segunda-feira, 23 de maio de 2011

QUANDO A CASA NÃO É UM LAR

I Sm. 25.2-3, 24-26, 32-35


OBJETIVO: Ensinar que não se pode contentar apenas em ter uma família, mas edificá-la nos princípios das Escrituras.

INTRODUÇÃO: Lar deve ser aquele cantinho delicioso onde há prazer em voltar para casa depois de um dia de trabalho ou estudos. Deve ser aquele espaço onde a música dos bons relacionamentos seja natural, onde as cores de uma tela que está sendo pintada podem ser retocadas em busca da perfeição e da excelência.
Há casos onde a casa não é um lar; onde a casa não passa de um HOTEL, onde os membros se encontram apenas para comer e dormir; ou um POSTO DE GASOLINA, aonde as pessoas só vão para se abastecer; ou ainda um CAMPO DE BATALHA, onde só se encontram para brigar.

CONTEXTO: Esta história está incrustrada no relato da trajetória de Davi em direção ao trono de Israel. Na caminhada de Davi encontramos o relato de uma família com uma casa que não era um lar.

TRANSIÇÃO
: Sua casa de fato é um lar? Quero falar nesta oportunidade sobre o tema: QUANDO A CASA NÃO É UM LAR.


I – UMA CASA PODE NÃO SER UM LAR.

a – Características do esposo.

1. O marido em tela, Nabal, era uma pessoa socialmente bem sucedida.
1.1 – Suas posses.
a) Homem abastado.
b) 3.000 ovelhas: Isso representa muitos dividendos como: leite, queijos, lã para tecelagem e carne.
c) 1.000 cabras: Isso representa dividendos como: leite, couro e carne.
1.2 – Representava um bom patrimônio móvel, além do patrimônio fixo como propriedades.

2. Nabal, o marido em tela, é uma pessoa grosseira e rude.
2.1 – Homem duro e maligno em todo o seu trato.
a) I Sm. 25.3 (BV) ‘O nome desse homem era Nabal; sua esposa, uma mulher muito linda e inteligente, chamava-se Abigail. Mas o marido, que era da família de Calebe, era um tipo esquisito, grosseiro, teimoso; era um sujeito difícil de se lidar’.
2.2 – Nabal distratou e disparatou com os homens de Davi.
a) I Sm. 25.14 (BV) ‘Nesse meio tempo, um dos homens de Nabal foi procurar Abigail, e disse a ela: "Davi enviou homens do deserto para falar com o nosso patrão, mas ele insultou os homens e os expulsou daqui’.
2.3 – I Sm. 25.37 (ARA) ‘... se amorteceu nele o coração e ficou duro como pedra ’.

3. Era um homem maligno.
3.1 – Como seria Nabal, como marido?
a) Por inferência pode-se deduzir que era um marido sem afeição, sem ternura ou carinho.
b) Pode-se inferir que não tinha uma vida relacional agradável com a esposa.
3.2 – Como imaginar Nabal na qualidade de pai?
a) O texto não descreve a presença de filhos nesta família, mas como seria um marido assim, na criação de seus filhos?
b) Seria um pai que daria tempo e atenção aos filhos?
c) Seria um pai terno e carinhoso para com os filhos?

4. Era da casa de Calebe.
4.1 – Era do povo de Deus.
4.2 – Não significa que era convertido.
4.3 – Isso pode indicar que também no meio do povo de Deus, a Igreja, pode haver muitos maridos que não são convertidos e rudes no trato com suas esposas.

b – Características da esposa.

1. A esposa em tela era uma mulher sensata.
1.1 – Prudente.
a) I Sm. 25.33 (ARA) ‘Bendita seja a tua prudência, e bendita sejas tu mesma, que hoje me tolheste de derramar sangue e de que por minha própria mão me vingasse’.
1.2 – Uma esposa ou uma mãe com os dotes de Abigail torna a família mais agradável, pois é uma pacificadora e protetora.
1.3 – O livro de Provérbios, em seu último capítulo, apresenta a mulher virtuosa, sendo reconhecida e louvada pelo esposo e pelos filhos.

2. A esposa em tela era uma mulher formosa.
2.1 – I Sm. 25.3a (BV) ‘O nome desse homem era Nabal; sua esposa, uma mulher muito linda e inteligente, chamava-se Abigail’.
2.2 – Embora o texto apresente adjetivos que aponte para a beleza física da mulher, sabe-se à luz da própria Bíblia e experiência humana, que a verdadeira beleza está além do físico, mas no ser interior.
a) Pr. 31.30 (BV) ‘Os encantos de uma mulher podem ser apenas uma ilusão e a beleza não dura para sempre. A verdadeira beleza, a verdadeira honra de uma mulher está em amar e obedecer ao Senhor’.
b) O temor da esposa, Abigail, aponta para uma pessoa convertida.


II – QUANDO A CASA NÃO É UM LAR FALTA TUDO.

a – Falta amor.

