mulher que quem bebesse da água que Ele desse teria uma nova vida.
– Jo. 4.13-14 (NTLH) ‘Quem beber desta água terá sede de novo, mas a pessoa que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Porque a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água que dará a vida eterna’.

2. Ela acreditou! Creu nEle como o Messias e teve uma nova vida.

3. Isso ficou demonstrado no fato de que ela saiu dali e foi alegremente contar do Messias para outras pessoas de sua comunidade, que também creram.
– Jo. 4.42 ‘E disseram à mulher: Agora cremos não somente por causa do que você disse, pois nós mesmos o ouvimos e sabemos que este é realmente o Salvador do mundo’.

b – A nova vida é para todo aquele que crê.

1. Ezequiel profetizou que da parte de Deus sairia um rio que levaria vida por onde quer que passasse esse rio.

2. Ilustração: Ez. 47.

3. Todos quantos tiverem um encontro verdadeiro com Jesus terão sua sede saciada.
– Jo 7:38 ‘Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva’.

4. Exemplos de vidas transformadas:
– A mulher samaritana.
a) Podia ser uma pessoa de vida fácil:
• Porque ia ao poço ao meio dia.
• Teve cinco maridos.
• Estava ajuntada com outro.
b) Reconheceu que Jesus era o Messias.
• Ele falou sobre ela.
• Ela foi contar aos outros.
– O Apóstolo Paulo.
– I Co. 6.9 ‘Vocês não sabem que os perversos não herdarão o Reino de Deus? Não se deixem enganar: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem homossexuais passivos ou ativos, nem ladrões, nem avarentos, nem alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros herdarão o Reino de Deus. Assim foram alguns de vocês. Mas vocês foram lavados, foram santificados, foram justificados no nome do Senhor Jesus e no Espírito de nosso Deus’.
– Agostinho de Hipona.


CONCLUSÃO: O encontro com Jesus é transformador.

Você já se encontrou com Jesus?

Você continua se encontrando com Jesus?

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

PERDÃO, MANIFESTAÇÃO DA GRAÇA

Mt. 18.23-35


OBJETIVO: Apresentar ensino de que o cristão foi perdoado numa dívida impagável e por isso, qualquer ofensa recebida é pequena e deve perdoar.


INTRODUÇÃO: Quantos aqui já possuem dívidas para o ano seguinte? Tratar com dívidas nem sempre é fácil.
Como você se sentiria se, de repente, um coração bondoso se prontificasse para quitar todas as suas dívidas?


CONTEXTO: A questão do perdão, levantada nesta parábola pelo Senhor Jesus, nasce de uma discussão dos discípulos sobre quem seria o maior no reino dos céus.
O Senhor Jesus alude que, o Reino não é lugar para ostentação de grandezas, mas lugar de salvação a todos que, igualmente estão caídos e destruídos pelo poder do pecado. Para esclarecer esse fato o Senhor conta a parábola da ovelha perdida.
Jesus conduz o assunto para a questão da culpa que se pode ter uma pessoa em relação a outra e dá instruções sobre como se tratar desses casos no meio do povo de Deus. Pedro pergunta então quantas vezes se deve perdoar o culpado.
A partir desta pergunta o Senhor Jesus apresenta esta parábola, foco de nossa reflexão nesta ocasião, e norteia toda a questão a partir do prisma de um perdão maior.


TRANSIÇÃO: Você já perdoou alguém que te ofendeu? É fácil perdoar? Você ainda precisa perdoar alguém em seu relacionamento? O que está impedindo o seu perdão? Nesta oportunidade quero refletir sobre o tema: PERDÃO, MANIFESTAÇÃO DA GRAÇA.

I – O PROBLEMA DO PERDÃO.

a – Todos tem dificuldade em perdoar.

1. O Senhor Jesus estava ensinando aos discípulos sobre o amor perdoador de Deus e o dever de se haver perdão entre os filhos de Deus.
1.1 – A parábola da ovelha perdida (Mt. 18.10-14).
1.2 – Como tratar a um irmão culpado (Mt. 18.15-20).

2. Pedro, querendo ser magnânimo, aumenta a taxa de perdão oferecida comumente pelo judeu de 3 vezes ao dia para sete vezes (Mt. 18.21-22).

3. O Senhor Jesus responde que não sete vezes, mas setenta vezes sete, o que chegaria a um número de quatrocentas e noventa vezes para se perdoar uma pessoa num dia.

4. Quando Jesus acabou de responder a Pedro, o Senhor Jesus, iniciou uma parábola: ‘Por isso o Reino dos Céus é semelhante’, ou seja, essa parábola é a ilustração do que Jesus estava querendo ensinar sobre perdão.


II – O MODELO DO PERDÃO.

a – Somos devedores a Deus.

1. A súmula da parábola:
1.1 – Certo Rei chamou seus servos para prestarem contas.
1.2 – Um lhe devia 10 mil talentos (+- U$10.000.000,00).
a) Ele não tinha como pagar.
b) O Rei ordenou: ‘Vendam a ele, a mulher e os filhos como escravos, a casa e tudo que ele tem’.
c) Ele devia tanto que nem ele mesmo com tudo que possuía dava para pagar.
d) Caiu então de joelhos: ‘Eu suplico, pelo amor de Deus, não faça isso comigo’.
e) Então o Rei declarou a dívida está paga e o réu perdoado.
1.3 – Ele saiu da presença do rei.
a) No caminho encontrou um homem que lhe devia 100 denários .
b) Saltou-lhe ao pescoço, sufocando-o, e sacudindo-o: ‘Pague-me o que me deves’.
c) O outro implorava: ‘Eu suplico, por favor, eu não tenho como’.
d) Ele então disse: ‘Lancem-no na cadeia! Ele só vai sair de lá quando pagar o que me deve’.
e) Seus companheiros viram sua atitude; sabiam da graça e do favor imerecido que o Rei lhe dispensara.
f) Contaram ao rei e este o chamou: ‘Tu és malvado, eu te perdoei a tua dívida, por que não fizeste o mesmo com o outro?’.
g) Então o rei, indignado, o entregou aos verdugos até que ele pagasse toda a dívida.

2. Nesta parábola o Senhor Jesus ensina que todos têm uma dívida impagável para com Deus, e mesmo tudo o que o indivíduo é, faz ou possui não é suficiente para quitar esta dívida.

3. O Senhor Jesus propõe um valor impagável a qualquer pessoa dentro do seu contexto palestino, sabendo que seus ouvintes compreenderiam o tamanho da dívida que se tem para com Deus.

4. O perdão de Deus é estendido graciosamente, sem qualquer mérito ou realização humana que leve a Deus o conceder do perdão.

b – Somos devedores a terceiros.

1. Cada pessoa em sua caminhada nesta vida também comete falhas e se torna devedor para com outros.

2. Nesta condição de devedores, cada um precisa estar disposto a perdoar o próximo, ou a pedir perdão.

3. A relação demonstrada pelo Senhor Jesus entre os dois servos exemplifica este dever de perdoar o próximo.

4. A base do perdão ao próximo, para o cristão, está no fato de que foi enormemente perdoado por Deus.
4.1 – Ef. 4.32 (NVI) ‘Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo’.
4.2 – Cl. 3.13 (NVI) ‘Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou’.
4.3 – Mt. 18.35 (NVI) ‘Assim também lhes fará meu Pai celestial, se cada um de vocês não perdoar de coração a seu irmão’.


III – O DEVER DE PERDOAR SEMPRE.

a – ‘De graça recebeste, de graça daí’.

1. O Senhor Jesus ensina aos seus discípulos o princípio da graça. Assim como receberam, assim também deveriam dar.
1.1 – Mt. 10.8 (ARA) ‘Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça daí’.

2. Na parábola em voga, o perdão é concedido de graça, estando assim, cada cristão, na obrigação de também perdoar de graça.

b – A medida do perdão para o povo de Deus.

1. Quando nós nos confrontamos com a necessidade de perdoar alguém devemos ter em mente seis realidades sobre o padrão divino de perdoar .
1.1 – Deve-se ter em mente que todos nós somos devedores.
a) Todos devemos ao rei, todos devemos a Deus, todos devemos mais do que valemos.
b) Nossa capacidade de dever é muito maior que a nossa capacidade de ser.
c) O que somos não paga nem o que devemos.
d) Somos eternos devedores: nosso pecado, nossa culpa, nossa condenação, nossa dívida é maior do que a nossa capacidade de pagá-la.

1.2 – Sempre que estiver confrontado com a necessidade de perdoar alguém, deve-se lembrar que todos nós recebemos graça.
a) Quando nos ajoelhamos e suplicamos: Tem piedade de mim, Senhor, Ele já perdoou toda a dívida.
b) A dívida está paga, está consumada não há mais o que pagar, Deus cancelou todo o débito, usou de graça para comigo e para com você.

1.3 – Tudo quanto nosso próximo nos deve é infinitamente menor do que aquilo que devemos a Deus.
a) Quando alguém houver feito alguma coisa contra você, saiba que sua dívida com Deus é infinitamente maior do que a dívida do seu próximo para com você.
b) A dívida de qualquer pessoa para comigo é infinitamente menor do que a minha dívida para com Deus.
c) Vejam a comparação que Jesus fez:
• O servo devia ao rei 10 mil talentos (60 milhões de denários).
• Já o outro lhe devia 100 denários.
• Observem a diferença de 60 milhões para 100.
d) O que meu próximo deve a mim não se compara com o que eu devo a Deus.

1.4 – Não perdoar é tratar o outro como Deus não nos tratou.
a) É jogar o meu próximo no cárcere psicológico, existencial, moral e espiritual.
b) É lançá-lo num inferno temporal.
c) E Deus não nos lançou no inferno eterno.

1.5 – Todos os que recebem o perdão de Deus têm perante Ele o compromisso perpétuo de repetir o mesmo gesto com os outros tantas vezes quantas sejam necessárias.
a) Mt. 18.32-33 ‘Então o seu Senhor, Chamou-o, disse: Servo malvado perdoei-te aquela dívida toda, porque tu pediste, tu me suplicaste; não devias tu igualmente, ou como eu fiz contigo, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti?’.
b) Quem recebeu o perdão de Deus tem um compromisso perene, perpétuo, definitivo, repetível tantas vezes quantas sejam necessárias de dar aos outros o mesmo perdão que Deus lhe deu.
c) Cabe a você o compromisso de ser uma miniatura de Deus nas relações com o seu próximo!

1.6 – Quem não perdoa coloca a si mesmo debaixo do juízo de Deus.
a) Mt. 18.34-35 ‘Indignando-se o Senhor o entregou aos verdugos até que pagassem toda a dívida. Assim também da mesma maneira, meu Pai Celeste vos fará, se no íntimo, não perdoardes cada um ao seu irmão’.
b) Há muitos verdugos psicológicos, existenciais, emocionais e espirituais para nos punirem já nesta vida.
c) Quem não perdoa não será punido apenas na eternidade, é punido aqui.
d) Quem não perdoa envenena o coração e se auto-chicoteia pelo verdugo da consciência.


