sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

QUE BOAS NOVAS O NATAL NOS TRAZ? ‘VOS NASCEU O SENHOR’



Lc. 2.8-11

OBJETIVO: Ensinar que o evento Natal encerra em si uma das maiores mensagens do Universo e que deve ser proclamada a todos.

INTRODUÇÃO: Sabe quem é Ibrahim Awwad Ibrahim Ali al-Badri al-Samarrai ou também conhecido pelo nome de Abu Bakr Al-Baghdadi Al-Husseini Al-Qurashi? Pois é! Este camarada nada mais é que o líder do Estado Islâmico, o califado que está bancando o terror no mundo.
Imagine o seguinte quadro: O presidente Obama resolve fazer uma grande festa no dia do aniversário desse inimigo declarado, como se fosse em sua honra.
Como acha que seria visto tal festa pelos olhos do islamismo? Tal festa só poderia ser recebida como zombaria e escárnio.

CONTEXTO: Lucas escreve ao seu amigo Teófilo procurando oferecer fontes seguras acerca de Jesus Cristo como o Filho de Deus que veio concretizar a promessa de salvação de Deus ao mundo humano.

TRANSIÇÃO: A. Quero falar nesta oportunidade sobre o seguinte tema: O NATAL NOS TRAZ A BOA NOVA: VOS NASCEU O SENHOR’.

I – CRISTO, O SENHOR DA CRIAÇÃO.

a – A mensagem dos anjos anunciam o nascimento do ‘Senhor’.

1. As profecias messiânicas falavam daquele que viria como o ‘Senhor’ carregando os vários nomes de Deus que o apresentam como o soberano do Universo.
1.1 – Dn. 7.14Em minha visão à noite, vi alguém seme¬lhante a um filho de homem, vindo com as nuvens dos céus. Ele se aproximou do ancião e foi conduzido à sua presença. Ele recebeu autoridade, glória e o reino; todos os po-vos, nações e homens de todas as línguas o adoraram. Seu domínio é um domínio eterno que não acabará, e seu reino jamais será destruí¬do’.
1.2 – Ap. 19.16Vi os céus abertos e diante de mim um cavalo branco, cujo cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro. Ele julga e guerreia com justiça. Seus olhos são como chamas de fogo, e em sua cabeça há muitas coroas e um nome que só ele conhece, e ninguém mais. Está vestido com um manto tingido de sangue, e o seu nome é o Verbo de Deus. Os exércitos dos céus o seguiam, vestidos de linho fino, branco e puro, e montados em cavalos brancos. De sua boca sai uma espada afiada, com a qual ferirá as nações. Ele as governará com cetro de ferro. Ele pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus todo-poderoso. Em seu manto e em sua coxa está escrito este nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores’.
1.3 – Ap. 1.4b-5A vocês, graça e paz da parte daquele que é, que era e que há de vir, dos sete espíritos que estão diante do seu trono, e de Jesus Cristo, que é a testemunha fiel, o primogênito dentre os mortos e o soberano dos reis da terra. Ele nos ama e nos libertou dos nossos pecados por meio do seu sangue’.

2. O apóstolo João apresenta Jesus como o Senhor da criação.
2.1 – Jo. 1.1-3Antes de existir qualquer coisa, Cristo já existia, e estava com Deus. Antes de existir qualquer coisa, Cristo já existia, e estava com Deus. Ele criou tudo o que há - não existe nada que ele não tenha feito. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito’.
2.2 – Os sinais (milagres) apresentam Jesus com poderes sobre a criação.
a) Multiplicação de pães.
b) Jesus anda por sobre as águas.
c) Jesus acalma uma tempestade.
d) Jesus ressuscita mortos.

3. O apóstolo Paulo também apresenta Jesus como o Senhor da criação.
3.1 – Cl. 1.15-18Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito sobre toda a criação, pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele. Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste. Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a supremacia’.
3.2 – Hb. 1.1-3 (BV) ‘Há muito tempo Deus falou de muitas maneiras diferentes aos nossos pais por intermédio dos profetas (em visões, em sonhos e até face a face), contando-lhes pouco a pouco os seus planos. Mas agora, nos dias atuais, Ele nos falou por intermédio do seu Filho a quem Ele deu todas as coisas e por meio de quem Ele fez o mundo e tudo quanto existe. O Filho de Deus resplandece com a glória de Deus e tudo quanto o Filho de Deus é e faz revela que Ele é Deus. Ele põe em ordem o universo com a poderosa força da sua autoridade. Foi Ele quem morreu para purificar-nos e apagar o registro de todos os nossos pecados, e depois Se assentou no lugar de mais elevada honra do lado do grande Deus do céu’.

4. No VT (1 Sm. 2.6) diz que Yhwh é autor da vida; e no NT o mesmo título é dado a Jesus (At. 3.15).

II – CRISTO, O SENHOR DA IGREJA.

a – As Escrituras indicam Jesus como o que instituiu a Igreja.

1. Mt. 16.16 (BV) ‘Simão Pedro respondeu: O Cristo, o Messias, o Filho de Deus vivo. Deus abençoou você, Simão, filho de Jonas, disse Jesus, porque meu Pai do Céu revelou isto pessoalmente a você - isto não vem de nenhuma fonte humana. Você é Pedro, uma pedra; e sobre esta rocha edificarei a minha igreja; e todas as forças do inferno não prevalecerão contra ela’.

2. Segundo as Escrituras, Cristo não morreu pelo mundo inteiro, mas morreu pela sua Igreja.

3. A Igreja é a propriedade exclusiva e única de Jesus, sendo apresentada na Bíblia como sendo sua noiva.

b – As Escrituras indicam Jesus como o cabeça da Igreja.

1. Ef. 1. 19-23 (BV) ‘Oro para que vocês comecem a compreender como é incrivelmente grande o seu poder para ajudar aqueles que crêem nele: Foi esse mesmo grandioso poder, que levantou a Cristo dentre os mortos e O fez sentar-Se no lugar de honra no céu, à mão direita de Deus muitíssimo acima de qualquer outro rei, governador, ditador ou líder. Sim, sua honra é muito mais gloriosa do que a de qualquer um outro, seja neste mundo, seja no mundo futuro. E Deus colocou todas as coisas debaixo de seus pés e O fez o Cabeça da igreja que é o seu corpo, repleto dele mesmo, que é o Autor e Doador de todas as coisas em toda parte’.

2. Cl. 1.18 (BV) ‘Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a supremacia’.

III – CRISTO, O SENHOR DO CRISTÃO.

a – As Escrituras apresentam Jesus como o Senhor pessoal de cada verdadeiro cristão.

1. Ter Cristo como Senhor foi o reconhecimento de absoluta submissão que os primeiros cristãos tiveram a ponto de morrer por ele nas arenas do império romano e em qualquer perseguição na história.

2. Rm. 14.9Cristo morreu e ressuscitou para esse fim mesmo, para que pudesse ser nosso Senhor, tanto enquanto vivermos como quando morrermos’.

3. Ter Cristo como Senhor sobre o cristão de hoje implica em se dispor a obedecer em primeiro lugar o Evangelho de Cristo sob o risco de perdas em qualquer âmbito ou seguimento da vida.

CONCLUSÃO: Festejar o Natal sem a verdadeira fé em Cristo Jesus é semelhante a fazer uma festa no dia do aniversário de seu inimigo, usando o nome dele, para zombaria e escárnio.

Festejar e celebrar o Natal só tem verdadeiro sentido quando se compreende a natureza daquele que veio do céu e se encarnou, para libertar o povo que nele crê.

Jesus é reconhecido por você como o Senhor criador e sustentador do universo, Senhor da Igreja e Senhor de sua vida?

Se Jesus é o Senhor do mundo e Senhor de sua vida, celebre o Natal com os olhos fitos no aniversariante.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

QUE BOAS NOVAS O NATAL NOS TRAZ? ‘VOS NASCEU O CRISTO’


Lc. 2.8-11

OBJETIVO: Ensinar que o evento Natal encerra em si uma das maiores mensagens do Universo e que deve ser proclamada a todos.

INTRODUÇÃO: Quando criança a gente acha que ‘Cristo’ era uma espécie de sobrenome de Jesus, algo assim como Jesus da Silva, Jesus Pereira, ou Jesus Cristo.

CONTEXTO: Lucas está escrevendo um texto à um amigo procurando dar-lhe fontes seguras acerca de Jesus Cristo como o Filho de Deus que veio concretizar a promessa de salvação de Deus ao mundo humano.

TRANSIÇÃO: Quero falar nesta oportunidade sobre o seguinte tema: QUE BOAS NOVAS O NATAL NOS TRAZ? ‘VOS NASCEU O CRISTO.


I – ‘CRISTO’ DESIGNA A FUNÇÃO DO SALVADOR.

a – A origem do termo ‘Cristo’.

1. A palavra grega ‘Christós’, vem de uma raiz hebraica que significa ‘untar’, e vem traduzida pela LXX com o significado de ‘ungido’.
1.1 – Essa palavra grega foi transliterada para o português, ‘Cristo’, em vez de ser traduzida, para ‘Ungido’.

2. Usos no NT.
2.1 – O substantivo ‘unção’, no grego, ‘chrisma’ aparece somente por três vezes em todo o NT.
2.2 – O verbo ‘chrio’, ‘ungir’, ocorre por cinco vezes.
2.3 – O adjetivo ‘christós’, ‘ungido’, é usado por mais de quinhentas e quarenta vezes no NT.
2.4 – Em todas as ocorrências do substantivo, ‘unção’, está em pauta a presença permanente do Espírito Santo com os crentes.

3. O Senhor Jesus foi ‘ungido’ com a presença do Espírito, que O capacitou para pregar o evangelho e realizar prodígios e milagres.
3.1 – Lc. 4: 18 (NVI) ‘O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boas novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos’.

4. De acordo com as profecias bíblicas, o Messias (nome que procede do hebraico, correspondente em tudo ao termo grego Cristo, ou ‘ungido’) era o Servo de Deus por motivo de sua unção.

5. O judeu aguardava o aparecimento do Cristo, e muitos se intitularam como tal na história de Israel, especialmente no período interbíblico.

6. Jesus não era somente um dentre outros ‘cristos’ ou ‘ungidos’, mas é ‘o Cristo’, ‘o Messias’, profetizado no VT, a personagem longamente aguardada pela nação de Israel.

b – Quem eram os ‘ungidos’ no VT.

1. O termo ‘ungido’ (no hebraico, ‘Mashiah’ aparece 47 vezes no VT, majoritariamente em 1 e 2Samuel (19 vezes) e em Salmos (9 vezes).

2. Victor P. Hamilton afirma que, “mashiah é quase exclusivamente reservado como sinônimo de ‘rei’ (melek), como em textos poéticos, onde é paralelo de ‘rei’. São notáveis as frases ‘o ungido do SENHOR’ (mashiah YHWH) ou equivalentes, tal como ‘seu ungido’, as quais se referem a reis”.

3. Geerhardus Vos informa que ‘a palavra sempre é qualificada por um genitivo ou um sufixo ligado à ela: ‘o Messias de Yahweh’ (‘o Ungido do Senhor’), ou ‘meu Messias’ (‘meu Ungido’)’.

4. O ‘Ungido do Senhor’ era sempre o rei de Israel.
4.1 – No contexto da escolha de Saul como o primeiro rei de Israel, o profeta Samuel, em seu discurso de despedida, diz: “Eis-me aqui, testemunhai contra mim perante o SENHOR e perante o seu ungido: de quem tomei o boi? De quem tomei o jumento? A quem defraudei? E das mãos de quem aceitei suborno para encobrir com ele os meus olhos? E vo-lo restituirei [...] E ele lhes disse: O SENHOR é testemunha contra vós outros, e o seu ungido é, hoje, testemunha de que nada tendes achado nas minhas mãos. E o povo confirmou: Deus é testemunha" (1Sm. 12.3,5).
4.2 – 1Sm. 2.10Os que contendem com o SENHOR são quebrantados; dos céus troveja contra eles. O SENHOR julga as extremidades da terra, dá força ao seu rei e exalta o poder do seu ungido’.
4.3 – Por ocasião da unção de Davi como rei de Israel, Samuel imaginou que Eliabe fosse o ungido do Senhor.
a) 1Sm. 16.6Sucedeu que, entrando eles, viu a Eliabe e disse consigo: Certamente, está perante o SENHOR o seu ungido’.
4.4 – 2Sm. 22.51É ele quem dá vitórias ao seu rei e usa de benignidade para com o seu ungido, com Davi e sua posteridade, para sempre’.
4.5 – Outra passagem muito importante que atrela o conceito de ‘ungido do Senhor’ à figura do rei é 1Samuel 24.6: ‘O SENHOR me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, isto é, que eu estenda a mão contra ele, pois é o ungido do SENHOR’. O ‘ungido do SENHOR’ a quem Davi se refere é o rei Saul.
4.6 – Fica claro, de forma indubitável, que a figura do ‘ungido do Senhor’ no VT era o rei de Israel, o rei-pastor, responsável pela condução e cuidado das ovelhas de Yahweh.

