segunda-feira, 6 de junho de 2011

ESVAZIANDO-NOS PARA SERVIR

Fp. 2.5-11

OBJETIVO: Ensinar que o cristão é chamado para servir como o Senhor, e para isso é preciso se esvaziar conforme o modelo de Jesus.


INTRODUÇÃO: Como reconhecer a grandeza de uma pessoa dentro dos padrões de nossa sociedade?

CONTEXTO: O apóstolo Paulo escreve esta carta aos Filipenses a partir de uma prisão e incentiva os mesmos a assumirem uma postura de simplicidade e serviço, demonstrando que este foi o estilo de vida do próprio Senhor Jesus Cristo.


TRANSIÇÃO: Alguém cheio de si mesmo e que busque glórias pessoais e holofotes teria a disposição de se dar a e servir ao próximo? Quero compartilhar nesta oportunidade sobre o tema: ESVAZIANDO-SE PARA SERVIR.


I – ESVAZIANDO PARA SERVIR A DEUS.

a – Jesus se esvaziou de privilégios pessoais para salvar outros.

1. Há uma forte interrogação acerca deste texto quanto a que Jesus teria se esvaziado.
1.1 – Teria Ele se esvaziado de sua divindade?
1.2 – Teria ele se esvaziado de seus poderes?
1.3 – Teria Ele se esvaziado de seus atributos?

2. O kénosis de Jesus.
2.1 – Esse termo ‘kénosis’ origina-se na palavra grega usada por Paulo neste texto: κενόω.

2.2 – Esse termo se refere ao esvaziamento de Paulo aponta no verso 7.
a) Fp. 2.7 ‘mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens’.
2.3 – Isso implica numa auto-limitação não no Logos Divino, o eterno Filho de Deus, mas no Homem Jesus, quando Ele pôs de lado o uso prático de alguns de seus atributos divinos.
2.4 – Há uma distinção entre atributos absolutos e essenciais de Deus, tais como o poder absoluto, a santidade, a verdade e o amor; e os atributos relativos que não são essenciais à soberania da divindade, tais como a onipotência, a onipresença e a onisciência.
2.5 – Essa limitação explica o fato de que Jesus nunca usou de sua Onipotência ou Onisciência de modo pleno em seu ministério terreno.
2.6 – Era a renúncia de Si mesmo para seus próprios interesses a fim de cumprir a missão de resgatar o homem pecador.

3. Viveu sua humanidade plena sem que sua divindade interferisse a ponto de não ser visto e reconhecido como homem.
3.1 – Fp. 2. 7 ‘antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana’.

4. Assim como Cristo renunciou a Si mesmo, o cristão também é chamado a uma vida de renúncia de privilégios.
4.1 – Mt. 16.24 ‘Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me’.

b – Jesus serviu a Deus até mesmo com a sua própria morte.

1. O esvaziamento de Jesus o levou à obediência até a morte sacrificial e substitutiva em lugar do pecador.

2. A morte de Jesus serviu a Deus no que respeita ao pagamento e satisfação de nossa dívida diante do Senhor do Universo.
2.1 – Cl. 2.13-15 (NVI) ‘Quando vocês estavam mortos em pecados e na incircuncisão da sua carne, Deus os vivificou com Cristo. Ele nos perdoou todas as transgressões, e cancelou a escrita de dívida, que consistia em ordenanças, e que nos era contrária. Ele a removeu, pregando-a na cruz, e, tendo despojado os poderes e as autoridades, fez deles um espetáculo público, triunfando sobre eles na cruz’.

3. O propósito de Deus, sendo ele Justo, era salvar o pecador de modo que a justiça fosse satisfeita, e para isto ofereceu seu próprio Filho como pagamento de nossa dívida.
3.1 – Rm. 3.25-26 (NVI) ‘Deus o ofereceu como sacrifício para propiciação mediante a fé, pelo seu sangue, demonstrando a sua justiça. Em sua tolerância, havia deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; mas, no presente, demonstrou a sua justiça, a fim de ser justo e justificador daquele que tem fé em Jesus’.