CONCLUSÃO: Ilustração: ‘Um certo beduíno estava dentro da sua tenda ao sol da Palestina quando entrou correndo, um garoto adolescente, que se refugiou atrás dele, chorando e grunhindo. Logo em seguida chegou uma turba alvoroçada, empunhando cacetes e facas. Abriram a portinhola da tenda e disseram ao beduíno: Dá-nos este menino porque ele é um assassino. O beduíno respondeu: Mas há uma lei entre nós que diz que quando um assassino se refugia numa tenda e o dono da tenda lhe dá abrigo e guarida, ele está absolvido. Eu me compadeci deste garoto, quero perdoar-lhe. E o garoto tremia..... Mas eles disseram: Você lhe quer perdoar porque não sabe o que ele fez e nem a quem matou. O beduíno falou: Não importa, eu quero perdoar a ele. Os homens então afirmaram: ele matou seu filho. Vá ver o corpo dele sangrando na areia ali fora. O beduíno caiu num profundo silêncio, depois, enxugando as lágrimas, disse: Então eu vou criá-lo como se fosse o meu filho a quem ele matou’.


Esse é o padrão do perdão divino.

Deus não fez isso por nós?

Jesus fez muito por nós na cruz.

Escondidos atrás da Cruz temos acesso à Tenda do perdão.

E não apenas esse é o padrão divino, mas o padrão para o qual Deus nos desafia.

domingo, 14 de novembro de 2010

SEUS FILHOS PRECISAM SER REFORMADOS?

I Sm. 2.12-17

OBJETIVO: Ensinar que os valores de Deus precisam dominar o coração de nossos filhos para que experimentem a bênção de uma vida sob constante reforma.

INTRODUÇÃO: Não é preciso pesquisar muito para se perceber a desordem social em que vivemos.
• Violências de todos os tipos imagináveis e inimagináveis.
• Assassinatos e mortes.
• Corrupções.
• Drogas.
• Etc.

CONTEXTO: Samuel foi o último dos juízes e o primeiro dos profetas na história de Israel. Viveu por volta do ano 1050 a.C. Nesse tempo Eli era o sacerdote e juiz sobre Israel. Eli não foi um bom pai e seus filhos foram péssimo exemplo de conduta para o povo.

TRANSIÇÃO: Seus filhos recebem influências negativas no meio social em que convivem? Como trabalhar uma constante reforma na vida deles para que desfrutem de vida mais saudável e ajudem a transformar a sociedade?


I – SEUS FILHOS PRECISAM SER REFORMADOS PORQUE VIVEM EM UMA SOCIEDADE COM VALORES DEFORMADOS.

a – Os filhos de Eli e a influência de uma sociedade deformada.

1. Os filhos de Eli, o sacerdote, viviam a vida sacerdotal de maneira corrompida.
1.1 – Verifica-se que era ‘costume’. A corrupção desses jovens se manifestava como algo além do comportamento pessoal, mas era visto como um costume corporativo.
1.2 – Os filhos de Eli foram chamados de filhos de Belial (filhos do mal)?
a) Na demonologia judaica, é reconhecido como um antigo Anjo da Virtude, que após a queda junto com Lúcifer, foi transformado no demônio da arrogância e da loucura, ocupava o posto que agora pertence ao Arcanjo Miguel. É o responsável pela luxúria, e foi por sua causa que as cidades de Sodoma e Gomorra caíram em tentação.
b) Belial quer dizer ‘filhos da indignidade’. (do hebreu Bliyaal בליעל – ‘Sem valia’, ou ‘rebelde’).
c) Em livros antigos dos judeus, as crianças não circuncidadas eram alcunhadas como ‘filhos de Belial ’.
1.3 – O que caracteriza essa vida rebelde, sem valia e cheia de indignidade que os filhos de Eli levavam fica caracterizado na expressão ‘não se importavam com o Senhor’ (vs. 12).

2. Podemos afirmar, segundo as Escrituras que, desde que o ser humano caiu no primeiro pecado, temos experimentado os efeitos disto na vida da sociedade.

3. Dois grandes momentos registrados na Escritura demonstram o grau de corrupção social em que se encontrou a humanidade nos tempos primitivos:
3.1 – A sociedade nos dias de Noé.
3.2 – A sociedade de Sodoma e Gomorra.

4. Mesmo entre o povo de Israel, povo separado pelo Senhor Deus, para experimentar o poder transformador de seus mandamentos, o pecado sempre se mostrou como um mal corrosivo na vida social.

5. Samuel, o último dos juízes de Israel, ainda era um menino se deram os acontecimentos registrados neste capítulo.

b – Vivemos em uma sociedade deformada.

1. Toda a sociedade humana está cheia de deformidades, sendo muitas destas deformidades tradições de longa data no meio social.

2. As perversões sociais vão entrando para a práxis e se tornam costumes que ao longo do tempo se incorporam na cultura.
2.1 – Pais que levavam os filhos homens para os bordéis para sua emancipação sexual.
2.2 – Pais que entregam camisinhas aos seus filhos ao permitirem que se vá a festas libertinas.
2.3 – Mães que levam suas filhas para passar a noite com namorados e as buscam no dia seguinte.
2.4 – Pais e mães que aplaudem seus filhos pré-adolescentes por estarem ‘ficando’.

3. Vivemos em uma sociedade que se deforma a cada dia, onde os filhos muitas vezes não corrigidos entram para a delinquência e em plena adolescência superlotam os órgãos de reabilitação, tipo Febem (Fundação Casa) .

c – Os preceitos de Deus são restringentes do pecado na sociedade.

1. O Velho Testamento está carregado de termos como ‘mandamentos’, ‘preceitos’, ‘juízos’, ‘estatutos’, entre outros para se referir às normatizações de Deus visando o equilíbrio da ética, da moral e da espiritualidade no meio da sociedade humana.

2. Pode-se perceber com o menor esforço o poder restringente dessas normatizações no meio social.
2.1 – Uma leitura no Pentateuco nos fornece material sobejo desse cuidado de Deus em limitar o poder corrosivo do pecado no meio social.
2.2 – As Escrituras apontam desde a seriedade dos pais na correção dos filhos até a pena de morte como fatores restringentes do mal na sociedade.


II – SEUS FILHOS PRECISAM SER REFORMADOS PORQUE TÊM UMA HERANÇA GENÉTICA-ESPIRITUAL DEFORMADA.

a – A origem da deformação está no pecado.

1. É inevitável lermos as Escrituras e não depararmos frontalmente com a questão do pecado na vida humana.

2. A deformidade da raça humana tem sua origem na questão do pecado.

3. Essas deformidades podem ser percebidas na vida dos filhos de Eli.
3.1 – Irreverência e usurpação de direitos sobre os sacrifícios prestados pelo povo (vs. 12-14).
3.2 – Negócio fraudulento: (vs. 15-16).
3.3 – Desprezo para com as coisas santas (vs. 17).
3.4 – Prostituição nos lugares sagrados (vs. 22).
3.5 – Desobediência obstinada ao seu pai (vs. 25b).

b – A disciplina é norma corretiva que não pode ser anulada.

1. O PL 2.654/2003 , a chamada "Lei da Palmada", proposta pela deputada Maria do Rosário (RS), pretende proibir a adoção de castigos moderados.

2. Uma Pesquisa do Datafolha apontou os seguintes índices:
2.1 – 54% são contrários.
2.2 – 36% são a favor.
2.3 – 6% são indiferentes.
2.4 – 4% não sabem opinar.

3. Criar os filhos sob disciplina implica disciplina física?
3.1 – Pv. 13.24 ‘’.
3.2 – Pv. 22.15 ‘’.
3.3 – Pv. 23.14 ‘’.
3.4 – Pv. 26.3 ‘’.
3.5 – Pv. 29. 15 ‘A vara e a Disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe’.
3.6 – Quem está certo: As Escrituras ou o PL 2.654/2003?
3.7 – Podemos afirmar sem medo de errar que a instrução seguida de disciplina poderá trazer uma sociedade melhor.


III – SEUS FILHOS PRECISAM SER REFORMADOS PORQUE FILHOS DEFORMADOS SÃO PASSIVOS DA DISCIPLINA DE DEUS.

a – Os filhos de Eli sofreram a pesada disciplina de Deus.

1. Eli não repreendeu disciplinarmente a seus filhos e no devido tempo a disciplina de Deus veio sobre eles, trazendo a morte e amargura para a família.
1.1 – I Sm. 3.13 – Eli não repreendeu a seus filhos.
1.2 – I Sm. 4.11 – Seus filhos são mortos pelos filisteus.
1.3 – I Sm. 4.18 – Eli cai da cadeira e quebra o pescoço.
1.4 – I Sm. 4.19-22 – Icabode ‘Foi-se a glória de Israel’.

2. As Escrituras apresentam Deus como um Deus zelozo pelos seus filhos e por isso os disciplina.
2.1 – Hb. 12.6-7,11 ‘’.

b – Filhos hoje tem sofrido a pesada disciplina de Deus.

1. Nossa sociedade vive um caos geral, a injustiça campeia solta, e a impunidade se mostra como princípio fortalecedor e legitimador da desordem pública.

2. Centenas de nossos jovens estão morrendo pelas drogas, pela polícia em seu legítimo poder e autoridade, devido a falta de disciplina e correção que devia acontecer a partir do berço.


CONCLUSÃO: Pais! Seus filhos precisam ser reformados.

A fonte da verdadeira reforma é a Palavra de Deus.

Conduza sua vida e a vida de seus filhos sob os ensinos da Palavra de Deus.

Assim terás uma família e uma sociedade melhor.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

ONDE ESTÁ, Ó MORTE, A TUA VITÓRIA?

I Co. 15.50-58


OBJETIVO: Apresentar o ensino de que a morte é um inimigo com os dias contados e que o cristão não precisa viver a lamentar seus mortos, antes viver na esperança de um grande reencontro.


INTRODUÇÃO: Milhões de pessoas vão aos cemitérios para relembrar, lamentar e, de acordo com certas culturas e crenças, até mesmo cultuar seus mortos. Nosso ‘Princípios de Liturgia’, em seu Capítulo X, sobre Funerais, assim ensina: Art. 22 – ‘O corpo humano, mesmo após a morte, deve ser tratado com respeito e decência. Art. 23 – Chegada a hora marcada para o funeral, o corpo será levado com decência para o cemitério e sepultado. Durante essas ocasiões solenes, todos os presentes devem portar-se com gravidade. O oficiante deverá exortá-los a considerar a fragilidade desta vida e a importância de estarem preparados para a morte e para a eternidade’.


CONTEXTO: Paulo, o apóstolo aos gentios, estava nesta parte da carta, respondendo a questões sobre a ressurreição. Não estava interessado na morte, mas com o ensino sobre a ressurreição, oferece consolo sobre os poderes e aflições deixadas pela morte em nossas vidas.

