sábado, 27 de abril de 2013

ONDE ESTÁ A TUA VIDA?



Ap. 3.1-6

OBJETIVO: Levar cada ouvinte a questionar sobre a realidade de sua vida em Cristo.

INTRODUÇÃO: Em todo e qualquer campo da vida humana, o plágio pode ser bem feito, mas creio que no âmbito da religião é onde ele se manifesta com maior desenvoltura. É fácil sermos hipócritas ou falsificarmos a aparência de espiritualidade.

CONTEXTO: Sardes era uma cidade pequena, de pouca expressão cultural e política. Por estar na encruzilhada de várias estradas romanas, tornara-se um centro de comércio e prosperava economicamente, sendo considerada uma cidade rica.
Plínio, historiados dos romanos, nos informa que a arte de tingir a lã fora inventada ali. Uma grande indústria têxtil e de tinturaria se desenvolveu naquela cidade.
Também muitos metais eram trabalhados em minas da região, especialmente o ouro.
Andrew Tait, historiador, que o povo de Sardes adorava Cibele, a deusa-mãe, cujo culto era do mais degradante com orgias carnavalescas que envolviam toda a cidade. Sardes tinha a reputação de uma cidade imoral e de aberta licenciosidade.

TRANSIÇÃO: A Igreja alemã na época do nazismo, em grande escala passou a ter o mesmo discurso que Hitler. A Igreja brasileira, no período da ditadura militar, assumiu não poucas vezes o mesmo discurso do militarismo.
Esta síndrome de camaleão ainda pode acontecer conosco?
Nesta oportunidade quero compartilhar com vocês, no intuito de questionarmos se de fato vivemos a vida cristã como Jesus a viveria em nossos dias, o seguinte tema ‘ONDE ESTÁ A TUA VIDA?’

I – A APARENTE VIDA DE UMA IGREJA MORTA.

a – ‘Tens nome de que vives, e estás morto’.

1. Tinha fama de uma Igreja atuante.
1.1 – Programas os mais diversificados para atrair ou divertir os interessados.
1.2 – Cultos animados com cânticos e euforia.
1.3 – Atividades as mais diversas que pudessem prender a atenção das pessoas.
1.4 – Jantares, reuniões...

2. Era a Igreja da moda, pois ganhava facilmente os aplausos e a glória dos homens.

b – Detinha a forma, mas não o conteúdo.

1. ‘Não tenho achado íntegras as suas obras’.
1.1 – ‘Íntegras’ – ‘Πεπληρώμενα’ – completas, plenas, cheias, indicadas aquelas obras realizadas dentro do propósito de Deus, com motivações corretas.
1.2 – Obras não íntegras são aquelas que, mesmo sendo boas, são realizadas com motivações egoísticas e erradas; que não buscam a glória de Deus e o bem do próximo em primeiro lugar.

2. Obras com aparência de cristianismo, mas vazias.

3. ‘Por fora bela viola ...’ – No culto, uma beleza! Por fora, compromisso com a licenciosidade, com o permissivismo e com a imoralidade.

4. Ilustração: É como se tais crentes esquecessem que os olhos do Senhor a tudo vêem. Pensam em encontrá-lo semanalmente, a cada domingo na Igreja (onde é a sua casa), e depois vive o resto da semana como se Deus não os estivesse vendo.


II – O GRITANTE DESAFIO À CONVERSÃO E À VIDA.

a – Uma exortação à reflexão:

1. ‘Lembra-te!’
1.1 – Sardes já estivera em melhor situação diante de Deus.
1.2 – Era desafiada a olhar para trás e trazer a mente tempos de mais intimidade com Deus e de maior integridade.

2. ‘do que tens recebido’.
2.1 – A Igreja era chamada a considerar o que Deus já fizera na vida deles como pessoas que conheciam a graça e o poder transformador de Jesus.

3. ‘e ouvido’.
3.1 – Nesta palavra o Senhor Jesus os desafiava a considerar como a pregação do Evangelho tivera efeito transformador na vida deles como indivíduos e como Igreja.
3.2 – Testemunhos de pessoas impactadas pelo Evangelho eram conhecidos entre eles eram coisas que ficara no passado ou pertencentes a alguns poucos.
3.3 – Rm. 10.17 ‘A fé vem pelo ouvir da Palavra ...’.

b – Uma exortação à vigilância.