4. A morte de Jesus trouxe a plena satisfação da Justiça de Deus e desta forma o sacrifício de Cristo em prol dos pecadores foi um serviço a Deus.


II – ESVAZIANDO PARA SERVIR AO PRÓXIMO.

a – Jesus serviu ao próximo em vida.

1. A essência do Evangelho é o serviço a Deus e ao próximo. Não há vida cristã divorciada do serviço. O próprio Senhor Jesus apontou para esta essência quando falou de Si mesmo:
1.1 – Mc. 10.45 (NVI) ‘Pois nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos’.

2. O ministério de Jesus foi curto, mas carregado de serviço ao próximo.
2.1 – Jo. 20.30-31 ‘Jesus realizou na presença dos seus discípulos muitos outros sinais milagrosos, que não estão registrados neste livro. Mas estes foram escritos para que vocês creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e, crendo, tenham vida em seu nome’.
2.2 – At. 10.38 ‘como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele’.

3. Assim como Jesus, cada cristão é chamado a esvaziar-se de si mesmo e servir ao próximo.
3.1 – I Jo. 3.18 ‘Nisto conhecemos o que é o amor: Jesus Cristo deu a sua vida por nós, e devemos dar a nossa vida por nossos irmãos’.

4. Nosso Mestre e Senhor ensinou que servir é o posto mais alto na carreira do discípulo.
4.1 – Lc. 22.25 ‘Jesus lhes disse: Os reis das nações dominam sobre elas; e os que exercem autoridade sobre elas são chamados benfeitores. Mas, vocês não serão assim. Ao contrário, o maior entre vocês deverá ser como o mais jovem, e aquele que governa, como o que serve. Pois quem é maior: o que está à mesa, ou o que serve? Não é o que está à mesa? Mas eu estou entre vocês como quem serve’.
4.2 – Jo. 13.15-17 ‘Eu lhes dei o exemplo, para que vocês façam como lhes fiz. Digo-lhes verdadeiramente que nenhum escravo é maior do que o seu senhor, como também nenhum mensageiro é maior do que aquele que o enviou. Agora que vocês sabem estas coisas, felizes serão se as praticarem’.

5. A vida cristã é a repetição da vida de Cristo em cada cristão numa vida de serviço a Deus e ao próximo.

b – Jesus serviu ao próximo na morte.

1. Sua vida foi serviço ao próximo e sua morte coroou todo este propósito.

2. Deus sua vida em resgate pelos pecadores.

3. O sacrifício substitutivo de Cristo em lugar dos pecadores eleitos foi o maior serviço prestado a humanidade.

4. Isto não resultou apenas em melhorias das condições de saúde ou meras transformações materiais na vida dos beneficiados, mas resultou em mudança de vida em todos os sentidos e por toda a eternidade.
4.1 – Is. 53.10-12a (BV) ‘Apesar disso, o plano perfeito do Senhor exigia sua morte e seu sofrimento. Mas depois de dar a sua vida como oferta pelo pecado, Ele vai ressuscitar, verá os muitos filhos que ganhou através da fé, Ele cumprirá com sucesso a vontade do Senhor. E, quando Ele puder ver o resultado do seu terrível sofrimento, ficará muito satisfeito. Através de tudo o que passou, o meu Servo, o Justo, fará muitas pessoas se tornarem justas diante de Mim, porque Ele mesmo levará sobre Si os pecados delas’.

5. Pelo cumprimento de sua missão Cristo foi exaltado e reconhecido como Senhor.
5.1 – Fp. 3.9-11 ‘Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai’.
5.2 – Is. 53.12a ‘Por causa disso Eu darei a Ele grandes honras e muito poder, porque Ele entregou sua vida a ponto de ir até à morte’.

6. O cristão deve exercer sua vida de serviço a Deus e ao próximo, e a promessa de Deus aponta para recompensa dos fiéis.


CONCLUSÃO: Dizer-se cristão e não ser servo é contradizer a fé afirmada.
Se conhece o verdadeiro cristão não pelo holofotes que lhe são dirigidos, mas ao serviço prestado mesmo sem ser visto ou reconhecido.
Disponha-se a servir a Deus e ao próximo.

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