5. O ‘Ungido do Senhor’ também é aplicado no VT ao Sacerdote.
5.1 – No Pentateuco o termo ‘mashiah’ é usado para se referir ao ofício sacerdotal.
a) Moisés recebeu instruções para ungir, ordenar e consagrar Arão e seus filhos, de modo que eles pudessem ser reconhecidos, autorizados e qualificados para servir no sacerdócio.
b) Lv. 16.32Quem for ungido e consagrado para oficiar como sacerdote no lugar de seu pai se fará a expiação, havendo posto as vestes de linho, as vestes santas’.
c) Outras textos que falam dos sacerdotes como ‘ungidos’ são: Lv. 4.3,5,16; Lv. 6.20,22; Nm. 35.25.
d) Além disso, Êx. 29 traz em detalhes as prescrições divinas para a unção e consagração de Arão e seus filhos como sacerdotes.

6. O ‘Ungido do Senhor’ também é aplicado no VT ao Profeta.
6.1 – Os profetas eram considerados ungidos, como claramente inferimos das ordens de ‘não ‘tocar os ungidos de Deus’ e de não ‘maltratar seus profetas’ (Sl. 105.15 e 1Cr. 16.22 – paralelismo sintético).
6.2 – O Senhor mandar Elias ungir Eliseu (1Rs. 19.16).
6.3 – Além disso, a passagem de Is. 61.1-3 fala exatamente da unção de um profeta.

7. Conclui-se que no VT o termo ‘Christós’, era usado para os três ofícios de Profeta, Sacerdote e Rei.


II – ‘CRISTO’ DESIGNA O SOFRIMENTO DO SALVADOR.

a – Para cumprir a missão Jesus precisava ser Cristo.

1. Mesmo sendo Deus, Jesus, em sua encarnação, Se esvaziou de tal maneira, que tornou-Se um ser humano comum, e para cumprir Sua missão, teve que ser ungido pelo Espírito Santo.

2. Logo após Seu batismo, em Sua primeira oportunidade de falar em público na sinagoga que frequentava, Jesus leu uma profecia contida no Livro de Isaías
2.1 – Lc.4:18-19O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar aos pobres. Enviou-me para apregoar liberdade aos cativos, dar vista aos cegos, pôr em liberdade os oprimidos, e anunciar o ano aceitável do Senhor’.

b – A missão do ‘Christós’ era a de ser Salvador.

1. As profecias sobre o ‘Servo Sofredor’ não foram compreendidas pelos judeus.

2. O Messias, como ‘Servo Sofredor’ e o ‘Filho do homem’ nem sempre fossem contemplados pelos judeus como o mesmo personagem.

3. Alguns judeus esperavam a vinda de dois ou três indivíduos que cumpririam essas profecias, com evidências encontradas na literatura dos essênios e que eles aguardavam três personagens que cumpririam as profecias messiânicas.

4. Jesus, todavia, enfeixou em sua pessoa todas as três ideias (Rei, Profeta e Sacerdote), sendo assim o cumprimento pessoal e completo das profecias relacionadas a todos esses títulos.

5. Cristo tornou-se uma expressão usada para descrever aquela pessoa que é vítima de maus tratos, de perseguições e zombaria. As locuções ‘bancar o cristo’ ou ‘ser o cristo’ são usadas para fazer referência àquele indivíduo que paga pelo erro do outro ou que sofre em lugar de outra pessoa.


III – ‘CRISTO’ DESIGNA O NOME DO SALVADOR.

a – Antes um designativo de função, agora um nome.

1. João Batista não nasceu com esse sobrenome, mas sim que seu nome era João.
1.1 – O apelido de Batista advém pelo fato de João ser o precursor do Messias e realizar o batismo de arrependimento, daí receber a alcunha ou apelido de ‘João, o Batizando’ (hó baptistês); ou numa tradução mais literal, ‘João, aquele que batiza’.
1.2 – Na cristandade incorporou-se o adjetivo ‘batizador’ como sobrenome e João passa a ser chamado de João Batista.

2. Com nosso Senhor Jesus Cristo se deu a mesma medida.
2.1 – Embora o nome Cristo seja realmente um adjetivo com o sentido de ‘ungido’, tomou-se nome próprio designativo do ‘Messias’ prometido.
2.2 – Inicialmente era dito ‘Jesus, o Cristo’.
2.3 – Incorpora-se o adjetivo ao nome e passa a ser chamado de ‘Jesus Cristo’.

3. O Catecismo Maior de Westminster, na pergunta 42, diz o seguinte sobre o nome atribuído ao Salvador: ‘O nosso Mediador foi chamado Cristo porque foi, acima de toda a medida, ungido com o Espírito Santo; e assim separado e plenamente revestido com toda a autoridade e poder para exercer as funções de profeta, sacerdote e rei da sua Igreja, tanto no estado de sua humilhação, como no da sua exaltação’.

4. A Confissão de Fé de Westminster, no capítulo sobre ‘Cristo, o Mediador’: ‘Aprouve a Deus, em seu eterno propósito, escolher e ordenar o Senhor Jesus, seu Filho Unigênito, para ser o Mediador entre Deus e o homem, o Profeta, Sacerdote e Rei, o cabeça e Salvador de sua Igreja, o Herdeiro de todas as coisas e o Juiz do mundo’.

5. Cristo, portanto, é um título dado ao Salvador, que caracteriza sua unção e capacitação pelo Espírito Santo de Deus para executar toda a obra da redenção e salvação do pecador.

b – A relação entre Cristo e os ‘pequenos cristos’.

1. O vocábulo ‘cristão’ é derivado de ‘Cristo’.
1.1 – O nome cristão, parece um superlativo (grande cristo)?
1.2 – Na verdade, na língua grega é um diminutivo (algo como ‘cristinho’, ou ‘pequeno Cristo’).

2. A mesma unção derramada pelo Espírito em Jesus, também capacita Seus seguidores a darem continuidade à Sua missão.
2.1 – A unção é o agir do Espírito Santo através dos seguidores de Jesus.
2.2 – Ele escolheu homens comuns para realizar feitos extraordinários.
2.3 – Com a chegada do Espírito da Promessa deflagrou-se uma revolução na história, revolução esta que se desenrola até hoje.
2.4 – Até as autoridades se admiravam ao ver homens galileus, indoutos, de origem humilde, fazendo verdadeiras proezas.
a) At. 4:13 (BV) ‘Quando o conselho viu a coragem de Pedro e João, e pôde ver que eles eram evidentemente homens simples e sem cultura, ficaram espantados e perceberam o que a convivência com Jesus havia feito neles!’.
2.5 – Sua identificação com Cristo era tão patente, que eles acabaram sendo chamados de ‘cristãos’ (‘pequenos cristos’).
2.6 – A unção que sobre eles permanecia, os capacitava a viver como se Jesus vivesse através deles.
2.7 – E não era apenas pelos milagres que operavam, mas pela maneira como viviam, como se perdoavam mutuamente, como se importavam uns com os outros e como amavam, até mesmo a seus inimigos.

3. ‘Unção’ não tem nada a ver com o sensacionalismo encontrado hoje em algumas Igrejas.
3.1 – Não se trata de sentir arrepios, emoções, ou mesmo, falar em línguas.
3.2 – Não tem a ver com a temperatura de um culto.
3.3 – Ser ungido é ser capacitado para fazer o que só Jesus seria capaz, não me refiro às coisas sobrenaturais, como curas e exorcismos, mas sobretudo às coisas sobre-humanas, como perdoar os inimigos, amar o opressor, vencer o pecado, por exemplo.

4. Todos os cristãos genuínos são ungidos, ainda que não estejam cientes disso.
4.1 – Não há graus de unção.
4.2 – Qualquer região de um corpo que sofrer um pequeno corte vai sangrar.
4.3 – Seja a ponta da orelha, ou o dedão do pé.
4.4 – Assim se dá com a unção, pois desde o pastor até o mais humilde membro da congregação, todos são ungidos para cumprir sua missão de ser luz no mundo.


CONCLUSÃO: Natal para você tem algo a ver com o Messias de Deus, ou ainda é apenas uma época festiva e carregada de um sentimento nobre de solidariedade?

A mensagem do Natal é esta: Nasceu o Cristo, aquele que seria capacitado pelo Deus Todo Poderoso, para realizar todos os atos salvíficos e redentivos a favor de uma parte da raça humana.

Renda-se ao Messias!

QUE BOAS NOVAS O NATAL NOS TRAZ? ‘VOS NASCEU O SALVADOR’


Lc. 2.8-11

OBJETIVO: Ensinar que o evento Natal encerra em si uma das maiores mensagens do Universo e que deve ser proclamada a todos.

INTRODUÇÃO: Natal! Momento esperado pelas crianças, pois a fantasia os impulsiona a desejar sonhos com o mundo encantado de Papai Noel.
Época desejada pelo comércio, pois é período de novo ânimo financeiro para a maioria dos lojistas, que em outras épocas do ano passam em apertos.

CONTEXTO: Lucas está escrevendo um texto à um amigo procurando dar-lhe fontes seguras acerca de Jesus Cristo como o Filho de Deus que veio concretizar a promessa de salvação de Deus ao mundo humano.

TRANSIÇÃO: Esta é a primeira mensagem da série que interroga sobre que boa notícia nos traz o Natal. As respostas são óbvias no texto bíblico lucano, embora sublimadas na mente deteriorada e obscurecida do homem secularizado. Quero falar nesta oportunidade sobre o seguinte tema: O NATAL NOS TRAZ A BOA NOVA: ‘VOS NASCEU O SALVADOR’.


I – O SALVADOR É ANUNCIADO NA HISTÓRIA DA REVELAÇÃO.

a – Por que a notícia é dada aos pastores?

1. Os mensageiros celestes.
1.1 – O aparecimento de qualquer personagem sobrenatural, como e claro, produz temor; e neste caso isso se teria verificado ainda com maior impacto, posto que era crença popular que a visão de Deus ou de alguma alta personalidade celestial causava a morte instantânea do observador.
1.2 – A experiência particular dos pastores dessa história sem dúvida estava vinculada a gloria do resplendor de Deus.
1.3 – A nuvem brilhante que indicava a presença do Senhor; e neste caso, apareceu-lhes através de um intermediário (I Re. 8:10-11; Is. 6:1-3).
a) Essa nuvem de gloria algumas vezes aparecia com um resplendor intolerável para o homem, e seu efeito de rarefação da atmosfera evidentemente exacerbava as impressões aterrorizantes.
1.4 – O que fora privilégio de patriarcas e de sacerdotes, agora se torna a experiência de pastores humildes, tendo sido eles os primeiros receber a boa nova que abalou o mundo inteiro, e que até o dia de hoje continua produzindo efeitos profundos e permanentes no coração de todos.

2. É possível que o Lucas queria demonstrar ao seu amigo Teófilo que a mensagem cristã era uma mensagem universal sobre a salvação proporcionada por Deus, onde as características raciais não desempenham papel algum.

3. Não foi casual a procura dos anjos pelos pastores nas vigílias daquela noite única na história.
3.1 – Há uma nota na Mishnah que indica que as ovelhas reservadas para o sacrifício no templo eram postas a pastar nos campos que circundavam Belém.
3.2 – Isso empresta um interesse todo especial ao fato aqui narrado, e pode explicar, em parte, a fé e a devoção dos pastores, que podem ter sido homens especialmente nomeados para essa tarefa, visando ao benefício da adoração efetuada no templo.
3.3 – Pela providência de Deus foi-lhes permitido estarem presentes ao nascimento do Cordeiro de Deus, pois esta é a promessa, que como um Cordeiro, o Salvador seria sacrificado em lugar de pecadores.
a) Isaías, no capítulo 53, pinta com cores vivas o sacrifício do Cordeiro de Deus.

b – Desde o Éden a notícia tem siso dada.

1. ‘Natal’ e ‘salvação’ tem alguma relação?
1.1 – Para muitos, a relação é meramente comercial, pois o período chamado de natal, vai salvar as vendas e os indicadores de lucro para uma categoria de trabalhadores, seja na produção ou no comércio.
1.2 – Para outros, a relação tem a ver com o emocional, pois é nesse período onde os sentimentos de valoração da dignidade das pessoas é realçado, com presentes, cestas, refeições, distribuição de certos cuidados e atenções que no restante do ano ficam amortizadas.

2. Na Bíblia, embora não apareça a palavra ‘natal’, o conceito está ligado ao nascimento de Jesus, como cumprimento de uma promessa de Deus à raça humana caída no pecado.

3. Nas palavras de juízo de Deus dadas a Satanás, figuradamente representado na serpente no Éden, o anúncio de que haveria um Salvador é enfático.
3.1 – Gn. 3.15Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente dela; este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar’.

