terça-feira, 20 de outubro de 2015

POR QUE A CRUZ?


I Co. 1.18-25


OBJETIVO: Ensinar sobre a necessidade da cruz, sacrifício expiatório através da pessoa de Cristo a favor dos que serão salvos.


INTRODUÇÃO: Como escapar da condenação eterna?


CONTEXTO: Paulo apresenta o valor da mensagem da Cruz em contraste com a percepção humana, seja da própria religião ou da filosofia.


TRANSIÇÃO: Com os olhos na pecaminosidade humana e sua necessidade de salvação, quero vos propor nesta ocasião o seguinte tema: ‘POR QUE A CRUZ?’.


I – A CRUZ, INSTRUMENTO DE TORTURA E DOR.

a – A Invenção da Cruz.

1. A Crucificação ou crucifixão foi um método de execução utilizado na antiguidade.

2. Abolido no século IV, por Constantino.

3. Crê-se que foi criado na Pérsia, sendo trazido no tempo de Alexandre para o Ocidente.

4. Neste ato combinavam-se os elementos de vergonha e tortura, e por isso o processo de crucificação era olhado com profundo horror.

b – O Suplício da Cruz.

1. O castigo da crucificação começava com flagelação, depois do criminoso ter sido despojado de suas vestes.

2. No ato de crucificação a vítima era pendurada de braços abertos em uma cruz de madeira, amarrada ou presa a ela por pregos perfurantes nos punhos e pés.

3. O peso das pernas sobrecarregava a musculatura abdominal que, cansada, tornava-se incapaz de manter a respiração, levando à morte por asfixia.

4. Para abreviar a morte os torturadores às vezes quebravam as pernas do condenado, removendo totalmente sua capacidade de sustentação, acelerando o processo que levava à morte.

5. Era comum também a colocação de ‘bancos’ no crucifixo, que foi erroneamente interpretado como um pedestal. Essa prática fazia com que a vítima vivesse por mais tempo.

6. Nos momentos que precedem a morte, falar ou gritar exigia um enorme esforço.

7. Consistia em torturar o condenado e obrigá-lo a levar até o local do suplício a barra horizontal da cruz, onde já se encontrava a parte vertical cravada no chão. De braços abertos, o condenado era pregado na madeira pelos pulsos e pelos pés e morria, depois de horas de exaustão, por asfixia e parada cardíaca (a cabeça pendida sobre o peito dificultava sobremodo a respiração).

8. Crucificação em massa: Em 70 a.C., Spartacus e outros 6 mil rebeldes foram crucificados juntos pelo governo romano. Outro caso de crucificação em massa ocorreu durante a guerra da Judeia, em 66 d.C. Para conter o avanço de uma rebelião no local, o governador romano da Judeia, Floro, mandou para a cruz 3.600 pessoas. Depois da vitória, Roma seguiu enviando 500 judeus por dia para a crucificação. Só interrompeu a carnificina depois que a madeira acabou.


II – A CRUZ, SÍMBOLO DA MAIS HORRENDA CONDENAÇÃO.

a – A Pior Condenação Destinada ao Ser Humano Declarada Nas Escrituras.

1. A pior condenação destinada ao ser humano declarada nas Escrituras é a condenação ao inferno como pagamento de sua pecaminosidade e impenitência diante do Deus Todo Poderoso.

2. Nessa condenação os horrores e sofrimentos lhe serão impingidos eternamente, sendo apresentados tais horrores em figuras apavorantes:
2.1 – Fogo eterno:
2.2 – Vermes que não morrem:
2.3 – Choro e ranger de dentes:

3. Nada na história da humanidade se iguala aos sofrimentos eternos do inferno; mas Deus utiliza-se da Cruz, o pior tipo de execução, lenta e dolorosa, para ilustrar o sofrimento eterno.

b – Deus é o Justo Juiz.

1. A questão que se levanta é por que Deus, sendo bondoso impingiria um sofrimento tão horrível e eterno às suas criaturas.

2. A resposta se estabelece no atributo da justiça divina, pois sendo Deus justo, não poderia deixar impune as transgressões do pecador.

3. Deus, sendo justo, dá ao pecador exatamente o que o mesmo é merecedor, conforme a Lei imposta antes do pecado: ‘No dia em que dela comeres, certamente morrerás’ (Gn. 2.17).

c – O Paralelo do Inferno Com a Cruz.

1. Símbolo de vergonha, sofrimento e morte.
1.1 – Os bárbaros tinham inventado a crucificação, muito antes da época de Cristo, e o consideravam tão atroz que os cidadãos romanos raramente eram crucificados.
1.2 – Os judeus também abominaram este método de execução, em parte porque aqueles que eram ‘pendurados em um madeiro’ eram considerados amaldiçoados (Dt. 21:22-23).

2. Uma tortura agonizante e lenta, com dores penetrantes e agudas, sendo a pior espécie de morte que alguém poderia experimentar.

3. O inferno é a punição com sofrimento físico e espiritual, agudo e constante, por toda a eternidade, como pagamento pelo pecado.
2.1 – Rm. 6.23 ‘O salário do pecado é a morte’.

4. A morte por crucificação é uma parábola do inferno, dado o horror e sofrimentos constantes e diversos que a mesma impõe ao condenado.


III – A CRUZ, CONDENAÇÃO E LIBERTAÇÃO DO PECADOR.

a – Pela Cruz a Condenação do Pecador é Satisfeita.

