LOUVOR E ADORAÇÃO RENOVAM AS FORÇAS DO CRISTÃO
Sl. 118.1-9
OBJETIVO: Ensinar que o louvor não é mero passatempo para o cristão, mas é poderoso nutriente fortalecedor.
INTRODUÇÃO: Jorge, um jovem estudante atravessava a praça duma das antigas universidades escocesas, em direção ao seu internato. Seus olhos estavam fracos, o que tornava o trajeto difícil. Acabara de sair de uma consulta com um especialista em doenças da vista. O médico, depois de um exame minucioso, o avisara firmemente que havia de perder a visão em pouco tempo. Todos os planos desfaziam-se na sua frente. Perturbado, confuso, saiu do consultório médico apalpando o caminho como um sonâmbulo. Saiu em direção à casa da querida noiva, esperando, sem dúvida, alguma palavra de conforto para o coração dolorido. Como daria ele a triste noticia à moça que ele tanto amava e que prometera ser sua esposa? Quando lá chegou, contou-lhe em palavras brandas, mas sérias a sua situação, sua mudança de planos, dizendo-lhe que ela teria liberdade para decidir segundo julgasse melhor. A noiva aceitou a liberdade! A rejeição da noiva foi o segundo golpe. Pela segunda vez, saiu tristonho e sem enxergar o caminho em que pisava. Chegando ao seu quarto foi buscar consolo nas Escrituras e em Jesus, seu amigo e terno Salvador. Uma nova disposição o dominou, tomando inteira e permanente posse de sua vida. E do seu coração quebrantado, mas cheio de conforto, saíram palavras de louvor e gratidão a Deus, o Amor que nunca muda sejam quais forem as circunstâncias. Daí surgiu a composição do Hino:
Amor, que por amor desceste, Amor, que por amor morreste, Oh! Quanta dor não padeceste, Meu coração pra conquistar, E meu amor ganhar. | Amor que nunca, nunca mudas, Que nos teus braços me seguras, E cerca-me de mil venturas. Aceita agora, ó Salvador, O meu humilde amor. |
CONTEXTO: Este Salmo fazia parte de uma coletânea especialmente preparada para a procissão de chegada ao templo em adoração ao Senhor. Era parte dos cânticos dos degraus que se cantava enquanto subiam os muitos degraus do Templo em Jerusalém.
TRANSIÇÃO: Quero compartilhar o tema: LOUVOR E ADORAÇÃO RENOVAM AS FORÇAS DO CRISTÃO.
I – A ESSÊNCIA DO LOUVOR.
a – O que significa louvar.
- Louvar é essencialmente a atividade de se reconhecer os feitos de alguém e anunciá-los com vistas a enaltecer a pessoa em voga.
- De acordo com uma definição livresca e lexicográfica[1] o conceito de louvar é:
2.1 – Elogiar, enaltecer, gabar.
2.2 – Aprovar, confirmar com elogio.
2.3 – Aceitar, aprovar, perfilhar a opinião.
- Louvar é olhar para os feitos de alguém e proclamá-los dando a honra devida a quem de direito.
3.1 – ‘O louvor... descentraliza o eu’. Paul E. Billheimer.
3.2 – O louvor a Deus nos liberta de nosso ego pois nos faz olhar para os feitos de Deus e bendizê-lo.
b – Não existe louvor em secreto.
- As Escrituras Sagradas exortam o cristão a louvar e bendizer o nome do Senhor seu Deus.
1.1 – Sl. 118.1 ‘Dêem graças ao Senhor porque ele é bom; o seu amor dura para sempre’.
- Não há como fazê-lo no silêncio.
2.1 – Sl. 118.2-4 “Que Israel diga: ‘O seu amor dura para sempre!’ Os sacerdotes digam: ‘O seu amor dura para sempre!’ Os que temem o Senhor digam: ‘O seu amor dura para sempre!’”.
2.2 – Todos quantos conheceram e experimentaram de fato o maravilhoso amor de Deus demonstrado no sacrifício de Cristo em seu lugar, e derramado em seu coração pelo Espírito Santo, louvam a Deus de alma e peito abertos.
- ‘E é por isso, que entre um povo seja ele de onde for não se poderá jamais vetar ou esconder, qualquer homem ou mulher que já encontrou Jesus; qualquer vida onde Deus já atuou’ (Logos).
- Assim como é impossível esconder uma cidade edificada sobre um monte, é impossível um louvor em secreto.
II – A DINÂMICA DO LOUVOR.
a – O louvor é energia que extravasa de uma alma livre.
1. Pode uma alma prisioneira cantar?
1.1 – O homem no seu estado natural encontra-se aprisionado e escravizado pelo poder do pecado.
1.2 – Sua liberdade está em Cristo.
2. No Sl. 137 encontramos o relato poético do transporte do povo de Israel quando, no ano
2.1 – Sl. 137.1-4 ‘Junto aos rios da Babilônia nós nos sentamos e choramos com saudade de Sião. Ali, nos salgueiros penduramos as nossas harpas; ali os nossos captores pediam-nos canções, os nossos opressores exigiam canções alegres, dizendo: “Cantem para nós uma das canções de Sião!” Como poderíamos cantar as canções do Senhor numa terra estrangeira?’.
b – Só quem já foi liberto pode louvar do fundo da alma.
- As Escrituras nos ilustram esta verdade através de alguns eventos de libertação.
1.1 – Ex. 15.1-2a ‘Então Moisés e os israelitas entoaram este cântico ao SENHOR: “Cantarei ao SENHOR, pois triunfou gloriosamente. Lançou ao mar o cavalo e o seu cavaleiro! O SENHOR é a minha força e a minha canção; ele é a minha salvação!’.
1.2 – Jz. 5.1-13 ‘O cântico de Débora’.
1.3 – Sl. 40.3 ‘Pôs um novo cântico na minha boca, um hino de louvor ao nosso Deus’.
- A libertação pode ser das mais variadas formas, seja uma crise, seja uma depressão, seja uma situação de risco, seja uma enfermidade.
- Todos quantos experimentam livramento e conhece a Deus louva com uma alma livre.
c – O louvor renova as disposições interiores do ser que louva.
- Não é a toa que o provérbio popular enuncia: ‘Quem canta seus males espanta’.
- O louvor, seja após o livramento, seja em meio ao sofrimento, vitaliza as energias do ser e o faz olhar não para si mesmo, mas para o Deus excelso que o abençoa.
2.1 – Sl. 118.5-6 ‘Na minha angústia clamei ao Senhor; e o Senhor me respondeu, dando-me ampla liberdade. O Senhor está comigo, não temerei. O que me podem fazer os homens?’.
- O salmista sabia que o verdadeiro refúgio e abrigo só podiam ser encontrados na comunhão e na dependência de Deus.
3.1 – Sl. 118.8-9 ‘É melhor buscar refúgio no Senhor do que confiar nos homens. É melhor buscar refúgio no Senhor do que confiar em príncipes’.
CONCLUSÃO: Quando passando pelos vales áridos da vida, lembre-se de cantar um hino de glória ao nome do Senhor.
O louvor te fará olhar para cima e não centralizar-se em seus problemas.
O louvor te faz olhar para Deus e assim renova suas forças.
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