segunda-feira, 25 de abril de 2011

A MENSAGEM QUE JAMAIS SERÁ ESQUECIDA

Mt. 28.1-15


OBJETIVO: Ensinar que a mensagem da morte de Jesus sempre será pregada até o fim da história, e esta é responsabilidade de cada cristão.

INTRODUÇÃO: Datas importantes na história são esquecidas:
• Invenção dos tipos móveis, por Johannes Gensfleisch zur Laden zum Gutenberg, sendo a Bíblia o primeiro livro impresso por Gutemberg, processo que iniciou o 23 de fevereiro de 1455 e concluiu uns cinco anos depois .
• Invenção do telefone. ‘Mr. Watson, preciso falar contigo!’ Era 10/03/1876, e quem falava era Alexander Graham Bell .
• A descoberta da bomba atômica. A descoberta do nêutron, no ano de 1932, mudou totalmente os métodos utilizados para estudar as propriedades do núcleo atômico. Muitos dos cientistas que se empenharam nas pesquisas sobre fissão e fusão nuclear, entre eles Einstein e Lise Meitner. Em julho de 1945, foram realizados os primeiros testes para a detonação da bomba atômica e no dia 16 de agosto de 1945, a bomba atômica - apelidada de “Garotinho” - foi lançada sobre os céus de Hiroshima, matando milhares civis .
• Ataque de 11 de setembro de 2001.

CONTEXTO: Mateus escreve este Evangelho por volta do ano 41 e tem como objetivo demonstrar para o povo judeu que Jesus era de fato o Cristo prometido.

TRANSIÇÃO: O evento morte e ressurreição de Jesus será um dia esquecido? A MENSAGEM QUE JAMAIS SERÁ ESQUECIDA.


I – MORTE E RESSURREIÇÃO DE CRISTO: INEGÁVEL.

1. A história de Jesus é algo inegável na história da humanidade.

2. Há mais livros escritos sobre Jesus do que sobre qualquer outro tema no mundo.

3. Sua morte e ressurreição tem sido examinadas à luz dos registros por diversos seguimentos científicos e não se encontra provas substanciais para negar esses fatos.

4. Não poucos se propuseram a negar a morte e ressurreição de Cristo, mas na maioria dos casos os proponentes acabaram convertidos à pessoa de Jesus.
4.1 – Ilustrações:
a) Dr. Simon Greenleaf era um cético da escola de direito de Harvard que escreveu três volumes sobre as leis da evidência legal, cristãos e ridicularizado em suas aulas de direito. Mas ele foi desafiado por estudantes cristãos a aplicar seu próprio livro para a ressurreição de Jesus. Tomando o desafio, ele concluiu que a evidência foi tão convincente, ele se tornou um crente. Mais tarde, ele escreveu: ‘A ressurreição de Jesus é um dos fatos mais seguros registrados na história’.
b) Dr. Benjamin Gilbert-West e Lord Littleton eram de Cambridge. Tão farto com o cristianismo que queriam destruí-lo, tomaram uma licença para estudar e escrever um livro para refutar tanto a ressurreição e a conversão de Saulo de Tarso. Como resultado do estudo, se tornaram crentes fervorosos.
c) Dr. Frank Morrison, advogado e engenheiro, foi criado em meio ao racionalismo. Gostava de Jesus, mas pensava que a ressurreição era um mito. Ele também queria escrever um livro para refutá-la, mas no processo de escrever, entregou sua vida a Cristo. Suas conclusões estão no livro ‘Quem Mexeu na Pedra?’ .


II – A MENSAGEM QUE ATRAVESSA SÉCULOS.

