sábado, 27 de abril de 2013

ONDE ESTÁ O TEU ARREPENDIMENTO?



Ap. 2.12-17

OBJETIVO: Apresentar o ensino de que sem verdadeiro arrependimento é impossível se viver a vida cristã de modo agradável a Deus.

INTRODUÇÃO: Ser cristãos nos dias da Igreja primitiva não era fácil A licenciosidade, a promiscuidade e a libertinagem era generalizada e tudo isso influenciava a Igreja.
Hoje não é diferente. Quem quiser ser verdadeiro cristão tem que estar disposto a pagar o preço.

CONTEXTO: Guardadas as devidas proporções, Pérgamo era uma cidade comparada às cidades de Brasília ou Washington, sendo o grande centro político da região da Ásia menor.
Era também grande centro religioso.
a) Era uma cidade devota a Zeus e a Atena, deuses do panteão grego.
b) Era devota a adoração do imperador. Em 29 a. C. foi construído em Pérgamo um Templo ao Divino Augusto e à deusa Roma.
c) Era devota à Esculápio, a serpente dourada que simbolizava a saúde (usada ainda hoje como símbolo da medicina). As ruínas do Templo de Esculápio ainda existem. Seu culto envolvia curandeirismo e magia.

TRANSIÇÃO: Por isso tornou-se fácil entendermos a expressão inicial de nosso Senhor Jesus: ‘Conheço o lugar em que habitas’ (vs. 13).
O Senhor Jesus não está alheio ao seu povo, e tem algo importante a dizer àquela Igreja.
O Senhor Jesus tem algo importante a dizer à sua Igreja hoje, ao povo que aqui está, e o faz através de algumas palavras específicas.


I – UMA PALAVRA DE APROVAÇÃO.

a – ‘Conservas o meu nome’.

1. Em meio a tanto paganismo os cristãos de Pérgamo conservavam o nome do Senhor Jesus.

2. O nome indica o caráter.
2.1 – Exemplo: ‘Fulano tem o nome sujo’.

3. Conservar o nome então, aponta para as seguintes realidades na vida do cristão:
3.1 – Assumir o mesmo caráter de Jesus, ter o mesmo procedimento do Mestre.
3.2 – Guardar seus ensinos e andar em obediência aos mesmos.
3.3 – Ter familiaridade e intimidade com o nome do Senhor, isto é com sua pessoa e caráter.
3.4 – Estar em posição firme e inarredável ao lado de Cristo e de sua Palavra, mesmo que isto nos custe o desprezo, a discriminação ou mesmo a vida.

b – ‘Não negaste a minha fé’.

1. O tempo do verbo indica uma posição definida no passado.

2. ‘... ainda nos dias de Antipas ...’
2.1 – Ilustração: Segundo a tradição, Antipas era o pastor de Pérgamo. Devido sua grande influência sobre a Igreja e cidade de Pérgamo, e, por não negar sua fé em Jesus, Antipas foi assado vivo, agrilhoado à uma forma de bronze.

3. Não negar a fé é manter um testemunho vivo acerca da pessoa e obra do Senhor Jesus, independente do que pensam as pessoas à sua volta.

4. ‘Ser cristão não é apenas possuir um certo rótulo ou denominação. É muito mais. É comprometer a vida, saúde, recursos, dons e talentos ao serviço do Senhor’ (Guilherme Keer Netto).

5. ‘Não é tolo aquele que dá o que não pode guardar, para ganhar aquilo que não pode perder’ (Jim Elliot).


II – UMA PALAVRA DE ADVERTÊNCIA (vs. 14-15).

‘Tenho, todavia, contra ti algumas coisas ...’

a – ‘Tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão’.

1. A história de Balaão encontra-se em Nm. 22-24 (lição de casa).

2. Balaão, impossibilitado pelo Senhor de amaldiçoar com palavras a Israel, sugere a Balaque que as moças moabitas devessem convidar os moços de Israel a participar de suas festas com elas, onde praticariam toda sorte de imoralidade sexual.

3. A superficialidade na vida de devoção e apego aos valores de Deus tem levado o povo de Deus a cair na doutrina de Balaão.
3.1 – A promiscuidade anda muitas vezes a solta entre o povo que se diz evangélico em nosso país.
3.2 – A literatura a favor do sexo livre, o namoro sem regras e limites e, não poucas vezes a própria prática sexual entre os jovens cristãos se tornam coisa comum em meio ao povo de Deus.
3.3 – É comum termos em nossas Igrejas moços e moças que já não se lembram mais quantas namoradas ou namorados tiveram. Na onda do ‘ficar’, meninas com seus 15 ou 16 anos já ficaram com dez ou mais namorados. Ele ou ela andam com preservativos em suas carteiras e bolsas como um acessório indispensável à sua felicidade. E isso tudo soa como algo perfeitamente normal. ‘Somos pós-modernos! A vida hoje é outra!’