TRANSIÇÃO: Por certo você já ouviu um ditado que diz: ‘Se morrer é descansar, prefiro viver cansado’. Não há porque ter medo da morte. O tema de hoje será: ONDE ESTÁ, Ó MORTE, A TUA VITÓRIA?


I – A MORTE NÃO TEM VITÓRIA PORQUE NÃO FOMOS CRIADOS PARA ESSA REALIDADE.

a – O pecado é o responsável pela entrada da morte no mundo.

1. O apóstolo Paulo realça que o que impulsiona ou motiva a morte é o pecado.
1.1 – I Co. 15.56 (NVI) ‘O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a Lei’.
1.2 – O ‘aguilhão’ é aquilo que ferroa ou impulsiona, gerando uma força ou potencialização.
1.3 – Este mesmo verso na versão Reina Valera tem uma tradução mais enfática: ‘Ya que el aguijón de la muerte es el pecado, y la potencia del pecado, la ley’.
1.4 – Rm. 5.12 (NVI) ‘Portanto, da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram’.

b – Fomos criados para a vida eterna.

1. O que se depreende das páginas bíblicas é que o homem foi criado para uma qualidade de vida tal que, caso não pecasse, jamais experimentaria o que é a morte.
1.1 – Gn. 2.17 (ARA) ‘De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás’.

2. Mas, nossos primeiros pais, em desobediência a Deus, comeram do fruto proibido, e a partir daí a morte, em todas as suas variações, passou a fazer parte da história humana.

c – A morte dos santos é festa no céu.

1. Ilustração: ‘O céu se alegra com uma reação de maternidade a funerais. Os anjos vêem os enterros dos corpos do mesmo jeito que os avós monitoram as portas das salas de parto. ‘Ele sairá a qualquer minuto!’ Eles mal podem esperar para ver a pessoa que está chegando. Enquanto nós dirigimos carros funerários e vestimos preto, eles estão pendurando fitas rosas e azuis e distribuindo charutos’ (Danilo Sousa).

2. Certamente é com muita alegria que nosso Salvador e os anjos do céu aguardam a chegada dos eleitos.
2.1 – Sl. 116.15 ‘Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos’.
2.2 – Lc. 23:43 ‘Jesus lhe respondeu: Eu lhe garanto: Hoje você estará comigo no paraíso’.
2.3 – Ap. 14.13b ‘Bem aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor’.

3. Ilustração: ‘Os três últimos desejos de Alexandre o Grande’: ‘Dizem que estes foram os 3 últimos desejos de Alexandre, o Grande: 1) Que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época; 2) Que fosse espalhado no caminho até seu túmulo os seus tesouros conquistado como prata , ouro, e pedras preciosas; 3) Que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos. Um dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos, perguntou a ALEXANDRE quais as razões desses pedidos e ele explicou: 1) Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles NÃO têm poder de cura perante a morte; 2) Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem; 3) Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos’.


II – A MORTE NÃO TEM VITÓRIA PORQUE JESUS É SENHOR SOBRE ELA.

a – Porque é o Criador de tudo, inclusive da vida.

1. As Escrituras revelam o Senhor Jesus como o eterno Deus, criador de todas as coisas.

2. Jesus é a vida necessária, pois todas as outras formas de vidas foram por Ele criadas e são por Ele sustentadas.

b – Porque Jesus ressuscitou a outros em seu ministério.

1. Jesus provou que tinha o poder sobre a morte quando ressuscitou mortos em seu ministério público.
1.1 – A filha de Jairo.
1.2 – Lázaro.
1.3 – O filho da viúva de Naim (Lc. 7:11-17). Duas grandes multidões se encontram. ‘O solo da morte e o coro da ressurreição’ [Adhemar de Oliveira Godoy].

2. Ele é o Autor e Senhor da vida.
2.1 – II Tm. 1.9b-12 ‘Esta graça nos foi dada em Cristo Jesus desde os tempos eternos, sendo agora revelada pela manifestação de nosso Salvador, Cristo Jesus. Ele tornou inoperante a morte e trouxe à luz a vida e a imortalidade por meio do evangelho. Deste evangelho fui constituído pregador, apóstolo e mestre. Por essa causa também sofro, mas não me envergonho, porque sei em quem tenho crido e estou bem certo de que ele é poderoso para guardar o que lhe confiei até aquele dia’.

c – Porque Jesus previu e efetuou sua própria ressurreição.

1. A ressurreição de Jesus foi anunciada diversas vezes e em diferentes ocasiões aos seus discípulos.

2. Jesus ensinou que Ele tinha poder para entregar a sua vida na morte e também para reavê-la através da ressurreição.
2.1 – Jo. 10.18 (NTLH) ‘Ninguém tira a minha vida de mim, mas eu a dou por minha própria vontade. Tenho o direito de dá-la e de tornar a recebê-la, pois foi isso o que o meu Pai me mandou fazer’.

d – Porque promete e garante a ressurreição dos eleitos de Deus.

1. A morte, embora nos dilacere a alma, pela dor que provoca, não deve ser motivo de espanto nem de medo para nenhum cristão.

2. A promessa de Jesus é que todos quantos nele crêem serão ressuscitados para a vida eterna.
2.1 – Jo 6:40 ‘Porque a vontade de meu Pai é que todo aquele que olhar para o Filho e nele crer tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia’.
2.2 – Jo 6:44 ‘Ninguém pode vir a mim, se o Pai, que me enviou, não o atrair; e eu o ressuscitarei no último dia’.

3. O cristão pode sim, conviver com a realidade da morte sem se assombrar, tratando-a com dignidade e respeito.

4. Ilustração: ‘Vem, doce morte’ .

Vem, doce morte, eu sei que não és o mistério
do sem fim, o pavor do escuro cemitério,
não és o vulto mau, a sombra horrenda e esguia
do cutelo fatal e da mão muito fria
cujo afago cruel, implacável, glacial,
causa toda a aflição do momento final...
Pintam-te assim: voraz, a bailar pela estepe
da existência, andrajosa e vestida de crepe,
megera desumana afogada em vinganças,
arrebatando mães e roubando crianças...
E como és diferente!

És um sussurro manso,
um cântico de paz, um hino de descanso.
Vens brilhando, vens clara e majestosa, toda
adornada de luz como a manhã da Boda.
És o encontro, o momento eterno e majestoso
em que a noiva, feliz se aproxima do esposo...
És o dia esperado em que, os filhos da Luz
podem ver, afinal, o rosto de Jesus,
o dia em que Jesus conduz os filhos seus
para a Vida Eternal na Cidade de Deus,
onde não há mais pranto, onde não há mais dor,
onde existe somente a glória do Senhor!

És um caminho bom – o melhor dos caminhos –
macio, leve, azul, sem pedras ou espinhos.
Leva-me pela mão, ó delicada irmã,
ao Jardim multicor da Nova Canaã.
Irei como um menino, alegre, num transporte...
minh’alma te deseja e diz: “Vem, doce morte!”


CONCLUSÃO: Você pode, como Paulo perguntar: ‘Onde está, ó morte, a tua vitória?’.

A certeza da vida eterna preenche seu coração e estabelece confiança e esperança?

Nada pode separar o cristão da vida eterna que lhe está guardada em Cristo Jesus.

Se esta não é a sua condição diante de Cristo, coloque-se em humildade, arrependimento e fé. Só o Senhor pode te dar segurança.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

PORQUE PRECISAMOS DE REFORMA?

II Cr. 34.14-18

OBJETIVO: Ensinar que assim como houve a Reforma nos dias de Josias e a Reforma na Idade Média é preciso considerar que esta é uma tarefa inacabada.

INTRODUÇÃO: Você já fez reforma de casa morando dentro da mesma durante a reforma? É tarefa fácil?

CONTEXTO: Josias reinou em Jerusalém por 30 anos sucedendo a dois dos mais perversos reis daquele país, que foram seu avô e depois seu pai. Precisou reformar a vida da nação. Foi bem sucedido em tudo que realizou. ‘Nem antes nem depois de Josias houve um rei como ele, que se voltasse para o SENHOR de todo o coração, de toda a alma e de todas as suas forças, de acordo com toda a Lei de Moisés’ (II Re. 23.25 – NVI).

TRANSIÇÃO: Será que nosso país precisa de reforma? Será que chegaremos a ter um país melhor, onde a justiça, a correta distribuição dos bens atingirá a todos? Será que a sua vida pessoal precisa de reforma? Ou o seu casamento? Ou a sua família? Quero compartilhar nesta ocasião sobre o tema: PORQUE PRECISAMOS DE REFORMA?


I – PRECISAMOS DE REFORMA PORQUE O PECADO DEFORMOU A VIDA E A HISTÓRIA HUMANA.

a – A entrada e deformação causada pelo pecado na História.

1. As Escrituras são fartas de textos que demonstram a criação de todas as coisas em estado de perfeição e santidade.

2. Logo nas primeiras páginas da Bíblia se tem a revelação da entrada do pecado na história.

3. O pecado é um estado de corrupção que afetou o ser humano em todas as áreas de seu ser e existência. É por isso que nós, reformados, cremos na total depravação do homem.

b – Vislumbres da deformação causada pelo pecado no povo judeu nos dias de Josias.

1. Josias foi rei de Judá entre os anos 639 e 609 antes de Cristo.

2. Na realidade, ao assumir o trono, Josias recebeu uma herança maldita dos governantes anteriores. Seus antecessores no trono foram seu avô Manassés e seu pai Amom.
2.1 – II Cr. 33.1-6 ‘(Manassés)’.
2.2 – II Re. 21.21 ‘(Amom) Fez o que era mau perante o senhor, como fizera Manassés, seu pai. Andou em todos os caminhos em que andara seu pai, serviu aos ídolos que ele servira e os adorou’.

3. O reino de Judá estava envolvido em toda sorte de desvio e perversão espiritual:
3.1 – Adoração aos baalins.
3.2 – Adoração ao poste ídolo = Neustã.
3.3 – Adoração a todo o exército do céu.
3.4 – Sacrifícios de filhos queimados a deuses.
3.5 – A presença de médiuns.
3.6 – A presença de feiticeiros.
3.7 – A presença de adivinhos.
3.8 – Idolatria pagã em geral.

