terça-feira, 20 de outubro de 2015

POR QUE A RECONCILIAÇÃO

2Co. 5.18-6.3

OBJETIVO: Ensinar que o pecador está inimizado de Deus e precisa ser reconciliado com este ou estará eternamente perdido.

INTRODUÇÃO: Estamos às voltas com uma briga muito antiga, onde a Bolívia faz representação ao Chile no Tribunal de Haia, no intuito da decisão da ONU a seu favor.
Trata-se da demanda de território entre Chile e Bolívia, com suas primeiras manifestações desde a década de 60 no século XIX.
Entre os anos de 1879 e 1884 configurou-se a Guerra do Pacífico. O confronto, entre as forças do Chile e a aliança de Bolívia e Peru, tinha como objetivo principal conquistar o controle de territórios ricos em minério, ou seja, parte do Deserto do Atacama.
Ao longo da guerra, o Peru perdeu a província de Tarapacá e a Bolívia ficou sem acesso ao oceano Pacífico. A perda boliviana é um problema com grande viés político que se arrasta até os dias atuais, uma vez que em sua Constituição há o desejo de recuperação do acesso ao mar. Por isso, a guerra do Pacífico ficou conhecida como ‘A guerra em que a Bolívia ficou sem mar’.
Foram assinados diversos tratados que resultaram no fim dos impasses entre os países. Um tratado, em 1866, estabelecia limites territoriais entre Chile e Bolívia e em outro, de 1884, os bolivianos cederam à costa pacífica ao Chile, com as reservas de cobre e nitratos. Agora a questão vem novamente à baila. Haverá reconciliação entre as partes?

CONTEXTO: Paulo discorre com a Igreja de Corinto demonstrando que o cristão é nova criatura; mas que só o é como consequência da iniciativa de Deus em refazer os laços de comunhão e de vida para o pecador inimizado e morto em seus pecados.

TRANSIÇÃO: Como não ser esmagado por um inimigo infinitamente superior a você mesmo? Quero compartilhar sobre o tema: POR QUE A RECONCILIAÇÃO?


I – A RECONCILIAÇÃO É INICIATIVA DE DEUS.

a – A inexplicável quebra de vida e comunhão por parte do homem para com o Criador.

1. A humanidade foi criada para refletir a glória de Deus e vivenciar da própria vida de Deus em santidade e comunhão perfeita através da imagem e semelhança do Criador implantadas no ato da criação.

2. Embora a criação da raça tenha se dado através de um casal matriz, vê-se com muita clareza nas Escrituras que, a partir deste casal todos os outros se reproduziriam conforme a sua espécie: santos e em perfeita comunhão com o Criador através da imagem e semelhança do Criador neles implantadas.

3. As páginas que seguem à narrativa da criação em Gênesis se prestam a demonstrar o que aconteceu com a família protótipo e com todos os seus descendentes, reproduzindo-se conforme a sua espécie, agora, uma espécie corrompida e rebelde.

4. Houve um ato de rebelião, desobediência e obstinação agressiva contra o Criador; que, expulsa a humanidade de sua presença santa e os trata a partir de então como inimigos declarados.

b – A promessa de uma recuperação da raça criada.

1. Mesmo diante da rebelião e inimizade declarada no Jardim do Éden, Deus propõe que colocaria em ação um plano para resgatar a humanidade caída e separada do Criador.
1.1 – Gn. 3.15 (BV) ‘Também a sua descendência será inimiga do descendente da mulher. Ele ferirá você na cabeça, ao passo que você ferirá o calcanhar dele’.

2. Toda a história bíblica e até mesmo toda a história da humanidade foi dirigida para este momento, a vinda do Redentor.
2.1 – Gl. 4.4 (BV) ‘Mas quando chegou o tempo certo, o tempo determinado por Deus, Ele enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido judeu para comprar liberdade para nós que éramos escravos da lei, a fim de que ele nos pudesse adotar como seus próprios filhos’.

3. A lei (de Deus) propositava que se o homem pecasse seria herdeiro da morte.

c – A iniciativa da reconciliação deve ser do ofendido e não do ofensor.

1. Por questão de lógica do direito e da justiça, o ofensor é que deve procurar o ofendido e lhe pedir misericórdia, esperando deste o perdão para a ofensa.

2. Na relação de Deus com o homem o ofensor é o homem e este é quem deveria buscar a Deus e lhe propor a reconciliação; contudo, o pecado resultou na morte espiritual do pecador impossibilitando-o sequer de ter consciência do que de fato lhe ocorreu.
2.1 – Rm. 6.23a (BV) ‘O salário do pecado é a morte...’.

3. Havia um estado de hostilidade, de inimizade, entre o homem e Deus, que é levado às últimas consequências; ficando o homem, que outrora criado para ser imagem de Deus, agora seu inimigo declarado.

4. O homem moderno acha difícil aceitar essa opinião, de que Deus é hostil para com ele, a ponto de lhe resistir em ira.
4.1 – Jo. 3.36 (NVI) ‘Quem crê no Filho tem a vida eterna; já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele’.
4.2 – Rm. 5.9 (BV) ‘E já que por seu sangue Ele fez tudo isso por nós como pecadores, quanto mais Ele não fará por nós agora, que nos declarou sem culpa? Agora Ele nos salvará de toda a ira divina que está para vir’.

