quarta-feira, 22 de abril de 2009

RISCOS E COMPROMISSOS COM O SUSTENTO DA CAUSA DE DEUS.

I Re. 17.8-16


OBJETIVO: Levar os cristãos à compreensão de que o Reino de Deus é prioridade sobre qualquer investimento humano e que o cristão deve ser fiel.


INTRODUÇÃO: Igrejas em nossos dias se tornaram um excelente meio de comércio e de levantamento de fortunas. Se tornaram comum a respeito das Igrejas brincadeiras jocosas como: ‘Pequenas Igrejas, grandes negócios’ ou ‘Jesus é o caminho, as Igrejas são pedágios’.
Apesar da dificuldade que o tema propõe, o cristão precisa ter clareza do porque contribuir para o Reino de Deus. A necessidade do Evangelho no mundo justifica o meu desprendimento e exige de minha Igreja o investimento em ações que redundem em evangelização eficiente e transformadora.


CONTEXTO: Contexto de Elias confrontando-se com Acabe, um rei que desviara os filhos de Israel para adorarem a Baal.
Elias fora chamado para pregar arrependimento e vida em YHWH.


TRANSIÇÃO: Qual a relação desta história com a questão do sustento da obra de Deus? Quero vos falar nesta oportunidade, utilizando-me de pontos análogos da história desta viúva, sobre RISCOS E COMPROMISSOS COM O SUSTENTO DA CAUSA DE DEUS.




I – A QUESTÃO DA CONTRIBUIÇÃO É ORDEM DE DEUS PARA O SEU POVO.

a – Onde está a ponta da meada?

1. Onde a Bíblia começa a falar da prática do sustento para com a obra de Deus?

2. O assunto é introduzido de modo tão natural na história de Abrão (Gn. 14.20) como se fosse uma prática muito antiga entre os que temiam a Deus.

3. É possível que remonte a tempos edênicos onde Deus, certamente deu algumas prescrições de culto e liturgia à Adão e sua família. Senão, onde Abel e Caim aprenderam sobre cultos e sacrifícios?

4. Encontraremos muitas outras religiões da antiguidade com prática semelhante para sustento de seus cultos.

b – É ordem de Deus.

1. Deus comissiona Elias para sair de onde estava e ir para Sarepta, um povoado que ficava às margens do Mediterrâneo, entre as cidades de Tiro e Sidom, afirmando que ali haveria quem o sustentaria.
1.1 – I Re. 17.9 ‘... ordenei ... que te sustentes ...’.

2. A questão da contribuição para a causa do Reino de Deus insurge-se numa determinação do próprio Deus.

c – Um relance sobre a questão ao longo da Bíblia.

1. No período patriarcal.
1.1 – Abrão dava o dízimo (Gn. 14).
1.2 – Jacó se compromete a dar o dízimo (Gn. 28.22).

2. No período mosaico e monarquia.
2.1 – Lv. 27.30 ‘Todos os dízimos do campo, do fruto das árvores, ..., são do Senhor, são santos ao Senhor’.
2.2 – Pr. 3.9 ‘Honra ao Senhor com os teus bens, e com as primícias de toda a tua renda’.

3. No período pós-exílico.
3.1 – Ml. 3.10 ‘Trazei todos os dízimos à Casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa’.

4. No NT em geral.
4.1 – O NT não traz um tratado elaborado sobre dízimos e sustento visto já ser matéria ensinada no VT.
4.2 – O cristão maduro, ciente dos desafios do Reino de Deus, investe no sustento do trabalho cristão, no afã de ver a glória de Deus no progresso da pregação do Evangelho e da expansão do Reino de Deus através da conversão de não crentes e na transformação da sociedade através dos valores e princípios de Cristo no mundo.
4.3 – O cristão maduro sabe que a questão da contribuição não é ponto facultativo ou opcional, mas sim ordem de Deus para o sustento e avanço de seu Reino.

5. Deus ordenou àquela viúva que sustentasse ao profeta Elias como o representante imediato de seu Reino.


II – O REINO É PRIORIDADE NO PLANO DE DEUS PARA O CRISTÃO.

a – De volta à história.

