segunda-feira, 31 de maio de 2010

COMO VIVER AS PROMISSÓRIAS DO PACTO CONJUGAL NA VIDA COMUM DO LAR?

I Pe. 3.1-7

OBJETIVO: Ensinar que a família é bem sucedida quando aprende a viver dentro da estrutura familiar criada e ordenada por Deus.

INTRODUÇÃO: Nos moldes da sociedade atual, a família é instituída dentro de padrões que fogem ao arquétipo estabelecido pelo Deus Criador.
• Família nuclear: um homem, uma mulher e filhos.
• Família monoparental, variação da estrutura nuclear devido a fenômenos sociais, como o divórcio, óbito, abandono de lar, ilegitimidade ou adoção de crianças por uma só pessoa.
• Família ampliada ou extensa (também dita consanguínea) é uma estrutura mais ampla, que consiste na família nuclear, mais os parentes diretos ou colaterais, existindo uma extensão das relações entre pais e filhos para avós, pais e netos.
• Família comunitária onde a total responsabilidade pela criação e educação das crianças se cinge aos pais e à escola, nestas famílias, o papel dos pais é descentralizado, sendo as crianças da responsabilidade de todos os membros adultos.
• Família homossexual onde existe uma ligação conjugal ou marital entre duas pessoas do mesmo sexo, que podem incluir crianças adotadas ou filhos biológicos de um ou ambos os parceiros .

CONTEXTO: Pedro está escrevendo sua carta para a região da Ásia Menor, onde dezenas de Igrejas já haviam sido implantadas pelo ministério de Paulo e outros missionários. A perseguição neroniana irrompeu contra a Igreja cristã a partir do ano 64 e possivelmente Pedro escreve por volta do ano 67. Pedro escreve com o intuito de incentivar a Igreja a suportar as tribulações vivendo como cristão em todas as áreas da vida, incluindo a vida em família, sabendo que a recompensa seria um prêmio a ser recebido das mãos do Senhor para toda a eternidade.

TRANSIÇÃO: O comportamento e exemplo de sua família apontam para o modelo ensinado nos evangelhos? COMO VIVER AS PROMISSÓRIAS DO PACTO CONJUGAL NA VIDA COMUM DO LAR?

I – O PACTO CONJUGAL É VIVIDO NA VIDA COMUM DO LAR NA MISSÃO DA ESPOSA OBEDIENTE A DEUS.

a – A missão da esposa obediente a Deus implica na liderança do esposo.

1. O apóstolo Pedro aponta logo no primeiro versículo deste capítulo o conceito de submissão da esposa ao seu esposo, conceito este, distorcido e não compreendido por muitos devido o conceito machista dominante na cultura humana em geral.

2. Pedro indica que as mulheres devem ser submissas aos seus esposos assim como os servos aos seus senhores.
2.1 – Όμοίως → igualmente.
2.2 – Em 2.18 ensina que a obediência deveria ser com todo o temor devido a Deus.

3. As esposas são concitadas a atenderem a liderança de seus esposos com o mesmo temor a Deus.

4. Ilustração: Quando duas pessoas montam um mesmo cavalo, uma deve estar mais à frente que a outra e deve conduzir o animal; outro tanto sucede no lar cristão. O marido deve estar à frente na condução e a esposa junta como cooperadora.

b – A esposa cristã vive no temor do Senhor.

1. O apóstolo Pedro aponta para a mulher cristã como aquela rainha do lar que conquista seu esposo não pela beligerância ou capacidade de confrontar e guerrear um com o outro, mas pela docilidade de um comportamento cheio de temor.
1.1 – I Pe. 3.2 (NTLH) ‘porque ele verá que a conduta de você é honesta e respeitosa’.
1.2 – É assim que, sem dizer palavras, mas falando tudo com o exemplo, a mulher cristã cumpre o pacto conjugal, e ainda conduz o marido ao temor do Senhor, caso isto ainda não seja realidade.

2. Ilustração: Pedro aponta para o fato de que Sara até mesmo chamava Abraão de ‘senhor’, reconhecendo a liderança de seu esposo no âmbito da família.
2.1 – I Pe. 3.6 (NTLH) ‘Sara foi assim: ela obedecia a Abraão e o chamava de ‘meu senhor’’.
Como viver as promissórias do Pacto Conjugal na vida comum do lar?

II – O PACTO CONJUGAL É VIVIDO NA VIDA COMUM DO LAR AO SE OBSERVAR PRINCÍPIOS DA PALAVRA.

a – A beleza da mulher não deve ser seu mundo exterior.