4. O cumprimento desta promessa é a linha central de toda a Bíblia, onde toda a história da humanidade se desenrola em torno de como isto se daria.
4.1 – Mesmo quando a aparente destruição da humanidade por ocasião do dilúvio se vislumbra, uma família é preservada, pois havia uma promessa de Deus a se cumprir.
4.2 – Deus faz surgir uma nação, Israel, no cenário mundial, com vistas ao cumprimento desta promessa.
4.3 – Deus preserva esta nação do aniquilamento por várias vezes, pois esta promessa teria que se cumprir.
4.4 – Os rumos das nações são orientados pelo poder soberano da divindade, justamente para preparar o cenário no qual esta promessa viria a ter lugar.
a) Gl. 4.4Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da Lei, a fim de redimir os que estavam sob a Lei, para que recebêssemos a adoção de filhos’.
4.5 – No nascimento e vida do menino Jesus se vê a mão providencial de Deus protegendo e sustentando aquele que seria o Salvador, para que só no tempo certo, o pagamento de salvação viesse a se concretizar.


II – O SALVADOR É INDISPENSÁVEL À RAÇA PECAMINOSA.

a – Por que a necessidade de um Salvador?

1. O texto alvo de nosso meditar desta oportunidade não se preocupa em responder esta questão ora levantada, mas tão somente de anunciar que o Salvador nascera.

2. Faz-se necessário, mais uma vez afirmarmos o porquê da necessidade da salvação, haja visto muitos nem mesmo compreenderem do que precisam ser salvos.
2.1 – Seria sermos salvos do diabo?
2.2 – Seria sermos salvos do inferno?
2.3 – Seria sermos salvos dos nossos pecados?
2.4 – Seria sermos salvos da condenação dos nossos pecados?
2.5 – Seria sermos salvos de nós mesmos em nosso estado de corrupção?
2.6 – Seria sermos salvos da presença do pecado que nos cerca e nos assedia?
2.7 – Seria sermos salvos da ira do Deus Santo e Justo que se enoja do pecado?

3. Todas as questões ora levantadas têm uma resposta sim vinculadas à verdade da necessidade de nossa salvação, contudo a última sintetiza todas as outras.

4. Mas a necessidade de termos um salvador se dá na justa medida da grandeza de nosso pecado e de nossa condenação, sendo que as Escrituras Sagradas nos endereçam à condenação da morte eterna devido nosso pecado.

5. Como morrer uma morte eterna, em sua intensidade e em sua extensidade, e ainda assim nos livrarmos da mesma?
5.1 – Missão impossível, pois se a morte é eterna, jamais o condenado poderia se livrar de tal juízo.

6. Daí a necessidade de um Salvador além de nós mesmos.

b – Por que a necessidade de um Salvador divino?

1. Se você captou bem a argumentação anterior, certamente ficou claro então que o ser humano não consegue pagar sua pena e ainda assim se ver livre da mesma, uma vez que a pena é eterna.
1.1 – Sl. 49.7-8Sei que, nenhum deles, por mais rico que seja, pode salvar seu irmão da morte e pagar a Deus o preço da salvação. O preço de uma alma é tão grande, que nem se pode pensar em pagar para continuar vivendo eternamente, sem enfrentar a morte’.

2. Por isso então surge a necessidade de que o ser humano possa ser salvo apenas com a substituição, ou seja, outra pessoa sofra a pena eterna em seu lugar.

3. A doutrina ou ensino da substituição é-nos ensinado desde as primeiras páginas da Bíblia.
3.1 – Animal que é morto no Éden para encobrir a nudez de Adão e Eva.
3.2 – Abel e Caim oferecem substitutos de si mesmos a Deus.
3.3 – O sacrifício se torna objeto comum ao culto a Deus.
a) Noé.
b) Abraão.
c) Patriarcas.
d) Sacrifício de Isaque é a mais expressiva figura de substituição.
3.4 – Deus institui a figura do cordeiro em lugar do culpado no culto de Israel.

4. Todas essas figuras apontavam para uma única realidade: o homem precisava ser substituído diante de Deus.

5. Cristo é o substituto então do homem em sua condenação, pois se este não poderia cumprir a pena e se ver livre dela, pois a mesma era eterna; Cristo, sendo Deus poderia sofrer intensamente em seu ser toda a condenação e voltar à vida.


III – O SALVADOR É ENTREGUE COMO PRESENTE DE DEUS.

a – A promessa do Éden tem seu cumprimento.

1. A promessa do Éden apontava para o filho da mulher esmagando a cabeça da serpente.

2. Já ficou claro que Deus conduziu a história magistralmente para a consecução de seu projeto de salvar a raça atingida pelo pecado.

3. Sem muito esforço percebe-se nas narrativas dos evangelistas bíblicos um esforço subliminar operando ocultamente para que esse menino não nascesse ou não sobrevivesse.
3.1 – A intenção de José abandonar Maria.
3.2 – A dificuldade de se instalar e nascer em condições sadias.
3.3 – A matança dos inocentes.
3.4 – A tentação de Satanás para desviar Jesus de sua missão.
3.5 – Tentativas de matarem a Jesus antecipadamente.
3.6 – Tentativas de desviar Jesus da cruz.
3.7 – Tentativas de fazer Jesus descer da cruz.

4. Jesus é o filho da mulher que esmaga a cabeça da serpente.

b – A promessa do Éden se concretiza no Natal.

1. Quão estranhamente se combinam as palavras destes versículos: ‘...o Salvador..., Cristo, o Senhor..., uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura...’.

2. Essas frases têm sido ouvidas e lidas tão frequentemente que a primeira impressão deixada por elas já perdeu o sentido para muitos.
2.1 – Seria uma manjedoura lugar próprio para aquele que foi enviado pelo Altíssimo Deus a fim de salvar pecadores?
2.2 – Um estábulo seria o lugar onde se esperaria encontrar o Salvador recém-nascido?
2.3 – O maravilhoso mistério da encarnação de Deus se fazem presentes precisamente no fato que essas coisas assim aconteceram.
a) Jo. 1.14 (NVI) ‘Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade’.

3. Por ocasião do nascimento de Jesus, em Belém, e em tudo que a vida de Jesus haveria de revelar posteriormente, encontramos a mensagem de que não somente existe Deus, mas também que Deus se aproxima extraordinariamente de nós.

4. Jesus foi, ao mesmo tempo, o caminho e o indicador do caminho, e do modo como ele andou também nos compete andar; e assim como ele compartilhou plenamente de nossa natureza, assim também haveremos de compartilhar plenamente da dele.

5. ‘Crer que Deus está acima de nós é uma coisa. Crer que Deus é uma força suficiente para nós é uma confiança inteiramente diferente, inspiradora. E crer que Deus é não somente todo-poderoso, mas também se mostra todo-suficiente, e é Deus conosco, Deus próximo de nós, é algo que nem podemos começar a compreender, e é a melhor de todas as coisas’ (Walter Russel Bowic).


CONCLUSÃO: Você crê que o Jesus da manjedoura é mais que um mito, uma lenda ou um mero objeto de comércio?

Você precisa de salvação e Jesus é o Salvador que Deus enviou como presente para te dar vida eterna.

Que boas novas o Natal nos traz? É que vos nasceu o Salvador!’.

Abrace-o como o seu Salvador.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

POR QUE O JUÍZO?



II Ts. 1.-3-12

OBJETIVO: Apresentar a realidade do juízo de Deus como manifestação da justiça de Deus retribuindo a cada um segundo as suas obras.

INTRODUÇÃO: Justiças e injustiças vemos noticiadas como resultados de nossos tribunais brasileiros.
Nos entristecemos quando vemos que a justiça não foi feita e pessoas ficaram prejudicadas.
Nos alegramos quando vemos ajustiça penalizando culpados que têm causado, mortes, dor e perdas à indivíduos ou à nação.

CONTEXTO: Paulo escreve esta carta aos Tessalonicenses complementando assuntos que tratara na primeira carta, sendo uma das fortes ênfases de Paulo à esta Igreja, a doutrina das últimas coisas, pertinentes à volta do nosso Senhor Jesus Cristo.
Nesta perícope , Paulo destaca pelo menos três temas: a) o crescente desenvolvimento dos crentes da Tessalônica; b) as tribulações que os cristãos enfrentavam devido a fé em Cristo; c) o reto juízo de Deus na manifestação da vinda de Cristo.

TRANSIÇÃO: Não negligenciando o todo da perícope, mas me atinando em especial sobre a terceira parte, quero vos falar sobre o tema: POR QUE O JUÍZO?


I – O JUÍZO DE DEUS ALCANÇARÁ A TODOS.

1. A doutrina de um juízo de Deus espalha-se por toda a literatura bíblica, desde a história de Noé, Sodoma e Gomorra, Egito e tantos outros fatos que ilustram o juízo de Deus.

2. De um modo mais restrito a Escritura nos fala de um juízo que Deus executará no limiar da história, encerrando assim esta ordem, onde o pecado paz parte da vida humana, e iniciando a existência de dois mundos distintos:
2.1 – Um mundo sem a presença e os efeitos do pecado.
2.2 – Um mundo onde o pecado continuará a existir.

3. Ambos os mundos serão eternos em existência e natureza, de tal forma que no primeiro o pecado jamais conseguirá se alojar; e no segundo o pecado jamais deixará de existir.

4. No primeiro mundo seus habitantes viverão eternamente em santidade e perfeição, o que lhes permitirá uma vida de alegrias e perfeições sem fim.
4.1 – Ap. 21. 4Ele enxugará todas as lágrimas dos olhos deles, e não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor. Tudo isso passou para sempre’.

5. No segundo mundo viverão eternamente em degenerações e corrupções sem fim, onde o pecado será qual câncer a lhes provocar os mais terríveis sofrimentos, cumprindo-se assim uma certa máxima teológica: ‘O pecado é punição ao pecado’, acrescido o fato de que além do próprio pecado lhes trazer sofrimento, experimentarão também a ira do eterno e bendito Deus.

6. Neste texto aos tessalonicenses, que já estavam sofrendo as perseguições por causa do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, o apóstolo Paulo lhes escreve para trazer consolo em meio a tais sofrimentos.

7. Paulo lhes esclarece que o reto juízo de Deus será executado tanto nos perseguidos, quanto nos perseguidores, apresentando aqui dois grupos distintos: Tanto salvos quanto não salvos serão julgados.
7.1 – II Ts. 1.5-6Isto é apenas um exemplo do modo justo e correto como Deus faz as coisas, pois Ele está usando os sofrimentos de vocês a fim de prepará-los para o Seu reino enquanto ao mesmo tempo está preparando o julgamento e o castigo para aqueles que estão afligindo vocês’.



II – O JUÍZO DE DEUS SOBRE OS SALVOS.

1. O Juízo de Deus sobre os salvos tem dois aspectos que não se pode perder de vista, e tendo-os como frontais aos olhos, são-nos de grande consolo e ânimo.
1.1 – Juízo de Redenção.
1.2 – Juízo de Remuneração.

2. O que denomino de juízo de redenção se estabelece no seguinte parâmetro:
2.1 – Para que alguém seja salvo da ira de Deus, devido a pecaminosa latente e patente do indivíduo, é preciso pagar o devido preço de resgate.
2.2 – O preço do pecado é a morte eterna.
2.3 – O preço seria pagar o salário do pecado (Rm. 6.23), e uma vez pago, o indivíduo estaria quites e merecedor da salvação.
2.4 – Mas como pagar, se a pena é de morte eterna?
2.5 – Só Deus poderia sofrer toda a punição da ira divina e o inferno e voltar à vida.
2.6 – É isso que Cristo faz em lugar do pecador: Ele, sendo Deus, sofre a morte e o inferno que caberiam ao pecador, pagando o seu resgate.
2.7 – Rm. 3.26Sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus. Deus o ofereceu como sacrifício para propiciação mediante a fé, pelo seu sangue, demonstrando a sua justiça... mas, no presente, demonstrou a sua justiça, a fim de ser justo e justificador daquele que tem fé em Jesus’.

3. O que denomino de juízo de remuneração se dá da seguinte forma:
3.1 – As Escrituras nos ensinam que Deus retribuirá o esforço e a obediência de seu povo.
3.2 – Enquanto o juízo de redenção é de graça e pela graça, o juízo de retribuição é concernente às obras de cada um.
3.3 – Rm. 2.6-7 ‘Deus retribuirá a cada um conforme o seu procedimento. Ele dará vida eterna aos que, persistindo em fazer o bem, buscam glória, honra e imortalidade’.
3.4 – Cada salvo no último dia receberá galardões, que são recompensas pela obediência e santidade de seus filhos.
3.5 – II Co. 5.10 (BV) ‘Porque todos nós teremos de comparecer diante de Cristo para sermos julgados e termos as nossas vidas desnudadas, diante dele. Cada um de nós receberá o que merecer pelas coisas boas ou más que tiver feito neste corpo terreno’.

4. Neste texto Paulo sinaliza que Deus trará um tempo de descanso aos que foram convertidos ao Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.
4.1 – II Ts. 1.7E, portanto eu quero dizer a vocês que estão sofrendo: Deus lhes dará alívio juntamente conosco quando o Senhor Jesus aparecer subitamente, descendo do céu em fogo ardente, com seus poderosos anjos’.
4.2 – A palavra grega anesin (descanso, alívio) significa ‘liberdade de restrições e tensões’, como o afrouxamento de um fio esticado.