1. Elias se aproxima da viúva, pede água, depois alimento e insiste: ‘primeiro para mim’.
1.1 – I Re. 17.10-11 ‘Então, ele se levantou e foi à Sarepta; chegando à porta da cidade, estava ali uma mulher viúva apanhando lenha; ele a chamou e lhe disse: Traze-me, peço-te, uma vasilha de água para eu beber. Indo ela a buscá-la, ele a chamou e lhe disse: Traze-me um bocado de pão na tua mão’.

2. Mt. 6.33 ‘Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu Reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas’.

3. Ter o Reino de Deus como prioridade é ter visão da amplitude e urgência da obra que dele decorre.

4. A sinceridade de nosso amor a Deus manifesta-se na realidade do desprendimento de nossa vida e de nossos haveres em função de sua causa.

5. Ou o nosso coração é todo de Deus ou não é de Deus.


III – O CRISTÃO EM SI ESTÁ NUM PLANO SECUNDÁRIO.

a – De volta à história.

1. A mulher reluta em obedecer (ler vs. 12).

2. Elias conversa com a viúva e a convence de que a prioridade deveria ser para o Reino de Deus.
2.1 – I Re. 17.13 ‘... depois farás para ti mesma e teu filho...’.

3. De acordo com Jesus:
3.1 – Mt. 22.37-40 ‘Amarás o Senhor teu Deus, ... o próximo... como a ti mesmo’.
3.2 – Lc. 9.57-60
a) ‘Permite-me primeiro sepultar meu pai ...’
b) ‘Deixa-me primeiro despedir-me dos de casa...’
3.3 – Mt. 6.33 ‘Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu Reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas’.

4. Dada a amplitude e a urgência da obra precisamos considerar que a nossa posição é secundária, somos apenas servos inúteis que buscam primeiramente o interesse de seu Senhor.

5. O momento aqui não é o de buscarmos em primeiro lugar os nossos interesses ou nossa riqueza, mas o Reino de Deus através de uma vida de compromisso, sustento e fidelidade.


IV – DEUS SUPRIRÁ TODAS AS NECESSIDADES DO SEU POVO.

a – De volta à história.

1. I Re. 17.14 ‘Porque assim diz o Senhor, Deus de Israel: A farinha da tua panela não se acabará, e o azeite de tua botija não faltará, até o dia em que o Senhor fizer chover sobre a terra’.

2. O desafio proposto era o da obediência e da fé que Deus supriria cada uma das necessidades daquela casa.

b – A promessa do sustento.

1. As Escrituras nos trazem muitas promessas nesta mesma ordem: ‘Sustente a obra de Deus que Deus dará sustento à sua vida’.

2. Ml. 3.10-12 ‘Tragam todos os dízimos aos depósitos do Templo, para haver alimento suficiente em minha casa. Se vocês fizerem, isso, abrirei as janelas do céu e derramarei uma bênção tão grande que vocês não terão lugar onde guardá-la. Experimentem! Dêem-me uma oportunidade de provar que isso é verdade! Suas colheitas serão formidáveis porque eu as protegerei dos bichos e das pragas. As uvas não murcharão antes de amadurecer, diz o Senhor do Universo. Todas as nações dirão que vocês são abençoados porque a sua terra vibrará de alegria. Estas são as promessas do Senhor do Universo.

3. Pr. 3.9-10 ‘Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão fartamente os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares’.

4. Não cabe aqui a apologia da miséria ou o voto de pobreza como em outras épocas da História da Igreja, mas cabe considerar a urgência do Reino e da salvação eterna de vidas em contraste com nossa transitoriedade.

5. Não cabe também aqui a apologia da prosperidade como em voga em nosso tempo, mas cabe ressaltar que Deus prospera o caminho de todos aqueles que lhe são fiéis, com toda sorte de bênçãos, não se restringindo apenas à questão material e financeira.

c – O cumprimento da promessa do sustento.

1. A viúva, mesmo não tendo nada, correu o risco de ser fiel e oferecer o sustento para o homem de Deus.

2. Deus sustentou a viúva e a Elias cumprindo fielmente sua promessa.
2.1 – I Re. 17.16 ‘Da panela a farinha não se acabou, e da botija o azeite não faltou, segundo a palavra do Senhor’.
2.2 – Fp. 4.19 ‘E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades’.


CONCLUSÃO: É na proporção de nosso interesse pelo Reino de Deus que Deus nos abençoa.
Comprometa-se com o sustento de sua causa.

Um comentário:

Unknown disse...

Devemos ser fiel no dizimos, por que e a bençao do Senhor que enriquece nao acrescenta dores.