terça-feira, 3 de maio de 2016

COISAS COMUNS NAS PARÁBOLAS DAS COISAS PERDIDAS



Lc. 15.1-32


OBJETIVO: Mostrar o terno amor de Jesus e seu empenho para realizar aquilo que aos homens lhes era impossível: a salvação mediante seus próprios recursos.

INTRODUÇÃO: A religiosidade humana em geral, aponta para a possibilidade de o ser humano agradar aos seus deuses. Todo tipo de ritual então é válido para, ou aplacar a ira de um suposto deus ou conseguir, um favor da referida divindade.
Os judeus foram agraciados com a revelação de que Deus propõe salvar o homem de sua condição de perdido e assoreado pela força destruidora do pecado.
Os judeus foram influenciados pelas religiões pagãs dos povos que os rodeavam e não conseguiu captar esse enunciado na revelação de Deus. Nos dias de Jesus o judeu ainda confiava que era possível ao homem a aproximação de Deus mediante seus próprios esforços.

CONTEXTO: O Senhor Jesus apresentava o Evangelho como boa nova de Deus. Era a boa notícia de que Deus faria a salvação uma realidade a partir da vida e obra do Messias que era o próprio Cristo. Na perspectiva de Jesus o homem estava perdido e, Ele, Jesus, viera ao mundo para salvar o perdido.

TRANSIÇÃO: Quero vos apresentar breve reflexão nesta oportunidade versando sobre COISAS COMUNS NAS PARÁBOLAS DAS COISAS PERDIDAS.


I – A PROCURA OU A ESPERA PELO PERDIDO.

1. As três parábolas apresentam três coisas perdidas:
1.1 – A ovelha perdida.
a) A ovelha apresenta uma condição singular de fragilidade e dependência de alguém que dela cuide.
b) Um rebanho de ovelhas poderia ser fatalmente atacado por uma alcatéia de lobos ou um bando de leões famintos.
c) A ovelha poderia se desviar do bando e perder-se pelos desfiladeiros, cair num penhasco, entrar numa caverna ou gruta comuns nas regiões montanhosas, ou ser dilacerada por um animal feroz.
d) Faltou uma ovelha no final do dia.

1.2 – A dracma perdida.
a) A dracma era de valor monetário ou sentimental:
• ‘... A escassez de dinheiro na mão do povo faz com que a perda de uma moeda seja um acontecimento triste ...’ (Rihbany – The Syrian Crist).
• As moedas faziam parte do dote de uma mulher e eram usadas penduradas em um colar.
b) Uma moeda poderia ter caído e rolado para traz ou para debaixo de um móvel, cair numa fresta do assoalho ou num buraco do piso (chão batido).
c) Faltou uma dracma na contagem daquela senhora.

1.3 – O filho perdido.
a) O filho apresentara seu desprezo pela família na pessoa do pai.
• Bornkman, um comentarista bíblico, diz a respeito do pródigo, que ‘ele pede a sua parte dos bens, e trata o pai como se estivesse já morto’.
• No ambiente do Oriente Médio esperava-se que o pai explodisse e disciplinasse o rapaz por causa das cruéis implicações de seu pedido, mas uma coisa já estava clara para o pai: O relacionamento com seu filho chegara às raias da morte. De nada adiantaria insistir ou obrigar o filho a permanecer em casa.
b) O filho de fato estava perdido.

2. As três coisas perdidas são análogas à condição do ser humano em estar perdido por causa do pecado.
a) As Escrituras são explícitas quanto ao que o pecado representa na relação entre o homem e Deus.
b) O pecado é tido como uma doença imunda que impede a convivência.
c) O pecado é tido como inimizade deliberada entre o homem e Deus.

3. As três coisas perdidas tinham suas limitações para voltar à posição ou condição anteriores.
a) Nem a ovelha perdida, nem a moeda perdida nem o filho perdido tinham condições ou direitos de voltarem à posição anterior.
b) Precisavam ser procurados, aceitos e trazidos de volta ao seu lugar original.
c) Essa é a perfeita analogia no caso do homem.
• Ef. 2.1 ‘Estando vós mortos em delitos e pecados...
d) Caso Deus não buscasse o pecador através da vida e do sacrifício de Cristo ninguém poderia ser salvo por sua própria iniciativa ou esforços.