1. Teorias têm sido propostas para explicar o túmulo vazio:
1.1 – Teoria do desfalecimento.
a) Afirma-se que Jesus não estava realmente morto quando o sepultaram.
b) Ele só parecia estar morto, porém mais tarde reviveu no túmulo.
c) Caso ele não estivesse morto quando deixado no túmulo, ele estaria severamente enfraquecido pela flagelação, pelo espancamento e pelas horas passadas na cruz.
d) Para, de algum modo, remover a pedra e superar os guardas, seria exigida uma grande força.
1.2 – Teoria do túmulo errado.
a) Todos, tanto amigos como inimigos, tinham esquecido onde Jesus tinha sido sepultado.
b) Os amigos de Jesus, os soldados romanos e mesmo José, o proprietário da cova, todos esqueceram sua localização apenas depois de dois dias?
1.3 – Teoria do roubo.
a) Alguns pensam que os discípulos de Jesus roubaram o corpo e mais tarde declararam que ele tinha sido ressuscitado.
b) Conquanto esta explicação seja a mais velha, é difícil levá-la a sério.
c) Por que os discípulos teriam roubado o corpo?
d) A proclamação de ressurreição lhes trouxe perseguição e pobreza.
e) Eles morreram por causa do testemunho da ressurreição.
1.4 – Teoria da alucinação.
a) Afirmam outros, que os discípulos, perturbados emocionalmente depois da morte de Jesus, apenas pensaram tê-lo visto vivo.
b) Os relatórios destas testemunhas oculares não têm características de alucinações.
c) Eles envolveram tempos, lugares e grupos de pessoas diferentes.
d) Alucinações são bem individuais e mais de 500 pessoas viram Jesus vivo ao mesmo tempo (I Co. 15:6).

2. Onde quer que chegue esta mensagem haverá um rastro de vidas transformadas.

3. A mensagem da morte e ressurreição de Cristo tem atravessado e transformado séculos de história, onde não só indivíduos, mas nações e culturas inteiras têm sido afetadas pela mensagem com seus valores.


III – A MENSAGEM CONTINUARÁ A SER PREGADA.

1. A mensagem dos anjos no túmulo:
1.1 – Mt. 28.5-7 ‘O anjo disse às mulheres: Não tenham medo! Sei que vocês estão procurando Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Venham ver o lugar onde ele jazia. Vão depressa e digam aos discípulos dele: Ele ressuscitou dentre os mortos e está indo adiante de vocês para a Galiléia. Lá vocês o verão. Notem que eu já os avisei’.

2. A mensagem das mulheres:
2.1 – Mt. 28.28 ‘As mulheres saíram depressa do sepulcro, amedrontadas e cheias de alegria, e foram correndo anunciá-lo aos discípulos de Jesus’.

3. A mensagem dos discípulos:
3.1 – At. 3.19 ‘O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Deus dos nossos antepassados, glorificou seu servo Jesus, a quem vocês entregaram para ser morto e negaram perante Pilatos, embora ele tivesse decidido soltá-lo. Vocês negaram publicamente o Santo e Justo e pediram que lhes fosse libertado um assassino. Vocês mataram o autor da vida, mas Deus o ressuscitou dos mortos. E nós somos testemunhas disso’.

4. A mensagem da Igreja:
4.1 – Rm. 10.9 ‘Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo’.

5. Esta é uma tarefa inacabada. Cada cristão precisa se colocar na qualidade de uma testemunha poderosa para asseverar o valor da morte e ressurreição de Cristo na transformação dos pecadores.

6. Esta é uma mensagem eterna. Mesmo depois da consumação da história humana, quando Deus reunir e julgar as nações, o povo de Deus haverá de lembrar eternamente da história da cruz.
6.1 – Ap. 5.9-12 ‘Tu és digno de receber o livro e de abrir os seus selos, pois foste morto, e com teu sangue compraste para Deus gente de toda tribo, língua, povo e nação. Tu os constituíste reino e sacerdotes para o nosso Deus, e eles reinarão sobre a terra. Então olhei e ouvi a voz de muitos anjos, milhares de milhares e milhões de milhões. Eles rodeavam o trono, bem como os seres viventes e os anciãos, e cantavam em alta voz: Digno é o Cordeiro que foi morto de receber poder, riqueza, sabedoria, força, honra, glória e louvor!’.