1. O apóstolo Pedro ensina que a beleza da mulher não deve ser externa.
1.1 – Uma tradução simplificada do texto pode ser assim: ‘não seja o seu mundo o que é exterior, como tranças do cabelo, uso de jóias de ouro ou luxo dos vestidos’.
1.2 – Certamente Pedro não estava dando a entender que as mulheres devessem ser descuidadas com sua aparência e beleza, mas sim que deveriam evitar a ostentação de beleza exterior.

2. Nos dias atuais a sociedade prega uma beleza que chega as raias do culto ao corpo, e não poucas mulheres têm morrido em busca de um corpo perfeito, através de condicionamento físico que as tornam anoréxicas ou bulímicas, ou de cirurgias, levando muitas à morte.

3. Mulher, não seja a vossa beleza apenas o que é exterior!

b – A Beleza da mulher deve ser o seu mundo interior.

1. Se o princípio petrino é que a beleza da mulher não deve ser estampada apenas em seu exterior, mas com maior ênfase através de seu interior, o que é então essa beleza?

2. O que constitui o interior de uma mulher temente ao Senhor?
2.1 – O ‘homem interior do coração’ indica a nova natureza, o novo homem, que passamos a ser e a ter quando de nossa conversão a Cristo, recebendo-o como nosso único Salvador.
2.2 – O ‘incorruptível de um espírito manso’ indica a disposição interior de uma mulher dócil e meiga. A possibilidade e capacidade de ser gentil é potencializada na vida do ser humano através do Espírito Santo, por isso o fruto do Espírito ‘benignidade’.
2.3 – O ‘incorruptível de um espírito tranquilo’ aponta para uma mulher não resmungona e rixosa, mas para uma conduta simples e digna, auto-confiante e temperada.
a) O ‘incorruptível de um espírito tranquilo’ é o contrário de um espírito voluntarioso, orgulhoso, presumido, obstinado, endurecido, iracundo e invejoso (Lange).
b) Tg. 3.13 ‘Se vocês forem sábios, vivam uma vida de constante bondade, para que dela emane somente boas ações’.
c) ‘Grande é aquele que usa sua louça de barro como se ela fosse de prata; não menor é aquele que usa sua prata como se fosse louça de barro’ (Lúcio Aneu Séneca; nasceu em Coduba 04 a.C e morreu em Roma, 65 d.C. Foi um dos mais célebres escritores intelectuais do Império Romano) .

3. Ilustração: I Pe. 3.5 ‘Esse tipo de beleza interior foi o que se viu nas santas mulheres do passado, as quais confiavam em deus, e se acomodavam aos planos [à liderança] de seus maridos’.

4. Mulher, use sua beleza interior de modo que sobressaia a sua beleza exterior, por mais que esta insista em aparecer!


Como viver as promissórias do Pacto Conjugal na vida comum do lar?

III – O PACTO CONJUGAL É VIVIDO NA VIDA COMUM DO LAR NA MISSÃO DO ESPOSO PRUDENTE.

a – O esposo prudente assume sua posição de liderança.

1. O apóstolo Pedro exorta a nós maridos a reconhecer a esposa como ‘parte mais frágil’

2. Cumprir as promissórias do Pacto Conjugal tem a ver com o fato de que, mesmo em nossa sociedade moderna, o homem precisa ser o cabeça de seu lar, assumindo a tarefa de líder.

3. Não ser o líder do lar é expor a esposa à situações e condições para as quais ela não foi preparada.

4. O trabalho da liderança do lar, seja na condução financeira, seja na provisão dos recursos, seja na educação dos filhos, seja nas lides domésticas, é trabalho pesado que exaure da mulher forças que ela não recebeu em sua constituição feminina.

5. Ela é a parte mais frágil e deve ser protegida, amparada e amada.

b – O esposo prudente tem sua mulher em lugar de honra.

1. ‘Viva a vida comum do lar com discernimento, dando honra à mulher’ é a argumentação petrina aos maridos.

2. Considerando o contexto de perseguições e dificuldades por que passava os cristãos naqueles dias, isto implicava em cuidar da esposa para que a mesma não ficasse exposta à riscos.

3. A Constituição Federal de 1988 afirma que a família tem o papel único e específico de fazer valer, no seu seio, a dignidade dos seus integrantes como forma de garantir a felicidade pessoal de cada um deles .

4. Promissórias respeitam a promessa de pagamento ou de honra com um compromisso assumido, no qual o depositário se confessa devedor dessa quantia.

5. “Constata-se, finalmente, que a família é locus privilegiado para garantir a dignidade humana e permitir a realização plena do ser humano” (Professor Cristiano Chaves) .


CONCLUSÃO: A construção de sonhos, a realização do amor, a partilha do sofrimento, enfim, os sentimentos humanos devem ser compartilhados nesse verdadeiro LAR, Lugar de Afeto e Respeito .

Como viver as promissórias do Pacto Conjugal na vida comum do lar?

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