sábado, 27 de abril de 2013

ONDE ESTÁ O TEU AMOR?



Ap. 2.1-7

OBJETIVO: Desafiar a Igreja a vivenciar uma vida apaixonada por Jesus e seu Reino, sem cair no comodismo religioso.

INTRODUÇÃO: É possível alguém ser evangélico sem ser realmente cristão ou verdadeiro discípulo de Cristo Jesus? Assim esse alguém poderia ser membro comungante de uma Igreja, ser assíduo e participativo, e manter as características externas do cristianismo e ainda assim estar longe de Jesus?
É possível isso acontecer com um grande número de pessoas num mesmo lugar?

CONTEXTO: Éfeso era chamada ‘A porta de Roma’, por ser a passagem obrigatória para todos os que quisessem ir da Ásia para Roma.
Era a maior e mais rica das cidades da província da Ásia. Era a capital do comércio e do prazer. Cidade de Diana ou Ártemis, a grande deusa da beleza e da fertilidade.
A Igreja de Éfeso fora fundada pelo trabalho missionário do apóstolo Paulo e à sua frente estiveram grandes pastores como o próprio Paulo, Timóteo, João (escritor do Evangelho), Apolo e teve ainda a mãe do Senhor como seu membro.

TRANSIÇÃO: Éfeso era uma Igreja ativa, batalhadora, fiel, mas em falta. Havia uma queixa de Jesus: ONDE ESTÁ O TEU AMOR? Este é o tema que desejo abordar com vocês nesta oportunidade.

I – OS PONTOS FORTES DA IGREJA DE ÉFESO.

a – As obras.

1. ‘Obras’ indicam o serviço que é fruto de uma conversão à Cristo.
1.1 – Ef. 2.10 ‘’

2. Bons serviços que a Igreja estava prestando à causa do Evangelho; testemunho e proclamação.

b – O labor.

1. O termo labor advém da palavra Κοπος (kopos) no grego, que deriva de Κοπτος que significa: bater, ferir.

2. Κοπος aponta para aquele tipo de serviço intenso, trabalho árduo, indicando um exaurir-se em serviço, um desgastar-se por amor à obra de Cristo.

3. Assim, a Igreja de Éfeso era batalhadora, intensa, laboriosa, agressiva, comprometida.

4. Ilustração: A frase predileta de seus primeiros anos: ‘O que eu posso fazer pela minha Igreja?’
A frase mais falada trinta anos depois: ‘O que esta Igeja pode fazer por mim?’

c – Perseverança.

1. Ύπομονην (hupomonén) significa estar sob pressão, e ainda assim submeter-se e sofrer corajosamente.

2. A Igreja de Éfeso experimentou pressão e perseverança em Atos (At. 18 – conflito com os ourives).

3. Pressão sob Domiciano.

d – Fidelidade na doutrina.

1. ‘... puseste a prova os que se declaram apóstolos e os achastes mentirosos ...’
1.1 – Gnósticos.
1.2 – Detectaram e rejeitaram a heresia.

2. ‘... odeias as obras dos nicolaítas ...’
2.1 – Antinomianismo – Negação da santificação.
a) ‘O crente não precisa mais guardar a lei moral, pois já está justificado. Isso é heresia!’
b) Ainda hoje há muitos cristãos que professam e praticam esse erro.

II – O PONTO FRACO DA IGREJA EM ÉFESO.

a – ‘Tenho porém contra ti...’

1. A frase é adversativa e estabelece um forte contraste com os elogios anteriores.

b – ‘Abandonaste o teu primeiro amor...’

1. Ilustração: Russel Shedd – Trabalhando na I. P. de Edimburgo – Escócia – recebe um casal de missionários que dera toda a vida na obra em outro país. Procuraram o Pr. Shedd e lhe disseram: ‘Pastor, estamos vindo de uma Igreja onde trabalhamos muito. Não espere nada de nós...’

2. Ilustração: Satélite espacial que inicia sua jornada com forte ímpeto, quebrando a força da gravidade, escapando e vencendo todas as forças que o prende e depois entra em órbita constante, monótona, sem motor, uma eterna mesmice, uma espécie de inércia de movimento.

3. Esta frase: ‘Abandonaste o teu primeiro amor...’ aponta para vidas que já não tem mais paixão e zelo pela causa de Cristo, mas apenas o segue como por costume.

4. ‘Acabou a lua de mel’.

III – CONSELHO VIVIFICADOR PARA ESTA IGREJA.

a – ‘Lembra-te, pois, de onde caíste...’

1. As grandes derrotas de nossa vida começam com pequenos problemas não solucionados.

2. O crente vai deixando pequenos detalhes (pecados internos), insignificantes às vezes, mas que geram raízes de amargura, insatisfação, desânimo, esfriamento...

3. Apesar disso continua ativo, contudo, sem amor.

b – ‘Arrepende-te...’

1. Μετανοέω – (metanoéô) ‘pense de novo’.

2. A Igreja deve estar constantemente se policiando quanto ao pecado, e ao mesmo tempo sempre se quebrantando com respeito ao pecado, pois os mesmos ‘fazem separação entre vós e o vosso Deus’ (Is. 59.2).

c – ‘Volta à prática das primeiras obras...’

1. Não existe cristianismo só de mente, só de convicções.

2. O cristianismo se expressa em obras, ações e feitos de amor a Deus e ao próximo.

3. É voltar ao primitivo espírito de serviço e compromisso que brota de um coração cheio de amor.


CONCLUSÃO: Hoje Éfeso já não existe. No seu lugar, um vilarejo muito pobre de nome Ayassaluk. Sobrevive em meio às ruínas da pomposa e rica cidade. Ali não há Igreja.
O desafio é para a Igreja: Lembra! Arrepende-te! Volta.
Deixa a tua luz brilhar.
O desafio é também para indivíduos: Que poderá restar de sua vida se não voltares ao primeiro amor?

IPJ 03-04-2005 / IPBA 03-03-2013

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