4. O valor relativo das coisas perdidas vai se acentuando na descrição das parábolas:
4.1 – A ovelha perdida é uma entre cem.
4.2 – A moeda perdida é uma entre dez.
4.3 – O filho perdido é um entre dois.
a) O homem é de grande valor para Deus.
b) O Senhor Jesus diz que uma alma vale mais que o mundo inteiro.


II – O ENCONTRO OU O RETORNO DO PERDIDO.

a – As três coisas perdidas são encontradas.

1. Há uma procura ou uma espera paciente pelo encontrar das coisas perdidas:
1.1 – O pastor busca a ovelha perdida.
1.2 – A mulher procura a moeda perdida.
1.3 – O pai espera o filho perdido.

2. Isto é uma analogia ao cuidado de Deus pelo pecador:
2.1 – Deus busca o pecador perdido. Como a ovelha, este não teria a iniciativa nem a capacidade de encontrar o caminho de volta, visto que o caminho de volta seria resolver o problema do pecado.
2.2 – Deus procura o pecador perdido. Como a moeda, inanimada, o pecador também é morto e sem vida própria para se encontrar.
2.3 – Deus espera pelo pecador perdido. Como o pai esperava pelo filho, Deus também espera o momento do arrependimento acontecer na vida do pecador como resultado da operação do próprio Deus, na pessoa do Espírito Santo.

3. Ilustração: ‘Filho brigado com o pai, sai de casa. Anos sem comunicação. Numa situação de doença e fragilidade, o filho escreve para o pai e lhe diz que se o pai o aceitasse de novo em casa, que ele passaria de trem em frente a casa, que ficava próximo à linha férrea, e que na laranjeira em frente da casa que tivesse ali um lenço branco. No dia determinado o rapaz é surpreendido quando ao olhar para a laranjeira, não um lenço branco, mas centenas de lenços e bandeirolas por toda a região lhe acenando as boas vidas e toda a família de braços abertos na estação’.

4. Lc. 15.20 ‘E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou’.

5. ♫ ‘A porta está aberta, só depende de você! À festa que o pai fará por sua volta! A porta está aberta, só depende de você! Volta ao seu lar! Vem o pai espera por ti! A porta está aberta, só depende de você!’ ♫


III – A ALEGRIA PELO ENCONTRO DO PERDIDO.

a – A alegria do reencontro é indizível a ambos os lados.

1. Tanto o pastor, quanto a mulher, quanto o pai, fizeram festa para celebrar o encontro do perdido.
1.1 – A alegria do pastor:
a) Lc. 15.5 ‘Achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo. E, indo para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida’.
1.2 – A alegria da mulher:
a) Lc. 15.9 ‘E, tendo-a achado, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que eu tinha perdido’.
1.3 – A alegria do pai:
a) Lc. 15. 22-24 ‘O pai, porém, disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés; trazei também e matai o novilho cevado. Comamos e regozijemo-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se’.
b) Lc. 15.32 ‘Entretanto, era preciso que nos regozijássemos e nos alegrássemos, porque esse teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado’.
2. Há júbilo na presença de Deus por um pecador que se arrepende.
2.1 – Lc. 15.7 ‘Digo-vos que, assim, haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento’.
2.2 – Lc. 15.10 ‘Eu vos afirmo que, de igual modo, há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende’.

3. Deus está com o coração alegre pela recepção de cada irmão, não meramente pela entrada e acolhida na membresia de uma Igreja, mas porque já aconteceu, em algum tempo atrás na vida de cada um, esse reencontro, esse achar e essa volta ao lar.

4. Deus continua procurando, continua buscando, continua esperando, por você que, quem sabe ainda não teve sua vida resolvida com Deus. Jesus não morreu em vão. Jesus morreu por você.


CONCLUSÃO: Abra o seu coração para contemplar o amor de Deus em lhe prover oportunidade para um reencontro.
Entregue-se totalmente a esse amor.
Receba de Deus o perdão.
Receba Jesus.

IPJ 13-03-2005

Nenhum comentário: