segunda-feira, 19 de maio de 2008

UMA FAMÍLIA DECIDIDA

Js. 24.14-15

OBJETIVO: Trazer a cada família o desafio da consagração de servir integralmente ao Senhor.

INTRODUÇÃO: ‘A maior decisão que alguém pode ter não é o que será ou o que terá na vida, mas como viverá a sua vida’ (Golda Meyr – 1ª Ministra de Israel na década de 1970).

CONTEXTO: Josué viveu aproximadamente no ano 1250 a.C. e participou da invasão e conquista da terra de Canaã. Foi o líder que substituiu Moisés, quando de sua morte. O texto está inserido na narrativa que leva o nome de Josué, após terem dominado e controlado todas as nações ou cidades-estado que haviam na terra prometida. Josué está com aproximadamente 110 anos e sabe dos perigos do povo sair do caminho da obediência ao Deus de Israel. Sabendo que seus dias já eram avançados, reúne a liderança das tribos e os exorta para que tomem a decisão de servir a Deus.

TRANSIÇÃO: Hoje também existe o risco de alguém sair do caminho da obediência à Palavra de Deus. Quero, portanto refletir sobre o tema: UMA FAMÍLIA DECIDIDA.

I – UMA FAMÍLIA DECIDIDA ASSUME ABANDONAR AS PRÁTICAS ANTIGAS.

a – Josué também estava sob uma cultura contaminada.

1. Deuses do passado.
1.1 – Deuses dos caldeus.
a) Adrameleque = ‘Adar é rei’. Adorado a noroeste da Mesopotâmia e exigia-se o sacrifício de crianças no fogo.
b) Anameleque = ‘Anu é rei’. Deus babilônico que também exigia sacrifício de crianças no fogo.
c) Aserá ou Aserim (Santidade ou Santa) = deusa representada despida, montada num leão. Era uma prostituta divina adorada num ambiente de prostituição sagrada.
1.2 – Deuses do Egito.
a) Josué pode ter sido um guerreiro nos exércitos de Faraó, e teve o trabalho de organizar o exército de escravos hebreus, por isso conhecia a realidade dos deuses do Egito e suas práticas decorrentes, bem como a influência de tais deuses e tais práticas no meio do povo de Israel.
b) Havia uma diversidade:
• Animais: Boi, crocodilo, sapo, falcão, babuíno, musaranho, cão, lobo, chacal, gato, leão, hipopótamo, carneiro, vaca, gavião, ganso, abutre, serpente.
• Sol, Lua e Estrelas.
• Trovão, Relâmpagos, Vulcões.
• Espíritos de mortos ou outros espíritos.
c) Diversas modalidades de adoração e envolvimentos com superstições, auto-flagelos, medos e terrores.

2. Deuses do presente.
1.1 – Deuses dos amorreus.
1.2 – A adoração dos amorreus, denominação generalizada dos povos cananeus, era provida de sacrifícios com a queima de crianças e virgens, de atos de adoração com prostituição e imoralidades, bebedices e glutonarias e outros vícios degenerativos da moral, da ordem e da saúde.

b – Josué discernia os males oriundos dos outros deuses.

1. Seguir a deuses não é mera religiosidade metafísica, mas é assumir práticas que determinam comportamentos.

2. Práticas e comportamentos assumidos como conseqüência de servir outros deuses seja do passado ou do presente, trazem males em todos os seguimentos do relacionamento e da existência humana.

3. Alguns males oriundos da prática de servir a outros deuses:
3.1 – Deuses de Ur.
a) Idolatria.
b) Grosseira superstição, pois seguiam astros e corpos celestes.
c) Imoralidade.
3.2 – Deuses do Egito.
a) Idolatria.
b) Desapego e desafeto familiar, visto que certos deuses exigiam sacrifícios humanos, como a queima dos próprios filhos.
c) Imoralidade.
d) Vícios.
e) Doenças.
f) Desordem e caos social.

c – Josué resolveu abdicar de qualquer suposta vantagem.

1. Josué se chamava Oséias, que significa ‘salvação’.
1.1 – O nome de Josué significa ‘Yahweh é salvação’.
1.2 – Foi-lhe dado por Moisés (Nm. 13.16).