4. A perversão espiritual conduz a perversões morais, éticas e sociais na vida de um povo.

5. Josias empreendeu um grande movimento de reforma de valores e princípios na nação de Judá. Ao reparar o Templo foi encontrado o Livro da Lei, e a partir do conhecimento e ensino da vontade de Deus, a reforma aconteceu.
5.1 – A reforma incluiu uma renovação do pacto do povo de Judá com Deus. Josias, pessoalmente, fez uma aliança com Deus, prometendo que todos iriam fazer a vontade do Senhor, com todo o coração e com toda a alma.
5.2 – II Cr. 34.29-33 (NVI) ‘Em face disso, o rei convocou todas as autoridades de Judá e de Jerusalém. Depois subiu ao templo do SENHOR acompanhado por todos os homens de Judá, todo o povo de Jerusalém, os sacerdotes e os levitas: todo o povo, dos mais simples aos mais importantes. Para todos o rei leu em alta voz todas as palavras do Livro da Aliança, que havia sido encontrado no templo do SENHOR. Ele tomou o seu lugar e, na presença do SENHOR, fez uma aliança, comprometendo-se a seguir o SENHOR e obedecer de todo o coração e de toda a alma aos seus mandamentos, aos seus testemunhos e aos seus decretos, cumprindo as palavras da aliança escritas naquele livro. Depois fez com que todos em Jerusalém e em Benjamim se comprometessem com a aliança; os habitantes de Jerusalém passaram a cumprir a aliança de Deus, o Deus dos seus antepassados. Josias retirou todos os ídolos detestáveis de todo o território dos israelitas e obrigou todos os que estavam em Israel a servirem ao SENHOR, o seu Deus. E enquanto ele viveu, o povo não deixou de seguir o SENHOR, o Deus dos seus antepassados’.

c – Vislumbres da deformação causada pelo pecado hoje.

1. Basta alguns minutos diante dos noticiários para ver os estragos que o pecado causa em nossa sociedade.
1.1 – Na moral.
1.2 – Na ética.
1.3 – Corrupções financeiras.
1.4 – Drogas, assassinatos, brigas.
1.5 – Vivemos em um mundo destruído e em destruição...


II – PRECISAMOS DE REFORMA PORQUE O MUNDO, A CARNE E O DIABO CONTINUAM ATIVOS NA VIDA E NA HISTÓRIA HUMANA
.

a – Essa é a tríade mantenedora do pecado.

1. O pecado é uma doença.
1.1 – Que destrói o ser humano em todos os seguimentos de sua vida e existência.
1.2 – É uma doença hereditária.
1.3 – Já existe vacina para quem contraiu a doença.

2. Ilustração: As bactérias necessitam de um ambiente próprio para que possam desenvolver-se. Caso haja assepsia e a erradicação daquilo que seria acultura apropriada para o seu desenvolvimento elas não terão subsistência. O mundo, a carne e o diabo são os elementos que apresentam as condições ideais para a cultura do pecado.

3. O NT apresenta esta tríade mantenedora do pecado.
3.1 – Rm. 8.5 (NVI) ‘Quem vive segundo a carne tem a mente voltada para o que a carne deseja; mas quem vive de acordo com o Espírito, tem a mente voltada para o que o Espírito deseja’.
3.2 – Gl. 6.14 (NVI) ‘Quanto a mim, que eu jamais me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por meio da qual o mundo foi crucificado para mim, e eu para o mundo’.
3.3 – I Pe. 5.8 (NVI) ‘Estejam alertas e vigiem. O Diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar’.

b – A vitória do cristão sobre essa tríade está em Cristo.

1. Como dito anteriormente, já existe vacina que cura esta doença.

2. A obra redentora de Jesus é o antídoto necessário para vencer o poder destruidor do pecado.
2.1 – Hb. 2.14 (NVI) ‘Portanto, visto que os filhos são pessoas de carne e sangue, ele também participou dessa condição humana, para que, por sua morte, derrotasse aquele que tem o poder da morte, isto é, o Diabo’.
2.2 – Gl. 5.24 (NVI) ‘Os que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e os seus desejos’.


III – PRECISAMOS DE REFORMA PORQUE A SANTIFICAÇÃO É UM PROCESSO CONTÍNUO.

a – A santificação começa com sua entrega pessoal a Cristo.

1. Quando se recebe o Senhor Jesus como seu único Salvador, dá-se o início da reforma de nossas vidas.

2. O apóstolo Paulo ensina que uma nova vida nasce naquele que verdadeiramente encontra-se com Cristo.
2.1 – II Co. 5.17 (ARA) ‘Assim, se alguém está em cristo nova criatura é; as coisas antigas já passaram, eis que tudo se fez novo’.
2.2 – Você já teve o início de uma reforma em sua vida?

3. Muitos foram os movimentos de reforma na história da Igreja. No século XVI a Igreja passou pelo movimento eclodido com as 95 de Martinho Lutero, o que ficou conhecido como Reforma Protestante.

4. De lá para cá muitos outros movimentos de reforma e avivamento passaram pela Igreja, e mesmo sendo reconduzida ao cerne do Evangelho, a Igreja cai em novos desvios.

5. Será que a Igreja precisa de reforma hoje?
5.1 – O grande problema é que se espera uma reforma da Igreja enquanto instituição e não se busca uma reforma do indivíduo.
5.2 – Para uma Igreja reformada necessita-se de um indivíduo reformado.
5.3 – Para uma sociedade reformada necessita-se de um indivíduo reformado.

b – A reforma de Josias foi uma reforma que não funcionou.

1. Foi uma reforma efêmera!
1.1 – Em pouco tempo, desapareceu, sem deixar marcas no povo de Judá!
1.2 – O próprio texto bíblico que nós lemos insinua isso. O último versículo do texto lido para a nossa edificação termina dizendo assim: ‘Enquanto Josias viveu, o povo não deixou de obedecer ao Senhor, o Deus dos seus antepassados’ (II Cr. 34.33c).
1.3 – O primeiro problema é porque foi a reforma de Josias.
a) Em outras palavras, não foi uma reforma do povo de Judá, mas ao contrário, foi uma reforma do rei.
b) Foi uma reforma decidida pelo rei e promovida pelo rei, mas não chegou a ser uma reforma abraçada pelo povo e levada a efeito pelo povo.
c) Foi por isso que a reforma só durou enquanto durou o rei.
d) Bastou o rei morrer para a reforma terminar.
e) Esse é o problema de todas as reformas impostas de cima para baixo.
1.4 – O segundo problema da reforma de Josias foi que ela acabou se tornando uma simples reforma litúrgica.
a) A liturgia é importante.
b) O culto é fundamental.
c) Mas a liturgia não é tudo.
d) E o culto não tem nenhum valor se não for acompanhado pela transformação da vida.

2. A santificação é uma obra inconclusa nesta vida, por isso sempre se terá necessidade de recomeçar a cada dia a reforma na vida de cada cristão.
2.1 – ‘Ecclesia reformata et semper reformanda este’ – ‘Igreja reformada sempre se reformando’.
2.2 – ‘O crente reformado deve estar sempre se reformando’.

3. Há necessidade de reforma em sua vida espiritual ainda?


CONCLUSÃO: Não pare a obre de Deus em sua vida.
Não pare a obra de santificação que é realizada em parceria com o Espírito Santo de Deus.
Continue orando, participando por uma Igreja cada vez mais reformada.
Interceda e viva por um Brasil melhor.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

RAZÕES PELAS QUAIS JESUS MORREU

Jo. 3.16; 11.51-52; Rm. 14.9


OBJETIVO: Apresentar a mensagem da salvação e do compromisso com Jesus Cristo como o maior valor a ser alcançado na vida.


INTRODUÇÃO: Jesus é um enigma na história. Sua vida, seus milagres, sua mensagem, seus ensinos, seus exemplos... tudo isso é analisado constantemente por milhões de pessoas ao redor do mundo.
Qual a razão de sua morte? Foi ele um mero idealista? Foi um visionário? Foi mal compreendido? A Bíblia apresenta algumas razões muito objetivas pelas quais Jesus morreu.


CONTEXTO: João escreve aos gentios com o intuito de demonstrar que Jesus é o Filho de Deus. Vamos encontrar Senhor Jesus na entrevista com Nicodemos, anunciando a este o grande amor de Deus. No segundo texto vamos encontrar os líderes da religião judaica procurando o momento certo para a prisão e execução de Jesus. No terceiro texto vamos encontrar o apóstolo Paulo demonstrando aos romanos que a vida do cristão em todos os seus aspectos pertence Cristo, pois é Ele o Senhor sobre todos.


TRANSIÇÃO: Quero compartilhar nesta oportunidade algumas RAZÕES PELAS QUAIS JESUS MORREU.


I – CRISTO MORREU POR CAUSA DO GRANDE AMOR DE DEUS.

a – A Bíblia revela Deus com seu Ser cheio de amor.

1. Muitos na história, não lendo a Bíblia com coerência e honestidade, acusa o VT de revelar um Deus cheio de ira enquanto o NT de revelar um Deus bondoso.

2. Toda a Bíblia revela Deus como sendo misericordioso, compassivo e cheio de amor por suas criaturas.
2.1 – Êx. 34:6 ‘’.
2.2 – Nm. 14:18 ‘’.
2.3 – Dt. 4:31 ‘’.
2.4 – Ne. 9:17 ‘’.
2.5 – Sl. 86:5 ‘’.
2.6 – Sl. 86:15 ‘’.
2.7 – Sl. 108:4 ‘’.
2.8 – Sl. 145:8 ‘’.
2.9 – Jl. 2:13 ‘’.

3. Quando Adão e Eva pecam, Deus os expulsa de sua perfeita presença, não por manifestação de ira, mas de seu imenso amor, como que preservando-os para a salvação que haveria de ser providenciada em Cristo Jesus.

b – O amor de Deus não exclui a justiça.

1. O texto de João 3.16 aponta para a maior manifestação do amor de Deus, quando entregou seu único Filho para morrer em lugar dos pecadores.

2. Este mesmo texto revela a justiça de Deus. O pecado não poderia ficar sem punição, por isso Deus entregou Jesus em lugar dos pecadores.
2.1 – Rm. 5.9-10 ‘Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. ’.

c – O amor de Deus alcança e transforma o pecador.

1. ‘... para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna’.

2. O mesmo Evangelho de João nos ensina que todos quantos recebem a Jesus como seu salvador passam por transformações profundas, definitivas e eternas:
1.1 – São transformados em filhos de Deus.
1.2 – Passam da morte para a vida.

3. O amor de Deus alcança e transforma o pecador!


II – CRISTO MORREU PARA REUNIR A FAMÍLIA DE DEUS.

a – Deus criou a humanidade para ser sua família.

1. Nas Escrituras se percebe com clareza que Deus criou a raça humana para pertencer a Ele e com Ele conviver de forma muito especial.

2. Por razões próprias Deus dotou o homem com a liberdade de permanecer em casa ou experimentar a vida longe de Sua santa presença.

3. O plano de Deus para a humanidade perdura e Ele haverá de ter sua família reunida.

4. Caifás profetiza que a morte de Jesus era o ponto de convergência dos filhos de Deus que estão dispersos pelo mundo.
4.1 – Jo. 11.51-52 ‘’.

b – A família de Deus será reunida.

1. O apóstolo Paulo afirma aos efésios que Cristo convergirá todas as coisas do céu e da terra.
1.1 – Ef. 1. 10 ‘de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu como as da terra’.

2. Nenhum dos filhos arrolados como pertencentes à família de Deus ficará de fora ou se perderá, antes, todos serão alcançados com a salvação e terão a vida eterna.
2.1 – Jo. 6.39 ‘E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia’.
2.2 – Jo. 10.28-29 ‘Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar’.