CONCLUSÃO: Não há salvação fora da pessoa e obra de Jesus Cristo.
Não há salvação fora da confissão de que Jesus Cristo ressuscitou dentre os mortos.
Confesse Jesus.

terça-feira, 19 de abril de 2011

A MENSAGEM CENTRAL DO EVANGELHO

I Co. 2.1-5


OBJETIVO: Ensinar aos membros que não se pode pregar nem viver um evangelho divorciado da mensagem da cruz.


INTRODUÇÃO: Se a morte de Cristo na cruz é o verdadeiro significado de sua encarnação, não existe evangelho sem a cruz. Qualquer evangelho que proclama somente a vinda de Cristo ao mundo, significando a encarnação sem a expiação, é um falso evangelho. Qualquer evangelho que proclama o amor de Deus sem ressaltar que seu amor O levou a pagar, na pessoa de seu Filho, na cruz, o preço final pelos nossos pecados, é um falso evangelho. (James Montgomery Boyce – Fé para Hoje, Versão Online, Número 8, Ano 2000).


CONTEXTO: A filosofia grega influenciava os pregadores primitivos e desde cedo percebeu-se distorção do Evangelho de Jesus Cristo. Paulo debatia com a Igreja de Corinto sobre o risco da não centralização da cruz no Evangelho, em contraste com o pensamento estóico que se infiltrava na Igreja. É possível que mestres naquela Igreja viam em Jesus a manifestação de Deus, mas rejeitavam a cruz.


TRANSIÇÃO: Hoje muitos grupos e denominações pregam um Evangelho sem a cruz. Que diria Paulo ou outros apóstolos se passassem no meio evangélico brasileiro hoje? Quero compartilhar nesta oportunidade o tema: A MENSAGEM CENTRAL DO EVANGELHO.


I – A AMPLA CIRCUNFERÊNCIA DO EVANGELHO.

1. O Evangelho de Jesus Cristo possui aspectos e interferências na vida ética, moral e comportamental do indivíduo, independente do seu meio cultural ou étnico.

2. Não há esfera da vida humana que o Evangelho não seja pertinente, antes propõe a transformação do homem no seu todo.

3. Desde palavras, pensamentos, intenções, hábitos e práticas na vida humana o Evangelho tudo abarca e amolda.
3.1 – I Co. 10.31 (NVI) ‘Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus’.
3.2 – Fp. 4.8 (NVI) ‘Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas’.
3.3 – Cl. 3.5-10 (NVI) ‘Assim, façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena de vocês: imoralidade sexual, impureza, paixão, desejos maus e a ganância, que é idolatria. É por causa dessas coisas que vem a ira de Deus sobre os que vivem na desobediência, as quais vocês praticaram no passado, quando costumavam viver nelas. Mas agora, abandonem todas estas coisas: ira, indignação, maldade, maledicência e linguagem indecente no falar. Não mintam uns aos outros, visto que vocês já se despiram do velho homem com suas práticas e se revestiram do novo, o qual está sendo renovado em conhecimento, à imagem do seu Criador’.

4. O Evangelho, perfazendo toda a mensagem bíblica, é o Manual do nosso fabricante, no intuito de que possamos servir para o que fomos criados: a glória do Criador.


II – A SIMPLICIDADE DA MENSAGEM.

1. O conteúdo do Evangelho abarca todas as áreas da vida humana e necessita ser transmitido a todo homem de forma que a mensagem seja simples, tangível e transformadora na vida daquele que o recebe.

