sexta-feira, 2 de maio de 2008

RELACIONAMENTOS INTENCIONAIS NUMA IGREJA INTENCIONAL

A Igreja é um povo com uma intenção!

Pode-se dizer, sem muitos receios que boa parte dos cristãos de nossos dias não olha para a Igreja, seja ela local ou universal, como um corpo que existe com um propósito definido; contudo é preciso que nos voltemos para o cabeça da Igreja, Cristo, para conhecermos qual a sua intenção ao criá-la.

Fica claro no contexto bíblico que a Igreja existe com uma intenção específica, detalhada, e ao mesmo tempo sumarizada nas palavras do apóstolo Pedro: ‘Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz’ (I Pe. 2.9).

Um dos mitos que vivemos hoje por muitos cristãos é o mito da responsabilidade corporativa versus reponsabilidade individual. A responsabilidade de proclamação é do corporativo, institucional – diz o mito, enquanto a responsabilidade do indivíduo é manter a instituição, seja moral, estrutural ou financeiramente.

Urge que cada cristão aprenda que para se alcançar o fim último da Igreja se torna necessário que o indivíduo estabeleça relacionamentos intencionais com pessoas de fora. Acabou o tempo de se dicotomizar a vida num dualismo doentio platônico que tanto mau tem causado à Igreja. A visão de que existe material versus espiritual é danosa e em nada contribui para o cumprimento da missão da Igreja. Para o cristão tudo é espiritual. Assim, seus relacionamentos e amizades com o mundo que o cerca fazem parte de uma atividade espiritual e precisam ser vividos com a intenção de tornar o senhorio de Cristo verdadeiro sobre essas áreas ou pessoas tangentes.

Cristo é senhor no ambiente de trabalho? Cristo é senhor no lazer? É senhor na família? Como a maneira de se relacionar com estas áreas da vida influenciam a manifestação do senhorio de Cristo?

Como afirma o Pr. Raimundo F. Oliveira: ‘Devemos lembrar que a Igreja é a soma da consagração ou dos defeitos do seu povo; por isso uma Igreja nunca estará em melhores condições do que estarão os seus membros individualmente’.

A Igreja só cumprirá sua missão a partir de sua intenção em de fato cumprí-la, e só terá uma intenção corporativa à medida que cada membro tenha também a mesma intenção.

Relacione-se com o mundo! Viva a vida! Aproxime-se de pessoas e sistemas com a intenção de Cristo! Não adiante o discurso antes da prática. Não pregue acerca do Evangelho, viva o Evangelho! Não apenas fale sobre valores, viva os valores. Com essa intenção vivenciada em cada cristão, a Igreja, in totum, será intencional. Nesta perspectiva de vida, as pessoas que cercam o cristão ou a Igreja pararão para ouvir sua proclamação e anúncio. Aí está a intenção potencializada e atingindo o fim!

Rev. Emiliano.

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