quarta-feira, 15 de setembro de 2010

CONFERINDO A QUALIDADE DO CULTO

Ml. 1.6 – 14


OBJETIVO: Provocar a reflexão sobre a qualidade do culto oferecido ao Senhor por parte de cada membro, individual e coletivamente.

INTRODUÇÃO: Controle de qualidade. Controle de qualidade total. Engenharia da qualidade.
Um sistema de Controle de Qualidade é um sistema que destaca as políticas e procedimentos necessários para melhorar e controlar as diversas atividades chave e processos desenvolvidos por uma organização visando assegurar que os produtos ou serviços projetados e produzidos irão ao encontro ou superarão as expectativas dos usuários.

CONTEXTO: Malaquias é o último dos profetas menores, tendo sido escrito por volta do ano 430 a.C., sendo que o seu nome não é citado em mais nenhum livro da Bíblia.
O profeta Malaquias foi contemporâneo de Esdras e Neemias, no período após o exílio do povo judeu na Babilônia, chamado a conduzir os israelitas da apatia religiosa aos princípios da lei mosaica.
Dos 55 versículos constantes no Livro de Malaquias, 47 deles é palavra direta de Deus.
Deus tinha cumprido sua promessa e trazido o povo do cativeiro de volta à terra prometida. Os muros e a cidade fora reconstruída. O templo fora reconstruído. A rotina religiosa havia se estabelecido. Mas faltava qualidade! É aqui que entra o trabalho deste profeta. Precisava passar o culto pelo controle de qualidade.

TRANSIÇÃO: Se o culto que você presta a Deus for passar pelo controle de qualidade será ele aprovado como sadio e aceitável ao Senhor? Quero tratar nesta oportunidade do seguinte tema: CONFERINDO A QUALIDADE DO CULTO.

I – O PRINCÍPIO REGULADOR DO CULTO É O TEMOR AO SENHOR.

a – Cultuar a Deus não se limita às formalidades religiosas.

1. As formalidades nos dias de Malaquias.
1.1 – A adoração era feita seguindo apenas os rituais e ainda assim de forma desleixada e sem temor.
1.2 – Através de Malaquias, Deus adverte severamente o povo quanto a adoração:
a) Ml. 1.6 (NVI) ‘O filho honra seu pai, e o servo, o seu senhor. Se eu sou pai, onde está a honra que me é devida? Se eu sou senhor, onde está o temor que me devem?, pergunta o SENHOR dos Exércitos a vocês, sacerdotes. São vocês que desprezam o meu nome! Mas vocês perguntam: De que maneira temos desprezado o teu nome?’.
b) Ml. 1.10 (NVI) ‘Ah, se um de vocês fechasse as portas do templo! Assim ao menos não acenderiam o fogo do meu altar inutilmente. Não tenho prazer em vocês, diz o SENHOR dos Exércitos, e não aceitarei as suas ofertas’.
1.3 – Traziam animais, pães, bolos e todos os elementos físicos da adoração, mas o faziam apenas por costume e obrigação, mas com o coração distante do Senhor.

2. As formalidades nos dias de Isaías.
2.1 – Isaías, cerca de 300 anos antes já apontava para esse culto automático e mecanizado, mas sem vida, do povo que se dizia ‘povo de Deus’.
a) Is. 1. 11-15 (NVI) ‘Para que me oferecem tantos sacrifícios? pergunta o Senhor. Para mim, chega de holocaustos de carneiros e da gordura de novilhos gordos. Não tenho nenhum prazer no sangue de novilhos, de cordeiros e de bodes! Quando vocês vêm à minha presença, quem lhes pediu que pusessem os pés em meus átrios? Parem de trazer ofertas inúteis! O incenso de vocês é repugnante para mim. Luas novas, sábados e reuniões! Não consigo suportar suas assembléias cheias de iniqüidade. Suas festas da lua nova e suas festas fixas, eu as odeio. Tornaram-se um fardo para mim; não as suporto mais! Quando vocês estenderem as mãos em oração, esconderei de vocês os meus olhos; mesmo que multipliquem as suas orações, não as escutarei! As suas mãos estão cheias de sangue!’.
2.2 – Is. 29.13 (NVI) ‘O Senhor diz: Esse povo se aproxima de mim com a boca e me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. A adoração que me prestam é feita só de regras ensinadas por homens’.

3. As formalidades nos dias de hoje.
3.1 – Cultos mecânicos, cultos shows, cultos voltados para o sentimento e satisfação humanos, desprovidos de um interesse real em conhecer, saber e obedecer a vontade de Deus através de sua Palavra e de seus preceitos.
3.2 – O mero ritual divorciado de um coração obediente é repugnante e abominável ao Senhor.

b – Cultuar a Deus implica em adorá-lo ao modo dEle.

1. O que é o Princípio Regulador do Culto?
1.1 – ‘Princípio regulador do culto (ou princípio regulador da adoração) é a designação dada à forma como os calvinistas interpretam a relação entre o culto cristão e o segundo mandamento. De acordo com esta perspectiva, Deus só deve ser adorado da forma que ele mesmo requer nas Escrituras Sagradas’ .