5. O juízo de Deus neste caso não visa mensurar merecimentos que qualifiquem o indivíduo à salvação, pois não é esta a base da salvação de qualquer pessoa, mas tão somente o amor e presente gracioso de Deus em Cristo Jesus.

6. O juízo de Deus aos salvos destina-se a remunerá-los com o descanso da casa paterna: ‘... entra para o gozo de teu Senhor...’.


III – O JUÍZO DE DEUS SOBRE OS PERDIDOS.

1. O Juízo de Deus sobre os perdidos tem dois aspectos que precisam ser considerados à luz das Escrituras.
1.1 – Juízo de Rejeição.
1.2 – Juízo de Retribuição.

2. O que denomino de juízo de rejeição se estabelece no seguinte parâmetro:
2.1 – O juízo de Deus neste caso não visa mensurar deméritos que desqualifiquem o indivíduo à salvação, pois a não salvação de qualquer pessoa não se limita às suas obras, boas ou más.
2.2 – A rejeição de alguém à vida eterna reside no simples fato de ser um pecador que não se quebrantou diante do convite da graça de Deus mediante o Evangelho de Cristo Jesus.
2.3 – Explicitamente Paulo afirma que pessoas estarão fora da salvação do último dia, embora não seja este o enfoque principal do texto, mas também declara que estes tais passaram pelo juízo, ou critério de avaliação de Deus, e foram reprovados.
2.4 – O juízo de rejeição se estabelece num único fato, declarado na sentença do próprio Juíz, o Senhor Jesus: ‘Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus’ (Jo. 3.18).

3. O que denomino de juízo de retribuição se dá da seguinte forma:
3.1 – O juízo de retribuição não se limita apenas em não estarem eternamente na nova terra prometida pelo Senhor aos que nele crêem, mas também, e apesar disto, de experimentarem o furor da ira de Deus.
3.2 – A asseveração paulina é contundente e enfática neste texto, vaticinando o juízo de Deus de forma ativa contra os réprobos.
a) II Ts. 1.8-9 (BV) ‘Trazendo o julgamento sobre aqueles que não querem conhecer a Deus, e que se recusam a aceitar o seu plano de salvá-los por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. Eles serão castigados num inferno perene, expulsos para sempre da face do Senhor, para não verem jamais a glória de seu poder’.
b) Na ARA a tradução traz ‘tomando vingança’ demonstra a atividade de Deus em aplicar o juízo como vingador que é sobre o pecado e a obediência humana.
c) Fica claro quem são as pessoas objeto da vingança de Deus: ‘aqueles que não querem conhecer a Deus, e que se recusam a aceitar o seu plano de salvá-los por meio de nosso Senhor Jesus Cristo’.
3.3 – Paulo também descreve a natureza do castigo envolvido nesta retribuição:
a) II Ts. 1.9 (NVI) ‘Eles sofrerão a pena de destruição eterna, a separação da presença do Senhor e da majestade do seu poder’.
b) O termo destruição, no original grego é olethros, e significa o estrago de algo, a fim de que não possa exercer suas funções ou propósitos originalmente tencionados.
c) ‘Destruição eterna’ não é aniquilamento, mas ‘perdição eterna’.
d) O que temos nas Escrituras não é ‘aniquilamento’, mas separação eterna da presença, das bênçãos e da face de Deus.
e) Implica na separação eterna de Deus ‘longe da face do Senhor’ (1.9).
f) II Ts. 1.9 (BV) ‘Eles serão castigados num inferno perene, expulsos para sempre da face do Senhor, para não verem jamais a glória de seu poder’.
3.4 – Ilustra-se aqui com a narrativa de Jesus Cristo sobre o rico e Lázaro.
a) O rico estava no inferno.
b) O rico estava em tormentos.
c) O rico estava separado de Deus.
d) O rico tinha consciência da sua condição.
e) Não há aqui qualquer indício de aniquilamento.
3.5 – II Ts. 1.9 (ARA) ‘banidos da face do Senhor’, trata-se da separação para longe da fonte de bênçãos, ficando o individuo privado daquela gloria de seu poder que enriquece aos homens a um ponto como agora não pode nem sequer ser imaginado (R. N. Champlin).
3.6 – Rm. 2.6-7Mas haverá ira e indignação para os que são egoístas, que rejeitam a verdade e seguem a injustiça. Haverá tribulação e angústia para todo ser humano que pratica o mal: primeiro para o judeu, depois para o grego’.

4. Este é o juízo retribuitivo, no qual Deus retribuirá a cada um dos reprovados, o justo pagamento conforme o que sua rejeição de Cristo merece, bem como o que cada uma de suas obras merece.

5. Paulo deixa claro quando isso se dará:
5.1 – II Ts. 1.10 (NVI) ‘Isso acontecerá no dia em que ele vier para ser glorificado em seus santos e admirado em todos os que creram, inclusive vocês que creram em nosso testemunho’.
5.2 – Lucas registra as palavras de Paulo em Atenas quando afirma que Deus já marcou esse dia em seu calendário:
a) At. 17.31 (NVI) ‘Pois estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio do homem que designou. E deu provas disso a todos, ressuscitando-o dentre os mortos’.
5.3 – ‘Quando se manifestar o Senhor Jesus do céu’ (verso 7), refere-se à sua manifestação em glória (1Co. 1.7; Lc. 17.30).
5.4 – ‘Com os anjos do seu poder’ (verso 7), reporta à anúncios anteriores pelo próprio Senhor Jesus (Mc. 8.38; Mt. 25.31).
5.5 – ‘Como labareda de fogo’ (verso 8), reflete a linguagem teofânica do Velho Testamento (Sl. 18.8ss; Is. 66.15).
5.6 – Em breve estes céus se abrirão para que entre o Rei da Glória.


CONCLUSÃO: Quando o ser humano não responde ao Seu Criador, que oferece perdão e graça na salvação em Cristo, então responderá por si e para si mesmo assumindo os riscos inevitáveis da justiça divina.

Haverá um Juízo.
Não procrastine!

Não espere Deus te julgar e dar o que você merece!
Vá à Cristo agora e receba de graça o que você não merece.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Juntos, Levaremos Sua Luz!


At. 2.42-47

OBJETIVO: Apresentar aos nossos jovens o desafio da unidade real e dinâmica através de uma vida cristã autêntica.

INTRODUÇÃO: Vivemos dias conturbados onde ser cristão evangélico não é o equivalente de ser um verdadeiro discípulo de Jesus.

CONTEXTO: O texto está inserido na narrativa lucana no intuito de descortinar a um amigo a realidade do poder do cristianismo que varria o velho mundo transformando vidas, a sociedade e a cultura, onde quer que passava. Na apresentação do livro ao amigo o Dr. Lucas apresenta-o com os seguintes dizeres: (At. 1.1-2) ‘Querido amigo que ama a Deus: Na minha primeira carta eu contei a você a vida e os ensinos de Jesus, e como Ele voltou para o céu depois de dar aos seus apóstolos novas instruções por meio do Espírito Santo’ (BV).

TRANSIÇÃO: Na balbúrdia evangélica que vivemos em nosso século, pergunta-se:
– ‘Um incrédulo que ouve esse Evangelho barato oferecido no comércio religioso de hoje vê em Deus um Deus irado pelo pecado e disposto a punir o pecador impenitente, ou vê um deuzinho fraco e impotente, cheio de amor passional e dominado, recebendo até mesmo ordens de seus adoradores?’.
– ‘Um incrédulo que ouve esse Evangelho vê a graça de Deus ou o interesse de homens manipuladores de Deus e dos fiéis que os seguem em seus movimentos religiosos chamados de igrejas evangélicas?’.
– ‘Um incrédulo barato oferecido no comércio religioso de hoje vê uma Igreja uma, santa e bíblica, que se ama e se ajuda e até mesmo socorre os de fora, ou pessoas interesseiras, moldadas pelo mesmo pensamento que rege o mundo lá fora?’.

Com estas questões e a partir do texto lido, lanço nossa pergunta de reflexão: “Como podemos tornar realidade o desafioJuntos, Levaremos Sua Luz!’”?


I – Através da Perseverança na Doutrina Apostólica.

1. A perseverança na doutrina apostólica não era resultado místico.
1.1 – O que se vê hoje no meio evangélico são pessoas que mal entram na Igreja e são batizadas, e não poucas, sem o mínimo de conhecimento e coerência, feitas líderes.
1.2 – Grande parte dos crentes de hoje são as mesmas com suas crendices e amuletos de antes de se tornarem evangélicas, apenas mudaram o nome do fetiche.
1.3 – O que impera no meio evangélico de nossos dias não é o conhecimento da Palavra de Deus, mas um misticismo trazido dos terreiros de macumba, da cabala e do sincretismo religioso indigenista-afro-cristão do nosso país.
1.4 – A Igreja cristã primitiva tinha sim milagres, mas não um misticismo manipulado e desprovido do poder e da revelação de Deus.

2. A perseverança na doutrina apostólica era resultado de discipulado.
2.1 – Para que se guarde a doutrina dos apóstolos é necessário conhece-la e conhece-la é fruto de estudo e prática e isto leva tempo.
2.2 – Entre o verso 41 e 42 de Atos 2 existe um tempo?
a) Como eles sabiam as doutrinas dos apóstolos para perseverarem?
b) Quanto tempo levou para aprenderem as doutrinas dos apóstolos?
c) Certamente houve um esforço para discipulá-los.
d) Dada a cultura judaica, possivelmente a maioria possuía um bom conhecimento do VT; mas faltava ajustá-los às realidades que se cumpriram em Cristo.
e) Ex: Discípulos de Éfeso (At. 19.1-7).
f) Ex: Apolo (At. 18.26).
2.3 – At. 2.42-43.
2.4 – Só poderemos de fato levar a luz do Evangelho de Cristo Jesus se conhecermos, praticarmos e perseverarmos nas doutrinas dos apóstolos.

II– Através da Produtividade da Comunhão Legítima.

1. Manifesta no princípio da comunidade.
1.1 – Comunhão é participação ativa na vida uns dos outros e não meros encontros ou gestos sociais de uma amizade superficial.
1.2 – At. 2.44Todos os crentes se reuniam constantemente e repartiam tudo uns com os outros’.

2. Manifesta na vivência de um socialismo desinteressado.
2.1 – Claro que falarmos de socialismo hoje fica bem distante do que os cristãos primitivos viveram, contudo o princípio básico permanece: todos suprem todos de modo a não destacar um ‘eu’ mas, um ‘nós’.
2.2 – At. 2.45vendiam suas propriedades e dividiam com os que tinham necessidade’.

3. Manifesta no cultivo de uma espiritualidade sadia.
3.1 – Uma espiritualidade sadia parte do pressuposto de um conhecimento autêntito da Palavra de Deus.
a) Perseverar unânimes no Templo carrega o conceito de uma adoração e de um discipulado maduro e reverente.
b) Partir o pão demonstra a reverente participação na Ceia do Senhor anunciando o valor da morte e a gloriosa esperança de sua vinda.
c) Tomar as refeições com singeleza aponta para a prática das refeições ágapes (de amor) realizadas em comunidade.
d) Louvando a Deus indica uma espírito grato e fervoroso em tudo que viviam e experimentavam, até mesmo em meio às perseguições.
3.2 – At. 2.44-46.
3.3 – Quando o povo de Deus vive assim, numa comunhão autêntica e produtiva, certamente a luz do Evangelho de Cristo vai brilhar com intensidade!

III – Através da Providente Colheita de Novas Vidas.

1. Fruto do compartilhar da fé no esforço intrépido do evangelismo.
1.1 – Uma Igreja discipulada e discipuladora e que vive em comunhão tão comprometida uns com os outros, naturalmente é uma Igreja evangelizadora.
1.2 – At. 2.47A cidade inteira tinha simpatia por eles, e cada dia o próprio Senhor acrescentava à igreja todos os que estavam sendo salvos’.
1.3 – Onde se tem uma Igreja verdadeiramente evangelizadora a semente vai ser espalhada e o bom Deus haverá de produzir o misterioso milagre do novo nascimento. ‘O Senhor acrescentava’, mas o fazia pela vida da Igreja.

2. Fruto da manifestação da irresistível graça salvadora no poder do Espírito.
2.1 – O mistério da presença do Espírito na Igreja é esperado hoje em dia apenas numa Igreja barulhenta, desordeira e onde a presença de supostos milagres seja vista.
2.2 – Biblicamente o mistério da presença do Espírito na Igreja se manifesta de forma prática e visível onde quer que a Igreja viva o Evangelho enraizado na doutrina apostólica e se torna visível e conhecido em todos os recantos, seja regiões materiais ou celestiais.
2.3 – Ef. 3.10A intenção dessa graça era que agora, mediante a igreja, a multiforme sabedoria de Deus se tornasse conhecida dos poderes e autoridades nas regiões celestiais’.
2.4 – At. 2.47.