2. Josué foi um ‘tipo’ de Cristo, pois conduziu o povo a uma nova qualidade de vida na terra prometida.

II – UMA FAMÍLIA DECIDIDA ASSUME ABRAÇAR OS PRINCÍPIOS DE DEUS.

a – Josué teve discernimento dos valores dados por Yahweh.

1. Josué saiu do Egito ainda jovem e foi um braço direito para o trabalho do libertador Moisés.

2. Acompanhou toda a trajetória do povo hebreu nos quarenta anos pelo deserto e aprendeu o temor ao Senhor, sendo um dos espias que foram fazer reconhecimento na terra de Canaã, e juntamente com Calebe herdou a terra.

3. Pelo seu temor e obediência ao Senhor, foi designado sucessor de Moisés e grandemente usado na conquista e distribuição da terra prometida.

b – Josué assumiu a decisão de seguir e servir ao Senhor.

1. Josué estava aqui com 110 anos de vida. Certamente já se passaram muitos anos desde que entraram na terra prometida.

2. Como estrategista e observador Josué tomou conhecimento da prática de vida dos povos a volta de Israel em sua nova terra.

3. Observou os riscos de Israel se enveredar nas práticas e padrões de comportamento que tinham esses povos pagãos.

4. Observe sua exortação em Js. 23.6-7: ‘Por isso se esforcem para obedecer fielmente a tudo o que está escrito no Livro da Lei de Moisés. Não desprezem nenhuma parte desta Lei para que assim não se misturem com esses povos que ainda vivem entre vocês. Também não falem os nomes dos seus deuses, nem jurem por eles; não os adorem, nem se curvem diante deles’.

5. Josué era conhecedor de todos os cultos e divindades do Egito e de outros povos a sua volta.

6. Josué fez sua escolha, baseado no temor de Deus e nos valores transformadores que o conhecimento de Deus lhe conferiu: ‘Eu e a minha casa serviremos ao Senhor’ (Js. 24.15).

III – UMA FAMÍLIA DECIDIDA NOS DEIXA UM DESAFIO E UM EXEMPLO COMO LEGADO.

a – É possível sermos cristãos sem abraçarmos esse legado.

1. Josué e sua família é exemplo de decisão ao serviço de Deus para cada família cristã; contudo é possível sermos cristãos sem abraçarmos este legado.

2. É possível uma família ser cristã e não servir ao Senhor?
2.1 – É possível quando vivemos nossa relação com Deus baseados apenas nos conceitos da religião e não em um relacionamento pessoal através de Cristo Jesus.
2.2 É possível quando nos associamos aos pensamentos e práticas da sociedade que está a nossa volta, corrompida pelo pecado.
2.3 – É possível quando não fazemos distinção entre Deus em sua revelação e outras formas de culto e aproximação como se o ecumenismo profano fosse uma forma de nos aproximar de Deus.
2.4 – É possível quando não assumimos nossa diferença diante do mundo: ‘não se misturem com esses povos que ainda vivem entre vocês’ (Js. 23.7).

3. Seguir o exemplo de Josué e sua família certamente redundará em muitas bênçãos em sua vida e em sua família.

b – É possível prestar desserviço ao invés de serviço.

1. ‘Eu e a minha casa serviremos ao Senhor’ – disse Josué.
1.1 – Servir ao Senhor não é meramente ser religioso.
1.2 – Servir ao Senhor não é meramente freqüentar uma Igreja.
1.3 – Servir ao Senhor é se envolver em todas as práticas decorrentes de seus valores e mandamentos revelados em sua Palavra.

2. Pode uma família prestar um desserviço a Deus?
2.1 – Quando limita seu relacionamento com Deus às raias da religiosidade.
2.2 – Quando o comportamento e prática de vida estão divorciados e dissociados do culto, pois se pode prestar um belo culto externo quando o coração está longe de Deus.
2.3 – Quando não damos testemunho digno de Deus.

3. Pode uma família prestar um desserviço à Igreja a qual congrega?
3.1 – Quando vive apenas no âmbito da religiosidade.
3.2 – Quando se comporta apenas como espectador e não como integrante do corpo local.
3.3 – Quando não se dispõe ao envolvimento e participação suprindo necessidades de serviços locais.

CONCLUSÃO: ‘E agora, José?’ – pergunta Josué.
‘Eu e a minha casa’.
Você ou sua família já fez a escolha de Josué (vs. 15)?
Sua família (ou você) tem sido fiel a escolha de servir ao Senhor?

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