2. Paulo, embora um dos mais cultos cristãos de sua época apresentava a mensagem com simplicidade ao alcance de todos.
3.1 – I Co. 2.4 (BV) ‘e a minha pregação foi muito simples, não com abundante oratória e sabedoria humana; entretanto, o poder do Espírito Santo estava em minhas palavras, provando a todos quantos as ouviram que a mensagem vinha de Deus’.
3.2 – I Co. 9.22-23 (BV) ‘Quando estou com aqueles cuja consciência facilmente os inquieta, não ajo como se eu soubesse tudo e não digo que eles são tolos; o resultado é que assim eles estão dispostos a me deixar ajudá-los. Sim, qualquer que seja o tipo de pessoa, eu procuro achar um terreno comum com ela, para que me permita falar-lhe de Cristo e permita a Cristo salvá-la. Faço isso para levar o Evangelho a eles e também pela bênção que eu próprio recebo, quando os vejo ir a Cristo’.

3. Sadu Sun dar Sing (O Apóstolo dos Pés Sangrentos): ‘Se for falar do Evangelho como a água da vida para um indiano, deve dar a água num copo indiano’.

4. Os evangélicos em geral usam o evangeliquês, um idioma pouco comum ao povo a quem falam de modo que muitos termos que usam para apresentar o evangelho mais dificulta que facilita a compreensão de sua mensagem.
4.1 – ‘Varão, o culto foi um fluir de Deus. Estava todo mundo na unção. Só tinha vaso de bênçãos!’.
4.2 – ‘Levita’, por exemplo, não é conjugação do verbo levitar. Trata-se do crente que exerce alguma atividade ligada à música congregacional, seja cantando ou tocando instrumentos.
4.3 – ‘Entrar na carne’, não é almoço em churrascaria, mas uma expressão usada para classificar o crente pouco zeloso de sua santidade.
4.4 – A linguagem é tão complicada, que muitos que visitam igrejas evangélicas, se sentem como se estivessem num outro país.

5. É preciso se preocupar em transmitir a Palavra de Deus de tal forma que o povo possa entender.


III – A MENSAGEM CENTRAL DO EVANGELHO.

1. Para o apóstolo Paulo é impossível falar do Evangelho sem falar da sua mensagem principal: a cruz.

2. O centro da mensagem bíblica é Cristo e seu sacrifício na cruz do Calvário.
2.1 – I Co. 2.2 (BV) ‘Decidi-me a falar só de Jesus Cristo e de sua morte na cruz’.
2.2 – I Co. 15.3-4 (NVI) ‘Pois o que primeiramente lhes transmiti foi o que recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou no terceiro dia, segundo as Escrituras’.

3. Sempre houve um Evangelho paralelo, uma espécie de Evangelho pirata, um tipo de câmbio negro, no meio do cristianismo.

4. Em todos os tempos no meio do Cristianismo houve a pregação do Evangelho numa mensagem sem a cruz; mas em nossos dias o Evangelho sem a cruz tem ganhado maior espaço no meio do povo que se diz povo de Deus.

5. Esse tipo de mensagem não conduz ninguém a Cristo reconhecendo nele o único Salvador e tem produzido uma população Gospel/Evangélica e interessada em bênçãos, especialmente se essas bênçãos vierem em forma de cifrões.

6. Mais do que nunca precisamos pregar a mensagem da cruz.


CONCLUSÃO: O Evangelho tem o poder de transformar toda a vida do pecador e não somente sua religiosidade.
A mensagem do Evangelho é simples.
O centro da mensagem do Evangelho é Jesus em seu sacrifício redentor.
Não aceite um Evangelho sem a cruz (Gl. 1.6).

segunda-feira, 11 de abril de 2011

COMPROMISSO COM A SALVAÇÃO DOS FILHOS

Ex. 10.1–11


OBJETIVO: Incentivar as famílias a assumir a responsabilidade direta na criação dos filhos nos caminhos do Senhor.