5. Não se pode falar em reconciliação sem falar da ira de Deus contra o pecador.
5.1 – Deus estava contra o homem em seu pecado e destinado a puní-lo.
5.2 – Aquele que minimiza a ira e o juízo de Deus, no evangelho, também deixa de compreender a largura, a extensão, a altura e a profundidade do amor de Deus, declarado no evangelho.

6. Quem tomou a iniciativa de se estabelecer a paz foi deus e não o homem pecador.
6.1 – II Co. 5.18 (NVI) ‘Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação’.


II – A RECONCILIAÇÃO É RESULTANTE DA OBRA DE CRISTO.

1. No verso lido anteriormente Paulo destaca que ‘Deus... nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo’.

2. A reconciliação é resultado do que Cristo fez em lugar do pecador, assumindo sua condenação ao inferno e pagando toda a sua culpa perante Deus.

3. Deus estava contra o homem em seu pecado e destinado a puní-lo, mas Cristo é punido em lugar do pecador.

4. A obra de Cristo é remover a hostilidade contra Deus que existe no homem.
4.1 – Cl. 2.13-15 (BV) ‘Vocês estavam mortos em pecados e seus desejos pecaminosos ainda não tinham sido afastados. Então Ele deu-lhes participação na própria vida de Cristo, porque lhes perdoou todos os pecados e apagou as acusações confirmadas que havia contra vocês, a lista dos seus mandamentos que vocês não tinham obedecido. Tomando esta lista de pecados, Ele a destruiu, pregando-a na cruz de Cristo. Deste modo Deus tirou o poder de Satanás acusar vocês de pecado e exibiu publicamente ao mundo inteiro o triunfo de Cristo na cruz, onde foram tirados todos os pecados de vocês’.

5. Broadman: ‘Sem Cristo, o homem está alienado de Deus, condenado a morte e sem esperança de entrar no novo mundo de vida e santidade, preparado por Deus’.

6. Ilustração: ‘Mãe que une as mãos do pai e filho, em oração no momento de sua morte’.


III – A RECONCILIAÇÃO RESSOA COMO O APELO DA PALAVRA.

1. O plano de Deus é que o valor da reconciliação realizada por Jesus na cruz do Calvário chegue ao conhecimento de cada pessoa.

2. O apelo do evangelho em toda a Escritura é de que haja reconciliação entre Deus e o pecador.
2.1 – Jó 22.21 (ARA) ‘Reconcilia-te com Ele e tem paz!’.
2.2 – Sl. 7.11-13 (BV) ‘Deus é justo juiz. Ele sente ódio pelo pecado constantemente e se o pecador não se arrepende, Deus afia sua espada e destrói aquele homem. No seu arco já foi colocada uma flecha e Ele já fez a pontaria; já estão preparadas armas mortais para castigar o pecador; já estão prontas as flechas de fogo’.
2.3 – Pr. 1.24-33 (BV) ‘Eu já chamei tantas vezes e vocês recusaram! Estendi a mão, convidando, mas ninguém Me deu importância. Vocês não deram valor aos Meus conselhos e não aceitaram a Minha repreensão. Por isso, quando chegarem os dias do seu sofrimento, os dias do medo e da tristeza, Eu vou rir e zombar de vocês. Quando a desgraça cair sobre vocês como uma tempestade, quando seu triste fim chegar violento como um furacão, quando vocês estiverem sufocados pelas angústias então vocês vão procurar desesperados a Minha ajuda mas Eu não responderei. Tentarão Me encontrar mas será tudo em vão. Sabem por que isso vai acontecer? Porque vocês desprezaram a verdade e se recusaram a honrar e obedecer o Senhor. Vocês não deram valor aos Meus conselhos e acharam que Minha repreensão era inútil. Por isso, vocês comerão os frutos amargos de sua desobediência. Já que seus planos foram semear ventos, vocês colherão tempestades. Gente vazia! Vocês morrerão porque se afastaram de Mim. Loucos, pensando que tudo estava bem enquanto caminhavam passo a passo para a destruição. Loucos!’.

3. O apelo da Palavra de Deus é carregado de expressões que evocam um desejo de mudança da parte do pecador em buscar a Deus.
3.1 – II Co. 6.2 (BV) ‘Pois ele diz: "Eu o ouvi no tempo favorável e o socorri no dia da salvação". Digo-lhes que agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação!’.
3.2 – Is. 55.6-7 (NVI) ‘Busquem ao Senhor enquanto podem achar. Peçam sua ajuda, enquanto Ele está perto. Os pecadores devem abandonar seus maus caminhos; devem deixar de lado seus maus pensamentos. Todos devem se voltar para Deus, arrependidos! Assim, Deus mostrará a sua grande misericórdia, o Senhor mostrará como é imenso o seu perdão’.

4. O fechamento das Escrituras, no livro de Apocalipse, traz ainda um último grito de apelo ao pecador no intenso desejo de que ele se prostre diante de Deus clamando por seu favor e perdão.
4.1 – Ap. 22.17 (NVI) ‘O Espírito e a noiva dizem: "Vem!" E todo aquele que ouvir diga: "Vem!" Quem tiver sede, venha; e quem quiser, beba de graça da água da vida’.


CONCLUSÃO: A mensagem final que deixamos como Igreja é a exortação de Paulo no verso 20: ‘Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus’.

Você entendeu? Por que a reconciliação? Deus quer reconciliar-se contigo! É com você!

Não deixe para depois! Não rejeite ou não seja indiferente ao apelo da Palavra: Reconcilia-te com Deus! Reconciliai-vos já com Deus!

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