sexta-feira, 22 de junho de 2012

COMO SERVOS DE DEUS SOMOS TAMBÉM MORDOMOS



I Co. 4.1-5


OBJETIVO: Impingir na Igreja o valor de se aplicar a mordomia para com a família de Deus.


INTRODUÇÃO: Se você pudesse escolher, qual lugar gostaria de ocupar? O Lugar de Barack Obama, com todo poder nas mãos sobre o destino de nações; ou, o lugar de Madre Tereza de Calcutá, sem muito conforto gastando sua vida a cuidar de pobres e maltrapilhos num lugar se expressão?


CONTEXTO: Paulo está tratando com uma Igreja que tinha dificuldade de ajudar os menos favorecidos. Havia grupinhos, panelinhas e partidos dentro daquela Igreja.
Paulo demonstra em toda a carta que o grande privilégio de termos sido feitos filhos de Deus também nos delegou a incumbência de sermos servos uns dos outros no intuito de alcançarmos outros para a família de Deus.


TRANSIÇÃO: Com base neste texto e no contexto mais amplo da Escritura quero falar nesta oportunidade que COMO SERVOS DE DEUS SOMOS TAMBÉM MORDOMOS.


I – TODOS SOMOS SERVOS.

a – A ideia da salvação.

1. Visão míope da salvação.
1.1 – Para muitos, ser salvo, é sinônimo de ir para o céu.
1.2 – Para outros, ser salvo, é sinônimo de se tornar filho de Deus.
1.3 – Para outros ainda, ser salvo, sinônimo de ter privilégios especiais, que os outros simples pecadores não têem.
1.4 – Esta visão da salvação se mostra por demais utilitarista, se preocupando apenas com o que se pode desfrutar da salvação, não se importando com a vida aqui, com seus problemas e suas responsabilidades.

2. Visão integral da salvação.
2.1 – Tudo isso exposto anteriormente é verdade:
a) Ser salvo é sinônimo de ir para o céu.
b) Ser salvo é sinônimo de se tornar filho de Deus.
c) Ser salvo é sinônimo de ter privilégios especiais.
2.2 – A salvação traz outras implicações:
a) Ser salvo é ser servo.
b) Ser salvo é dar a vida em serviço a Deus e ao próximo.
c) Ser salvo é viver como Cristo viveu.

3. Assim, ser salvo é manifesto na prática do Evangelho.

b – Libertos do pecado e escravos (servos) de Cristo.

1. Somos privilegiados em sermos membros da família de Deus.

2. Todo aquele que se converte ao Evangelho de Jesus, esses são aproximados de Deus e são feitos filhos de Deus, mas também são tornados em seus servos.
2.1 – A frase usada por Paulo para servo aqui neste texto é: ώς ύπηρέτας Χριστού καί όικόνομους μιστηρίων Θεού.
2.2 – Na frase ‘ώς ύπηρέτας Χριστού’, a palavra ύπηρέτας aponta para o mais baixo nível de escravidão (remadores nas galés // termo galera).

3. Na qualidade de servos não podemos esquecer de que nossa dignidade não é nossa mesma. Somos ύπηρέτας.


II – TODOS SOMOS MORDOMOS.

a – Temos a chave da despensa.

1. Na família do Senhor seus servos verdadeiros são seus mordomos.

2. O termo ‘despenseiros’ indica o mordomo (Ơικόνομους) que administra a casa de seu senhor.
2.1 – Ơικος → casa + Νεμος → arrumar = mordomo.
2.2 – Um mordomo é um administrador de uma casa ou do estado.

3. Ơικόνομους – oikónomos – de onde vem a palavra ‘economia’) – é aquele que cuida das economias (distribuições) de uma casa.

4. Não somos meramente alijados como escravos (ύπηρέτας), mas colocados como despenseiros e administradores das bênçãos de Deus a favor de outros.

b – O que temos tirado de lá?

1. Um mordomo tem no seu mestre uma fonte e distribui o que seu mestre supre para o resto da casa.
1.1 – Como podemos ministrar sobre a vida uns dos outros?
1.2 – Você tem entrado na despensa de Deus e retirado dali alimento para você, ou se conforma com as migalhas que caem da alimentação de outros?
1.3 – Alimento para os outros são somente palavras do evangelho?

2. Como mordomos de Deus somos parceiros na administração e distribuição dos bens do Evangelho.
2.1 – Paulo diz que o cristão é όικόνομους μιστηρίων Θεού, isto é: ‘mordomo dos mistérios de Deus’.
2.2 – Levando aos outros o Evangelho em forma de conhecimento da graça salvadora de Deus em Cristo.
2.3 – Levando aos outros o Evangelho em forma de amor em ação, que socorre as pessoas em suas necessidades.
2.4 – Levando aos outros o Evangelho em forma de consolo e ajuda em momentos de aflição.

3. Só podemos dar daquilo que recebemos.
3.1 – ‘Na qualidade de filhos de Deus, ou de servos, somos chamados a viver em estreito relacionamento com o Senhor, e assim, podermos alimentar outros que necessitam’.
3.2 – Caso não tenhamos recebido nada de Deus, como poderemos dar?
3.3 – Só podemos dar daquilo que recebemos.


III – TODOS TÊM O DESAFIO DE SER FIÉIS.

a – O chamado é para ser mordomo fiel.

1. A figura do mordomo tem sido explorada de diversos ângulos:
1.1 – Servo fiel e prestativo como a figura de Alfred, mordomo de Bruce Wine (Batman).
1.2 – Servos corruptos e desleais que roubam e administram mal os bens de seu senhor.
1.3 – ‘O assassino é o mordomo’.

2. Como mordomos somos chamados a sermos fiéis: prontos a servir uns aos outros, como despenseiros da bênçãos de Deus.
2.1 – I Pe. 4.10 ‘Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus’.

b – Onde se mostra nossa fidelidade na mordomia?

1. No relacionamento com Deus.
1.1 – Nossa fidelidade para com Deus se expressa através de um relacionamento pessoal e real como Senhor através da leitura da Palavra, da oração e da obediência.
1.2 – Não existe relacionamento com Deus baseado apenas na nossa relação religiosa com a Igreja.

2. No relacionamento com os irmãos.
2.1 – Nossa fidelidade na mordomia para com os irmãos se expressa por um relacionamento pessoal e real.
2.2 – Não existe relacionamento com os irmãos baseado apenas na nossa relação religiosa com a Igreja.

3. No relacionamento com o mundo.
3.1 – Nossa fidelidade na mordomia para com o mundo se expressa através da administração da criação.
3.2 – Não existe mordomia correta se não administramos bem a criação e aquilo que Deus colocou em nossas mãos.


CONCLUSÃO: Na qualidade de mordomo como você está servindo a Deus?
Servir pessoas a sua volta é tocá-las em suas necessidades e sensibilizar seus corações para o evangelho de Jesus.
Amor prático. Amor em ação. Cristo encarnado em você. Assim é que pessoas se converterão a Jesus.

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