CONCLUSÃO: É na unidade da Igreja que a luz do Evangelho brilhará mais intensamente.
É na unidade do nosso esforço de jovens, cada UMP em sua Igreja e todas no Presbitério que a luz do Evangelho brilhará mais intensamente.
(Brilhar com os celulares: Apaga-se todas as luzes do Templo e cada jovem acenda o seu celular).

POR QUE AS CRISES DIVERSAS?


Jó 1.1-2.13

OBJETIVO: Ensinar que a vida é cercada de crises inevitáveis, mas que a segurança de uma vida futura e sem crises está na pessoa de Cristo Jesus como Salvador dos que creem.

INTRODUÇÃO: Doenças incuráveis, traumas familiares que destroem famílias, mortes estúpidas e violentas, tsunamis, furacões, terremotos, enchentes e tantos outros males que nos assaltam. Por quê? Por quê? Por quê?

CONTEXTO: Pelo o que se sabe este livro talvez seja uma das mais antigas obras literárias em existência. É considerado um dos mais antigos, senão o mais antigo livro da Bíblia. Mas, alguns estudiosos o colocam em data bem mais recente como a época do exílio babilônico.
Composições similares ao livro de Jó aparecem em fontes da Mesopotâmia e Egito da época do Antigo Testamento. Uma delas de título ‘Um Diálogo Sobre a Desgraça Humana’, versa sobre um conselheiro que critica um sofredor por sua impiedade enquanto o sofredor debate-se com o caráter dos deuses.
Não há outra obra sobre o sofrimento humano à luz da transcendência e bondade de Deus que se aproxime da profundeza teológica da sofisticação literária e aplicação prática do livro de Jó.


TRANSIÇÃO: Atravessar a vida sem crises é a utopia de todo ser humano; contudo ter segurança no meio das crises é o ponto nevrálgico para nossa existência. Quero falar nesta oportunidade sobre o seguinte tema: POR QUE AS CRISES DIVERSAS?


I – CRISES PERTENCEM À NOSSA EXISTÊNCIA CAÍDA.

a – A crise do vir a ser.

1. A vida é uma crise.
1.1 – Assim que cada pessoa entra à luz deste mundo inicia-se uma epopeia marcada pelas mais diferentes crises na existencialidade deste novo ser.
1.2 – Tão logo o nascituro deixa a cápsula uterina faz-se urgente enfrentar a primeira crise, recebendo a intensa luz de um ambiente desconhecido, nos olhinhos ainda baços.
1.3 – Ao mesmo tempo trava-se uma batalha para entrar em ação o sistema respiratório ainda inarticulado, ainda entalado, precisando, muitas vezes de uma ajuda médica, de modo que a respiração precisa vir a ser, com o ar lhe rasgando os frágeis pulmõezinhos.
1.4 – Embora protegido e alimentado no útero materno, via cordão umbilical, agora precisa, no contato com o mundo externo, desenvolver e adquirir anticorpos que lhe acelere o sistema imunológico, para que possa se proteger contra as diversas doenças que lhe atacarão nestes primeiros dias da vida.
1.5 – Terá que se esforçar para sugar o leite materno, coisa que até então mal praticava enquanto brincava com o líquido amniótico na cápsula uterina.

2. Poderíamos falar de muitas outras crises que o ser humano vai enfrentando enquanto se desenvolve, como por exemplo: se alimentar, falar, andar, compreender ...

3. O foco alvo de nossas considerações sobre crises diversas está mais na teologia que no âmbito filosófico científico.

b – As inevitáveis crises diversas na existência caída.

1. Todas as questões aventadas anteriormente foram experiências na vida de Jó ao nascer neste mundo.

2. Mas as maiores crises de Jó foram experimentadas no âmbito da existência num mundo sob a maldição existencial na qual o pecado o prostrou.

3. Quando falamos em um mundo caído, não se pode esquecer que Deus criou um mundo perfeito, com criaturas perfeitas em todos os seguimentos da existência.

4. O homem, ao cair em pecado, não caiu sozinho, mas derrubou todo o mundo criado e o sujeitou ao domínio de seres espirituais da maldade.
4.1 – Rm. 8.20 ‘Pois a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou’.

c – As crises diversas na existência do justo Jó.

1. Logo de entrada na leitura do livro de Jó ficamos em choque ao perceber que Jó, um homem íntegro e de caráter ilibado, mas que que atingido violentamente por crises que lhe rasgam o corpo, a vida, a amente e a alma.
1.1 – Jó. 1.1 ‘Na terra de Uz vivia um homem chama¬do Jó. Era homem íntegro e justo; temia a Deus e evitava fazer o mal’.

2. Crises diversas desabam sobre o justo Jó:
2.1 – Num ímpeto inesperado, como em avalanche, uma notícia após outra, perde todos os seus bens.
2.2 – Um momento a frente chega-lhe a notícia de que todos os seus filhos e familiares íntimos morreram no desabamento de uma das casas onde se celebrava uma grande festa.
2.3 – Noutro momento não distante Jó é acometido de doenças que lhe apodrecem a pele, os órgãos e os ossos, restando um esqueleto esquálido e disforme a se coçar com cacos de cerâmica na tentativa de diminuir o incômodo de suas chagas.
2.4 – Abandonado pela esposa, desprezado pelos amigos e zombados pelos conhecidos e em agonia interna refletindo na ação permissiva do Deus que antes ele tanto confiava.

3. Na religiosidade popular sobressai o seguinte jargão: ‘Se sirvo a Deus, tenho o direito de ser servido por ele’.

4. Ilustração: O pai do cantor Cristiano Araújo, João Reis de Araújo, lamentou a morte do filho, de 29 anos, após um acidente de carro na BR-153, na madrugada de 24/06/2015, em Goiás. ‘É uma tristeza muito grande. Será que Deus existe? Todos os dias faço uma oração pedindo que Deus acompanhe ele nas viagens. Entro no carro ou no avião e faço uma oração. Eu não estava com ele ontem? Será que Deus existe?’ (Vídeo).

5. Todos estamos sujeitos às crises diversas.


II – CRISES ESTÃO SOB A PERMISSÃO SOBERANA DE DEUS.

a – As crises diversas estão sob as vistas do soberano Deus.

1. Não cremos no destino, na sorte ou no acaso, mas cremos no Deus soberano que se revela através da sua criação, das Escrituras Sagradas e por último através de seu Filho Jesus Cristo.
1.1 – Hb. 1.1-3 (NVI) ‘Há muito tempo Deus falou muitas vezes e de várias maneiras aos nossos antepassados por meio dos profetas, mas nestes últimos dias falou-nos por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e por meio de quem fez o universo. O Filho é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser, sustentando todas as coisas por sua palavra poderosa. Depois de ter realizado a purificação dos pecados, ele se assentou à direita da Majestade nas alturas’.

2. Nada passa despercebido aos olhos do Soberano Deus.
2.1 – Mesmo que na hora da dor você não sinta ou não creia na presença de Deus, as Escrituras afirmam que Ele é onisciente e onipresente e conhece tudo o que se passa em toda a sua criação.
a) Sl. 115.2-3 (NVI/BV) ‘Por que perguntam as nações: Onde está o Deus deles? Pois o nosso Deus está no céu e dirige o universo conforme a sua vontade’.
2.2 – Is. 40.27 ‘Por que você reclama, ó Jacó, e por que se queixa, ó Israel: O Senhor não se interessa pela minha situação; o meu Deus não considera a minha causa?’.

b – As crises diversas estão sob a permissão do soberano Deus.

1. Na narrativa sobre a vida de Jó, é patente que Satanás não age de livre alvitre fazendo o que bem quer, no intuito de confrontar a Deus ou mesmo de maltratar suas criaturas.

2. Deus é quem permite o Maligno tocar na vida de Jó, mas também quem estabelece limites quanto a intensidade de tal ação.
2.1 – Jó 1.12 ‘E o Senhor respondeu a Satanás: "Você pode destruir tudo o que Eu dei a Jó, mas não toque no corpo e na saúde dele". Assim, Satanás partiu e entrou em ação’.

3. O Senhor Jesus nos ensina dizendo que tudo está no controle soberano de Deus.
3.1 – Mt. 10.29 ‘Não se vendem dois pardais por uma moedinha [um asse ]? Contudo, nenhum deles cai no chão sem o consentimento do Pai de vocês’.
3.2 – Se nem um pardal ‘cai no chão sem o consentimento do Pai de vocês’ quanto mais o ser humano que é a coroa da criação de Deus e que segundo Jesus ‘...para Deus, vocês valem mais do que os passarinhos’ .

4. Jó tem essa consciência do cuidado protetor e soberano de Deus sobre os que lhe temem, por isso descansa em Deus, mesmo em meio às suas diversas crises.


III – CRISES TEM SEU FIM DECLARADO EM CRISTO.

a – As crises diversas são temporais tem prazo de validade.

1. Quando Adão e Eva sujeitaram a criação, incluindo a própria vida deles e a de todos seus descendentes, à ação e poder satânico, Deus interferiu de modo que tal desgraça não se perpetuasse, e estabelece uma forma de resgatar o homem de sua condição.
1.1 – Gn. 3.15 ‘O Senhor Deus disse à serpente: Eis o seu castigo: Você será maldita e ficará isolada não só de todos os animais domésticos como também dos bichos do mato. Vai sofrer verdadeira maldição. Vai passar a vida inteira rastejando sobre o seu ventre e comendo pó. De agora em diante, você e a mulher serão inimigas, uma da outra. Também a sua descendência será inimiga do descendente da mulher. Ele ferirá você na cabeça, ao passo que você ferirá o calcanhar dele’.

2. Vivemos num mundo onde a criação geme e sofre por causa do pecado instalado em nossa história, contudo aspiramos na esperança oferecida pela palavra imutável e inalterável de Deus.
2.1 – Rm. 8.20-22 (NVI/BV) ‘Pois ela foi submetida à inutilidade, não pela sua própria escolha, mas por causa da vontade daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria natureza criada será libertada da escravidão da decadência em que se encontra, recebendo a gloriosa liberdade dos filhos de Deus. Sabemos que até mesmo as coisas da natureza, como os animais e as plantas, sofrem na doença e na morte enquanto esperam esse tão grande acontecimento’.

3. Cristo passou pela pior crise, a da condenação por causa dos nossos pecados, para que pudéssemos ser perdoados e salvos desta pior crise, diante da qual a crises diversas desta vida são nada.
3.1 – Ele sofreu a maldição em nosso lugar para que fôssemos livres da maldição eterna.
3.2 – Gl. 3.13 (BV) ‘Entretanto, Cristo nos comprou e nos tirou de debaixo da condenação desse sistema impossível, ao levar sobre Si próprio a maldição por nossas más ações. Porque está dito na Escritura: "É maldito todo aquele que for pendurado numa árvore" (como Jesus foi pendurado numa cruz de madeira)’.
3.3 – Receber seu perdão em vida é nossa única chance, ou toda tentativa será vã.
3.4 – Sl. 49.7-8 (BV) ‘Sei que, nenhum deles, por mais rico que seja, pode salvar seu irmão da morte e pagar a Deus o preço da salvação. O preço de uma alma é tão grande, que nem se pode pensar em pagar para continuar vivendo eternamente, sem enfrentar a morte’.

4. A conversão a Cristo dá o start no processo de cessação das crises diversas.
4.1 – Quando o indivíduo se arrepende e busca o perdão de Deus, crendo no sacrifício e morte de Cristo em seu lugar, ele recebe o perdão de Deus, é retirada de sobre ele a maldição do pecado, é dado a ele o poder de vencer o pecado, a santificação do Espírito de Deus inicia um processo de cura e saneamento em todas as áreas da vida do indivíduo, afetando até mesmo a sociedade e o modus vivendis dessa pessoa.
4.2 – 2Co. 5.17 (BV) ‘Quando alguém se faz cristão, torna-se uma pessoa totalmente nova por dentro. Já não é mais a mesma. Teve início uma nova vida!’.
4.3 – 2Co. 5.17 (NVI) ‘Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!’.

b – As crises diversas darão lugar a vida perfeita e plena no Reino de Deus.

1. Enquanto nesta vida terrena viveremos entre o bem e o mal, entre o cosmo e o caos, entre o real e o ideal, e a guerra e a paz, entre o ódio e o amor, entre flores e espinhos, entre a alegria e a dor.