1. Através da morte de Cristo, Deus fez propiciação, isto é, satisfação ou pagamento da dívida do pecador para com Ele.
1.1 – Rm. 3.25 (BV) ‘Deus foi quem enviou Cristo Jesus para levar o castigo pelos nossos pecados, e assim por fim a toda a ira de Deus contra nós. Ele usou o sangue e a nossa fé como o meio de salvar-nos da sua ira. Deste modo Ele estava sendo completamente justo, mesmo que não tivesse castigado aqueles que pecaram em tempos passados. Isso porque Ele estava aguardando a chegada do dia quando Cristo viria e apagaria aqueles pecados’.

2. Os Evangelhos registram que a crucificação não pegou Jesus de surpresa, pelo contrário, Ele sabia que seu propósito era morrer para o bem do mundo.
2.1 – Mt. 20:28 (ARA) ‘Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que estava perdido’.

3. Ele sabia que Deus iria permitir que homens pecadores o executasse - o plano da redenção tinha sido ordenado antes mesmo da fundação do mundo.
3.1 – At. 2:23 (NVI) ‘Este homem lhes foi entregue por propósito determinado e pré-conhecimento de Deus; e vocês, com a ajuda de homens perversos, o mataram, pregando-o na cruz’.
3.2 – 1Pe. 1:20 (BV) ‘Deus O escolheu para este propósito muito antes do princípio do mundo, mas só recentemente foi que Ele manifestou isto publicamente, nestes últimos dias, como uma bênção para vocês’.

b – Pela Cruz a Libertação do Pecador é Alcançada.

1. Um símbolo de salvação e vida eterna.
1.1 – Pode ser surpreendente que a cruz se tornou o principal símbolo do cristianismo, dada a sua associação original com vergonha, sofrimento e morte.
1.2 – Cristo, na cruz, sofre o inferno em nosso lugar, inferno este que nos traria nossa vergonha, sofrimento e morte.
1.3 – Dn. 12.2 ‘Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno’.

2. Não há salvação em nenhum outro nome (pessoa) porque só Jesus Cristo sofreu o inferno em nosso lugar.

3. Não é à toa que o diabo tentou impedir de Cristo morrer na Cruz.
3.3 – Desde o início, Satanás tentou tirar Jesus do caminho da cruz.
a) Num primeiro momento, tentou evitar que o Filho de Deus nascesse e crescesse no mundo.
b) Depois usou os próprios discípulos para o dissuadir de não ir para a cruz.
3.4 – Tentou tirar Jesus da cruz.
a) Mt. 27.40-44 ‘Se é quem tu dizes ser, desce daí’.
3.5 – Ele tentou tirar a cruz de Cristo, o Cristo da cruz, e persiste em tirar a cruz da igreja.
a) Não poucas as pregações que apresentam um evangelho sem a Cruz.
b) Muitas pregações substituem a mensagem da Cruz por dinheiro e prosperidade.

c – A Mensagem da Cruz é Loucura e Sabedoria.

1. O simples falar que a cruz é salvação, desconectada da mensagem do inferno e punição, se torna mesmo uma loucura e sem sentido lógico; contudo quando Cristo sofre o inferno no lugar do pecador, aí a cruz passa a ter um outro sentido.
1.1 – 1Co. 1:18 (BV) ‘Sei perfeitamente bem como parece tolice, àqueles que estão perdidos, quando ouvem que Jesus morreu para salvá-los. Nós, porém, que somos salvos, reconhecemos esta mensagem como o próprio poder de Deus’.

2. Deus pune o seu Filho amado com o inferno no lugar do pecador, e ilustra isto com a morte de Cruz, tornando assim, a cruz, em sabedoria de Deus.
2.1 – 1Co. 1.21-22 (BV) ‘Deus, em sua sabedoria, providenciou para que o mundo nunca encontrasse a Deus através da inteligência humana. E então Ele se manifestou e salvou todos quantos creram em sua mensagem - essa mesma que o mundo considera absurda e ridícula. Parece absurda para os judeus, porque eles desejam um sinal do céu como prova de que o que está sendo pregado é verdadeiro; e é ridícula para os gentios, porque eles crêem somente naquilo que concorde com a sua filosofia e lhes pareça sábio’.

3. A Cruz de Cristo é o único meio pelo qual se pode livrar o pecador de sua culpa, pois é o próprio Cristo sofrendo o inferno no lugar daqueles que não poderiam suportá-lo e saírem livres para desfrutarem da vida eterna.

4. Não há salvação fora da Cruz de Cristo.
4.1 – 1Co. 1.25 ‘Este plano de Deus, chamado de "absurdo", é bem mais sábio do que o plano mais sábio do homem mais sábio, e Deus na sua fraqueza - Cristo morrendo na cruz - é muito mais forte do que qualquer homem’.


CONCLUSÃO: E agora? O que você fará com essa verdade?
Cabe a você render sua vida a Cristo e suplicar dele o favor da cobertura de sua vida com o valor de sua morte na Crus.

Ilustração: Após um assalto seguido de morte, à uma carruagem dos correios nos EUA, em 1829, Wilson foi preso e aguardava julgamento com possível execução por enforcamento.
O Estado lhe ofereceu um advogado. Ele recusou por diversas vezes.
Meses depois, no dia do julgamento, Wilson avistou o advogado à frente da sala do tribunal, e podendo se aproximar lhe insta:
- ‘Doutor, agora reconheço que preciso realmente de seus serviços e de sua defesa a meu favor’.
O suposto advogado lhe responde nos seguintes termos:
- ‘Infelizmente, meu rapaz, não posso mais lhe socorrer como lhe ofereci meses atrás. Passei no concurso e agora serei o juiz que te condenará’.

Assim, hoje, o Senhor Jesus é o advogado que se põe disposto a lhe defender. Chegará o dia do julgamento final, onde não mais como advogado, mas como juiz, lhe dará a sentença final.

Acerte sua dívida com Ele enquanto pode.

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