quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

QUE BOAS NOVAS O NATAL NOS TRAZ? ‘VOS NASCEU O SALVADOR’


Lc. 2.8-11

OBJETIVO: Ensinar que o evento Natal encerra em si uma das maiores mensagens do Universo e que deve ser proclamada a todos.

INTRODUÇÃO: Natal! Momento esperado pelas crianças, pois a fantasia os impulsiona a desejar sonhos com o mundo encantado de Papai Noel.
Época desejada pelo comércio, pois é período de novo ânimo financeiro para a maioria dos lojistas, que em outras épocas do ano passam em apertos.

CONTEXTO: Lucas está escrevendo um texto à um amigo procurando dar-lhe fontes seguras acerca de Jesus Cristo como o Filho de Deus que veio concretizar a promessa de salvação de Deus ao mundo humano.

TRANSIÇÃO: Esta é a primeira mensagem da série que interroga sobre que boa notícia nos traz o Natal. As respostas são óbvias no texto bíblico lucano, embora sublimadas na mente deteriorada e obscurecida do homem secularizado. Quero falar nesta oportunidade sobre o seguinte tema: O NATAL NOS TRAZ A BOA NOVA: ‘VOS NASCEU O SALVADOR’.


I – O SALVADOR É ANUNCIADO NA HISTÓRIA DA REVELAÇÃO.

a – Por que a notícia é dada aos pastores?

1. Os mensageiros celestes.
1.1 – O aparecimento de qualquer personagem sobrenatural, como e claro, produz temor; e neste caso isso se teria verificado ainda com maior impacto, posto que era crença popular que a visão de Deus ou de alguma alta personalidade celestial causava a morte instantânea do observador.
1.2 – A experiência particular dos pastores dessa história sem dúvida estava vinculada a gloria do resplendor de Deus.
1.3 – A nuvem brilhante que indicava a presença do Senhor; e neste caso, apareceu-lhes através de um intermediário (I Re. 8:10-11; Is. 6:1-3).
a) Essa nuvem de gloria algumas vezes aparecia com um resplendor intolerável para o homem, e seu efeito de rarefação da atmosfera evidentemente exacerbava as impressões aterrorizantes.
1.4 – O que fora privilégio de patriarcas e de sacerdotes, agora se torna a experiência de pastores humildes, tendo sido eles os primeiros receber a boa nova que abalou o mundo inteiro, e que até o dia de hoje continua produzindo efeitos profundos e permanentes no coração de todos.

2. É possível que o Lucas queria demonstrar ao seu amigo Teófilo que a mensagem cristã era uma mensagem universal sobre a salvação proporcionada por Deus, onde as características raciais não desempenham papel algum.

3. Não foi casual a procura dos anjos pelos pastores nas vigílias daquela noite única na história.
3.1 – Há uma nota na Mishnah que indica que as ovelhas reservadas para o sacrifício no templo eram postas a pastar nos campos que circundavam Belém.
3.2 – Isso empresta um interesse todo especial ao fato aqui narrado, e pode explicar, em parte, a fé e a devoção dos pastores, que podem ter sido homens especialmente nomeados para essa tarefa, visando ao benefício da adoração efetuada no templo.
3.3 – Pela providência de Deus foi-lhes permitido estarem presentes ao nascimento do Cordeiro de Deus, pois esta é a promessa, que como um Cordeiro, o Salvador seria sacrificado em lugar de pecadores.
a) Isaías, no capítulo 53, pinta com cores vivas o sacrifício do Cordeiro de Deus.

b – Desde o Éden a notícia tem siso dada.

1. ‘Natal’ e ‘salvação’ tem alguma relação?
1.1 – Para muitos, a relação é meramente comercial, pois o período chamado de natal, vai salvar as vendas e os indicadores de lucro para uma categoria de trabalhadores, seja na produção ou no comércio.
1.2 – Para outros, a relação tem a ver com o emocional, pois é nesse período onde os sentimentos de valoração da dignidade das pessoas é realçado, com presentes, cestas, refeições, distribuição de certos cuidados e atenções que no restante do ano ficam amortizadas.