4. ‘Mais que nunca a promiscuidade tem sido legalizada e ovacionada, sobrando as vaias e o desprezo ao pudor e à castidade’ (Rev. Emiliano).

b – ‘Tu tens os que sustentam a doutrina dos nicolaítas’.

1. Nicolau – identidade desconhecida.

2. Sua pregação era caracterizada pelo Antinomianismo, que tinha como máxima a seguinte expressão: ‘Não existe lei para o salvo, porque ele está debaixo da graça. Já não há nada que o condene, portanto está liberado para fazer tudo que desejar, mesmo que se desejo seja pecar’.

3. Ilustração: ‘Na literatura brasileira, o Arcadismo foi o movimento criado pelos poetas de Vila Rica, hoje Ouro Preto, em Minas Gerais. Eram eles: Alvarenga Peixoto, Basílio da Gama, Cláudio Manoel da Costa, Manuel Inácio da Silva Alvarenga e Tomás Antônio Gonzaga.

Em seus escritos, além dos temas políticos, os árcades defendiam a vida rural como um ideal maravilhoso: morar no campo, estar em contato direto com a natureza. Mas é curioso o fato de que, embora advogassem esse estilo de vida, eles mesmos não se mudaram definitivamente para o campo. Ou seja, o campo era um ideal, mas para os outros.

Há muitos que são adeptos de uma espécie de arcadismo espiritual. Com unhas e dentes defendem o Evangelho, seus valores e verdades. Mas só defendem. Porque eles mesmos não mudam para o campo da fé e prática. Eles mesmos não rompem com a ditadura do pecado. Falam a favor mas vivem contra.

O Senhor não admite advogados em cima do muro. Ele quer seguidores no chão da luta, guerreiros que se disponham mesmo a tombar lutando pelas causas do Evangelho’.

4. O ensino apostólico é que nossa liberdade é para desfrutar a vida em sua plenitude com Deus e a favor do próximo mas nunca para o pecado.
4.1 – Rm. 6.15 ‘Haveremos de pecar porque não estamos debaixo da lei e sim da graça? De modo nenhum’.
4.2 – Gl. 5.13 ‘Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne...’.
4.3 – I Pe. 2.16 ‘... como livres que sois, não usando, todavia, a liberdade por pretexto da malícia, mas vivendo como servos de Deus’.


III – UMA PALAVRA DE ADMOESTAÇÃO.

‘Portanto, arrepende-te’

1. A Igreja é um corpo e quando há crentes vivendo em pecado, não podemos acobertá-los ou por panos quentes sobre o caso.

2. Se não é do conhecimento da liderança, os que conhecem devem testemunhar para que haja, disciplina, tratamento e cura.

3. Caso a liderança ponha pano quente, a palavra do Senhor é incisiva: ‘Se não, venho a ti ... ’ (vs. 16).

4. O Senhor visita sua Igreja com disciplina:
4.1 – Onde há pecado não há a bênção do Senhor.
4.2 – Onde não há a bênção do Senhor não há edificação.
4.3 – Onde não há a bênção do Senhor não há crescimento.
4.4 – Onde não há a bênção do Senhor não há conversões.

5. Embora a admoestação seja geral, a punição é específica:
5.1 – ‘Contra eles pelejarei com a espada de minha boca’
5.2 – Ilustração: Balaão morreu à espada (Nm. 31.8) e aos seus seguidores é dito que enfrentariam a espada do Senhor, que simboliza juízo e morte.


CONCLUSÃO: Sem o verdadeiro arrependimento que leve cada crente a um novo compromisso e a uma nova postura, a Igreja jamais prosperará.
Para a Igreja moderna a pergunta de Jesus continua sendo a mesma dirigida à Igreja de Pérgamo: ‘Onde está o teu arrependimento?’
Há fraquezas que não consegue vencer? Coisas que gostaria que não fizessem mais parte de sua vida? É hora de prostrar-se diante do Senhor!
Há em sua vida pecados que tem tido domínio sobre você, os quais você deseja deixar? Arrependa-se!
Coloque-se diante do Senhor.
Venha a frente.
Consagre-se!



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