segunda-feira, 24 de outubro de 2011

CUIDADO COM O ESFRIAMENTO DO AMOR

Mt. 24.10-14


OBJETIVO: Apresentar o desafio de se ter um coração abrasado com o amor do Senhor e não deixar que a crescente iniqüidade a nossa volta nos esfrie.


INTRODUÇÃO: Conforme um das leis da termo-diâmica, todos os elementos têm a tendência de se esfriar ou envelhecer.
Basta a observação e essa lei se torna perfeitamente aplicável.


CONTEXTO: Nosso Senhor Jesus estava trazendo aos seus discípulos os ensinos do conhecido Sermão Profético, também conhecido como o ‘Pequeno Apocalipse’, onde alude as questões dos fins dos tempos.


TRANSIÇÃO: Se tudo tem a tendência de se esfriar, isso também se aplica a nossa espiritualidade e relacionamento com Deus? Você tem experimentado esfriamento ou descrença em seu coração em relação ao Evangelho de Jesus? Quero compartilhar nesta oportunidade sobre o tema: CUIDADO COM O ESFRIAMENTO DO AMOR.



I – A REALIDADE DO ESFRIAMENTO DO AMOR.

a – O esfriamento do amor nos tempos primitivos.

1. A espiritualidade é dinâmica e demanda cultivo de um relacionamento verdadeiro, pessoal e íntimo com Deus, e não meramente o atrelamento à uma denominação ou grupo cristão.

2. No próprio Novo Testamento encontramos o esfriamento do amor se manifestando no meio da Igreja.
2.1 – Himineu e Fileto.
a) II Tm. 2.17-18 ‘As coisas que os falsos mestres ensinam se espalham como a gangrena. Dois desses mestres são Himeneu e Fileto, os quais abandonaram o caminho da verdade’.
2.2 – Demas, amou o presente século.
a) II Tm. 4.10 ‘Pois Demas se apaixonou por este mundo, me abandonou e foi para a cidade de Tessalônica. Crescente foi para a província da Galácia, e Tito, para a região da Dalmácia’.
2.3 – I Jo. 2.18-20 ‘Filhinhos, já é a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também, agora, muitos anticristos têm surgido; pelo que conhecemos que é a última hora. Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos. E vós possuís unção que vem do Santo e todos tendes conhecimento’.
2.4 – As cartas às Igrejas do Apocalipse apresentam um quadro de esfriamento, onde todas, menos uma, são censuradas pelo Senhor da Igreja.

3. Os ‘últimos dias’ anunciados por Jesus não são meramente escatológicos, mas denota o tempo que foi inaugurado desde a morte e ressurreição de Jesus até a sua volta iminente.

b – O esfriamento do amor no decurso da História.

1. A História da Igreja é muito ampla e cheia de exemplos do esfriamento da fé.

2. Com a institucionalização da Igreja, época do Imperador Constantino (323 d. C.) houve a priorização do clericalismo e os desvios das verdades reveladas na Palavra, o que trouxe esfriamento do amor a Deus e ao Evangelho.

3. No século XVI acontece um grande reavivamento através do Movimento da Reforma e o apego à fé e a piedade se se reacendem. Empolga ler as biografias dos reformadores e de cristãos daquele período.

4. Após a Reforma houve um recrudescimento do amor na vida dos evangélicos.

5. Os ‘Pia Desidéria’ de Phillip Jacob Spener , pastor luterano do século XVII, são um clamor ao reavivamento da Igreja, para que volte ao amor à Palavra e ao verdadeiro Evangelho de Jesus.

c – O esfriamento do amor na Pós-modernidade.

1. A Igreja em nossa época Pós-moderna tem sido solapada por uma onda de esfriamento global.

2. Enquanto o planeta experimenta o fenômeno do ‘aquecimento global’ a Igreja experimenta um fenômeno contrário.

3. Basta olharmos para o desinteresse por uma evangelização mais intensa, onde cada cristão busque com mais afinco a salvação dos pecadores e não apenas a comodidade e os benefícios da vida secular e material.

4. Precisamos mais que nunca de um reavivamento evangélico que nos leve de volta à piedade e ao amor ao Evangelho, um verdadeiro aquecimento global.


II – CAUSA DO ESFRIAMENTO DO AMOR.

a – A causa básica está na pecaminosidade humana.

