terça-feira, 19 de abril de 2011

A MENSAGEM CENTRAL DO EVANGELHO

I Co. 2.1-5


OBJETIVO: Ensinar aos membros que não se pode pregar nem viver um evangelho divorciado da mensagem da cruz.


INTRODUÇÃO: Se a morte de Cristo na cruz é o verdadeiro significado de sua encarnação, não existe evangelho sem a cruz. Qualquer evangelho que proclama somente a vinda de Cristo ao mundo, significando a encarnação sem a expiação, é um falso evangelho. Qualquer evangelho que proclama o amor de Deus sem ressaltar que seu amor O levou a pagar, na pessoa de seu Filho, na cruz, o preço final pelos nossos pecados, é um falso evangelho. (James Montgomery Boyce – Fé para Hoje, Versão Online, Número 8, Ano 2000).


CONTEXTO: A filosofia grega influenciava os pregadores primitivos e desde cedo percebeu-se distorção do Evangelho de Jesus Cristo. Paulo debatia com a Igreja de Corinto sobre o risco da não centralização da cruz no Evangelho, em contraste com o pensamento estóico que se infiltrava na Igreja. É possível que mestres naquela Igreja viam em Jesus a manifestação de Deus, mas rejeitavam a cruz.


TRANSIÇÃO: Hoje muitos grupos e denominações pregam um Evangelho sem a cruz. Que diria Paulo ou outros apóstolos se passassem no meio evangélico brasileiro hoje? Quero compartilhar nesta oportunidade o tema: A MENSAGEM CENTRAL DO EVANGELHO.


I – A AMPLA CIRCUNFERÊNCIA DO EVANGELHO.

1. O Evangelho de Jesus Cristo possui aspectos e interferências na vida ética, moral e comportamental do indivíduo, independente do seu meio cultural ou étnico.

2. Não há esfera da vida humana que o Evangelho não seja pertinente, antes propõe a transformação do homem no seu todo.

3. Desde palavras, pensamentos, intenções, hábitos e práticas na vida humana o Evangelho tudo abarca e amolda.
3.1 – I Co. 10.31 (NVI) ‘Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus’.
3.2 – Fp. 4.8 (NVI) ‘Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas’.
3.3 – Cl. 3.5-10 (NVI) ‘Assim, façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena de vocês: imoralidade sexual, impureza, paixão, desejos maus e a ganância, que é idolatria. É por causa dessas coisas que vem a ira de Deus sobre os que vivem na desobediência, as quais vocês praticaram no passado, quando costumavam viver nelas. Mas agora, abandonem todas estas coisas: ira, indignação, maldade, maledicência e linguagem indecente no falar. Não mintam uns aos outros, visto que vocês já se despiram do velho homem com suas práticas e se revestiram do novo, o qual está sendo renovado em conhecimento, à imagem do seu Criador’.

4. O Evangelho, perfazendo toda a mensagem bíblica, é o Manual do nosso fabricante, no intuito de que possamos servir para o que fomos criados: a glória do Criador.


II – A SIMPLICIDADE DA MENSAGEM.

1. O conteúdo do Evangelho abarca todas as áreas da vida humana e necessita ser transmitido a todo homem de forma que a mensagem seja simples, tangível e transformadora na vida daquele que o recebe.

2. Paulo, embora um dos mais cultos cristãos de sua época apresentava a mensagem com simplicidade ao alcance de todos.
3.1 – I Co. 2.4 (BV) ‘e a minha pregação foi muito simples, não com abundante oratória e sabedoria humana; entretanto, o poder do Espírito Santo estava em minhas palavras, provando a todos quantos as ouviram que a mensagem vinha de Deus’.
3.2 – I Co. 9.22-23 (BV) ‘Quando estou com aqueles cuja consciência facilmente os inquieta, não ajo como se eu soubesse tudo e não digo que eles são tolos; o resultado é que assim eles estão dispostos a me deixar ajudá-los. Sim, qualquer que seja o tipo de pessoa, eu procuro achar um terreno comum com ela, para que me permita falar-lhe de Cristo e permita a Cristo salvá-la. Faço isso para levar o Evangelho a eles e também pela bênção que eu próprio recebo, quando os vejo ir a Cristo’.

3. Sadu Sun dar Sing (O Apóstolo dos Pés Sangrentos): ‘Se for falar do Evangelho como a água da vida para um indiano, deve dar a água num copo indiano’.

4. Os evangélicos em geral usam o evangeliquês, um idioma pouco comum ao povo a quem falam de modo que muitos termos que usam para apresentar o evangelho mais dificulta que facilita a compreensão de sua mensagem.
4.1 – ‘Varão, o culto foi um fluir de Deus. Estava todo mundo na unção. Só tinha vaso de bênçãos!’.
4.2 – ‘Levita’, por exemplo, não é conjugação do verbo levitar. Trata-se do crente que exerce alguma atividade ligada à música congregacional, seja cantando ou tocando instrumentos.
4.3 – ‘Entrar na carne’, não é almoço em churrascaria, mas uma expressão usada para classificar o crente pouco zeloso de sua santidade.
4.4 – A linguagem é tão complicada, que muitos que visitam igrejas evangélicas, se sentem como se estivessem num outro país.

5. É preciso se preocupar em transmitir a Palavra de Deus de tal forma que o povo possa entender.


III – A MENSAGEM CENTRAL DO EVANGELHO.

1. Para o apóstolo Paulo é impossível falar do Evangelho sem falar da sua mensagem principal: a cruz.

2. O centro da mensagem bíblica é Cristo e seu sacrifício na cruz do Calvário.
2.1 – I Co. 2.2 (BV) ‘Decidi-me a falar só de Jesus Cristo e de sua morte na cruz’.
2.2 – I Co. 15.3-4 (NVI) ‘Pois o que primeiramente lhes transmiti foi o que recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou no terceiro dia, segundo as Escrituras’.

3. Sempre houve um Evangelho paralelo, uma espécie de Evangelho pirata, um tipo de câmbio negro, no meio do cristianismo.

4. Em todos os tempos no meio do Cristianismo houve a pregação do Evangelho numa mensagem sem a cruz; mas em nossos dias o Evangelho sem a cruz tem ganhado maior espaço no meio do povo que se diz povo de Deus.

5. Esse tipo de mensagem não conduz ninguém a Cristo reconhecendo nele o único Salvador e tem produzido uma população Gospel/Evangélica e interessada em bênçãos, especialmente se essas bênçãos vierem em forma de cifrões.

6. Mais do que nunca precisamos pregar a mensagem da cruz.


CONCLUSÃO: O Evangelho tem o poder de transformar toda a vida do pecador e não somente sua religiosidade.
A mensagem do Evangelho é simples.
O centro da mensagem do Evangelho é Jesus em seu sacrifício redentor.
Não aceite um Evangelho sem a cruz (Gl. 1.6).

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