quarta-feira, 2 de setembro de 2009

CARACTERÍSTICAS DO CRISTIANISMO BÍBLICO

At. 2. 42-47


OBJETIVO: Apresentar as características da Igreja que devemos ser no intuito de transmitir o Evangelho com entusiasmo e integridade.

INTRODUÇÃO: O cristianismo apresentado em nossa sociedade consumista difere em muito do cristianismo apresentado nos Evangelhos e nas Cartas do Novo Testamento.

CONTEXTO
: O texto está inserido na narrativa lucana dos primeiros dias da Igreja Primitiva. Apesar de muitos erros e falhas incontestes desta Igreja serem apresentados nos escritos do NT, apresenta-se aqui a forma como os irmãos primitivos viviam os ensinos de Jesus, sendo eles mesmos exemplo e estímulo para a Igreja em todos os tempos.

TRANSIÇÃO: Porque esta diferença entre as Escrituras e a religiosidade evangélica de hoje? Espero que possamos perceber isto neste texto e nos esforçarmos por sermos a diferença em nossos dias. Para isto quero refletir sobre o seguinte tema: CARACTERÍSTICAS DO CRISTIANISMO BÍBLICO.


I – O CRISTIANISMO BÍBLICO VIVENCIA A PERSEVERANÇA.

a – O cristianismo bíblico vivencia a perseverança na doutrina.

1. A doutrina ou ensino do Novo Testamento é a doutrina dos apóstolos, recebida por instrução ou por revelação do próprio Senhor Jesus, o autor e consumador de nossa fé.
1.1 – Ef. 2.19-22 ‘... e sois membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo Jesus Cristo como pedra angular’.
1.2 – At. 2.42 ‘Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos’.

2. O cristianismo de hoje é um cristianismo miscigenado com ensinos e práticas pagãs supersticiosas estranhas ao ensino dos apóstolos.

b – O cristianismo bíblico vivencia a perseverança na comunhão.

1. A comunhão é o livre relacionamento de amor entre as pessoas de uma comunidade onde cada um possui um interesse verdadeiro uns pelos outros.

2. No cristianismo moderno as pessoas são motivadas a irem às Igrejas com o interesse de alcançar uma bênção e se utilizar de Deus ou da Igreja.

3. Duas perguntas norteadoras da prática cristã:
3.1 – Cristianismo moderno: ‘O que a Deus ou a Igreja podem fazer por mim?’.
3.2 – Cristianismo bíblico: ‘O que eu posso fazer pela igreja ou pela proclamação do nome de Deus?’.

c – O cristianismo bíblico vivencia a perseverança na Ceia.

1. Perseverar na Ceia é compreender o valor do sacrifício de Cristo, dramatizado nos elementos que compõem a Ceia.
1.1 – O pão nos fala do corpo que foi entregue na cruz para poder nos redimir das angústias e horrores do inferno.
1.2 – O sangue derramado fala do preço do nosso resgate.

2. Perseverar na Ceia é viver na expectativa da volta iminente de Jesus.
2.1 – ‘Maranata’ é o grito que estava entalado na garganta dos apóstolos = ‘Vem Senhor’ e ‘Maranata’ continua sendo o grito entalado na garganta de todos os que crêem em Jesus como seu Senhor e Salvador.
2.2 – A Ceia do Senhor lembra-nos a volta do Senhor, complemento final da alegria eterna do cristão.

d – O cristianismo bíblico vivencia a perseverança nas orações.

1. O cristão bíblico não é o utilitarista religioso de nossos dias que apenas usa as orações para desfrutar de poderes, milagres, curas e prosperidades materiais.

2. A oração nos foi dada como mecanismo de comunhão e amizade pessoal com o Senhor Deus.

3. A oração não é meramente um recurso para resolver problemas na vida do cristão, mas é como a respiração de uma alma que conhece e adora o verdadeiro Deus.


II – O CRISTIANISMO BÍBLICO VIVENCIA A COMUNHÃO.

a – Vivenciar a comunhão é viver juntos como uma só família.

1. O evangelista Lucas registra que os cristãos primitivos viviam juntos e tinham tudo em comum.
1.1 – At. 4.32 ‘Da multidão dos que creram, uma era a mente e um o coração. Ninguém considerava unicamente sua coisa alguma que possuísse, mas compartilhavam tudo o que tinham’.

