sábado, 27 de abril de 2013

ONDE ESTÁ TUA RIQUEZA?



Ap. 2.8-11


OBJETIVO: Apresentar aos cristãos o convite de Jesus a buscar a verdadeira satisfação nele.


INTRODUÇÃO: Em nossos tempos modernos vivemos uma desenfreada corrida ao materialismo e a uma busca por conforto, posição e riqueza.
Na verdade, o material e a riqueza sempre foram objeto de fascínio ao ser humano, e nesse prisma pode-se sintetizar a vida humana a uma constante corrida do ouro.


CONTEXTO: Esmirna foi fundada em 1.000 a.C. e mesmo passando por períodos de destruições, ela nos dias do NT era uma cidade muito rica.
Sendo uma cidade portuária do Mar Egeu, e provida de outras rotas comerciais por terra, possuía toda sorte de comércio de onde provinha sua riqueza.
Era também região extremamente fértil e possuía uma produção agrícola muito forte.
No meio dessa cidade rica estava a Igreja. Igreja pobre, à base de escravos e camponeses, mas rica diante de Deus.
À esta Igreja Jesus não dirige nenhuma recriminação ou queixa, porém só elogios e incentivos.


TRANSIÇÃO: Como seria viver em meio a pobreza material, seja como Igreja ou mesmo como família? Quero refletir nesta oportunidade: ONDE ESTÁ TUA RIQUEZA?






I – A APARENTE POBREZA MATERIAL.

a – Uma Igreja composta de pessoas espoliadas.

1. Prática de Domiciano.
1.1 – Confiscava os dos cristãos para que estes se rendessem negando a Cristo e assumindo o culto ao Imperador.
1.2 – Ênfase do romano:
a) ‘César é o Senhor’.
b) ‘César Augustus’.
1.3 – Dessa maneira os cristãos de Esmirna haviam perdido todos os seus bens materiais.

b – Uma Igreja composta de pessoas pobres.

1. Muitos escravos, desprezados e marginalizados eram os membros dessa Igreja.

2. O termo pobre usado no texto de Ap. 2.8.
2.1 – Penês (Πενής) – indicava falta do supérfluo, ou seja, relativa pobreza que permite a sobrevivência apenas com o necessário.
2.2 – Ptóchos (Πτόχος) – indica falta do essencial, extrema carência, indigência, mendicância.

3. Na Igreja não há lugar para ostentação.
3.1 – Há pessoas que tem alguma posse ou alguns ou muitos bens e se julgam superiores.
3.2 – Há pessoas que não se dão a uma comunhão e aproximação com irmãos menos favorecidos.
3.3 – Na História a Igreja perdeu seu referencial e ao invés de se fiar na riqueza de Cristo Jesus e abençoar a humanidade, passou a acumular riquezas.
3.4 – Muitas vezes os próprios cristãos têm perdido seu referencial e passado a acumular bens e a construir impérios e reinos particulares.

4. Como tais cristãos conviveriam com Jesus e sua pobreza humana?


II – A INIMAGINÁVEL RIQUEZA ESPIRITUAL.

a – Ricos na fidelidade ao Senhor.

1. Ap. 2.10 ‘Sê fiel até a morte e eu te darei a coroa da vida’.

2. ‘Sê fiel...’.
2.1 – Indica o verbo no original que eles já estavam sendo fiéis e eram encorajados a permanecer fiéis.

3. ‘Até’ (Άχρί).
2.2 – Preposição grega que indica não extensidade, mas intensidade ou profundidade.
2.3 – ‘Mesmo que isto te leve a morte’.

4. ‘Fiel’.
4.1 – Indica alguém digno de confiança, alguém persuadido, convencido, rendido a um compromisso com Deus que ultrapassa as dificuldades da vida.

5. Há daqueles que se dizem cristãos, que por qualquer dificuldade deixam de lado o Evangelho que um dia abraçaram.

c – Ricos de valores eternos.

1. Ap. 2.10 ‘Dar-te-ei a coroa da vida’.

2. Aqui figuram as riquezas eternas prometidas aos que verdadeiramente se entregaram à fé salvadora em Cristo Jesus.
2.1 – Rm. 8.18 ‘Considero que os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada’.
2.2 – II Co. 4.18 ‘Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno’.
2.3 – I Co. 2.9 ‘Este é o significado das Escrituras que dizem que nenhum mero homem jamais viu, ouviu, nem mesmo imaginou que coisas maravilhosas Deus preparou para aqueles que amam ao Senhor’.


III – A INTERMITENTE PROVA DA FÉ.

a – As provas vêm e vão.

1. Provas anteriores.
1.1 – Prisões.
1.2 – Espoliações, por ordem do imperador Domiciano.
1.3 – Mortes.

2. Provas por vir.
2.1 – ‘Tereis tribulações de dez dias... o diabo está para lançar na prisão...’
2.2 – Indica tribulação ou até a morte para alguns deles como resultado de crerem e proclamarem o nome de Jesus como exclusivo salvador.

3. Ilustração: Dia 22 de fevereiro do ano 156, Policarpo, o bispo de Esmirna é colocado para adorar César, em troca de sua liberdade, ao que responde:
– ‘Oitenta e seis anos tenho servido ao meu Senhor e ele jamais me negou ou decepcionou. Como posso blasfemar e negar ao Rei que me salvou?’
Depois de muitas tentativas do pró-cônsul para livrá-lo da morte, Policarpo, irredutível, foi queimado vivo enquanto entoava hinos de louvores ao Senhor Jesus.


CONCLUSÃO: Onde está a tua riqueza?
Nos bens ou na vida aqui?
Ostenta-te nas tuas posses e conquistas?
‘Onde estiver o teu tesouro estará também o teu coração’.
Que diria o Senhor a teu respeito?
‘Tu és rico’?

Possa o Senhor encontrar em nós as marcas da verdadeira riqueza: um coração fiel e comprometido com Deus e seu Reino.

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