INTRODUÇÃO: Quando somos alcançados pela graça salvadora de Deus em Cristo, Deus propõe a abençoar salvadoramente toda a nossa família.
Estamos envolvidos num tremendo conflito espiritual, queiramos ou não. Deus e os agentes do seu reino destronam o reino de Satanás, e estes oferecem resistência constante. Nossa família, bem como nossos filhos estão dentro deste conflito. Ignorar este conflito com o mal é colocar em risco nossa vida e a vida de nossa família.

CONTEXTO
: Sabendo que o seu reino iria sofrer a derrota, Faraó, astuto negociador faz algumas propostas a Moisés que tipificam as propostas de Satanás ao povo de Deus hoje, haja vista a sua visível derrota.

TRANSIÇÃO
: Quero abordar nesta oportunidade o seguinte tema: COMPROMISSO COM A SALVAÇÃO DOS FILHOS.


I – O RISCO DE SER CRISTÃO SEM OS FILHOS.

a – A proposta era deixar os filhos.

1. A proposta de Faraó a Moisés era que os adultos saíssem do Egito para servir a Deus, mas que deixassem os filhos.

2. Esta continua sendo a sugestão de Satanás para o povo de Deus.
2.1 – ‘Deixem os filhos, afinal, estudaram ou trabalharam a semana toda’.
2.2 – ‘Deixem os filhos, afinal, eles decidirão quando crescerem’.
2.3 – E pior! Muitos pais estão cedendo a sugestão. Só não poderão transferir a culpa mais tarde, seja para o pastor, seja para Deus, ou seja, para o diabo.

3. Veja como isto tem acontecido a muitas famílias cristãs:
3.1 – Há muitos pais que se comprometem no batismo de seus filhos em criá-los na disciplina e conhecimento da vontade de Deus.
3.2 – Mas, no decurso dos anos, não querem se dar ao trabalho de educar os filhos nos caminhos do Senhor, pois se torna uma tarefa difícil e com muitas exigências.

4. Se não investirmos em nossos filhos hoje, é bem provável que não estarão servindo ao Senhor nos próximos anos.

b – Onda de permissivismo nos atinge.

1. O modelo de uma sociedade permissivista invade nossos lares e nossas Igrejas.

2. Há pais que criam seus filhos sem parâmetros como se os princípios e mandamentos se limitassem apenas para uso dentro das Igrejas ou como se tivessem sido dados apenas para as horas de cultos.

c – Responsabilidade de quem?

1. Dt. 6.6–7 ‘Estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-se, e ao levantar-te’.

2. Pr. 22.6 (BV) ‘Ajude seu filho a formar bons hábitos quando ainda é pequeno. Assim ele nunca abandonará o bom caminho, mesmo depois de adulto’.

3. Adquiram o hábito de lerem o Livro de Provérbios e anotem tudo que diz respeito a família, a criação e correção dos filhos. São princípios de Deus.


II – RESPONSABILIDADE INADIÁVEL.

a – A mania humana de transferir responsabilidades.

1. Tudo começou no Éden.
1.1 – Adão, depois de pecar, chamado à responsabilidade por Deus, transfere a culpa para a mulher e para o próprio Deus, dizendo: ‘Foi a mulher que Tu me deste’.
1.2 – Eva, quando questionada, imediatamente transfere a culpa para a serpente, dizendo: ‘A serpente me enganou, e eu comi’.
1.3 – Ilustração: ‘Responsabilidade todos querem evitar’.

2. Ainda hoje temos a mania de transferir responsabilidades.
2.1 – Esse é um recurso largamente usado dentro dos relacionamentos familiares.
2.2 – É o pai que faz corpo mole e deixa que a mulher assuma responsabilidades que são suas.
2.3 – É a mãe que deixa os filhos soltos para não assumir uma postura que possivelmente a expõe diante dos filhos ou de terceiros.
2.4 – São irmãos que sempre jogam a culpa para os outros.
2.5 – É preciso quebrar esse círculo vicioso. O que nos permitimos viver dentro de casa, assumirá proporções maiores na sociedade.
3. Certamente teremos que assumir os custos da transferência de responsabilidade, pois incide frontalmente no futuro de nossa família.
3.1 – Todos nós estamos deixando à geração futura um legado e uma herança.
3.2 – Poderemos repassar aos nossos filhos uma herança de falta de postura ou mesmo de caráter.
3.3 – Não teremos o direito de lamentar a sorte de nossos filhos, seja no plano social, moral, físico, econômico ou espiritual; se não repassarmos a eles uma herança que os possibilite viver de cabeça erguida e vitoriosos.