3. O Decreto de Deus é certo e imutável, porque ele tem por base a eterna e imutável da vontade de Deus, e por isso, há uma certeza do número de eleitos e réprobos conhecidos somente por Deus, os quais não é possível ser aumentado, nem diminuído (Jo 13:18; II Tm 2:19) .


III – CRISTO MORREU PARA SER SENHOR.

a – Com o pecado o homem proclamou seu senhorio.

1. A experiência do pecado na história humana não foi outra coisa que a tentativa do homem em ser o seu próprio senhor.

2. Ilustração: ‘Toda vez que a sua vontade cruza com a vontade de Deus, e você escolhe a sua vontade contra a vontade de Deus, aí você está tentando ser senhor sobre sua vida’.

3. A experiência do pecado continua sendo a mesma a cada queda que temos e expressamos a mesma vontade de Adão e Eva: ‘Eu quero!’.

b – A morte de Cristo traz à tona a submissão voluntária.

1. O contexto de Paulo neste capítulo da epístola aos Romanos aponta para a decisão pessoal do cristão em assumir o senhorio do Senhor sobre sua vida.

2. Paulo não está aqui tratando do senhorio absoluto de Cristo como soberano do universo.

3. Está tratando da disposição do cristão em abrir mão de coisas que até mesmo poderia fazer em função de agradar ao Senhor Jesus como o Senhor de sua vida.
3.1 – Rm. 14.9 ‘’.

4. Ilustração: ‘Toda vez que a sua vontade cruza com a vontade de Deus, e você escolhe a vontade de Deus contra a sua vontade, aí Deus está sendo Senhor sobre sua vida’.

c – A morte de Cristo garante o senhorio final.

1. O senhorio de Cristo é algo que os convertidos experimentam de modo terno e voluntário em suas vidas (e quanta bênção e prazer há nisto!), porém o não convertido vai experimentar de modo visível e final na Sua volta.

2. Pela morte de Cristo lhe foi dado o direito de estar na condição de Juíz e Senhor no destino do universo.
2.1 – Fp. 2.11 ‘’.

3. Ilustração: Tomé, depois de poder checar o fato da ressurreição de Jesus, cai de joelhos aos pés do Senhor dizendo: ‘Senhor meu, e Deus meu’. Jesus, olhando firmemente para Tomé lhe exorta: ‘Bem aventurados os que não viram e creram’. É melhor e mais proveitoso para esta vida e para a vida na eternidade, se dobrar diante do Senhor e receber seu senhorio agora, mesmo não O vendo, do que rejeitá-lo nesta presente vida e no último dia experimentar de forma dura, reprovativa e justa este mesmo senhorio, nas palavras: ‘Apartai-vos de mim malditos’.


CONCLUSÃO: As razões pelas quais Cristo morreu poderiam ser desdobradas em muitas outras expressões.

As razões pelas quais Cristo morreu já alcançaram sua vida?
• O grande e imensurável amor de Deus.
• Ser parte da família de Deus.
• Estar sob o fato de que Jesus é o Senhor.

Creia que a morte de Jesus foi por você.
Receba-o como seu Salvador e Senhor.

domingo, 10 de outubro de 2010

COMO TRABALHAR A PRESERVAÇÃO DA FAMÍLIA?

Js. 24.14-16


OBJETIVO: Ensinar que a família será preservada na medida em que a mesma aprender a viver na adoração, na comunhão e na realização da missão ao Senhor.

INTRODUÇÃO: Como construir famílias fortes em meio a uma sociedade corrompida? Preservar a família é um desafio para a cristandade de nosso tempo. Preservar o lar implica em vincular a família nos princípios de Deus. A igreja é fator preponderante nesse vínculo.

CONTEXTO: Josué estava ciente que sua missão de conquistar e distribuir a terra prometida ao povo de Israel chegara ao fim.
Josué estava ciente também que o povo de Israel teria diante de si muitos desafios, mas principalmente o de construir uma sociedade temente ao Senhor.
Josué estava ainda ciente de que para tal proeza, a tarefa teria que ser iniciada e levada a frente a partir da base da sociedade, que é a família.
Famílias tementes ao Senhor, somaria uma nação temente ao Senhor.

TRANSIÇÃO: Quero falar nesta oportunidade sobre o tema: COMO TRABALHAR A PRESERVAÇÃO DA FAMÍLIA?



I – A PRESERVAÇÃO DA FAMÍLIA ACONTECE QUANDO ESTA É INTEGRADA NA PRÁTICA DA VERDADEIRA ADORAÇÃO.

a – A universidade da relação família-Igreja.

1. Todas as raças vivem e se desenvolvem em torno desses dois elementos: família e igreja, ou família e religião.

2. Segundo a Antropologia e outras ciências que estudam o comportamento humano, não se encontrou ainda um povo que fosse totalmente a-religioso ou que vivesse sem a presença da família.

3. Como bem expresso naquela tão conhecida máxima social: ‘A família é a célula-máter da sociedade’.

4. Família e Igreja sempre andaram de mãos dadas na História da Humanidade.

b – Uma sociedade temente a Deus tem sua origem na família.

1. Josué havia aprendido o valor do temor do Senhor.
1.1 – Josué se originava de uma família temente ao Senhor.
1.2 – Aprendeu através da mentoria de Moisés.
1.3 – Aprendeu através dos exemplos da história de Israel.

2. A tripla alternativa oferecida por Josué.
2.1 – Josué propõe uma tripla alternativa ao povo de Israel.
a) Olhem para os deuses aos quais serviram vossos pais.
b) Olhem para os deuses dos amorreus, no presente.
c) Olhem para o Deus de Israel.
2.2 – Josué coloca-se na dianteira do exemplo.
a) ‘Eu e minha casa serviremos ao Senhor’.
b) Coloque-se também na dianteira do exemplo.

3. Pode-se comprovar a adoração em família na tradição judaica.
3.1 – Desde Adão, Noé, Abraão, Isaque, Jacó e tantos outros personagens bíblicos, vão encontrar a família toda em busca do conhecimento e da adoração a Deus.
3.2 – Dt. 6.6-7 ‘Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te. Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas’.
3.3 – Sl. 78.5-7 (NTLH) ‘O SENHOR deu leis ao povo de Israel e mandamentos aos descendentes de Jacó. Ordenou aos nossos antepassados que ensinassem essas leis aos seus filhos para que os seus descendentes as aprendessem, e eles, por sua vez, as ensinassem aos seus filhos. Assim eles também porão a sua confiança em Deus; não esquecerão o que ele fez e obedecerão sempre aos seus mandamentos’.


II – A PRESERVAÇÃO DA FAMÍLIA ACONTECE QUANDO ESTA É INTEGRADA NA PRÁTICA DA COMUNHÃO.

a – Comunhão é íntima participação na vida uns dos outros.

1. Josué sabia o valor da vivência de uma família sadia e sólida, que vivencia uma verdadeira comunhão onde a participação da vida de um com o outro fortalece os laços e possibilita forta amparo.
1.1 – ‘Eu e minha casa’.

2. A vivência numa família saudável é uma escola de comunhão.
2.1 – Que melhor lugar para se aprender a repartir uns com os outros que na família?
2.2 – Que melhor lugar para se aprender a suportar uns aos outros que na família?
2.3 – Que melhor lugar para se aprender a perdoar uns aos outros que na família?
2.4 – Que melhor lugar para se aprender a amar uns aos outros que na família?
2.5 – Que melhor lugar para aprender a se abrir uns com os outros que na família?

3. É ali na convivência familiar que os princípios mais elementares do evangelho podem se tornar práticas de vida, procedimentos e comportamentos que adornarão a doutrina e a Igreja de Deus.

b – A verdadeira comunhão é fruto da verdadeira adoração.

1. A família que adora e cresce em seus relacionamentos em torno da Palavra e da Casa de Deus, é família capaz de abrir e se dar em comunhão com outros irmãos.

2. O amor de Cristo quebra as barreiras e nos faz um só povo e uma só família.


III – A PRESERVAÇÃO DA FAMÍLIA ACONTECE QUANDO ESTA É INTEGRADA NA PRÁTICA DE MISSÕES.

a – Família missionária.

1. Grande bênção é ter famílias que são missionárias onde quer que estejam.
1.1 – Abrem seus lares para iniciar trabalhos pioneiros de evangelização.
1.2 – São pessoas que se dispõem a convidar amigos e vizinhos para ouvirem da fé em Jesus.
1.3 – São fontes de bênção no crescimento da Igreja.

2. Sua família é uma família missionária?

b – Família de missionários.

1. Sempre que se fala em missões, lembra-se de pronto de uma pessoa ou uma família que se dispôs e saiu para uma terra distante.

2. Normalmente foram para um povo de outra cultura, com a finalidade de evangeliza-los e falar-lhes do amor salvador de Cristo.

3. Foram inúmeras as famílias que se dispuseram a fazer tal investida. Temos um bom número delas.
3.1 – Nas próprias páginas das Escrituras.
a) Abraão e Sara, de Ur dos Caldeus para Canaã.
b) Áquila e Priscila, de Roma para Corinto, para Éfeso.
c) Apóstolo Pedro e família, da Palestina para Roma.
d) Apóstolo João e família (Maria, mãe de Jesus), da Palestina para a Ásia (Éfeso).
3.2 – Nas páginas da História da Igreja.
a) Conde Nicolaus Ludwig Von Zinzendorf, depois de fundar Herrnhut, uma comunidade de refugiados cristãos na Morávia, enviou missionários, e ele mesmo se dispôs a ir.
b) William Carey (O Pai das Missões Modernas), da Inglaterra para a Índia.
c) Adoniran Judson, dos EUA para a Índia.
d) David Linvingstone, da Escócia para o coração da África.
e) John Willians (O Apóstolo dos Mares do Sul), comido por índios antropófagos, na Ilha de Erromango, no Pacífico Sul.
f) Amy Carmichael, do Reino Unido para a Índia.
g) Áshbel Green Simonton, dos EUA para o Brasil.

c – Propósito de Jesus para seu povo como Igreja e família.

1. Fomos alcançados pelo e para o Evangelho com um propósito bem definido. Temos uma missão!
1.1 – I Pe. 2.9-10 ‘Mas vocês são a raça escolhida, os sacerdotes do Rei, a nação completamente dedicada a Deus, o povo que pertence a ele. Vocês foram escolhidos para anunciar os atos poderosos de Deus, que os chamou da escuridão para a sua maravilhosa luz. Antes, vocês não eram o povo de Deus, mas agora são o seu povo; antes, não conheciam a misericórdia de Deus, mas agora já receberam a sua misericórdia’.

2. Pais evangelizem seus filhos!
2.1 – Desde a mais tenra idade, contem-lhes as histórias magníficas do nosso Deus e do seu santo Livro.
2.2 – Ensine-os sobre a necessidade da salvação.
2.3 – Leve-os a se entregarem a Cristo recebendo-O como seu Salvador.