1. O lar pressupõe mais que um ambiente onde se mora, mas aponta para um lugar de aconchego hospitaleiro, onde os relacionamentos são vívidos e significativos. Lar é a expressão de uma família harmoniosa e agradável.

2. Pode-se ter pessoas morando numa mesma casa e não existir amor que as una.

3. É possível olharmos pelas frestas da casa de Nabal e imaginarmos o dia-a-dia do casal.
3.1 – Um marido maligno e duro no trato, como Nabal é descrito, poderia oferecer amor e afeto à sua jovem esposa?

4. Pode-se dizer que o casamento destes dois ainda perdurava porque, principalmente a esposa mantinha um Pacto Matrimonial, onde Deus se coloca como o Juiz.

b – Falta paz.

1. Diferenças entre os cônjuges não precisam se transformar em campo de batalha entre os pares, pelo contrário, devem ser vivenciadas como partes que se completam destacando a beleza da vida a dois.

2. Numa casa onde uma das partes recebe a adjetivação dada a Nabal, ‘homem... duro e maligno em todo o seu trato’ (v.s 3) certamente a falta de paz e segurança emocional e relacional sempre podiam ser experimentadas.

c – Falta romantismo.

1. Como imaginar um ‘homem... duro e maligno em todo o seu trato’ (v.s 3) sendo romântico e carinhoso com sua esposa?
1.1 – ‘Como és formosa, querida minha, como és formosa’.

2. Quem ama galanteia sua/seu amada através de elogios românticos que manifestam a força da libido e da química que atrai e seduz homens e mulheres.

d – Falta cônjuges amigos.

1. Por mais dócil e meiga que possamos imaginar a jovem senhora Abigail, ainda assim torna-se difícil imaginar este casal brincando e sorrindo com as coisas simples da vida.
1.1 – I Sm. 25.3 (BV) Mas o marido, ... era um tipo esquisito, grosseiro, teimoso; era um sujeito difícil de se lidar’.
1.2 – A amizade sincera, franca e aberta era definida por Sócrates como ‘duas almas vivendo em um só corpo’.
1.3 – Um casamento para ter beleza e encanto precisa desfrutar da presença de uma amizade sincera, franca e aberta.

2. Para um relacionamento mais agradável e leve é necessário existir cônjuges que sejam mais que parceiros de casamento, mas também amigos.

3. Quando uma casa não é de fato um lar pode faltar entre outras coisas: amor, paz, romantismo e amizade sincera entre os cônjuges ou demais familiares.


III – DEUS PODE TRANSFORMAR UMA CASA EM LAR.

a – Ele é o Deus soberano que olha para seu povo.

1. Por ser uma mulher temente a Deus, Abigail teve sua sorte mudada, quando o marido duro, insensível e maligno foi atingido de forma direta pela ação do Senhor Todo Poderoso e morreu.
1.1 – I Sm. 25.38 ‘Passados uns dez dias, feriu o SENHOR a Nabal, e este morreu’.
1.2 – Isso não significa que todo marido ou toda esposa de coração duro, insensível ou maligno terá sua vida cortada por uma ação punitiva de Deus e deixará a outra parte livre, mas isto não está descartado.
1.3 – Isso não significa que o marido ou a mulher temente a Deus, representados aqui na figura de Abigail, devam esperar do Senhor uma punição contra a outra parte, figurada aqui na pessoa de Nabal.

2. O que se depreende do texto é que Deus olhou para Abigail como uma serva temente e que estava padecendo sob os maus cuidados de um marido cruel.

3. Também soma-se o fato de Nabal ter se mostrado cruel para com Davi que era o escolhido de Deus para ocupar o trono de Israel.

4. Deus é o soberano que olha para o seu povo, e pode-se asseverar, sem dúvidas, que Deus é o também Juiz em matéria de casamento.

b – Ele dispõe os meios e os fins em suas mãos.

1. Quando a casa não é de fato um lar, como um lugar de aconchego e refrigério, certamente precisa ser transformada.

2. Deus pode mudar a história de sua casa. Deus pode fazer dela de fato um lar.
2.1 – Sl. 127.1 ‘Senhor não edificar a casa em vão trabalham os que a edificam’.

3. Qual o caminho que Deus tomará nem sempre o sabemos, mas o caminho que devemos tomar é o caminho de sua Palavra.

4. Conhecendo e vivenciando os princípios estabelecidos na Palavra de Deus, pode-se prever e experimentar nossa casa como um verdadeiro lar.


CONCLUSÃO: Viva a vida comum do lar de modo que sua casa seja mesmo um Lar.
Um lugar aconchegante onde as pessoas querem estar e se sentir seguras e amadas.
A presença de Jesus e de sua Palavra podem transformar seu lar.

Um comentário:

Unknown disse...

Amei esse estudo, me edificou bastante! Deus continue de abençoando pastor...