b – Responsabilidades assumidas e seus resultados.

1. Exemplo de Eunice.
1.1 – Sabe porque Timóteo se tornou o pastor da importante Igreja de Éfeso e um braço forte na obra missionária junto com o apóstolo Paulo?
1.2 – Porque foi educado nas Sagradas Letras desde a infância por sua avó Lóide e sua mãe Eunice. Mulheres que assumiram a responsabilidade diante de Deus.
a) II Tm. 1.5 ‘’.
b) II Tm. 3.14-15 ‘’.
1.3 – Certamente milhares de pessoas foram afetadas pela vida de Timóteo.

2. Exemplo da mãe de Lemuel.
2.1 – Lemuel, em Pr. 31 recorda princípios vitais que lhe foram ensinados por sua mãe.


CONCLUSÃO: A proposta e sugestão de Satanás continua para cada família cristã: ‘Ide somente vós, os homens. Deixem as crianças’.
A resposta de Moisés deve ser a resposta das famílias cristãs: ‘Havemos de ir com nossos jovens, e com os nossos velhos, e com os nossos filhos, e com as filhas, e com os nossos rebanhos, e com os nossos gados; havemos de ir, porque temos de celebrar festa ao Senhor’.
Assuma a postura de Moisés, não abra mão de sua família.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A IGREJA FORA DO PORTÃO

Hb. 13.10-17


OBJETIVO: Ensinar que a vida da Igreja não é limitada aos encontros no aprisco, mas se dá lá fora no contato com o mundo.

INTRODUÇÃO: A tarefa evangelística da Igreja é uma tarefa inacabada e assim sempre será. Sempre terá, até o último dia da história da humanidade, pessoas a serem evangelizadas e alcançadas com o Evangelho.

CONTEXTO: O escritor claramente contrasta o estado em que seus leitores se encontram com o estado em que estavam anteriormente, com o em que deveriam estar, demonstrando que os crentes eram indolentes (Hb 5.11-6.12) e desanimados (Hb 12.3-12).
Haviam perdido seu entusiasmo inicial pela fé (Hb 3.6,14; Hb 4.14; Hb 10.23,35).
Haviam deixado de crescer, ou melhor, de progredir, e sofriam de séria deficiência no que tange à compreensão e ao discernimento espirituais (Hb 5.12-14). Estavam deixando de frequentar as reuniões cristãs (Hb 10.25) e de ser ativamente leais aos seus líderes cristãos (Hb. 13.17).
Necessitavam ser novamente exortados a imitar a fé daqueles que os tinham precedido na viagem para a glória (Hb 13.7).
Estavam correndo o risco de se tornarem meramente religiosos como os outros hebreus que permaneceram no judaísmo.

TRANSIÇÃO: Há uma doença de cunho relacional no meio evangélico, e muitas vezes se origina numa teologia doente e egoísta.
Esta disfunção é batizada pelo nome de ‘Koinonite’, e quem a desenvolve tende a ter uma visão embotada e voltada apenas para a vida da Igreja presa num templo.
Pensando nisso, quero com partilhar nesta oportunidade sobre o tema: A IGREJA FORA DO PORTÃO.

I – NOSSO MODELO ESTÁ DO LADO DE FORA.

a – Jesus viveu do lado de fora.