2. Ilustração: No livro de Êxodo encontramos a ordenação de Deus para a construção do Tabernáculo, onde seguramente se encontra o esteio sobre o qual a adoração a Deus deve ser ofertada:
2.1 – Êx. 25:9 (ARA) “Segundo tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo o fareis”.
2.2 – Êx. 40.16 (ARA) “...tudo fez Moisés segundo o SENHOR lhe havia ordenado; assim o fez”.

3. Ou Deus é adorado ao seu modo ou não existe adoração.
3.1 – Os adoradores não podem fazer o que querem ou o que os levam a se sentir bem no culto, mas o que Deus pede e o que O leva a aceitar o culto e a adoração.
3.2 – Ilustração: ‘Fogo estranho/Nadabe e Abiú’ (Lv. 10).


II – O TERMÔMETRO DO TEMOR PARA COM AS COISAS SANTAS.

a – O perigo de nos acostumarmos com as coisas santas.

1. Nos dias de Malaquias o povo se acostumou e banalizou as coisas santas:
1.1 – Ml. 1.8 (NVI) ‘Na hora de trazerem animais cegos para sacrificar, vocês não vêem mal algum. Na hora de trazerem animais aleijados e doentes como oferta, também não vêem mal algum. Tentem oferecê-los de presente ao governador! Será que ele se agradará de vocês? Será que os atenderá? pergunta o SENHOR dos Exércitos’.
1.2 – Corre-se o mesmo risco nos dias de hoje.
a) Como o patrão de vocês reagiria se apresentassem um trabalho relaxado e sem qualidade?
b) Como seus professores reagiriam se tratassem assim seus estudos?

2. Termômetro de temor:
2.1 – Qual foi a última vez que você chorou ouvindo a Palavra de Deus?
2.2 – Qual foi a última vez que ao ouvir uma mensagem da Palavra você disse: ‘Isso é para mim. Preciso obedecer e mudar de vida’?
2.3 – Qual foi a última vez que você se preocupou com o cumprimento da Palavra de Deus na sua vida ou na vida de outras pessoas?

3. Corremos o risco de nos acostumarmos com as coisas sagradas e tratá-las como coisas corriqueiras e sem valor.


III – A GARANTIA DA CONTINUIDADE DO CULTO.

a – A garantia está em cultuar a Deus em espírito e em verdade.

1. O Senhor Jesus ensinou que Deus procura adoradores que O adorem em espírito e em verdade.

2. ‘Em espírito e em verdade’ implica em temor constante.
2.1 – Nos dias de Malaquias o Senhor pediu até mesmo para que alguém fechasse as portas do templo para que não precisasse receber um culto que não era culto.
a) Ml. 1.10 (NVI) ‘Ah, se um de vocês fechasse as portas do templo! Assim ao menos não acenderiam o fogo do meu altar inutilmente. Não tenho prazer em vocês, diz o SENHOR dos Exércitos, e não aceitarei as suas ofertas’.
2.2 – Temer a Deus é levá-lo a sério em todos os momentos e situações da vida.
2.3 – ‘Em espírito e em verdade’ faz o cristão andar com temor e tremor na consciência da presença de Deus a cada momento.

3. ‘Em espírito e em verdade’ implica em servir ao Senhor com prazer e alegria.
3.1 – Nos dias de Malaquias havia aqueles que diziam: ‘a mesa do Senhor é imunda e a sua comida é desprezível’ (Ml. 1.12).
a) Pode haver hoje nas Igrejas cristãs aqueles que dizem: ‘Que culto chato, que falta de gosto ir à Igreja!’?
3.2 – Nos dias de Malaquias havia aqueles que diziam: ‘Que canseira! e riem dela com desprezo’ (Ml. 1.13).
a) Pode haver hoje nas Igrejas cristãs aqueles que se contentam em marcar presença uma vez por mês, como se estivessem fazendo um favor à Igreja ou a Deus?

4. ‘Em espírito e em verdade’ implica em ‘culto-vida’.
4.1 – Ml. 1.14 (NVI) ‘Maldito seja o enganador que, tendo no rebanho um macho sem defeito, promete oferecê-lo e depois sacrifica para mim um animal defeituoso, diz o SENHOR dos Exércitos; pois eu sou um grande rei, e o meu nome é temido entre as nações’.
4.2 – Maldito seja o cristão que sabendo que precisa oferecer ao Senhor uma vida de quebrantamento e gratidão oferece apenas um culto mecânico e relaxado.

b – A garantia está em apresentar um coração quebrantado.

1. O cristão é exortado a passar pelo controle de qualidade de seu culto sempre.
1.1 – Ml. 1.13 ‘Quando vocês trazem animais roubados, aleijados e doentes e os oferecem em sacrifício, deveria eu aceitá-los de suas mãos? pergunta o SENHOR’.
1.2 – Quando não se oferece o melhor da vida em culto a Deus, será que Ele deveria aceitar?
1.3 – Coração compungido e contrito é o que Deus espera.


CONCLUSÃO: O culto que você presta a Deus passa pelo controle de qualidade da Palavra de Deus?
Será ele aprovado como sadio e aceitável ao Senhor?

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