2. Na Bíblia, embora não apareça a palavra ‘natal’, o conceito está ligado ao nascimento de Jesus, como cumprimento de uma promessa de Deus à raça humana caída no pecado.

3. Nas palavras de juízo de Deus dadas a Satanás, figuradamente representado na serpente no Éden, o anúncio de que haveria um Salvador é enfático.
3.1 – Gn. 3.15Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente dela; este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar’.

4. O cumprimento desta promessa é a linha central de toda a Bíblia, onde toda a história da humanidade se desenrola em torno de como isto se daria.
4.1 – Mesmo quando a aparente destruição da humanidade por ocasião do dilúvio se vislumbra, uma família é preservada, pois havia uma promessa de Deus a se cumprir.
4.2 – Deus faz surgir uma nação, Israel, no cenário mundial, com vistas ao cumprimento desta promessa.
4.3 – Deus preserva esta nação do aniquilamento por várias vezes, pois esta promessa teria que se cumprir.
4.4 – Os rumos das nações são orientados pelo poder soberano da divindade, justamente para preparar o cenário no qual esta promessa viria a ter lugar.
a) Gl. 4.4Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da Lei, a fim de redimir os que estavam sob a Lei, para que recebêssemos a adoção de filhos’.
4.5 – No nascimento e vida do menino Jesus se vê a mão providencial de Deus protegendo e sustentando aquele que seria o Salvador, para que só no tempo certo, o pagamento de salvação viesse a se concretizar.


II – O SALVADOR É INDISPENSÁVEL À RAÇA PECAMINOSA.

a – Por que a necessidade de um Salvador?

1. O texto alvo de nosso meditar desta oportunidade não se preocupa em responder esta questão ora levantada, mas tão somente de anunciar que o Salvador nascera.

2. Faz-se necessário, mais uma vez afirmarmos o porquê da necessidade da salvação, haja visto muitos nem mesmo compreenderem do que precisam ser salvos.
2.1 – Seria sermos salvos do diabo?
2.2 – Seria sermos salvos do inferno?
2.3 – Seria sermos salvos dos nossos pecados?
2.4 – Seria sermos salvos da condenação dos nossos pecados?
2.5 – Seria sermos salvos de nós mesmos em nosso estado de corrupção?
2.6 – Seria sermos salvos da presença do pecado que nos cerca e nos assedia?
2.7 – Seria sermos salvos da ira do Deus Santo e Justo que se enoja do pecado?

3. Todas as questões ora levantadas têm uma resposta sim vinculadas à verdade da necessidade de nossa salvação, contudo a última sintetiza todas as outras.

4. Mas a necessidade de termos um salvador se dá na justa medida da grandeza de nosso pecado e de nossa condenação, sendo que as Escrituras Sagradas nos endereçam à condenação da morte eterna devido nosso pecado.

5. Como morrer uma morte eterna, em sua intensidade e em sua extensidade, e ainda assim nos livrarmos da mesma?
5.1 – Missão impossível, pois se a morte é eterna, jamais o condenado poderia se livrar de tal juízo.

6. Daí a necessidade de um Salvador além de nós mesmos.

b – Por que a necessidade de um Salvador divino?

1. Se você captou bem a argumentação anterior, certamente ficou claro então que o ser humano não consegue pagar sua pena e ainda assim se ver livre da mesma, uma vez que a pena é eterna.
1.1 – Sl. 49.7-8Sei que, nenhum deles, por mais rico que seja, pode salvar seu irmão da morte e pagar a Deus o preço da salvação. O preço de uma alma é tão grande, que nem se pode pensar em pagar para continuar vivendo eternamente, sem enfrentar a morte’.

2. Por isso então surge a necessidade de que o ser humano possa ser salvo apenas com a substituição, ou seja, outra pessoa sofra a pena eterna em seu lugar.

