II Tm. 1.3-5
OBJETIVO: Incentivar cada família a ser um ninho acolhedor, seja no âmbito emocional e relacional, seja no âmbito da fé visando a formação da família nos caminhos do Senhor.
INTRODUÇÃO: O Salmo 27.10 afirma que pode haver famílias não acolhedoras. ‘Ainda que me abandonem pai e mãe, o Senhor me acolherá’. Aqui e ali temos visto mães que abandonam seus pequeninos recém nascidos. Aqui e ali temos visto famílias que maltratam seus filhos.
CONTEXTO: As Cartas Pastorais foram escritas no fim do ministério do Apóstolo Paulo, pelos idos dos anos 64 ou 66 d.C. com a intenção de orientar e fortalecer os pastores da região da Ásia.
TRANSIÇÃO: Quero refletir nesta oportunidade sobre o seguinte tema: A FAMÍLIA DEVE SER NINHO QUE ACOLHE.
I – A FAMÍLIA COMO NINHO QUE ACOLHE PROMOVE HERANÇA DE FÉ E TEMOR NO SENHOR.
a – A fé foi uma herança viva passada na família de Timóteo.
- Timóteo era filho de pai grego (pagão) e de uma mãe judia, e fora criado sob a forte influência de sua mãe e de sua avó, onde a fé foi transmitida como herança valiosa.
1.1 – II Tm. 1.5 ‘Recordo-me da sua fé não fingida, que primeiro habitou em sua avó Lóide e em sua mãe, Eunice, e estou convencido de que também habita em você’.
- Paulo aponta para o fato de que Timóteo sabe as sagradas letras desde a infância e que estas lhe apontavam o caminho da salvação e da vida eterna.
2.1 – II Tm. 3.15 ‘... desde a infância sabes as sagradas letras que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus’.
b – A família é o depositário da fé para as gerações que virão.
- A experiência de formar ou degenerar a fé tem seu melhor ambiente na infância.
1.1 – Ilustração: ‘Os livros que compõem a trilogia intitulada ‘Fronteiras do Universo’, escritos por Philip Pullman, e publicados em 1995, já possui o seu primeiro volume transformado em filme que recebeu o mesmo nome do livro: ‘A Bússola de Ouro’ (ou Os Reinos do Norte, em Portugal). A grande ênfase dada na trilogia e no filme é saga da morte de Deus e de ter se tornado um ser desnecessário’[1].
- Transmita a herança da fé em sua família.
2.1 – Pr. 22.6 ‘Ensina a criança no caminho em que deve andar’.
2.2 – Ensinar a criança não é meramente apontar o caminho, mas andar no caminho com a mesma para que aprenda na prática.
- Pais, não esperem seus filhos crescerem para perceber a importância da Palavra de Deus na vida deles.
3.1 – Assuma ensiná-los.
3.2 – Assuma andar com eles no caminho.
3.3 – Seja exemplo e padrão para seus filhos.
- Mesmo os adultos podem ser educados ou reeducados nos fundamentos da Palavra de Deus e ter seus valores e procedimentos moldados, mudados e transformados conforme a vontade de Deus.
II – A FAMÍLIA COMO NINHO QUE ACOLHE PROMOVE UM TESTEMUNHO QUE SE ESPALHA.
a – Não existe verdadeira fé divorciada de verdadeiro testemunho.
- Salvação para o apóstolo Paulo não é um mero ato de fé que lhe garante a entrada no Reino de Deus, mas é um processo de transformação na vida daquele que verdadeiramente crê em Cristo Jesus.
1.1 – O poder do Evangelho na vida de Timóteo se mostra evidente.
1.2 – At. 16.2 ‘... dele davam bom testemunho os irmãos em Listra e em Icônio’.
- Timóteo vivia sua fé de modo tão prático e real que seu comportamento indicava o tipo de compromisso que havia assumido com Jesus.
b – O testemunho cristão não é automatizado na conversão.
- Paulo escreve para Timóteo demonstrando que a Escritura pode moldar o caráter de quem nela é treinado.
1.1 – II Tm. 3.16-17 ‘Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra’.
- Ter um testemunho coerente com o Evangelho de Jesus não é algo que se mecaniza pelo simples fato de se tornar membro de uma Igreja ou mesmo de se passar pela verdadeira experiência da conversão.
- Ter um testemunho coerente com o Evangelho de Jesus é fruto da formação e desenvolvimento do caráter baseado nos princípios e valores deste Evangelho.
III – A FAMÍLIA COMO NINHO QUE ACOLHE PROMOVE A DISPOSIÇÃO MISSIONÁRIA.
a – Cada família cristã é uma família missionária.
- Percebemos o ardor pela causa de Cristo presente na família de Timóteo narrado em poucas linhas, seja no texto de Atos, seja nas cartas do apóstolo Paulo ao jovem pastor Timóteo.
- Uma família como ninho que acolhe é uma família que forma também o vigor e a participação da família nas causas do Evangelho.
- Ser família missionária não se manifesta apenas em ir ou enviar um dos seus para um lugar distante, mas sim ser uma família que sempre está pronta a comunicar pela vida e pela palavra as verdades do Reino de Deus.
b – Uma família como ninho que acolhe vive o amor em ação.
- Uma família como ninho que acolhe vive o amor em ação dentro do convívio do lar através de relacionamentos saudáveis e restauradores.
1.1 – É natural que haja situações de diferenças e até mesmo de atritos entre os partícipes da família, porém sempre haverá lugar para o perdão e para a restauração.
1.2 – A família cristã como ninho acolhedor não é aquela onde não existem falhas, mas aquela onde as falhas são corrigidas.
- Uma família como ninho acolhedor vive o amor em ação nos relacionamentos externos abençoando todos aqueles que passam pelo seu convívio.
2.1 – II Co. 2.14-15 ‘Mas graças a Deus, que sempre nos conduz vitoriosamente em Cristo e por nosso intermédio exala em todo lugar a fragrância do seu conhecimento; porque para Deus somos o aroma de Cristo entre os que estão sendo salvos e os que estão perecendo’.
CONCLUSÃO: Não basta apenas sermos famílias.
É necessário sermos famílias que sejam verdadeiros ninhos que acolham e agasalhem.
Num primeiro momento a família acolhe os seus.
Num momento mais lato a família acolhe qualquer pessoa ao seu alcance com o intuito de conduzí-la ao conhecimento salvador e transformador do Evangelho de Jesus Cristo.
Implemente em sua família este ambiente de ninho acolhedor.
Um comentário:
Gostei de ver esta verdade transformada em realidade na vida de um pastor como Timóteo. Me identifico com ele em algumas áreas.
Postar um comentário