1. A vida de Jesus não se enquadrou dentro dos muros da religião judaica dos seus dias.

2. Quando olhamos para a vida de Jesus fica bem claro que sua trajetória transcorreu em sua maior parte fora do portão.

3. Pode-se ver Jesus do lado de fora, quando:
3.1 – Dorme ao relento (Mt 8:18-20).
3.2 – Convoca seus discípulos na praia (Mt 4:18-22).
3.3 – Nas esquinas (Lucas 19:1-10).
3.4 – Com os Cobradores de Impostos (Mt 9:9).
3.5 – Ele faz discípulos em banquetes (Lc 5:29).
3.6 – O primeiro milagre se dá num casamento (Jo 2:1-12).
3.7 – Ele tanto visita sinagogas quanto cemitérios (Jo 8:38).

4. Jesus transita do lado de fora, no mundo secular, com uma facilidade com uma leveza e com uma liberdade enorme.

5. Quando Jesus começa a se aproximar do lado de dentro do portão da religião começam as controvérsias, começam as grandes polemicas.
5.1 – É do lado de dentro do portão de Jerusalém que Ele é questionado pelos fariseus.
5.2 – É do lado de dentro que surgem as grandes questões de onde vem autoridade, se emana de Deus, do Estado ou de Cezar (Mt 22).
5.3 – É dentro do portão que começam as grandes polêmicas a respeito do comportamento de Jesus, quando Ele fere alguns costumes religiosos instituídos.

6. Jesus não cabe dentro da religião, por isso eles o mataram, mas Ele também não cabe dentro da tumba por isso ressuscita.

7. O escritor de Hebreus escreve esta carta para o povo que estava querendo voltar-se para dentro do portão.
7.1 – Voltar para essa religião de ‘dentro do portão’ é abandonar o caminho da graça.
7.2 – Querer ficar ‘dentro do portão’ é esquecer o modelo e se apegar apenas ao esquema da religião.
7.3 – Fomos chamados para viver do lado de fora do portão.
7.4 – O Senhor nos convida a vivermos nossa fé do lado de fora do portão, do lado de fora da instituição, do lado de fora da redoma da religiosa.

b – Jesus se ofereceu em nosso resgate do lado de fora.

1. O ritual religioso judaico instituído por Deus nos dias de Moisés estabelecia que a oferta pelo pecado fosse queimada fora do arraial dos israelitas.
1.1 – Lv. 16.27 ‘O no¬vilho e o bode da oferta pelo pecado, cujo sangue foi trazido ao Lugar Santíssimo para fazer propiciação, serão levados para fora do acampa¬mento; o couro, a carne e o excremento deles serão queimados com fogo’.

2. Como o próprio autor aos Hebreus ensina, todos os tipos do culto judaico eram sombras do que deveria acontecer com Cristo.
2.1 – Hb. 8.5 ‘os quais ministram em figura e sombra das coisas celestes ...’.
2.2 – Hb. 10.1 ‘Ora, visto que a lei tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das coisas ...’.

3. Assim os sacrifícios dos cordeiros, bodes e novilhos eram sombras ou tipos do verdadeiro sacrifício oferecido por Jesus.
3.1 – Assim como o sacrifício da expiação deveria ser oferecido e queimado fora do arraial dos israelitas, assim também Cristo morreu fora dos portões de Jerusalém.
3.2 – Assim como Cristo se ofereceu do lado de fora dos muros da religião instituída, a Igreja, o seu povo, também precisa aprender que sua vida como povo de Deus tem algo a ver com ‘o lado de fora’.

II – O LUGAR DA IGREJA É DO LADO DE FORA
.

a – A vida cristã se vive do lado de fora.

1. Viver dentro do portão é viver nessa Jerusalém religiosa, dentro do arraial da religiosidade.

2. Temos a vida cristã ‘intra-muros’, ou seja dentro dos limites do Templo; contudo a vida cristã se vive na experiência ‘extra-muros’, isto é, fora do Templo, no contato com o mundo.