3. A doutrina ou ensino da substituição é-nos ensinado desde as primeiras páginas da Bíblia.
3.1 – Animal que é morto no Éden para encobrir a nudez de Adão e Eva.
3.2 – Abel e Caim oferecem substitutos de si mesmos a Deus.
3.3 – O sacrifício se torna objeto comum ao culto a Deus.
a) Noé.
b) Abraão.
c) Patriarcas.
d) Sacrifício de Isaque é a mais expressiva figura de substituição.
3.4 – Deus institui a figura do cordeiro em lugar do culpado no culto de Israel.

4. Todas essas figuras apontavam para uma única realidade: o homem precisava ser substituído diante de Deus.

5. Cristo é o substituto então do homem em sua condenação, pois se este não poderia cumprir a pena e se ver livre dela, pois a mesma era eterna; Cristo, sendo Deus poderia sofrer intensamente em seu ser toda a condenação e voltar à vida.


III – O SALVADOR É ENTREGUE COMO PRESENTE DE DEUS.

a – A promessa do Éden tem seu cumprimento.

1. A promessa do Éden apontava para o filho da mulher esmagando a cabeça da serpente.

2. Já ficou claro que Deus conduziu a história magistralmente para a consecução de seu projeto de salvar a raça atingida pelo pecado.

3. Sem muito esforço percebe-se nas narrativas dos evangelistas bíblicos um esforço subliminar operando ocultamente para que esse menino não nascesse ou não sobrevivesse.
3.1 – A intenção de José abandonar Maria.
3.2 – A dificuldade de se instalar e nascer em condições sadias.
3.3 – A matança dos inocentes.
3.4 – A tentação de Satanás para desviar Jesus de sua missão.
3.5 – Tentativas de matarem a Jesus antecipadamente.
3.6 – Tentativas de desviar Jesus da cruz.
3.7 – Tentativas de fazer Jesus descer da cruz.

4. Jesus é o filho da mulher que esmaga a cabeça da serpente.

b – A promessa do Éden se concretiza no Natal.

1. Quão estranhamente se combinam as palavras destes versículos: ‘...o Salvador..., Cristo, o Senhor..., uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura...’.

2. Essas frases têm sido ouvidas e lidas tão frequentemente que a primeira impressão deixada por elas já perdeu o sentido para muitos.
2.1 – Seria uma manjedoura lugar próprio para aquele que foi enviado pelo Altíssimo Deus a fim de salvar pecadores?
2.2 – Um estábulo seria o lugar onde se esperaria encontrar o Salvador recém-nascido?
2.3 – O maravilhoso mistério da encarnação de Deus se fazem presentes precisamente no fato que essas coisas assim aconteceram.
a) Jo. 1.14 (NVI) ‘Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade’.

3. Por ocasião do nascimento de Jesus, em Belém, e em tudo que a vida de Jesus haveria de revelar posteriormente, encontramos a mensagem de que não somente existe Deus, mas também que Deus se aproxima extraordinariamente de nós.

4. Jesus foi, ao mesmo tempo, o caminho e o indicador do caminho, e do modo como ele andou também nos compete andar; e assim como ele compartilhou plenamente de nossa natureza, assim também haveremos de compartilhar plenamente da dele.

5. ‘Crer que Deus está acima de nós é uma coisa. Crer que Deus é uma força suficiente para nós é uma confiança inteiramente diferente, inspiradora. E crer que Deus é não somente todo-poderoso, mas também se mostra todo-suficiente, e é Deus conosco, Deus próximo de nós, é algo que nem podemos começar a compreender, e é a melhor de todas as coisas’ (Walter Russel Bowic).


CONCLUSÃO: Você crê que o Jesus da manjedoura é mais que um mito, uma lenda ou um mero objeto de comércio?

Você precisa de salvação e Jesus é o Salvador que Deus enviou como presente para te dar vida eterna.

Que boas novas o Natal nos traz? É que vos nasceu o Salvador!’.

Abrace-o como o seu Salvador.

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