domingo, 29 de junho de 2008

A COMUNHÃO DO CRISTÃO PRECISA SER CULTIVADA

Fp. 4.2-7


OBJETIVO: Incentivar os cristãos a cultivar a comunhão uns com os outros, mesmo que existam diferenças pessoais.


INTRODUÇÃO: Virtudes são sementes frágeis que precisam ser cultivadas com constante cuidado e atenção.


CONTEXTO: A Carta aos Filipenses foi escrita da prisão na cidade de Roma, no ano 60 d.C. É a oitava carta escrita por Paulo.
A cidade de Filipos tinha esse nome em homenagem a Filipe, da Macedônia. A colônia judaica ali era pequena e não tinha sinagoga. Como não havia sinagoga, as mulheres judias se reuniam junto ao rio para orar. A Igreja é fundada na casa de Lídia, uma vendedora de púrpura.
Neste texto lido percebe-se uma situação de conflito entre mulheres líderes naquela Igreja.


TRANSIÇÃO: Você já experimentou conflitos e ruptura em sua comunhão com irmãos ou amigos? Quero compartilhar nesta oportunidade sobre o fato de que A COMUNHÃO DO CRISTÃO PRECISA SER CULTIVADA.



I – A COMUNHÃO DO CRISTÃO PRECISA SER CULTIVADA CULTIVANDO A ACEITAÇÃO MENTAL.

a – O Caso Evódia e Síntique.

1. A mulher macedônica era uma mulher de fibra, destemida e determinada, esposando sempre uma personalidade forte.
– ‘Se a Macedônia produziu o grupo de homens mais competentes que o mundo já viu, as mulheres eram em todos os respeitos, suas contrapartes correspondentes; elas desempenhavam papel importante nos negócios, recebiam enviados, e obtinham concessões para eles, da parte de seus maridos, construíam templos, fundavam cidades, contratavam mercenários, comandavam exércitos, erigiam fortalezas, e funcionavam, às vezes, como regentes ou mesmo na magistratura’ .

2. A presença da mulher no cenário religioso da nascente Igreja cristã em Filipos se manifestou desde os primeiros convertidos.
– A conversão de Lídia.
– A libertação da moça ventríloqua.
– Evódia e Síntique.

3. Em face ao apelo que o apóstolo Paulo faz à Evódia e Síntique, fica claro que nem tudo é harmonia e alegria na vida da brilhante Igreja de Filipos.

4. Não se sabe dos pormenores das desavenças existentes entre estas duas irmãs, Evódia e Síntique, porém fica claro haver ranhuras na comunhão entre ambas.
– W. Shimithals apresenta a possibilidade de quebra de unidade devido a hospitalidade a líderes gnósticos no seio da Igreja.
– É possível que tenha algo a ver com a liderança na Igreja.
– Fp. 2.1-3 ‘Se por estarmos em Cristo nós temos alguma motivação, alguma exortação de amor, alguma comunhão no Espírito, alguma profunda afeição e compaixão, completem a minha alegria, tendo o mesmo modo de pensar, o mesmo amor, um só espírito e uma só atitude. Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos’.
– Fp. 2.14 ‘Façam tudo sem queixas nem discussões’.

5. Pessoas no Reino de Deus não são descartáveis, nos ensina Paulo. Apesar das diferenças e atritos que possam surgir, é preciso cultivar a reconciliação, a harmonia e a comunhão.

b – O Desafio do Caso Evódia e Síntique.

1. Este caso não está na carta apenas para mostrar a integridade e seriedade do apóstolo Paulo, antes reforça a fragilidade da própria Igreja cristã.

2. Paulo suplica com ternura a estas duas mulheres, assim como eram antes, que voltem à harmoniosa disposição de ânimo, a fim de que possam trabalhar juntas em equipe.

3. O grande desafio de Paulo às duas irmãs, é que ‘pensem concordemente’ (Fp. 4.2).

4. A cada um de nós, cristãos, é solicitado a mesma coisa: ‘penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento’ (Fp. 2.2).

5. Mesmo preservando nossa individualidade e traços próprios de personalidade é preciso que a unidade em torno do pensamento do Reino, a mente de Cristo, sobressaia em nossos relacionamentos.


II – A COMUNHÃO DO CRISTÃO PRECISA SER CULTIVADA CULTIVANDO A MUTUALIDADE.

a – O Fiel Companheiro de Jugo no Caso Evódia e Síntique.

1. Paulo convoca aqui um personagem sem nome, denominado de Fiel Companheiro de Jugo, para atuar no Caso Evódia e Síntique.

2. Syzygos, → (Σύζυγος) significa companheiro de lutas, companheiro de trabalho.
– Como não se sabe exatamente quem tenha sido tal colega de missão de Paulo, alguns pensam que possa ter sido Lucas.
– Outros apontam aqui para Lídia.
– Outros indicam Epafrodito, líder proeminente em Filipos.

3. O desafio que o Fiel Companheiro de Jugo tinha nas mãos agora era ajudar aquelas irmãs a pensarem com unidade para o bom desempenho do Reino de Deus em Filipos.

b – O Desafio do Fiel Companheiro de Jugo.

1. Ilustração: O cristão não é como um meteoro perdido no espaço, mas um astro com lugar definido dentro de sua galáxia.

2. Cada cristão é concitado a ser suporte na vida uns dos outros, como ensinado no princípio da mutualidade, exarado em mais de 40 versículos no Novo Testamento.
– ‘Uns aos outros’.
– ‘Mutuamente’.
– ‘Reciprocamente’.

3. Como companheiros de luta na vida uns dos outros devemos nos auxiliar mutuamente para que haja comunhão e bom relacionamento no corpo de Cristo a fim de que o Reino de Deus se manifeste de modo visível e palpável.


III – A COMUNHÃO DO CRISTÃO PRECISA SER CULTIVADA CULTIVANDO A CONSCIÊNCIA DA PRESENÇA E AÇÃO DE DEUS.

a – Moderação conhecida de todos.

1. Cada cristão é chamado para uma vida de moderação e equilíbrio em todas as áreas de nosso viver e comportar.

2. Devemos moderação e equilíbrio também em nossos relacionamentos interpessoais, onde não buscamos apenas nossos interesses, mas sim os do Reino.
– Fp. 2.3-4 ‘Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos. Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros’.

b – Perto está o Senhor.

1. A consciência de que Deus está perto em todo o tempo, que estamos cara a cara com o Todo Poderoso a cada momento, deve nos arremeter a um grau de prudência, moderação e equilíbrio constantes.
– Fp. 4.5 ‘Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor’.

2. Há fartura de referências bíblicas acerca da onisciência e onipresença do Deus Triúno nas quais podemos alicerçar nossa consciência.

c – Lançando sobre Ele todas as nossas ansiedades.

1. Toda inquietação nos relacionamentos gerará no cristão certo grau de ansiedade, tirando-lhe a paz e a tranquilidade.

2. Paulo exorta aos cristãos de Filipos e extensivamente aos de hoje a que não andem ansiosos.
– Fp. 4.6 ‘Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus’.

3. O grande resultado da confiança em Deus na resolução de nossos conflitos é que poderemos desfrutar de uma mente tranqüila e pacificada.
– Fp. 4.7 ‘E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus’.


CONCLUSÃO: Cultive sua comunhão uns com os outros.
Vivencie os princípios da mutualidade entre a família de Deus coletivamente.
Seja um Fiel Companheiro de Jugo na caminhada juntos aos outros irmãos, onde apoio e suporte possam ser sempre oferecidos.

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