segunda-feira, 26 de maio de 2008

A FAMÍLIA É LUGAR DE PERDÃO E RECOMEÇO CONTÍNUOS

Lc. 15. 25-32

OBJETIVO: Ensinar que atritos, desencontros e até pecados são possíveis dentro do relacionamento familiar; mas que devem ser dizimados pelo exercício do recomeço mediante o perdão.


INTRODUÇÃO: Muitos foram os problemas, atritos e pecados que se apresentam ligados à muitas das famílias mencionadas nas páginas da Bíblia. Que dizer do relacionamento de Adão e Eva, quando já no começo da história, um acusava o outro e transferia sua responsabilidade? Que dizer da mesma família, quando dois irmãos se enfrentam a ponto de um morrer de forma traiçoeira e brutal? Que dizer da família de Noé, onde o desrespeito de um filho o leva a mexer com a nudez de seu pai? Que dizer da família de Abraão, onde a mentira se fez presente algumas vezes? Que dizer da família de Ló, onde suas filhas têm filhos de uma relação incestuosa com o pai? Que dizer da família de Judá, onde o mesmo tem relação incestuosa com a nora? Que dizer da família de Moisés onde dois de seus irmãos se levantam contra ele querendo tomar seu lugar de líder? Que dizer da família de Eli, onde seus filhos levavam uma vida imoral ligada ao sacerdócio e ainda assim, Eli não os corrigiu? Que dizer da família de Davi, que foi excelente rei e líder sobre Israel, mas que como pai, foi uma lástima?


CONTEXTO: Jesus, comendo com pessoas consideradas indignas, presenciou o murmúrio dos religiosos, escribas e fariseus. A partir disto, Jesus explica em parábolas que Deus se alegra quando os pecadores se aproximam dele com arrependimento buscando o seu gracioso perdão.


TRANSIÇÃO: Quero refletir nesta oportunidade sobre o tema: A FAMÍLIA É LUGAR DE PERDÃO E RECOMEÇO CONTÍNUOS.


I – A FAMÍLIA É AMBIENTE PARA VIVENCIAR A INDIVIDUALIDADE.

a – A vida social moderna massifica e despersonaliza o indivíduo.

  1. Vivemos em um tempo de massificação social onde em muitos casos somos apenas um número e onde não vivenciamos mais nossa individualidade.

  1. Muitas vezes, seja no âmbito profissional, escolar ou em um atendimento clínico, nos sentimos achatados e diminuídos não podendo expressar nossa individualidade.

  1. Muitas vezes nos apresentamos apenas como um número de RG, ou de CPF ou de um protocolo qualquer, ou conversamos com uma máquina fria denominada de secretária eletrônica.

b – A família é local seguro para exercitar nossa individualidade.

  1. Nesta família da parábola contada pelo Senhor Jesus que cada pessoa pôde se expressar na qualidade de indivíduo.

1.1 – O filho mais moço pôde até mesmo se rebelar contra o lar e requerer sua herança num rompimento brusco com a família.

1.2 – O pai pôde aquiescer a vontade do filho e, com amor e resignação, aguardar o retorno certo do filho em total quebrantamento.

1.3 – O irmão mais velho pôde se manifestar contrário ao amor perdoador do pai.

  1. Imagine esta parábola vivenciada dentro do sistema de massificação social em que nos encontramos:

2.1 – O filho mais novo se dirigiria ao pai a pedir-lhe a parte da herança e a secretária eletrônica, depois de lhe conduzir por diversos ramais alternativos acabaria por lhe responder: ‘Senhor, o sistema não permite esta operação. Favor se dirigir ao menu inicial ou aguardar para falar com um dos nossos atendentes’.

2.2 – O pai, possivelmente teria que abrir e registrar um processo em um cartório e aguardar a decisão judicial sob um número de protocolo para então, sob as normas da lei e, após as deduções tributárias, repassar ao filho a herança reclamada, com uma série de cláusulas restritivas e normativas quanto ao uso dos valores.

2.3 – O filho mais velho seria orientado a registrar sua queixa e aguardar o andamento do processo.

  1. A família é o espaço social onde podemos nos expressar e garantir nossa individualidade.

3.1 – Deus nos fez pessoas, não números! Deus nos fez indivíduos e não massa a ser manobrada ou remanejada, desprovida de um relacionamento pessoal e afetivo.

II – A FAMÍLIA É AMBIENTE PARA ATRITOS E PECADOS.

a – A família possibilita expressar diferenças, atritos ou pecados.

  1. Foi na vida familiar desta parábola que a individualidade com todas as distorções se afloraram.

1.1 – O filho mais novo declaradamente peca contra sua família na figura de seu pai.

1.2 – O irmão mais velho com o coração cheio de amargura se nega a perdoar o irmão que caiu em pecado dissipando todos os seus bens, vida e saúde.

  1. É na família que se vê o desenvolvimento do indivíduo e até mesmo a manifestação dos pecados mais grosseiros.

  1. Hoje não é diferente, pois continuamos a ver todos os dias pelos noticiários as mais diferentes práticas pecaminosas no meio da família.

b – A família continua sendo alvo de destruição de Satanás.

  1. Desde que a primeira família veio à existência, Satanás buscou sua queda e destruição.

  1. Nas páginas das Escrituras podemos ver a quantidade de famílias problemáticas e atingidas pelo poder destruidor e corruptor do pecado.

  1. Só o Evangelho de Jesus Cristo pode trazer esperança e restauração às famílias neste mundo afetado e mutilado pelo pecado.


III – A FAMÍLIA É AMBIENTE PARA PERDÃO E RECOMEÇO.

a – As falhas dão oportunidade para manifestações de perdão.

  1. Os pecados do filho mais moço na parábola contada por Jesus deram ocasião para a manifestação do amor perdoador do pai.

  1. O coração amargurado do irmão mais velho, que não é menos pecador que o irmão mais novo, ocasiona mais uma vez a expressão amorosa do pai.

2.1 – Ao ouvir a queixa do filho mais velho o pai poderia ter imposto sua posição, mas antes, dirige-se amorosamente ao filho incentivando-o a amar e a perdoar o irmão caído.

b – As famílias cristãs vivem no mesmo parâmetro da parábola?

  1. Em primeira mão Jesus conta a parábola para manifestar o grande amor perdoador de Deus pelo pecador.

  1. Tal o amor de Deus tal deve ser o amor de cada cristão que nasceu de novo e tornou-se um filho amado do Deus Altíssimo.

  1. O padrão do amor e perdão de Deus deve nortear o amor e perdão de cada cristão em todos os âmbitos de sua vida.

3.1 Ef. 4.32Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo’.

3.2 Cl. 3.13Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou’.

  1. O padrão do amor e do perdão de Deus deve ser o princípio regulador no amor e perdão dentro da família que teme ao Senhor.

CONCLUSÃO: Já houve crises, falhas ou pecados que dilaceram seus relacionamentos dentro da família?

Tem havido ocasiões de perdão e recomeços em sua família, entre o casal ou entre filhos?

A família ainda é projeto de Deus para bênçãos constantes sobre cada um de nós e sobre a sociedade corrompida a nossa volta.

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