2. A promessa e a convicção que paira sobre o que crê em Cristo Jesus como seu salvador é que isso um dia será mudado.

3. Teremos uma nova qualidade e uma nova realidade de vida a partir da volta do Rei Jesus, que estabelecerá uma nova ordem e um novo estado e de vida.
3.1 – 2Pe. 3.14 ‘O dia do Senhor, porém, virá como ladrão. Os céus desaparecerão com um grande estrondo, os elementos serão desfeitos pelo calor, e a terra, e tudo o que nela há, será desnudada. Visto que tudo será assim desfeito, que tipo de pessoas é necessário que vocês sejam? Vivam de maneira santa e piedosa, esperando o dia de Deus e apressando a sua vinda. Naquele dia os céus serão desfeitos pelo fogo, e os elementos se derreterão pelo calor. Todavia, de acordo com a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, onde habita a justiça’.
3.2 – Ap. 21.3-4 (NVI) ‘Eu ouvi um alto brado que vinha do trono, dizendo: Atenção, a morada de Deus agora está entre os homens, e Ele morará com eles e eles serão o seu povo; sim, o próprio Deus estará entre eles. Ele enxugará todas as lágrimas dos olhos deles, e não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor. Tudo isso passou para sempre’.

4. E assim, crises diversas será apenas um capítulo, uma página virada na história de uma vida sem fim e eterna.

5. Esta é a boa notícia que tenho para trazer hoje sobre as crises diversas.

6. Mas tenho uma má notícia e a má notícia é que aqueles que não se fiarem de Cristo Jesus como seu Salvador pessoal, viverão sob a égide da maldição imprecada lá no Éden, e a realidade e a culpa do pecado nunca será retirada de suas costas, bem como a pena que pesa sobre os tais, que é a condenação eterna a um estado de punição; viverão sob os efeitos torturantes de sua própria pecaminosidade e sob o efeito da justiça punitiva de Deus, em um mundo doente, em um corpo que sofre e em um espírito que jamais conhecerá o que é paz.


CONCLUSÃO:

Você tem atravessado crises diversas em sua vida? Lembre-se:
1. Elas são apenas parte desta vida devido o pecado, pelo qual fomos atingidos.
2. Elas estão sob o controle absoluto e soberano de Deus. Descanse e confie nele.
3. Elas tem prazo de validade prescrito para os que estão em Cristo Jesus.

Você ainda não resolveu a questão do pecado com Cristo Jesus? Lembre-se:
1. Enquanto você está nesta vida você tem oportunidade desse acerto.
2. Com a morte cessa a oportunidade e fecha-se essa porta para sempre.
3. É um caminho sem volta. Busque o socorro de Deus enquanto tens a porta aberta.

POR QUE A CRUZ?


I Co. 1.18-25


OBJETIVO: Ensinar sobre a necessidade da cruz, sacrifício expiatório através da pessoa de Cristo a favor dos que serão salvos.


INTRODUÇÃO: Como escapar da condenação eterna?


CONTEXTO: Paulo apresenta o valor da mensagem da Cruz em contraste com a percepção humana, seja da própria religião ou da filosofia.


TRANSIÇÃO: Com os olhos na pecaminosidade humana e sua necessidade de salvação, quero vos propor nesta ocasião o seguinte tema: ‘POR QUE A CRUZ?’.


I – A CRUZ, INSTRUMENTO DE TORTURA E DOR.

a – A Invenção da Cruz.

1. A Crucificação ou crucifixão foi um método de execução utilizado na antiguidade.

2. Abolido no século IV, por Constantino.

3. Crê-se que foi criado na Pérsia, sendo trazido no tempo de Alexandre para o Ocidente.

4. Neste ato combinavam-se os elementos de vergonha e tortura, e por isso o processo de crucificação era olhado com profundo horror.

b – O Suplício da Cruz.

1. O castigo da crucificação começava com flagelação, depois do criminoso ter sido despojado de suas vestes.

2. No ato de crucificação a vítima era pendurada de braços abertos em uma cruz de madeira, amarrada ou presa a ela por pregos perfurantes nos punhos e pés.

3. O peso das pernas sobrecarregava a musculatura abdominal que, cansada, tornava-se incapaz de manter a respiração, levando à morte por asfixia.

4. Para abreviar a morte os torturadores às vezes quebravam as pernas do condenado, removendo totalmente sua capacidade de sustentação, acelerando o processo que levava à morte.

5. Era comum também a colocação de ‘bancos’ no crucifixo, que foi erroneamente interpretado como um pedestal. Essa prática fazia com que a vítima vivesse por mais tempo.

6. Nos momentos que precedem a morte, falar ou gritar exigia um enorme esforço.

7. Consistia em torturar o condenado e obrigá-lo a levar até o local do suplício a barra horizontal da cruz, onde já se encontrava a parte vertical cravada no chão. De braços abertos, o condenado era pregado na madeira pelos pulsos e pelos pés e morria, depois de horas de exaustão, por asfixia e parada cardíaca (a cabeça pendida sobre o peito dificultava sobremodo a respiração).

8. Crucificação em massa: Em 70 a.C., Spartacus e outros 6 mil rebeldes foram crucificados juntos pelo governo romano. Outro caso de crucificação em massa ocorreu durante a guerra da Judeia, em 66 d.C. Para conter o avanço de uma rebelião no local, o governador romano da Judeia, Floro, mandou para a cruz 3.600 pessoas. Depois da vitória, Roma seguiu enviando 500 judeus por dia para a crucificação. Só interrompeu a carnificina depois que a madeira acabou.


II – A CRUZ, SÍMBOLO DA MAIS HORRENDA CONDENAÇÃO.

a – A Pior Condenação Destinada ao Ser Humano Declarada Nas Escrituras.

1. A pior condenação destinada ao ser humano declarada nas Escrituras é a condenação ao inferno como pagamento de sua pecaminosidade e impenitência diante do Deus Todo Poderoso.

2. Nessa condenação os horrores e sofrimentos lhe serão impingidos eternamente, sendo apresentados tais horrores em figuras apavorantes:
2.1 – Fogo eterno:
2.2 – Vermes que não morrem:
2.3 – Choro e ranger de dentes:

3. Nada na história da humanidade se iguala aos sofrimentos eternos do inferno; mas Deus utiliza-se da Cruz, o pior tipo de execução, lenta e dolorosa, para ilustrar o sofrimento eterno.

b – Deus é o Justo Juiz.

1. A questão que se levanta é por que Deus, sendo bondoso impingiria um sofrimento tão horrível e eterno às suas criaturas.

2. A resposta se estabelece no atributo da justiça divina, pois sendo Deus justo, não poderia deixar impune as transgressões do pecador.

3. Deus, sendo justo, dá ao pecador exatamente o que o mesmo é merecedor, conforme a Lei imposta antes do pecado: ‘No dia em que dela comeres, certamente morrerás’ (Gn. 2.17).

c – O Paralelo do Inferno Com a Cruz.

1. Símbolo de vergonha, sofrimento e morte.
1.1 – Os bárbaros tinham inventado a crucificação, muito antes da época de Cristo, e o consideravam tão atroz que os cidadãos romanos raramente eram crucificados.
1.2 – Os judeus também abominaram este método de execução, em parte porque aqueles que eram ‘pendurados em um madeiro’ eram considerados amaldiçoados (Dt. 21:22-23).

2. Uma tortura agonizante e lenta, com dores penetrantes e agudas, sendo a pior espécie de morte que alguém poderia experimentar.

3. O inferno é a punição com sofrimento físico e espiritual, agudo e constante, por toda a eternidade, como pagamento pelo pecado.
2.1 – Rm. 6.23 ‘O salário do pecado é a morte’.

4. A morte por crucificação é uma parábola do inferno, dado o horror e sofrimentos constantes e diversos que a mesma impõe ao condenado.


III – A CRUZ, CONDENAÇÃO E LIBERTAÇÃO DO PECADOR.

a – Pela Cruz a Condenação do Pecador é Satisfeita.

1. Através da morte de Cristo, Deus fez propiciação, isto é, satisfação ou pagamento da dívida do pecador para com Ele.
1.1 – Rm. 3.25 (BV) ‘Deus foi quem enviou Cristo Jesus para levar o castigo pelos nossos pecados, e assim por fim a toda a ira de Deus contra nós. Ele usou o sangue e a nossa fé como o meio de salvar-nos da sua ira. Deste modo Ele estava sendo completamente justo, mesmo que não tivesse castigado aqueles que pecaram em tempos passados. Isso porque Ele estava aguardando a chegada do dia quando Cristo viria e apagaria aqueles pecados’.

2. Os Evangelhos registram que a crucificação não pegou Jesus de surpresa, pelo contrário, Ele sabia que seu propósito era morrer para o bem do mundo.
2.1 – Mt. 20:28 (ARA) ‘Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que estava perdido’.

3. Ele sabia que Deus iria permitir que homens pecadores o executasse - o plano da redenção tinha sido ordenado antes mesmo da fundação do mundo.
3.1 – At. 2:23 (NVI) ‘Este homem lhes foi entregue por propósito determinado e pré-conhecimento de Deus; e vocês, com a ajuda de homens perversos, o mataram, pregando-o na cruz’.
3.2 – 1Pe. 1:20 (BV) ‘Deus O escolheu para este propósito muito antes do princípio do mundo, mas só recentemente foi que Ele manifestou isto publicamente, nestes últimos dias, como uma bênção para vocês’.

b – Pela Cruz a Libertação do Pecador é Alcançada.

1. Um símbolo de salvação e vida eterna.
1.1 – Pode ser surpreendente que a cruz se tornou o principal símbolo do cristianismo, dada a sua associação original com vergonha, sofrimento e morte.
1.2 – Cristo, na cruz, sofre o inferno em nosso lugar, inferno este que nos traria nossa vergonha, sofrimento e morte.
1.3 – Dn. 12.2 ‘Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno’.

2. Não há salvação em nenhum outro nome (pessoa) porque só Jesus Cristo sofreu o inferno em nosso lugar.

3. Não é à toa que o diabo tentou impedir de Cristo morrer na Cruz.
3.3 – Desde o início, Satanás tentou tirar Jesus do caminho da cruz.
a) Num primeiro momento, tentou evitar que o Filho de Deus nascesse e crescesse no mundo.
b) Depois usou os próprios discípulos para o dissuadir de não ir para a cruz.
3.4 – Tentou tirar Jesus da cruz.
a) Mt. 27.40-44 ‘Se é quem tu dizes ser, desce daí’.
3.5 – Ele tentou tirar a cruz de Cristo, o Cristo da cruz, e persiste em tirar a cruz da igreja.
a) Não poucas as pregações que apresentam um evangelho sem a Cruz.
b) Muitas pregações substituem a mensagem da Cruz por dinheiro e prosperidade.

c – A Mensagem da Cruz é Loucura e Sabedoria.

1. O simples falar que a cruz é salvação, desconectada da mensagem do inferno e punição, se torna mesmo uma loucura e sem sentido lógico; contudo quando Cristo sofre o inferno no lugar do pecador, aí a cruz passa a ter um outro sentido.
1.1 – 1Co. 1:18 (BV) ‘Sei perfeitamente bem como parece tolice, àqueles que estão perdidos, quando ouvem que Jesus morreu para salvá-los. Nós, porém, que somos salvos, reconhecemos esta mensagem como o próprio poder de Deus’.

2. Deus pune o seu Filho amado com o inferno no lugar do pecador, e ilustra isto com a morte de Cruz, tornando assim, a cruz, em sabedoria de Deus.
2.1 – 1Co. 1.21-22 (BV) ‘Deus, em sua sabedoria, providenciou para que o mundo nunca encontrasse a Deus através da inteligência humana. E então Ele se manifestou e salvou todos quantos creram em sua mensagem - essa mesma que o mundo considera absurda e ridícula. Parece absurda para os judeus, porque eles desejam um sinal do céu como prova de que o que está sendo pregado é verdadeiro; e é ridícula para os gentios, porque eles crêem somente naquilo que concorde com a sua filosofia e lhes pareça sábio’.

3. A Cruz de Cristo é o único meio pelo qual se pode livrar o pecador de sua culpa, pois é o próprio Cristo sofrendo o inferno no lugar daqueles que não poderiam suportá-lo e saírem livres para desfrutarem da vida eterna.

4. Não há salvação fora da Cruz de Cristo.
4.1 – 1Co. 1.25 ‘Este plano de Deus, chamado de "absurdo", é bem mais sábio do que o plano mais sábio do homem mais sábio, e Deus na sua fraqueza - Cristo morrendo na cruz - é muito mais forte do que qualquer homem’.


CONCLUSÃO: E agora? O que você fará com essa verdade?
Cabe a você render sua vida a Cristo e suplicar dele o favor da cobertura de sua vida com o valor de sua morte na Crus.

Ilustração: Após um assalto seguido de morte, à uma carruagem dos correios nos EUA, em 1829, Wilson foi preso e aguardava julgamento com possível execução por enforcamento.
O Estado lhe ofereceu um advogado. Ele recusou por diversas vezes.
Meses depois, no dia do julgamento, Wilson avistou o advogado à frente da sala do tribunal, e podendo se aproximar lhe insta:
- ‘Doutor, agora reconheço que preciso realmente de seus serviços e de sua defesa a meu favor’.
O suposto advogado lhe responde nos seguintes termos:
- ‘Infelizmente, meu rapaz, não posso mais lhe socorrer como lhe ofereci meses atrás. Passei no concurso e agora serei o juiz que te condenará’.