3. Filhos evangelizem seus pais!
3.1 – Filhos que têm pais ainda não convertidos devem apresentá-los em oração incessante a Deus.
3.2 – Devem clamar pela misericórdia de Deus para que se convertam.
3.3 – Aproveitem cada oportunidade para testemunhar, para lhes falar do amor de Cristo por eles.

4. Uma família evangelizada será fundamento e alicerce firme para se ter uma sociedade transformada.


CONCLUSÃO: ‘Eu e minha casa serviremos ao Senhor’.
Só através de um forte vínculo com a Palavra de Deus poderemos restaurar nossas famílias e, através delas, restaurar nossa sociedade.

Adoração! Comunhão! Missão! Esses três pilares são vínculos fortes entre família e Deus.

Decida sua vida e a vida de sua família com Jesus e faça parte da família de Deus, uma nova sociedade.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

PORQUE NÃO ANDAR ANSIOSOS?

Mt 6.25-34


OBJETIVO: Ensinar que o cristão precisa se livrar de ansiedades rotineiras, e aprender a confiar no Senhor.


INTROD: Alguém aqui nunca experimentou ansiedade? Esta é uma experiência comum entre os humanos, especialmente dentre os adultos. A Bíblia nos aponta para vários personagens que vivenciaram processos de ansiedade.


CONTEXTO: Jesus estava pregando um de seus mais belos sermões, se não o mais belo. Conhecido como ‘Sermão do Monte’, ele abrange muitas questões práticas que interferem diretamente com as situações diárias da vida de qualquer pessoa. O Senhor Jesus estava tratando com pessoas que, na sua maioria, possivelmente, não teria o que comer no dia seguinte. Vivam debaixo de uma carga tributária injusta e opressora. Não havia trabalho e ganho, e a miséria rondava solta no meio do povo. ‘Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos?’ – estas eram questões cruciais para qualquer cidadão palestino naquela época.


TRANSIÇÃO: As questões que te afligem hoje talvez não sejam comida ou vestuário, mas certamente, outras preocupações podem minar suas forças e causar profunda ansiedade. Jesus nos ensina a não andarmos ansiosos. Quero refletir com vocês nesta oportunidade sobre: PORQUE NÃO ANDAR ANSIOSOS?




I – PORQUE A ANSIEDADE EXCLUI A DEPENDÊNCIA DE DEUS.

a – A ansiedade busca solução no próprio indivíduo.

1. A ansiedade é um processo psicológico que se desenvolve diante de uma situação de incertezas e apreensões.

2. A ansiedade traz implicações em muitos outros segmentos da vida, seja na área física, mental, emocional e mesmo espiritual, as vezes trazendo conseqüências irreparáveis.

3. Ilustração: ‘Abrão e Sara tiveram a promessa de que seriam pais de muitas nações. Passaram-se os anos e nada de Deus cumprir a promessa. Sara inicia o processo de ansiedade e, com o jeitinho de mulher, influencia seu esposo. Induz Abraão a se deitar com Hagar, sua serva e, para que se começasse a ‘grande nação’, já que Deus estava demorando ou quem sabe, havia se esquecido. A partir desta antecipação surgiram problemas posteriores na vida do casal, envolvendo a concubina, seu filho, e problemas que atravessam milênios na história’.

4. Não é a toa que o Senhor Jesus ensina seus discípulos a a não serem ansiosos por nada. Você é um discípulo? Esse ensino é para você!

5. Toda vez que se entra no processo de ansiedade passa-se a buscar uma solução imediata baseada no próprio indivíduo que, geralmente está sob pressão e sem a devida visão e compreensão do todo naquelas circunstâncias de sua vida.

b – A ansiedade busca solução no que é material.

1. O Senhor Jesus ensinava pessoas que, na sua maioria, possivelmente, não teria o que comer no dia seguinte.

2. Mt. 6.25 ‘Por isso vos digo, não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais que as vestes?’

3. O Senhor Jesus passa a lhes dar exemplos de confiança no Deus criador e providente que, certamente haveria de cuidar de cada um deles, mesmo diante da opressão e da dominação de outro povo.

4. Não é fácil não ser ansioso quanto ao que comer ou vestir:
2.1 – Diante da instabilidade do trabalho.
2.2 – Diante da insuficiência de um salário mínimo que não te oferece poder de compra.
2.3 – Diante de situações inesperadas que surgem e parecem que irão te devorar.

c – A ansiedade exclui a dependência de Deus.

1. O Senhor Jesus baseia seu ensino na providência de Deus:
1.1 – Leva seus ouvintes a observar a beleza das flores, que têm a melhor vestimenta com o mínimo esforço.
1.2 – Orienta-os a ver a tranquilidade das aves, que recebem o melhor alimento sem grandes realizações.
1.3 – Mt. 6.31 ‘Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos?’.

2. Jesus ensina que a ansiedade exclui a dependência de Deus, em outras palavras, gera incredulidade no cristão e o leva a querer resolver os problemas sem considerar Deus ou seus valores e princípios.

3. Jesus afirma que essa atitude é coisa de ‘gentio’.
3.1 – Mt. 6.32 ‘Porque os gentios é que procuram todas estas coisas’.
3.2 – ‘Gentio’ era um termo designativo usado pelo judeu para todas as gentes, de todas as nações, que não os judeus. Assim como no decorrer da história surgiu o termo ‘pagão’ para designar todos os que não eram cristãos.

4. Cultive uma vida de confiança constante em Deus. Quando lhe vier dúvidas, incredulidades e ansiedades, volte-se para a fé.


II – PORQUE A ANSIENDADE EXCLUI A REALIDADE DO REINO DE DEUS.

a – Duas realidades em conflito.

1. Vivemos entre duas realidades com referência ao Reino de Deus: o ‘Já’ e o ‘Ainda não’.
O ‘Já’ O ‘Ainda Não’

O Reino de Deus ‘já’ veio. O Reino de Deus ‘ainda não’ veio em sua plenitude
Nós ‘já’ estamos salvos. Nós ‘ainda não’ estamos salvos na plenitude do plano de Deus.
Nós ‘já’ temos a libertação do poder do pecado. Nós ‘ainda não’ vivemos livres da presença do pecado.
Nós ‘já’ vivemos a vida eterna. Nós ‘ainda não’ estamos livres da morte.
Nós ‘já’ somos novas criaturas. Nós ‘ainda não’ vivemos livres da nossa velha criatura, nosso velho homem com sua genética pecaminosa.
Nós ‘já’ somos santos. Nós ‘ainda não’ estamos experimentando a santidade plena.
Nós ‘já’ desfrutamos da glória de Deus. Nós ‘ainda não’ estamos na glória plena com Deus.

2. Há cristãos que querem exigir para o momento presente, a realidade última do Reino de Deus, que se dará na consumação da história.

3. Não perca a verdade das afirmações bíblicas, pois do contrário gravíssimos problemas virão à lume.
3.1 – Uma pessoa que para de tomar seus medicamentos, acreditando que Jesus já levou suas enfermidades, está se antecipando para viver uma realidade que ainda será futura.

b – Viva a realidade presente do Reino de Deus.

1. Mt. 6.33 ‘Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu Reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas’.

2. A caminhada com Deus é segura e garante ao cristão a provisão para cada circunstância que tiver que atravessar, mesmo que essa circunstância seja a dor, a enfermidade, a perda ou mesmo a morte.

3. ‘Todas estas coisas vos serão acrescentadas’ indica todos os suprimentos necessários para a caminhada dentro da sua realidade e da realidade do Reino de Deus.


III – PORQUE A ANSIEDADE EXCLUI A POSSIBILIDADE DE VIVER BEM CADA DIA.

a – Viver o amanhã é sofrer por antecipação.

1. Não sofra duas ou mais vezes pelo mesmo problema. Viver o amanhã é sofrer por antecipação.

2. O Senhor Jesus é enfático: ‘Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã’ (Mt. 6.34).

b – Basta ao dia o seu próprio mal.

1. Jesus não foi um visionário alienado que não considerava as dificuldades naturais da existência humana, antes era certo e consciente da sobrecarga que é viver sob pressão de problemas que ainda estão por vir.

2. Viver ansioso por um problema que ainda não se configurou na tela da vida é deixar de viver bem o momento de hoje.

3. O fardo do dia de hoje com suas preocupações, com seus problemas, com suas dificuldades, já é demasiadamente pesado para se carregar. Deixe o fardo de amanhã para amanhã.

4. Mt. 6.34 ‘O amanhã trará os seus cuidados’.
4.1 – Problemas no dia de amanhã, são líquidos e certos.
4.2 – Cada dia carrega seus males próprios.
4.3 – Solucione um problema de cada vez.
4.4 – Resolva os de hoje.


CONCLUSÃO: Jesus quer que o cristão viva bem, confiante no poder e presença de Deus conosco.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

IMPLICAÇÕES DA MORTE DE JESUS PARA O QUE CRÊ


Mt. 27.45-56


OBJETIVO: Ensinar que a morte de Jesus produz implicações transformadoras sobre aquele que crê.

INTRODUÇÃO
: Milhares de pessoas sofreram morte de cruz. A morte de Jesus tem um valor especial e único.

CONTEXTO: Mateus escreve seu Evangelho no intuito de demonstrar que Jesus era de fato o Filho de Deus, o prometido para a salvação dos pecadores.

TRANSIÇÃO: Que diferença faz na sua vida saber que Jesus morreu na cruz? Quero trazer exposição deste texto sob o tema IMPLICAÇÕES DA MORTE DE JESUS PARA O QUE CRÊ.


I – A MORTE DE JESUS ABRE UM NOVO CAMINHO PARA O QUE CRÊ.

a – A tentativa de se achegar a Deus pelos próprios esforços.

1. O pecado afastou o homem de Deus e Deus do homem.
1.1 – A natureza santa de Deus não poderia estar em comunhão com o que pecaminoso e imundo.
a) Gn. 3.23-24 ‘Então, disse o Senhor Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal; assim, que não estenda a mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente. O Senhor Deus, por isso, o lançou fora do jardim do Éden, a fim de lavrar a terra de que fora tomado. E, expulso o homem, colocou querubins ao oriente do Jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida’.
b) Is. 64.6 ‘Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como um trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades, como um vento, nos arrebatam’.

1.2 – A natureza e inclinação do homem depois do pecado é não se achegar a Deus, antes rejeitá-lo.

2. Dado o ‘semen religiones’, instinto religioso criado no homem, sempre haverá um vazio e uma necessidade de se preenchê-lo com o sobrenatural.

3. Ilustração: Tente se levantar do chão puxando os cordões dos próprios sapatos.

b – Deus que fechou a porta de acesso é quem pode abri-la.

1. Após o pecado da raça humana, o Senhor Deus colocou o homem fora do alcance da vida eterna, enquanto pecador.
1.1 – Gn. 3.24 ‘E, expulso o homem, colocou querubins ao oriente do Jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida’.

2. Deus é que busca o homem através da revelação de sua Palavra, e no tempo certo, através da obra redentora de Jesus cristo, seu Filho.

c – Jesus é o novo e único caminho para Deus.

