terça-feira, 3 de maio de 2016

UMA FAMÍLIA TEMENTE A DEUS EM MEIO AS CRISES



II Re. 4.8-37

OBJETIVO: Ensinar que famílias cristãs podem atravessar crises aterradoras, mas a presença e a intervenção de Deus são consoladoras e restauradoras.

INTRODUÇÃO: Ashbel Green Simonton, o pioneiro do presbiterianismo no Brasil, casou-se em 1963 nos EUA, com Helen Murdoch e voltou para o trabalho missionário já iniciado e frutificando viçosamente em nossa terra.
Pouco depois de comemorarem um ano de casamento, nasce aos 19 de junho de 1964 a filhinha Helen que tinha o mesmo nome da mãe.
Quando a criança contava com nove dias de nascida, a mãe morre e esposa Helen Murdoch.
– ‘Ó Deus, tem misericórdia de mim, pois grandes vagas têm me sobrevindo. Graças a Jesus que morreu e ressuscitou, pela firme convicção de que estes sentimentos naturais, tão rebeldes, acerca daquilo que aconteceu, não expressam a inteira verdade: há um bálsamo poderoso, mesmo para feridas tais como estas. O céu é a minha morada. Tudo que há mais precioso para mim lá está: pai, mãe, irmãs, esposa, Jesus... Tudo está lá’ (oração de Simonton) .

CONTEXTO: O texto faz parte do contexto histórico que engloba o período dos reis de Israel, Jorão (12 anos), Jeú (28 anos), Jeoacás (17 anos) e Jeoás (16 anos), por volta de 850 a 800 a.C.
Nesses cinquenta anos Eliseu foi o profeta de vulto na história de Israel.
Certamente o profeta Eliseu viu situações de guerra e de fome trazer muitas crises para as famílias de Israel.

TRANSIÇÃO: Situações de crises das mais diferentes espécies tem alcançado o povo de Deus no decorrer da história da Igreja.
É possível que você e sua família já tenham experimentado algum tipo de crise.
Quero falar nesta oportunidade sobre UMA FAMÍLIA TEMENTE A DEUS EM MEIO AS CRISES.


I – UMA FAMÍLIA TEMENTE A DEUS.

a – O temor a Deus leva o piedoso a se envolver com outros.

1. Esta família, constituída de uma mulher sunamita, e seu marido, se importaram com alguém que precisava de apoio e ajuda em seu ministério.

2. Reconheceram que Eliseu e seu ministério era algo de Deus para Israel naqueles dias.
2.1 – II Re. 4.9Vejo que este que passa sempre por nós é santo homem de Deus’.

3. O temor a Deus é demonstrado na vida desta família na atenção para com as necessidades básicas do profeta Eliseu.
3.1 – Alimentação.
a) II Re. 4.8O constrangeu a comer pão’.
b) Não apenas pão, mas uma alimentação que supriria Eliseu e seu auxiliar.
c) Ela os tratava sempre com amor e abnegação.
3.2 – Hospedagem.
a) II Re. 4.9Façamos-lhe, pois, em cima, um pequeno quarto, obra de pedreiro, e ponhamos-lhe nele uma cama, uma mesa, uma cadeira e um candeeiro; quando ele vier à nossa casa, retirar-se-á para ali’.
b) Construiu e mobiliou um quarto para o profeta e seu auxiliar.

4. Uma família temente a Deus abençoa outros em meio as suas crises ou necessidades, estendendo a mão e servindo uns aos outros.

b – Temer ao Senhor leva o cristão a praticar os valores do Reino.

1. Uma simples e completa definição de ‘Temor a Deus’ que já encontrei é a de Jaime Kemp: ‘Temer a Deus é lavar Deus a sério’.

2. Aquele que leva Deus a sério, certamente terá o cuidado de observar a sua Palavra, seus ensinos, princípios e valores e pautar toda a sua vida nestes moldes.

3. Esta vida fará diferença para aqueles que com ela convive. É impossível alguém não perceber a diferença entre uma pessoa que teme a Deus e outra que não teme.

4. A diferença não é meramente espiritual, mas se mostra na prática de vida adotada e formatada pela obediência a valores e verdades que muitas vezes se mostram tão dissonantes com a sociedade que a cerca.


II – CRISES TAMBÉM ASSOLAM UMA FAMÍLIA TEMENTE A DEUS.

a – A ilusão propagada pela ‘confissão positiva’.

1. O que é a confissão positiva?
1.1 – É a crença derivada do deísmo que afirma que Deus estabeleceu certas ‘leis’ para reger o mundo, e que Deus não mais intervém, mas que as tais ‘leis’ são auto-suficientes para fazer acontecer todo o mecanismo para funcionamento correto das coisas .
1.2 – Estas crenças denominadas de ‘confissão positiva’ são propagadas, em sua grande maioria, por cristãos provenientes das correntes pentecostais, e que foram grandemente influenciados por correntes do deísmo.
1.3 – Basta uma afirmação correta, ou a utilização de uma determinada ‘lei’.