Assim, hoje, o Senhor Jesus é o advogado que se põe disposto a lhe defender. Chegará o dia do julgamento final, onde não mais como advogado, mas como juiz, lhe dará a sentença final.

Acerte sua dívida com Ele enquanto pode.

POR QUE A RECONCILIAÇÃO

2Co. 5.18-6.3

OBJETIVO: Ensinar que o pecador está inimizado de Deus e precisa ser reconciliado com este ou estará eternamente perdido.

INTRODUÇÃO: Estamos às voltas com uma briga muito antiga, onde a Bolívia faz representação ao Chile no Tribunal de Haia, no intuito da decisão da ONU a seu favor.
Trata-se da demanda de território entre Chile e Bolívia, com suas primeiras manifestações desde a década de 60 no século XIX.
Entre os anos de 1879 e 1884 configurou-se a Guerra do Pacífico. O confronto, entre as forças do Chile e a aliança de Bolívia e Peru, tinha como objetivo principal conquistar o controle de territórios ricos em minério, ou seja, parte do Deserto do Atacama.
Ao longo da guerra, o Peru perdeu a província de Tarapacá e a Bolívia ficou sem acesso ao oceano Pacífico. A perda boliviana é um problema com grande viés político que se arrasta até os dias atuais, uma vez que em sua Constituição há o desejo de recuperação do acesso ao mar. Por isso, a guerra do Pacífico ficou conhecida como ‘A guerra em que a Bolívia ficou sem mar’.
Foram assinados diversos tratados que resultaram no fim dos impasses entre os países. Um tratado, em 1866, estabelecia limites territoriais entre Chile e Bolívia e em outro, de 1884, os bolivianos cederam à costa pacífica ao Chile, com as reservas de cobre e nitratos. Agora a questão vem novamente à baila. Haverá reconciliação entre as partes?

CONTEXTO: Paulo discorre com a Igreja de Corinto demonstrando que o cristão é nova criatura; mas que só o é como consequência da iniciativa de Deus em refazer os laços de comunhão e de vida para o pecador inimizado e morto em seus pecados.

TRANSIÇÃO: Como não ser esmagado por um inimigo infinitamente superior a você mesmo? Quero compartilhar sobre o tema: POR QUE A RECONCILIAÇÃO?


I – A RECONCILIAÇÃO É INICIATIVA DE DEUS.

a – A inexplicável quebra de vida e comunhão por parte do homem para com o Criador.

1. A humanidade foi criada para refletir a glória de Deus e vivenciar da própria vida de Deus em santidade e comunhão perfeita através da imagem e semelhança do Criador implantadas no ato da criação.

2. Embora a criação da raça tenha se dado através de um casal matriz, vê-se com muita clareza nas Escrituras que, a partir deste casal todos os outros se reproduziriam conforme a sua espécie: santos e em perfeita comunhão com o Criador através da imagem e semelhança do Criador neles implantadas.

3. As páginas que seguem à narrativa da criação em Gênesis se prestam a demonstrar o que aconteceu com a família protótipo e com todos os seus descendentes, reproduzindo-se conforme a sua espécie, agora, uma espécie corrompida e rebelde.

4. Houve um ato de rebelião, desobediência e obstinação agressiva contra o Criador; que, expulsa a humanidade de sua presença santa e os trata a partir de então como inimigos declarados.

b – A promessa de uma recuperação da raça criada.

1. Mesmo diante da rebelião e inimizade declarada no Jardim do Éden, Deus propõe que colocaria em ação um plano para resgatar a humanidade caída e separada do Criador.
1.1 – Gn. 3.15 (BV) ‘Também a sua descendência será inimiga do descendente da mulher. Ele ferirá você na cabeça, ao passo que você ferirá o calcanhar dele’.

2. Toda a história bíblica e até mesmo toda a história da humanidade foi dirigida para este momento, a vinda do Redentor.
2.1 – Gl. 4.4 (BV) ‘Mas quando chegou o tempo certo, o tempo determinado por Deus, Ele enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido judeu para comprar liberdade para nós que éramos escravos da lei, a fim de que ele nos pudesse adotar como seus próprios filhos’.

3. A lei (de Deus) propositava que se o homem pecasse seria herdeiro da morte.

c – A iniciativa da reconciliação deve ser do ofendido e não do ofensor.

1. Por questão de lógica do direito e da justiça, o ofensor é que deve procurar o ofendido e lhe pedir misericórdia, esperando deste o perdão para a ofensa.

2. Na relação de Deus com o homem o ofensor é o homem e este é quem deveria buscar a Deus e lhe propor a reconciliação; contudo, o pecado resultou na morte espiritual do pecador impossibilitando-o sequer de ter consciência do que de fato lhe ocorreu.
2.1 – Rm. 6.23a (BV) ‘O salário do pecado é a morte...’.

3. Havia um estado de hostilidade, de inimizade, entre o homem e Deus, que é levado às últimas consequências; ficando o homem, que outrora criado para ser imagem de Deus, agora seu inimigo declarado.

4. O homem moderno acha difícil aceitar essa opinião, de que Deus é hostil para com ele, a ponto de lhe resistir em ira.
4.1 – Jo. 3.36 (NVI) ‘Quem crê no Filho tem a vida eterna; já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele’.
4.2 – Rm. 5.9 (BV) ‘E já que por seu sangue Ele fez tudo isso por nós como pecadores, quanto mais Ele não fará por nós agora, que nos declarou sem culpa? Agora Ele nos salvará de toda a ira divina que está para vir’.

5. Não se pode falar em reconciliação sem falar da ira de Deus contra o pecador.
5.1 – Deus estava contra o homem em seu pecado e destinado a puní-lo.
5.2 – Aquele que minimiza a ira e o juízo de Deus, no evangelho, também deixa de compreender a largura, a extensão, a altura e a profundidade do amor de Deus, declarado no evangelho.

6. Quem tomou a iniciativa de se estabelecer a paz foi deus e não o homem pecador.
6.1 – II Co. 5.18 (NVI) ‘Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação’.


II – A RECONCILIAÇÃO É RESULTANTE DA OBRA DE CRISTO.

1. No verso lido anteriormente Paulo destaca que ‘Deus... nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo’.

2. A reconciliação é resultado do que Cristo fez em lugar do pecador, assumindo sua condenação ao inferno e pagando toda a sua culpa perante Deus.

3. Deus estava contra o homem em seu pecado e destinado a puní-lo, mas Cristo é punido em lugar do pecador.

4. A obra de Cristo é remover a hostilidade contra Deus que existe no homem.
4.1 – Cl. 2.13-15 (BV) ‘Vocês estavam mortos em pecados e seus desejos pecaminosos ainda não tinham sido afastados. Então Ele deu-lhes participação na própria vida de Cristo, porque lhes perdoou todos os pecados e apagou as acusações confirmadas que havia contra vocês, a lista dos seus mandamentos que vocês não tinham obedecido. Tomando esta lista de pecados, Ele a destruiu, pregando-a na cruz de Cristo. Deste modo Deus tirou o poder de Satanás acusar vocês de pecado e exibiu publicamente ao mundo inteiro o triunfo de Cristo na cruz, onde foram tirados todos os pecados de vocês’.

5. Broadman: ‘Sem Cristo, o homem está alienado de Deus, condenado a morte e sem esperança de entrar no novo mundo de vida e santidade, preparado por Deus’.

6. Ilustração: ‘Mãe que une as mãos do pai e filho, em oração no momento de sua morte’.


III – A RECONCILIAÇÃO RESSOA COMO O APELO DA PALAVRA.

1. O plano de Deus é que o valor da reconciliação realizada por Jesus na cruz do Calvário chegue ao conhecimento de cada pessoa.

2. O apelo do evangelho em toda a Escritura é de que haja reconciliação entre Deus e o pecador.
2.1 – Jó 22.21 (ARA) ‘Reconcilia-te com Ele e tem paz!’.
2.2 – Sl. 7.11-13 (BV) ‘Deus é justo juiz. Ele sente ódio pelo pecado constantemente e se o pecador não se arrepende, Deus afia sua espada e destrói aquele homem. No seu arco já foi colocada uma flecha e Ele já fez a pontaria; já estão preparadas armas mortais para castigar o pecador; já estão prontas as flechas de fogo’.
2.3 – Pr. 1.24-33 (BV) ‘Eu já chamei tantas vezes e vocês recusaram! Estendi a mão, convidando, mas ninguém Me deu importância. Vocês não deram valor aos Meus conselhos e não aceitaram a Minha repreensão. Por isso, quando chegarem os dias do seu sofrimento, os dias do medo e da tristeza, Eu vou rir e zombar de vocês. Quando a desgraça cair sobre vocês como uma tempestade, quando seu triste fim chegar violento como um furacão, quando vocês estiverem sufocados pelas angústias então vocês vão procurar desesperados a Minha ajuda mas Eu não responderei. Tentarão Me encontrar mas será tudo em vão. Sabem por que isso vai acontecer? Porque vocês desprezaram a verdade e se recusaram a honrar e obedecer o Senhor. Vocês não deram valor aos Meus conselhos e acharam que Minha repreensão era inútil. Por isso, vocês comerão os frutos amargos de sua desobediência. Já que seus planos foram semear ventos, vocês colherão tempestades. Gente vazia! Vocês morrerão porque se afastaram de Mim. Loucos, pensando que tudo estava bem enquanto caminhavam passo a passo para a destruição. Loucos!’.

3. O apelo da Palavra de Deus é carregado de expressões que evocam um desejo de mudança da parte do pecador em buscar a Deus.
3.1 – II Co. 6.2 (BV) ‘Pois ele diz: "Eu o ouvi no tempo favorável e o socorri no dia da salvação". Digo-lhes que agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação!’.
3.2 – Is. 55.6-7 (NVI) ‘Busquem ao Senhor enquanto podem achar. Peçam sua ajuda, enquanto Ele está perto. Os pecadores devem abandonar seus maus caminhos; devem deixar de lado seus maus pensamentos. Todos devem se voltar para Deus, arrependidos! Assim, Deus mostrará a sua grande misericórdia, o Senhor mostrará como é imenso o seu perdão’.

4. O fechamento das Escrituras, no livro de Apocalipse, traz ainda um último grito de apelo ao pecador no intenso desejo de que ele se prostre diante de Deus clamando por seu favor e perdão.
4.1 – Ap. 22.17 (NVI) ‘O Espírito e a noiva dizem: "Vem!" E todo aquele que ouvir diga: "Vem!" Quem tiver sede, venha; e quem quiser, beba de graça da água da vida’.


CONCLUSÃO: A mensagem final que deixamos como Igreja é a exortação de Paulo no verso 20: ‘Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus’.

Você entendeu? Por que a reconciliação? Deus quer reconciliar-se contigo! É com você!

Não deixe para depois! Não rejeite ou não seja indiferente ao apelo da Palavra: Reconcilia-te com Deus! Reconciliai-vos já com Deus!

PORQUE A CONVERSÃO É A NECESSIDADE PREMENTE PARA CADA PESSOA?

At. 3.19

OBJETIVO: Apresentar para cada pessoa a possibilidade de vida unicamente em Jesus Cristo, considerando a urgente necessidade de conversão.

INTRODUÇÃO: Uma notificação da justiça feita por um representante legal é de caráter irremissível. Uma vez notificado, notificado está. Cabe ao acusado ir em busca de sua defesa.

CONTEXTO: O texto lido é uma afirmação do apóstolo Pedro por ocasião de um dos primeiros discursos apresentando o projeto de salvação elaborado por Deus através de Jesus Cristo como o único salvador possível aos homens e a necessidade de conversão dos pecadores a Jesus.

TRANSIÇÃO: A aceitação de Cristo como o Messias de Deus para salvação da humanidade sempre foi uma pedra no sapato dos judeus. Desde os primeiros dias da Igreja primitiva a pregação do Evangelho constava da proclamação de que Jesus de Nazaré, o filho do carpinteiro, o Mestre da Galiléia, era o Cristo, e que seus sofrimentos e morte eram cumprimentos das Escrituras. Quero compartilhar nesta oportunidade o seguinte tema: ‘PORQUE A CONVERSÃO É A NECESSIDADE PREMENTE PARA CADA PESSOA?’.


I – PORQUE TODO HOMEM ESTÁ MORTO.

a – A vida humana é de origem e propósitos divinos.

1. As Escrituras nos revelam o fato de que a raça humana é uma raça criada por Deus com propósitos eternos.
1.1 – Deus criou a raça humana como coroa da criação.
a) Após criar todas as coisas inanimadas.
b) Após criar todas as coisas animadas.
c) Após criar todas as coisas visíveis e invisíveis.
d) Após criar todos os seres espirituais e morais.
1.2 – Deus criou a raça humana conforme a sua imagem e a sua semelhança.
a) A semelhança não é aparência ou forma física, pois Deus é espírito e não possui corpo como nós.
b) A semelhança é moral e espiritual.
1.3 – Deus criou a raça humana para desfrutar da vida do próprio Deus.
a) Seu caráter.
b) Suas perfeições.
c) Suas realizações.
d) Sua eternidade.
1.4 – A vida humana dentro do projeto de Deus seria inimaginável de bela e plena de satisfação e realização.

2. A realidade humana em contraste com o projeto de Deus.
2.1 – Deus não nos criou para o pecado.
2.2 – Deus não criou para o sofrimento.
2.3 – Deus não criou para o caos.
2.4 – Deus não criou para a morte.

b – A vida eterna plena foi tirada pelo castigo divino.

1. O mesmo Deus que criou o homem para uma maravilhosa vida de perfeições deu-lhe a possibilidade de autonomia e decisão, o chamado livre-arbítrio.

2. Conforme a narrativa da Revelação Especial de Deus, a Bíblia Sagrada, a raça humana, através de nossos primeiros pais, escolheu ser independente de Deus fazer seu próprio caminho.

3. A este estado de rebeldia as Escrituras chamam de pecado.
3.1 – I Jo. 3.4 ‘Quem peca é culpado de quebrar a lei de Deus, porque o pecado é a quebra da lei’.
3.2 – ‘Pecado é a escolha de si mesmo como centro da vida numa revolta muito atrevida contra o Criador’ (Rev. Sebastião Machado – prof. IBEL - 1941).

4. O pecado teve sua punição como castigo divino.
4.1 – O pecado produziu a morte espiritual.
4.2 – O pecado produziu a morte existencial.
4.3 – O pecado produziu a morte material.
4.4 – O pecado produziu a morte eterna.
4.5 – A vida eterna plena só é possível em Deus.


II – PORQUE TODO HOMEM RESISTE A DEUS.

a – A natureza tornou-se contrária a Deus.

1. A natureza humana, desde a Queda de Adão, tornou-se contrária a Deus e a sua vontade perfeita.

2. Todas as escolhas do ser humano se tornaram contaminadas com os germes da corrupção existentes no pecado e sempre trazem um gosto amargo de insatisfação.

3. O apóstolo Paulo, falando sobre a força do pecado, acerta com destreza toda a dubiedade de nossa experiência:
3.1 – Rm. 7.14-24 ‘Sabemos que a lei é divina; mas eu sou humano e fraco e fui vendido ao pecado para ser seu escravo. Eu não entendo o que faço, pois não faço o que gostaria de fazer. Pelo contrário, faço justamente aquilo que odeio. Se faço o que não quero, isso prova que reconheço que a lei diz o que é certo. E isso mostra que, de fato, já não sou eu quem faz isso, mas o pecado que vive em mim é que faz. Pois eu sei que aquilo que é bom não vive em mim, isto é, na minha natureza humana. Porque, mesmo tendo dentro de mim a vontade de fazer o bem, eu não consigo fazê-lo. Pois não faço o bem que quero, mas justamente o mal que não quero fazer é que eu faço. Mas, se faço o que não quero, já não sou eu quem faz isso, mas o pecado que vive em mim é que faz. Assim eu sei que o que acontece comigo é isto: quando quero fazer o que é bom, só consigo fazer o que é mau. Dentro de mim eu sei que gosto da lei de Deus. Mas vejo uma lei diferente agindo naquilo que faço, uma lei que luta contra aquela que a minha mente aprova. Ela me torna prisioneiro da lei do pecado que age no meu corpo. Como sou infeliz! Quem me livrará deste corpo que me leva para a morte?’.

4. Com a natureza assim corrompida ninguém consegue agradar a Deus.

b – Não há quem volte à origem sozinho.

1. Nenhum ser humano consegue voltar ao início de tudo e começar de novo, pois já nasce com a vida corrompida.

2. Vivemos a verdadeira incógnita de ‘O elo perdido’.
2.1 – Deus expulsou o homem daquele estado de vida perfeita, trancou a porta e escondeu a chave.

3. Sl. 51.5 ‘De fato, tenho sido mau desde que nasci; tenho sido pecador desde o dia em que fui concebido’.

c – Só na conversão a natureza humana pode ser transformada.

1. Conversão é o processo de volta as origens.

2. A porta de entrada neste processo se chama Jesus e a chave é a fé.


III – PORQUE O HOMEM SOFRE COM O PECADO.

a – O pecado produziu a morte espiritual.

1. Com a morte espiritual o homem sofre a falta de comunhão com Deus e sofre de interferência maligna em seus sentimentos e relacionamentos para com Deus.
1.1 – Por isso toda sorte de religiosidade e enganos sobre as questões espirituais se tornam possíveis na experiência humana.

b – O pecado produz a morte existencial.

1. Todos os relacionamentos e realizações existenciais do ser humano são afetados com o pecado e por isso o homem sofre existencialmente.
1.1 – Sejam as relações na família, no casamento, no trabalho, na área social, na administração dos bens e em qualquer outra área da vida humana, a raça humana entrou neste estado de desequilíbrio e morte.

2. Pode-se dizer que a totalidade das angústias humanas nasce desse estado de morte existencial.

c – O pecado produz a morte material.

1. A morte física sempre é uma dor na experiência humana.

2. A morte física nunca é aceita na raça humana, por mais que possa se esperar seja num caso de enfermidade ou de idade avançada.

3. Como consequência do pecado a morte física traz sofrimento para a raça humana.

d – O pecado produz a morte eterna.

1. A morte eterna é o estado de morte espiritual, aquela separação da comunhão e dos propósitos de Deus para a vida humana, orientados na criação da raça e perdidos com o pecado.

2. Quem não passar pela conversão vai experimentar por toda a eternidade este estado de degeneração e sofrimento.
2.1 – II Ts. 1.7b-10 ‘... quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus. Estes sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder, quando vier para ser glorificado nos seus santos e ser admirado em todos os que creram, naquele dia (porquanto foi crido entre vós o nosso testemunho)’.

e – Só a conversão substitui a morte pela vida.

1. Só a conversão pode levar o ser humano a este processo de restauração, onde o estado de morte possa ser substituído pela vida.

2. Jo. 3.16 (ARA) ‘Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna’.

3. Jo. 3.36 (NVI) ‘Quem crê no Filho tem a vida eterna; já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele’.

CONCLUSÃO: O propósito do Evangelho é notificar a todos que se voltem para Deus com arrependimento e fé, e você está notificado hoje. Dê uma resposta ao amor de Deus manifesto na pessoa e morte de Jesus como pagamento pelo seu pecado.

Quem sabe Deus pode ser gracioso para com você e lhe dar o perdão!
Sl. 7.12 ‘Se o homem não se converter, afiará Deus a sua espada...’.
Volte-se para Deus.
Peça-lhe perdão!

Por que o Pecado?

Rm. 3.9-20

Objetivo: Apresentar a realidade do pecado universal e individual chamando o pecador ao arrependimento.

Introdução: A informação de que você pode ir para o inferno te agrada?

Contexto: Paulo expõe aos romanos a universalidade do pecado.

Transição: Se todos pecaram, logo todos são condenáveis aos olhos de Deus. Como se ver livre desta penalização?

I – A Concepção do Pecado na Vida Humana.

1. A psicologia, sociologia, antropologia e outras ciências comportamentais encaram o que as Escrituras chamam de pecado apenas como sendo falha no comportamento humano, sendo variável em cada pessoa de acordo com a educação, o meio ou a cultura na qual está inserido o indivíduo.

2. Até mesmo a palavra pecado é evitada ou dado a ela um conceito de mero erro comportamental.

3. No uso comum, pecado se reserva a erros mais grosseiros ou crimes mais hediondos.
3.1 – ‘Eu não mato, então não peco’.
3.2 – ‘Eu não sou pecador porque não roubo’.


II – A Realidade do Pecado na Revelação Divina.

1. O pecado é uma realidade na vida humana e mesmo que se dê outros nomes não altera o fato de sua existência e realidade.

2. Através do desenvolvimento da teologia convencionou-se a seguinte definição:
2.1 – Pecado original.
2.2 – Pecado atual ou factual.

3. ‘Pecado original’ é o nome dado a condição de pecadores que todos nós herdamos de Adão e Eva.
3.1 – O primeiro casal era o representante de toda a raça humana, por isso, todos que nascem herdam deles a condição de pecadores, pois eles pecaram.
3.2 – A Bíblia fala a respeito desse primeiro pecado que resultou na ‘contaminação’ de todos os seres humanos:
3.3 – Rm 5:12Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram’.

4. ‘Pecado atual ou factual’ são os pecados que cometemos no nosso dia a dia, no decorrer da nossa vida.
4.1 – Os ‘Pecados atuais’ são derivados ou consequências do pecado original.
4.2 – São atos, pensamentos, intensões, ações, omissões, resultantes do fato de sermos pessoas enfermizadas pela doença do pecado.
4.3 – ‘O pecado é uma condição do ser humano caído, é a exclusão de Deus e a negação dos seus caminhos e propósitos. Pecado é um conceito teológico, é definido a partir da revelação de Deus nas Escrituras Sagradas, não é um conceito psicológico ou sociológico. Não é definido culturalmente, mas biblicamente’ (Ricardo Barbosa – IP Planalto Brasília ).


III – A Realidade do Pecado na Vida Humana.

1. A descrição da pecaminosidade no texto de Paulo nesta carta aos Romanos aponta para a realidade nua e crua percebida e comprovada na sociedade humana em qualquer cultura ou época.

2. O pecado pressupõe a existência de um Deus santo que se revelou através da Escritura Sagrada e estabeleceu um código de moral e ética na qual o homem é balizado.

3. A partir desta realidade Paulo passa a descrever o pecado demonstrando que diante desse Deus absolutamente santo e perfeito não quem viva plenamente de forma agradável a ele.

4. O pecado é universal, e Paulo afirma isto no versículo 9.
4.1 – Rm. 3.9 (NVI)Que concluiremos então? Estamos em posição de vantagem? Não! Já demonstramos que tanto judeus quanto gentios estão debaixo do pecado’.

5. Não há quem seja perfeito aos olhos do santo Deus.
5.1 – Rm. 3.10-12 (BV)Tal como as Escrituras afirmam: Ninguém é bom - ninguém no mundo inteiro é inocente. Ninguém jamais seguiu realmente as veredas de Deus, nem mesmo desejou verdadeiramente fazê-lo. Todos se desviaram; todos caíram no erro. Ninguém, em parte alguma, fez só o que é direito durante toda a sua vida nem uma só pessoa’.

6. Pecam com a boca expressando daquilo que há dentro de seus corações.
6.1 – Rm. 3.13-14 (NVI)Suas gargantas são um túmulo aberto; com suas línguas enganam. Veneno de serpentes está em seus lábios. Suas bocas estão cheias de maldição e amargura’.
6.2 – Quem, em toda a sua vida, em algum momento, nunca falou algo ferinamente contra alguém, diminuindo, desprezando ou desejando mal ao seu próximo?

7. O agir e o viver do ser humano o conduz para o mal, por isso Paulo usa a figura dos pés.
7.1 – Rm. 3.15-16 (NVI)Seus pés são ágeis para derramar sangue; ruína e desgraça marcam os seus caminhos’.

8. O temor de Deus, a seriedade para o fato da existência e santidade de Deus não é considerado pelo homem de forma geral.
8.1 – Rm. 3. 17 (NVI)Aos seus olhos é inútil temer a Deus’.


IV – A Realidade da Salvação do Pecado Para o Ser Humano.

1. O apóstolo Paulo reforça o fato de que os mandamentos de Deus não foram dados com a intenção de salvar qualquer pessoa pela prática dos mesmos, mas sim que pela constatação da incapacidade da completa obediência, todo homem soubesse de sua culpa perante o Deus santo.
1.1 – Rm. 3.19-20 (NVI)Sabemos que tudo o que a Lei diz, o diz àqueles que estão debaixo dela, para que toda boca se cale e todo o mundo esteja sob o juízo de Deus. Portanto, ninguém será declarado justo diante dele baseando-se na obediência à Lei, pois é mediante a Lei que nos tornamos plenamente conscientes do pecado’.

2. Nas Escrituras não se encontra um único texto onde se trata da salvação como realização ou conquista do ser humano, mas sim como resultado da graça de Deus, e tão somente através da penalização de seu próprio Filho em lugar do pecador.
2.1 – Rm. 3.21-22 (BV) ‘Agora, porém, Deus nos mostrou um caminho diferente para o céu - não o fato de sermos ‘bonzinhos’ e procurarmos guardar suas leis, mas um novo caminho (ainda que não seja tão novo assim - realmente, pois as Escrituras falaram dele há muito tempo). Agora Deus diz que nos aceitará e nos absolverá - Ele nos declarará ‘sem culpa’ - se nós confiarmos em Jesus Cristo para Ele tirar os nossos pecados. E todos nós podemos ser salvos deste mesmo modo, vindo a Cristo, não importa o que somos ou o que temos sido’.

Conclusão: Todos são pecadores. Você é pecador!
Todos são culpados e condenáveis aos olhos de Deus.
Você é culpado e condenável aos olhos de Deus.

Você não pode se salvar.
Cristo morreu por você!