1. O véu do templo judaico estava entre o santo lugar e o santo dos santos e simbolizava a separação do homem pecador para com o Deus santo.

2. As medidas do véu:
2.1 – Esse véu tinha mais ou menos 18 metros de altura.
2.2 – Josefo, historiador dos judeus, também nos diz que o véu tinha 12 cm de grossura, e que cavalos puxando o véu dos dois lados não podiam parti-lo.
2.3 – A narrativa no livro de Êxodo nos ensina que esse grosso véu era feito de material azul, roxo e escarlate e de tecido de qualidade.
2.4 – O tamanho e grossura do véu deram muito mais importância aos eventos que aconteceram no exato momento da morte de Cristo na cruz.
2.5 – Mt. 27.50-51a ‘E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito. E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo’.

3. O que podemos aprender disso tudo?
3.1 – De certa forma, o véu era um símbolo de Cristo como sendo o único caminho ao Pai (Jo. 14:6).
3.2 – O Sumo Sacerdote tinha que entrar no Santo dos Santos através do véu; e Cristo é o nosso Sumo Sacerdote, e quando cremos no Seu trabalho completo passamos a compartilhar do Seu sacerdócio.
3.3 – Hb. 10.19-20 ‘Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos pelo sangue de Jesus, pelo caminho que ele nos inaugurou, caminho novo e vivo, através do véu, isto é, da sua carne’.
3.4 – Vemos aqui a imagem da carne de Jesus sendo rasgada a nosso favor no momento em que Ele partia o véu por nós.

4. O véu sendo rasgado de cima para baixo é um fato histórico.
4.1 – Essas coisas eram uma sombra das coisas por vir, e todas apontam para Jesus.
4.2 – O véu apontava para a separação entre o homem e Deus.

5. O véu do Tabernáculo era um lembrete constante de que o pecado nos torna ineptos para entrar na presença de Deus.
5.1 – Jesus Cristo, através de sua morte, removeu as barreiras entre Deus e o homem.
5.2 – Por isso podemos agora nos aproximar dEle com confiança.


II – A MORTE DE JESUS CONQUISTA UMA NOVA VIDA PARA O QUE CRÊ
.

a – Mortos físicos ressuscitaram com a morte de Jesus.

1. Somente Mateus relata esses eventos miraculosos.

2. É mais que um portento sem razão de ser; antes aponta para o fato de que a morte de Cristo possibilita a imortalidade.
2.1 – II Tm. 1.10 ‘... o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o Evangelho’.
2.2 – A morte foi vencida.

3. Aponta para o fato de que a morte física também será de todo dissipada e vencida.

4. O que na morte de Cristo foi uma pequena amostragem, na sua segunda vinda será em plenitude, trazendo a imortalidade física a todos os seus.

b – Mortos espirituais ressuscitam com a morte de Jesus.

1. Este fato miraculoso das ressurreições aponta também para o fato de que a morte de Cristo traz vida espiritual e eterna aos que nEle crêem.

2. Cristo sofreu o inferno, a nossa morte, e aqueles que nEle crêem, e possuem o verdadeiro arrependimento, recebem a vida eterna.
2.1 – A morte na cruz significava, por si mesma, a exclusão da comunidade de Israel e da comunidade romana.
2.2 – A dor, as câimbras, a hemorragia, a vergonha, o sofrimento, tudo isto aponta para o significado do inferno que é a separação eterna de Deus e o sofrimento eterno.
2.3 – ‘O pecado e o inferno estão casados, a não ser que o arrependimento anuncie o divórcio’ (C.H. Spurgeon).

3. Todo ser humano é um aborto espiritual até que nasça de novo em Cristo.
3.1 – Todos nós chegamos a este mundo espiritualmente mortos.
3.2 – É preciso ser ressuscitado pelo poder da morte de Cristo, mediante a fé.

4. Você precisa crer na morte de Cristo em seu lugar e recebê-lo como seu único Salvador.

c – A Igreja pós-moderna e o Evangelho enfraquecido.

1. Suportai-me ainda mais irmãos. Preciso falar dessa Igreja doente de nossos dias, que não prega a salvação em Cristo, mas se embriaga com ensinos enganosos.

2. A doutrina deles está realmente mais perto do budismo, do hinduísmo e da Nova Era do que do verdadeiro cristianismo.
2.1 – O inferno, o pecado e o arrependimento são deixados de lado para que ninguém se ofenda.
2.2 – Além disso, eles afirmam que não há absolutos suficientes para podermos falar sobre inferno, pecado e céu.
2.3 – Para os pós-modernos, a mensagem sólida do Evangelho é dogmática demais e arrogante.

3. Cuidado com a pregação moderna. Ela pode te deixar no caminho do inferno.


III – A MORTE DE JESUS CONCEDE UMA NOVA CONFISSÃO PARA O QUE CRÊ
.

a – Uma nova confissão para o centurião.

1. O centurião, comandante responsável pela execução de Jesus, vendo todos esses eventos miraculosos acontecendo, e sabedor do que se afirmava acerca de Jesus, entregou-se em arrependimento e fé.
1.1 – Mt. 27.54 ‘Verdadeiramente este era Filho de Deus’.

2. Outros que o acompanhavam também fizeram esta confissão.

3. Esta é a confissão que salva.
3.1 – Rm. 10.9 ‘Se, com tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo’.

4. Não pode ser uma confissão labial e formal, mas lábios que falam aquilo que enche o seu coração.
4.1 – ‘O fogo pintado não precisa de combustível; uma confissão morta e formal é sustentada com facilidade’ (Thomas Manton).

b – Uma nova confissão para milhares na história.

1. Milhares de pessoas na história tiveram suas vidas transformadas pelo poder do Evangelho e da pessoa bendita de Jesus.

2. A lista é infindável:
2.1 – A confissão de Tomé.
2.2 – A confissão de Paulo.
2.3 – A confissão de Agostinho.
2.4 – A confissão de Lutero.

3. Apocalipse afirma que serão milhões de milhões e milhares de milhares os que cantarão esta confissão de fé eternamente no Reino de Deus.

c – Uma nova confissão para você.

1. Jesus exige de cada um esta confissão como a senha de entrada no Reino.
1.1 – Mt. 10.32-33 ‘Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus; mas aquele que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos céus’.

2. Não se engane com a mera religiosidade. Você precisa de uma confissão de fé bíblica enchendo seu coração, sua mente, seus lábios e sua vida.


CONCLUSÃO: Um novo caminho! Uma nova vida! Uma nova confissão!
A morte de Jesus já trouxe estas implicações à sua vida?

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

ENTUSIASMO NA OBRA DO SENHOR

I Re. 18.1-19


OBJETIVO: Ensinar que para o cristão ser entusiasmado na obra do Senhor precisa ter o olhar voltado para o futuro; pois olhar só o presente, desanima.

INTRODUÇÃO: O desânimo é um dos instrumentos mais eficientes de Satanás. Conta-se a história de que um dia Satanás, estando à beira da bancarrota, expôs à ven¬da todos os seus instrumentos de tentação. Um pequeno objeto, em forma de cunha, tinha o preço mais alto. Quando lhe perguntaram o que continha, Sa¬tanás respondeu: ‘Este é o desânimo. Quando consigo introduzi-lo no coração do cristão, sei que em breve o terei ao meu lado’. O preço era tão elevado que Satanás ainda tem consigo o pequeno instrumento em forma de cunha, e dele se serve em sua atividade no coração dos homens.

CONTEXTO: A história de Elias e Obadias está encravada num contexto de falência moral, ética e espiritual do povo de Deus.

TRANSIÇÃO: Quero compartilhar nesta oportunidade o tema: ENTUSIASMO NA OBRA DO SENHOR.


I – CLIMA POLÍTICO-RELIGIOSO NOS DIAS DE ELIAS.

a – Era um período de sucessão de reis ímpios.

1. Nos dias de Elias, Israel estava sendo governado por reis maus e idólatras.
1.1 – I Rs. 16.25,26 (Onri) ‘… fez o que era mau aos olhos do Senhor; e fez pior do que todos quantos foram antes dele’.
1.2 – I Rs. 16.30,31 (Acabe) ‘E fez Acabe, filho de Onri, o que era mau aos olhos do SENHOR, mais do que todos os que foram antes dele…’.

2. O rei Acabe destaca-se nas Escrituras como um rei idólatra.
2.1 – Ele andou nos caminhos de Jeroboão (I Rs. 16.31).
2.2 – Serviu a Baal e o adorou (I Rs. 16.31); conduzindo toda a nação à idolatria.
2.3 – Como se não bastasse, Acabe casou-se com Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios; casamento este, jamais aprovado por Deus.

3. Tudo isto fez Israel mergulhar no mais profundo paganismo, sem nenhuma pretensão de preservar o culto a Jeová, tornando-se uma nação idólatra e pagã, como as demais nações.

b – Era um período de crise econômica.

1. Quando Acabe substituiu o culto à Jeová pela adoração à Baal, Elias apareceu perante o rei para anunciar a ausência de chuva e orvalho sobre a terra (I Rs. 17.1).
1.1 – A chuva é um dos principais elementos de sustentação da natureza, a falta dela provoca seca, fome e miséria.
1.2 – As Escrituras dizem que “… a fome era extrema em Samaria” (I Rs. 18.2).

2. A crise econômica devido a seca deixou o povo de Israel em extrema miséria, doenças e muitos estavam morrendo.

3. Isto fez com que Acabe se irasse ainda mais com Elias, pois achava que ele era o culpado daquela calamidade.

c – Era um período de crise espiritual.

1. Jezabel, esposa do rei Acabe, ocupa o lugar de esposa mais ímpia da Bíblia.
1.1 – Controlava o seu esposo (I Rs. 21.25).
1.2 – Jezabel levou a nação de Israel a adorar seus deuses (I Rs. 18.19,20).
1.3 – Como se não bastasse, intentou matar a todos os profetas do Senhor (I Rs. 18.4).

2. Como ter ânimo para anunciar a Palavra de Deus em meio a crises tão destruidoras e desestimulantes?

3. Quantas vezes, situações adversas também tiram o ânimo e a disposição do povo de Deus, minando-lhes as forças e a coragem para anunciar o Reino de Deus!

4. Você já passou ou tem passado por situações de desânimo?

II – A FONTE DO ENTUSIASMO DO POVO DE DEUS.

a – Olhar para as circunstâncias gera desânimo, apatia ou frieza.

1. Um fato à frente na vida de Elias ilustra bem esse conceito.
1.1 – Elias enfrenta os profetas de Baal numa prova de fogo, e mata os 450 profetas.
1.2 – Jezabel toma conhecimento do extermínio dos profetas e avisa que mataria a Elias.
1.3 – Elias foge e se esconde em uma caverna, abatido e desanimado.

2. Passar por vales de desânimos pode ser uma experiência na vida de qualquer cristão, mesmo daqueles a quem julgamos tão fortes.