2. Se o cristianismo moderno não produz vida em família sinaliza então um cristianismo distante daquele vivido e ensinado por Jesus e seus apóstolos.

b –Vivenciar a comunhão é prestar socorro nas necessidades.

1. O cristianismo bíblico não resolve o problema do mundo todo, e nem é esta a sua responsabilidade, mas é aquela comunidade de amor que busca suprir as necessidades dos que lhe pertencem.
1.1 – At. 4.34-35 ‘Não havia pessoas necessitadas entre eles, pois os que possuíam terras ou casas as vendiam, traziam o dinheiro da venda e o colocavam aos pés dos apóstolos, que o distribuíam segundo a necessidade de cada um’.

2. Ilustração: ‘José, um levita de Chipre a quem os apóstolos deram o nome de Barnabé, que significa “encorajador”, vendeu um campo que possuía, trouxe o dinheiro e o colocou aos pés dos apóstolos’.


III – O CRISTIANISMO BÍBLICO VIVENCIA DUAS ASAS.

a – Uma Igreja de duas asas.

1. Ilustração: ‘O Criador um dia criou a Igreja de duas asas: Uma asa era o grupo grande da celebração e a outra asa representava a comunidade do grupo pequeno. Usando as duas asas ela podia voar alto para os céus, entrar na sua presença e fazer a sua vontade em toda a terra. Depois de alguns séculos voando por toda a terra, a igreja de duas asas começou a questionar a necessidade da asa do grupo pequeno. No decorrer dos anos a asa do grupo pequeno tornou-se cada vez mais fraca por falta de exercício até que virtualmente não tinha mais força alguma’ .

b – Uma Igreja de duas asas se reúne no Templo.

1. A Igreja primitiva se reunia em grandes grupos, no Templo e em Jerusalém, e após o período das perseguições, muitas vezes nas florestas, beira de rios ou lugares ermos.

2. O mal da Igreja é que a ela aprendeu a se reunir apenas em grandes Templos e perdeu a vida comunitária e de comunhão onde os irmãos se conhecem e se relacionam no intuito de viver e de levar o Evangelho aos de fora.

c – Uma Igreja de duas asas se reúne de casa em casa.

1. A Igreja primitiva se reunia ‘de casa em casa’ usando este movimento da asa do pequeno grupo como elemento de comunhão, edificação, evangelismo e discipulado.
1.1 – At. 2.46 ‘Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão de casa em casa, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração’.
1.2 – At. 5.42 ‘Todos os dias, no templo e de casa em casa, não deixavam de ensinar e proclamar que Jesus é o Cristo’.


IV – O CRISTIANISMO BÍBLICO É SIMPÁTICO.

a – Uma Igreja simpática é uma comunidade atraente.

1. A Igreja de Jesus tem por finalidade alcançar os não cristãos com a boa nova do Evangelho.

b – Uma Igreja simpática é uma comunidade acolhedora.

1. As pessoas que se aproximam da Igreja querem ser acolhidas.
1.1 – Entre 75-90% de todos os adultos que se tornam membros das igrejas foram através de um convite de um amigo ou parente. Não existe método mais efetivo no crescimento da igreja.
1.2 – Se o ditado popular ‘a primeira impressão é a que fica’ faz sentido no relacionamento entre a igreja e os visitantes, então a recepção que esses amigos têm é muito importante.
1.3 – A maneira como uma pessoa é recebida e tratada vai começar a formar a imagem da igreja em sua mente e pode determinar se ela vai ou não voltar.
1.4 – As impressões duradouras são feitas nos primeiros 30 segundos. O visitante muitas vezes decide em cinco minutos se voltará à igreja ou não.

2. Cada cristão precisa vivenciar o amor verdadeiro e contagiante de uns para com os outros e não apenas gestos forçados na hora da apresentação de visitas.


CONCLUSÃO: Numa escala de 0 a 10 que nota você dá para sua prática do Evangelho?

Numa escala de 0 a 10 que nota você dá para a sua comunhão com os demais cristãos?

Numa escala de 0 a 10 que nota você dá para seu envolvimento com as duas asas da Igreja?

Numa escala de 0 a 10 que nota você dá para sua simpatia no trato de uns para com os outros?

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