1. ‘Guarda-o’, indica a vigilância com o que se tinha recebido.

2. Em tantos outros lugares das Escrituras somos advertidos a cuidar com zelo do tesouro e bens que recebemos de Deus em Cristo Jesus.

3. A parábola dos talentos ilustra o desenvolvimento e zelo que se deve ter com o que se recebeu de Deus.

4. Fp. 2.12 ‘... desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor ...’.

c – Uma exortação à mudança de atitude.

1. ‘Arrepende-te’.

2. Os cristãos de Sardes eram desafiados a mudar a postura e atitudes assumidos até ali.

3. Deus está de fato satisfeito com sua vida pessoal?
3.1 – Seus negócios?
3.2 – Sua vida familiar?
3.3 – Seus estudos?
3.4 – Seu namoro?

4. Ser cristão é uma questão de atitude e não meramente uma questão de religião.
4.1 – At. 11.26 ‘Foi em Antioquia que, pela primeira vez, os seguidores de Jesus foram chamados de cristãos’.

d – Uma ameaça aos faltosos.

1. ‘Se não vigiares, virei como ladrão’.

2. Deus não se mantém indiferente ao pecado de seu povo; antes, ao contrário, disciplina de maneiras variadas na intenção de que possam se arrepender e voltar aos seus caminhos.


III – CONSOLO PARA UMA IGREJA DECADENTE.

a – ‘Tens contudo os que não se contaminaram’

1. O problema da Igreja de Sardes era a contaminação com o estilo de vida da sociedade decadente onde estava inserida.

2. Como já ilustrado na introdução, essa pode ser uma tendência da Igreja em várias épocas e culturas.

3. Porém, em Sardes havia aqueles que não se contaminaram.

4. Ilustração: Dietrich Bonhoefer, conhecido teólogo luterano da Alemanha, que resistiu fortemente as ideologias nazistas, indo preso e por último sendo enforcado pelo Reich alemão em 1945.

b – O desafio é não se contaminar.

1. ‘Não contaminaram as suas vestiduras...’.

2. Ap. 7.14 ‘Lavaram as suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro’.

3. Ap. 3.4 ‘... andarão de branco junto comigo ...’.
3.1 – Indica que viverão na santidade e pureza de Cristo e com Cristo por toda a eternidade.
3.2 – Somos chamados à santidade e, ‘sem a santificação ninguém verá o Senhor’ (Hb. 12.14).
3.3 – ‘pois são dignas’ indica que a mesma dignidade do Cordeiro lhes é repassada. Como diz o cântico:
‘Tudo o que Jesus conquistou na cruz
É direito nosso, é nossa herança
Todas as bênçãos que tem prá nós
Tomemos posse, é nossa herança.
Toda vida, todo o poder.
Tudo o que Jesus tem prá dar
Abrimos nossas vidas prá receber
E nada mais nos resistirá...’.

4. Terão os nomes no livro da vida.
4.1 – Todos os que rejeitaram o culto ao Imperador e a idolatria pagã tiveram seus nomes cortados dos livros de cidadãos romanos.
4.2 – Os fiéis com Deus terão seus nomes no Livro da Vida.


CONCLUSÃO: Você pode ter o seu nome no Rol de Membros de uma Igreja e não tê-lo no Livro da Vida.
Você pode ter cargos e atividades e não ter o nome no Livro da vida.
Você pode ter o nome de que vive...
Você pode ter aparência de piedoso, mas se não tiver um coração lavado no sangue do Cordeiro, então seu nome não está no Livro da Vida.
Àqueles que nasceram de novo em Cristo a palavra é: ‘Aquele que começou a boa obra em vós, há de completá-la até o dia final’ (Fp. 1.6).
Suas atitudes demonstram que você é de fato um cristão, um seguidor de Cristo? Ser cristão é uma questão de atitude.
Onde está a tua vida?




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