3. Se formos esperar ter as condições ideais primeiro, para depois nos deixarmos possuir por Deus, sempre teremos razões para adiarmos Seu agir.

b – Olhar para Deus gera entusiasmo e renovação.

1. Entusiasmo significa uma pessoa cheia de Deus.
1.1 – Segundo Albuquerque a etimologia da palavra vem do grego: Entusiasmo (do grego en + theos, literalmente ‘em Deus’) originalmente significava inspiração divina ou ânimo pela presença de Deus.
1.2 – Uma pessoa entusiasmada está disposta a enfrentar dificuldades e desafios, não se deixando abater e transmitindo confiança aos demais ao seu redor.

2. ‘Nada de grandioso jamais foi realizado sem entusiasmo’ (Ralph Waldo Emerson).

3. Exemplos de entusiasmo.
3.1 – Obadias.
a) Servo do rei Acabe (mordomo do palácio).
b) Escondeu cem profetas do Senhor e os sustentou com pão e água, pondo em risco a sua própria vida.
c) Caso fosse descoberto, tanto ele como os cem profetas, seriam mortos à mando de Jezabel.
d) Era um homem temente a Deus, aí está o segredo!
3.2 – Elias.
a) Anunciou a seca.
b) Foi para o Querite.
c) Foi para Sarepta.
d) Foi de encontro a Acabe.
e) Apresentou a prova de fogo.
f) Exterminou os 450 sacerdotes de Baal.
g) Era um homem cheio de Deus. Esse era o segredo!
3.3 – Só pessoas entusiasmadas poderiam ter tais atitudes sem se desanimar diante das dificuldades.

4. ‘Cristianismo é a dedicação total de tudo o que conheço a meu respeito a tudo o que conheço a respeito de Jesus Cristo’ (William Temple).

5. Paulo sofreu tantas oposições, que tinha tudo para ser desanimado, mas dele ouvimos palavras de entusiasmo:
3.1 – Fp. 4.13 ‘Tudo posso nAquele que me fortalece’.
3.2 – I Co. 15.58 ‘Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão’.

CONCLUSÃO: Abandone a descrença e deixe-se entusiasmar pelo grande e maravilhoso Deus revelado nas Escrituras.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

PRECISA-SE DE FILHOS ESPELHADOS EM PAIS CHEIOS DA PALAVRA

PRECISA-SE DE FILHOS ESPELHADOS EM PAIS CHEIOS DA PALAVRA

Dt. 6.1-9


OBJETIVO: Ensinar que os mandamentos e estatutos do Senhor são as balizas necessárias para a educação de nossos filhos e para a construção de uma sociedade mais justa.


INTRODUÇÃO: Certas coisas na vida são de responsabilidade pessoal e por isso são intransferíveis.
A tarefa da condução dos filhos nos caminhos do Senhor é uma dessas coisas intransferíveis.


CONTEXTO: Deuteronômio foi o último livro escrito por Moisés, quando estavam nas terras de Moabe, a leste do Jordão e do Mar Morto. Estavam às portas de entrar na terra prometida.
Moisés faz uma revisão, uma repetição e uma aplicação da Lei buscando infundir no povo a fé que os capacitaria a prosseguir obediente e vitoriosamente na nova terra.


TRANSIÇÃO: Não se pode transferir a responsabilidade dada por Deus aos pais.
O dever de construir o caráter dos filhos sempre será cobrado por Deus diretamente aos pais e não às instituições, sejam elas governamentais ou religiosas.
Quero compartilhar nesta oportunidade sobre o tema: PRECISA-SE DE FILHOS ESPELHADOS EM PAIS CHEIOS DA PALAVRA.





I – É PRECISO DE PAIS COM UMA CONFISSÃO DE FÉ BÍBLICA.

a – O conteúdo de uma confissão de fé bíblica.

1. ‘Ouça Israel’.
1.1 – (em hebraico שמע ישראל) = Shemá Israel.
1.2 – ‘Ouça Israel’.

2. O ‘Shemá Israel’ são as duas primeiras palavras da seção da Torá que constitui a profissão de fé central do monoteísmo judaico (Dt. 6:4-9) no qual se diz שמע ישראל י-ה-ו-ה אלקינו י-ה-ו-ה אחד (Shemá Yisrael Adonai Elokêinu Adonai Echad - Escuta ó Israel, Adonai nosso Deus é Um).

3. Embora sendo uma confissão de fé judaica, esta confissão de fé sintetiza a unicidade de Deus na vida do cristão.

4. Cremos em um Deus único, embora triúno, apresentado no CMW com as seguintes palavras:
4.1 – Pergunta 7: ‘Quem é Deus?’
4.2 – Resposta: ‘Deus é espírito, em si e por si infinito em seu ser, glória, bem-aventurança e perfeição; todo-suficiente, eterno, imutável, insondável, onipresente, infinito em poder, sabedoria, santidade, justiça, misericórdia e clemência, longânimo e cheio de bondade e verdade’.

5. O povo de Israel passara cerca de 430 anos de escravidão no Egito, com um conhecimento miscigenado de sua fé com o panteísmo egípcio.
5.1 – Saíram sob a condução de Moisés e agora, 40 anos depois, na época da escrita do Deuteronômio, estavam conhecendo quem, de fato era o Deus de Israel.

6. Os pais cristãos precisam confessar e explicar sua fé, e não se contentar com o que é denominado de fé implícita, isto é, uma fé apenas internalizada, que não se torna explicável, entendível e discutível. Filhos se espelham nos pais.

b – A importância de uma confissão de fé bíblica.

1. CFW – Cap. I, § I – Da Escritura Sagrada:
1.1 – ‘... foi o Senhor servido, em diversos tempos e diferentes modos, revelar-se e declarar à sua Igreja aquela sua vontade; e depois, para melhor preservação e propagação da verdade, para o mais seguro estabelecimento e conforto da Igreja contra a corrupção da carne e malícia de Satanás e do mundo, foi igualmente servido fazê-la escrever toda’.
1.2 – Moisés estava cumprindo este princípio exarado na Confissão de Fé de Westminster: registrando a vontade de Deus para que o povo pudesse tê-la e, obedecendo-a, melhor viver com o próximo e com Deus.

2. Deus quer que seu povo tenha, não uma fé meramente implícita, antes, só com uma fé explícita é que pode conhecer sua pessoa, seu ser, atributos e caráter, desviando-se dos enganos do diabo.
2.1 – Criar filhos conforme as Escrituras reclamam uma firme confissão de fé dos pais e não apenas um esteriótipo da deidade.
2.2 – Pais, seus filhos conhecem e confessam a fé a partir da sua confissão de fé?


II – É PRECISO DE PAIS COM UM COMPROMISSO DEVOCIONAL COM A PALAVRA DE DEUS.

a – É preciso ir além da confissão de fé formal.

1. Moisés, iluminado pelo Espírito de Deus, demarca a necessidade de se relacionar com o Deus da confissão de fé a cada dia.

2. A confissão de fé precisa sair do formal teórico e se alojar em verdadeiro relacionamento com Deus, através de verdadeiro amor para com Deus.
2.1 – Dt. 6.5 ‘Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força’.
2.2 – Amar a Deus envolve toda a vida do indivíduo:
a) ‘De todo o coração’ envolve a natureza moral do homem. O coração indica o centro da vida moral.
b) ‘De toda a alma’ envolve a natureza intelectual do homem. Não se pode relacionar com Deus sem o exercício de nosso intelecto. Até mesmo o culto deve ser racional (Rm. 12.1).
c) ‘De toda a tua força’ envolve a física do homem. Não deixe para se oferecer ao Senhor quando lhe faltarem as forças físicas (Ec. 12.1).

3. Amor a Deus que não se expresse em ações e envolvimentos práticos na vida do cristão, pode ser apenas fruto de um coração enganado pelo pecado e soberba humana.

b – É preciso vivenciar a confissão de fé no dia-a-dia.

1. Não basta ter a Bíblia como Palavra de Deus. É preciso tê-la em nosso coração através do estudo constante.
1.1 – Dt. 6.6 ‘Estas palavras estarão no teu coração’.
1.2 – Só com a Escritura em nosso coração, enchendo nossa mente e guiando nossos passos é que seremos espelhos nos quais nossos filhos se verão.

2. A confissão de fé deixa de ser mero espectro de um elaborado sobre o Que ou Quem é Deus e passa a ser um relacionamento, pessoal e diário com o Senhor.

4. É neste ponto que os filhos passam a perceber que Deus não é apenas um elemento de religião na vida dos pais.

5. É nesse ponto que os filhos passam a perceber que Deus, para os pais é uma pessoa, amiga, amada, com a qual os pais mantêm um relacionamento de constante temor e obediência saudável.


III – É PRECISO DE PAIS QUE NÃO SE CANSEM DE UM TRABALHO A LONGO PRAZO.

a – Inculcar é trabalho a longo prazo.

1. O que significa inculcar : verbo transitivo direto.
1.1 – Apontar, citar, apregoar.
1.2 – Demonstrar.
1.3 – Dar a entender, indicar, revelar.
1.4 – Repetir (alguma coisa) com insistência, para frisá-la no espírito; repisar.
1.5 – Recomendar elogiosamente; propor, aconselhar.
1.6 – Dar-se, oferecer, apresentar-se.
1.7 – Mostrar-se, impor-se, insinuar-se.
1.8 – Descobrir-se, revelar-se.


2. Os pais só poderão ver seus filhos vivenciando a Palavra de Deus se esses mandamentos e estatutos forem parte de ações e de uma caminhada diária, onde se procura formar o comportamento baseado nesses princípios de Deus.

b – Como e quando realizar o trabalho de inculcar.

1. A tarefa de assimilar a Palavra de Deus e seus princípios e valores nunca será completa na vida do cristão aqui nesta caminhada.

2. Como já insinuado em palavras anteriores, esta é uma tarefa a longo prazo e sempre inacabada na vida de nossos filhos.

3. Moisés está cônscio disto e insiste que o povo use de todos os momentos, oportunidades e situações para inculcar os princípios de Deus nos corações de seus filhos, de modo tal que sempre as gerações seguintes vivam na vontade de Deus.

4. Situações indicadas como oportunas (Dt. 6.7-9):
4.1 – ‘Assentado em sua casa’.
4.2 – ‘Andando pelo caminho’.
4.3 – ‘Ao deitar-se’.
4.4 – ‘Ao levantar-se’.
4.5 – ‘Atarás na mão’.
4.6 – ‘Frontal entre os teus olhos’.
4.7 – ‘Escreverás nos umbrais e nas portas’.

c – Não transfira responsabilidades.

1. Esta é uma tarefa que compete aos pais e é intransferível.

2. Nem a Igreja, nem a escola, nem o Estado, nem a polícia... ninguém poderá repassar aos seus filhos esses valores, pois os mesmos devem ser sua vida repassada aos mesmos.


CONCLUSÃO: Quer ver seus filhos cheios da Palavra e andando no temor do Senhor?

Não transfira responsabilidades.

Encha-se da Palavra de Deus.

Transmita aos seus filhos o todo tempo.