1. Nosso Senhor Jesus foi explícito e enfático que ‘por aumentar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos’ (Mt. 24.12).

2. O esfriamento do amor está ligado à realidade do pecado na vida humana.

b – Causas secundárias estão na religiosidade sem alma.

1. Tanto nosso Senhor Jesus quanto os apóstolos pregaram acerca de lobos vorazes que penetrariam no meio de seu rebanho, movidos por espírito de ganância.
1.1 – At. 20.29-30 (NVI) ‘Pois eu sei que, depois que eu for, aparecerão lobos ferozes no meio de vocês e eles não terão pena do rebanho. E chegará o tempo em que alguns de vocês contarão mentiras, procurando levar os irmãos para o seu lado’.
1.2 – II Pe. 2.1-3 (NVI) ‘No passado apareceram falsos profetas no meio do povo, e assim também vão aparecer falsos mestres entre vocês. Eles ensinarão doutrinas destruidoras e falsas e rejeitarão o Mestre que os salvou. E isso fará com que caia sobre eles uma rápida destruição. Mesmo assim, muita gente vai imitar a vida imoral deles, e por causa desses falsos mestres muitas pessoas vão falar mal do Caminho da verdade. Em sua ambição pelo dinheiro, esses falsos mestres vão explorar vocês, contando histórias inventadas. Mas faz muito tempo que o Juiz está alerta, e o Destruidor deles está bem acordado’.

2. Sempre haverá fatores ligados a uma falsa religiosidade ou falsa espiritualidade que levarão muitos ao esfriamento do seu amor a Deus.

3. Olhar firmemente para Jesus e manter aceso o fogo no altar de nosso coração será certamente o antídoto a esse esfriamento tão presente em nosso tempo.
3.1 – Hb 12.2a ‘Conservemos os nossos olhos fixos em Jesus, pois é por meio dele que a nossa fé começa, e é ele quem a aperfeiçoa’.

c – A causa principal do esfriamento está na vida pessoal.

1. No último dia, diante do Trono de Deus, ninguém poderá transferir a responsabilidade para outros itens ou pessoas.

2. O que foi de fato a realidade de sua relação com Deus, mesmo que tenha sofrido influências externas, dependerá exclusivamente da maneira como cada um se apegou ao Senhor e à sua Palavra.


III – COMBATENDO O ESFRIAMENTO DO AMOR.

a – Relacionamento versus religiosidade.

1. Assim como no casamento precisamos cultivar a amizade, o carinho através de um relacionamento sadio, também nossa espiritualidade é mantida através de um relacionamento pessoal e verdadeiro com o Senhor e não apenas tendo-O como objeto de culto e adoração.

2. Assim como uma amizade pode arrefecer e se esfriar por falta de cultivar o relacionamento, também nosso amor ao Evangelho pode se esfriar se mantivermos apenas o aspecto da religiosidade e não de um relacionamento verdadeiro com o Senhor através do Espírito Santo.

b – Cultivando a espiritualidade.

1. O que pode ou deve ser feito para um maior aquecimento do amor na vida da Igreja?

2. Mais que nunca é necessário uma visitação especial de Deus trazendo um reavivamento sobre seu povo em nosso país.
2.1 – Reavivamento é a volta ao fervor pela prática da Palavra de Deus.
2.2 – ‘Embora não seja possível ter, neste mundo, uma Igreja perfeita, pode-se ter, com certeza, uma Igreja melhor’ – Spener.

3. É preciso mais que nunca que cultivemos a espiritualidade tanto no âmbito pessoal como no comunitário através das disciplinas e valores espirituais exarados nas Escrituras:
3.1 – Apego à Palavra de Deus.
3.2 – Prática da Palavra de Deus.
3.3 – Intensidade na vida de oração.
3.4 – Quebrantamento e aflição de alma perante Deus pela pecaminosidade de nossos dias.
3.5 – Evangelismo verdadeiro e sincero.
3.6 – Busca da plenitude do Espírito Santo em nossa vida.
3.7 – Santidade e separação do pecado.


CONCLUSÃO: Você já experimentou período de intenso fervor e calor espiritual através de uma comunhão profunda com Deus?
Como está a temperatura de seu amor ao Senhor?
O amor está esfriando em sua vida?

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