2. O que propagam?
2.1 – Como decorrência do deísmo, tais círculos cristãos entendem que basta se ter pensamento positivo ou a afirmação correta de acordo com certa ‘lei’ e as coisas começarão a acontecer para você.
2.2 – Aliam a isto certas verdades declaradas nas Escrituras tais como o poder de Deus, nossa filiação a Deus, o poder da palavra profética nos moldes do Velho Testamento, etc.
2.3 – Verbos como ‘decretar’, ‘ordenar’, ‘determinar’, ‘reivindicar’, ‘exigir’, frequentemente substituem verbos como ‘pedir’, ‘rogar’, ‘suplicar’.
2.4 – Então basta afirmar, declarar, profetizar, amarrar, ordenar ou fazer uma confissão positiva; tais como:
a) ‘Em nome de Jesus não estou doente’.
b) ‘Eu declaro a bênção sobre minha vida e meus bens’.
c) ‘Eu ordeno que o problema não se aproxime de mim’.
2.5 – Em resumo: ‘Há Poder Em Suas Palavras’.

b – A realidade que nos cerca.

1. Problema de toda sorte e naturezas são realidades na vida de crentes e não crentes.

2. Enfermidades, problemas de ordem social ou relacional são provenientes do estado de pecado no qual a humanidade se encontra.

3. O próprio Senhor Jesus ensinou que teríamos aflições e os apóstolos experimentaram crises das mais variadas naturezas:
3.1 – O apóstolo Paulo tinha uma doença nos olhos que provocava nojo em quem o observasse e nunca foi curado.
3.2 – Paulo foi torturado e afligido por sua fé, passou fome e frio, teve enfermidades e crises existenciais.
3.3 – Outros apóstolos e cristãos passaram por toda sorte de crises e perseguições.
3.4 – Se era só declarar, determinar e ordenar, porque é que os apóstolos não se utilizaram destas leis?

4. Não se pode negar, em nome da fé e de uma perspectiva de perfeição futura, a realidade que nos cerca, mas precisamos compreender a natureza e a origem das crises, enfermidades e problemas como sendo oriundos da pecaminosidade humana.


III – UMA FAMÍLIA TEMENTE A DEUS TEM O SOCORRO DE DEUS EM MEIO AS CRISES.

a – A família da Sunamita atravessou dores e crises.

1. Tinham a impossibilidade de filhos.
1.1 – Era uma família de classe alta:
a) Era uma família rica.
b) Estavam bem estabelecidos socialmente.
c) O marido era velho
d) Não tinham filhos, o que significava que não teriam herdeiros e experimentaram a solução de Deus em lhes dar um filho.
• Nota da Bíblia de Genebra: ‘Um herdeiro se revestia de grande importância, porquanto o nome da família e suas possessões seriam transmitidos aos filhos. Se não houvesse filhos, entretanto, a casa e os bens da família seriam deixados para outros. Dessa forma, viver como viúva, o que se constituía em um futuro bem provável para aquela mulher, tornaria as coisas muito difíceis para ela’ .

2. Experimentaram a doença e a morte do filho.
2.1 – O filho nasce, cresce e se torna um rapaz capaz de ajudar o pai nos trabalhos da fazenda.
a) II Re. 4.18Alguns anos depois, no tempo da colheita, o menino saiu para se encontrar com o pai, que estava no campo com os trabalhadores que faziam a colheita’.
2.2 – O filho apresenta uma doença terrível.
a) II Re. 4.19De repente, ele começou a gritar para o pai: Ai! Que dor de cabeça! Então o pai disse a um dos empregados: Leve o menino para a mãe’.
2.3 – O filho morre.
a) II Re. 4.20O empregado carregou o menino até o lugar onde a mãe estava. Ela ficou com ele no colo até o meio-dia, e então ele morreu’.
2.4 – A dor da morte, a amargura de alma e o sofrimento tomaram conta daquela família.

b – A família da Sunamita experimentou o auxílio de Deus.

1. Aquela mulher buscou a Deus para superar sua dor e atravessar a crise da morte de seu único filho.

2. Deus socorreu e restaurou aquela família através do profeta Eliseu.
2.1 – A mãe busca o profeta.
2.2 – O profeta buscou ao Senhor, que o ressuscitou:
a) II Re. 4.32-33Quando Eliseu chegou, entrou sozinho no quarto e viu o menino morto na cama. Então fechou a porta e orou a Deus, o Senhor’.
2.3 – A mãe teve seu filho de volta.

3. ‘Cortesia do Todo-Poderoso’ .
3.1 – Deus é soberano, e pode, segundo sua vontade fazer milagres portentosos ou nos deixar passar por perdas e dores e ainda assim nos abençoar e nos ensinar seu amor e bondade.

4. As famílias tementes a Deus não estão isentas de passar por crises, mas em passando podem buscar o conforto e o auxílio em Deus que, segundo sua soberana vontade, há de suprir cada uma de nossas necessidades.


CONCLUSÃO: Sua família tem experimentado crises?
Busque ao Senhor!
Cura, restauração ou consolo, Ele tem para te dar.
A solução para nossas crises e dificuldades está em Deus.
Nem sempre Ele fará a nossa vontade, mas fará sempre o melhor.

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