3. Para muitos cristãos, o encontro com Jesus se dá apenas no contato do culto; mas Jesus não pode ser encontrado somente dentro do templo.

4. Você deve ir para o lado de fora do portão, para encontrar com Jesus na rua, na esquina, na vida, no trabalho, nas suas atitudes, no vai e vem, na relação com os pagãos, com os ‘com Deus’ e com os ‘sem Deus’.

5. A vida na Igreja é de busca da unidade do Corpo, do conhecimento da Palavra, do crescimento espiritual, mas nosso encontro com Jesus deve ocorrer em todo lugar.

b – O ministério da Igreja é do lado de fora.

1. O escritor da carta aos Hebreus, inspirado pelo Espírito Santo diz que as coisas que acontecem ‘do lado de dentro’ só fazem sentido se forem legitimadas, validadas, autenticada ‘do lado de fora’.

2. Isso quer dizer que o altar de dentro só tem valor se o sacrifício (culto) aqui oferecido tiver continuidade do lado de fora.
2.1 – Não adianta vir cantar e adorar a Deus no culto se você foi desonesto no trabalho.
2.2 – Não adianta vir a Ceia do Senhor se em casa as relações está um inferno.

3. O sacrifício de louvor e adoração a Deus dentro do portão, só tem sentido se estiver sendo oferecido do lado de fora.

4. Tem muita gente pensando que a fé cristã se limita a essas manifestações que se faz ‘do lado de dentro’, quando se bate palmas, quando se dá um sorriso ao irmão do lado, quando se celebra dentro do culto.

5. Ilustração: Alguns dirigentes de adoração dizem: ‘Vamos começar o louvor’.
5.1 – O louvor já começou em sua vida quando aconteceu sua conversão.
5.2 – Teoricamente o louvor é vida, por isso não começa, por que não termina.
5.3 – Em outras palavras: ‘Se não há culto, não há vida; e se não há vida, não há culto’.

c – O resgate e a salvação de outros se dá do lado de fora.

1. Por mais que possamos usar nossos cultos para falar de Jesus e comunicar a salvação, precisamos entender que o lugar da evangelização não é aqui dentro.

2. Ilustração: Robert Lye ‘O lugar da Igreja é nas trevas’.

3. Não se pode transferir a responsabilidade pessoal do evangelismo com aqueles que estão ao seu alcance para as cercanias da Igreja como instituição.

4. Ilustração: No ano 748 a.C. Isaías entrou no Templo e foi confrontado com a visão da glória de Deus e com a visão da missão que tinha diante dele.
4.1 – ‘Quem há de ir por nós?’.
4.2 – ‘E eu não disse nada’.
4.3 – ‘Eis-me aqui, envia-me a mim’.
4.4 – Era do lado de fora do Templo que estava sua missão.

5. Muitos cristãos pensam e muitos outros até falam abertamente apontando e transferindo a responsabilidade da evangelização para os Líderes pagos.

6. Os Líderes pagos, nossos guias, são pagos para serem os professores de Bíblia na vida da Igreja e incentivar cada cristão a cumprir a tarefa.
6.1 – Hb. 13.17 ‘Obedeçam aos seus líderes espirituais e estejam prontos a fazer o que eles disserem. Porque o trabalho deles é velar sobre as almas de vocês, e Deus julgará se eles fazem isto bem. Deem-lhes motivo para prestarem contas de vocês ao Senhor com alegria, e não com tristeza, pois neste caso vocês também sofrerão com isto’.

7. Nossos guias fazem o trabalho gemendo porque lhes somos pesados ou os ajudamos a carregar as cargas?


CONCLUSÃO
: Esteja sempre no aprisco para ser alimentado e fortalecido na Palavra e na comunhão com os irmãos, mas lembre-se de que cada cristão individualmente e a Igreja em sua coletividade cumpre seu papel é fora do portão, em contato com o mundo.